ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00360</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Saravá: Percepções sobre a Umbanda em Imperatriz-MA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;RAYNAN FERREIRA PINHEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); IZANI MUSTAFÁ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário audiovisual "Saravá: percepções sobre a Umbanda em Imperatriz  MA", apresenta a Umbanda, religião genuinamente brasileira, através do ponto de vista dos seus adeptos em Imperatriz, cidade localizada na região sudoeste do Estado do Maranhão. O formato documentário foi escolhido por acreditarmos que possui características mais populares e uma linguagem de fácil entendimento. "Saravá: percepções sobre a Umbanda em Imperatriz  MA", buscar contribuir para desmistificar o tabu social e a imagem negativa que envolve as religiões de matriz africana. Esta produção foi desenvolvida com uma retórica que colabore em prol de uma construção social, a partir da imagem, música e conhecimento. Na última década, as produções audiovisuais ganharam mais força e visibilidade, principalmente com a atualização dos meios de se comunicar, como por exemplo, o acesso à internet pela nação brasileira e a popularização das redes sociais, proporcionando um ambiente com maior interação dos usuários e disseminação de conteúdo. O novo palco das produções audiovisuais permite uma inserção de vários elementos das artes em um único resultado, trabalhando características cinematográficas e tornando-as, visual, linguística e socialmente mais próximas da realidade em que estão inseridas e ao público direcionado. Nesse sentido, podemos dizer que o documentário não se apresenta apenas com finalidade comercial, vai além, ele vem anunciando críticas, expressões e costumes, mostrando a riqueza cultural de grupos tidos como "minorias" e contribuindo para construção social. Embora o produto não tenha como proposta principal discutir intolerância, acreditamos que o documentário é uma poderosa ferramenta que possibilita e traz para a luz do debate uma discussão historicamente polêmica, a religiosidade afro-brasileira, em que seus costumes e particularidades são atrelados a uma imagem negativa de macumba, curandeirismo e feitiçaria. Dados apresentados pelo Ministério dos Direitos Humanos apontam que no período de 2015 ao primeiro semestre de 2017, o Disque 100, serviço de denúncias e proteção contra violações de direitos humanos, registrou uma denúncia a cada 15 horas por intolerância religiosa. O balanço aponta que entre 2016 e 2017, o Disque 100, recebeu 1.296 casos de intolerância religiosa em todo o território nacional. A análise dos registros mostrou que a maioria das vítimas dessa intransigência é de religiões de origem africana, entre elas, Candomblé (18,77%) e Umbanda (19,81%) resultantes das denúncias. O artigo 5º inciso VI, da Constituição Federal diz "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias". A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, assegura em seu Artigo 19 "Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular". Cabendo ao Estado brasileiro o dever de assegurar esse direito. A escolha do objeto de estudo, deve-se, em primeiro lugar, pela relevância das suas características históricas e sociais, e por se tratar de uma religião tipicamente brasileira, sacerdotes africanos "adaptaram os rituais nativos aos da igreja católica, e mais tarde seguiram padrões do espiritismo europeu. [...] Umbanda optou por adaptar seus conhecimentos aos rituais católicos, evitando assim que seus companheiros sofressem castigos" (SARACENI E XAMAN,2003, p.17).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a elaboração do documentário a pesquisa bibliográfica foi à base para a concepção de todo o produto, é por meio dela que iniciamos o levantamento de textos e obtenção da bibliografia correspondente ao tema proposto. Para a autora Ida Stumpf (2005), no planejamento de trabalho científico, deve-se partir da busca por fontes que subsidiarão a pesquisa. "Identificar informações bibliográficas, selecionar documentos pertinentes ao tema que será estudado e proceder à respectiva anotação ou fichamento das referências e dos dados dos documentos para que sejam posteriormente utilizados na redação de um trabalho acadêmico" (STUMPF, 2005. p. 51). Para melhor compreensão do tema tratado foi escolhido o método qualitativo, com estudo de suas particularidades e experiências individuais. A metodologia de pesquisa escolhida foi à etnografia (oriundo da antropologia, estudo da cultura e das relações sociais), que nos ajudou a conhecer detalhadamente, por meio da observação da realidade e das entrevistas semiestruturadas - a partir de um questionário previamente elaborado pelo entrevistador. Assim, foi possível compreender melhor como funciona os terreiros, rituais, características e a vivência dos praticantes. Em Imperatriz, não existe até a finalização deste projeto, um órgão ou entidade responsável por cadastrar ou mapear todos os Terreiros de Umbanda da cidade. Porém, dados cedidos ao nosso projeto pelo pesquisador e professor do curso de Licenciatura em Ciências Humanas da UFMA, Salvador Tavares, mostram que atualmente na cidade existem 16 templos umbandistas ativos. Devido às diversas dificuldades enfrentadas no período de mapeamento e aproximação dos terreiros, a escolha e delimitação do centro que seria estudado neste projeto tiveram como base minhas experiências pessoais anteriores ao início das pesquisas com esses terreiros, receptividade, abertura para o desenvolvimento da pesquisa e autorização para as gravações. Diante do exposto, apenas dois terreiros contemplaram os estudos deste trabalho, resultando como o recorte os terreiros: Terreiro de Umbanda Nossa Senhora de Santana, localizado no Bairro Vila Redenção II, e o Terreiro de Umbanda Nossa Senhora Aparecida, na Vila JK, ambos situados em regiões periféricas da cidade. Como orienta Peruzzo (2005) sobre a técnica da observação participante, além de investigar, o pesquisador opta por interagir como membro e se envolve no grupo. "O investigador interage como membro, além de observar, ele se envolve, assume algum papel no grupo" (PERUZZO, 2005, p.137). Durante os primeiros meses das coletas de dados, participei como visitante, mesmo que de forma tímida das atividades realizadas nos terreiros. Nichols (2005, p. 135) destaca seis principais tipos de documentário como: poético, expositivo, participativo, observativo, reflexivo e performático. O documentário participativo foi utilizado por ser semelhante aos adjetivos da observação participante. Esse formato exige um envolvimento direto entre o diretor e o tema, essa estratégia criou um envolvimento entre o documentarista e os entrevistados que facilitou no momento das gravações. Após a escolha dos personagens, foi utilizada a técnica de entrevista qualitativa semiestruturada, que firma-se em um ponto de referência, com um roteiro pré-determinado. Para o pesquisador, na entrevista podem surgir informações de forma mais natural e as respostas não estão envolvidas a uma padronização de alternativas. Para fazer a entrevista semiestruturada, a gente faz o primeiro questionamento, explorando ao todo suas implicações. "[...] tal estratégia mantém a naturalidade e as vantagens da entrevista semiestruturada e evita que alguma questão relevante não seja abordada" (DUARTE, 2006, p.67). O roteiro seguiu em discurso verbal, escrito de forma que permita a pré-visualização do documentário por parte do produtor, ou seja, foram criadas perguntas pré-definidas, com a finalidade de se ter um roteiro bem estruturado (começo, meio e fim).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário, como outros discursos sobre o real, guarda um resquício de responsabilidade para descrever e interpretar o mundo visto apartir da experiência coletiva (SANTOS, 2008), tendo seu valor fortemente ligado a um processo de responsabilidade para com a consciência e construção histórica. O documentário apresentado é uma peça audiovisual de 25 minutos de duração, produzido e executado com base em pesquisas que visam contribuir de forma objetiva e social, para debates sobre a religião de Umbanda na cidade de Imperatriz, sendo movido pela identificação na área audiovisual, antropológica e sociológica, levando em consideração a importância de interação das religiões tidas como marginalizadas em um contexto social. A equipe técnica de produção deste trabalho foi composta por estudantes dos cursos de jornalismo, direito e ciências contábeis da UFMA,câmpus Imperatriz. Sendo eles Rubem Rodrigues, Pedro Maia, Ariel Rocha e Estaquis Cunha.Todos com papéis definidos e essenciais durante a gravação do documentário. Nas gravações do projeto, foram utilizadas quatro câmeras nos modelos DSLR Canon T6i, filmadora Sony XDCAM PXW-EX3 e filmadora Sony HXR-NX5R. Para a iluminação e/ou correção da luz nas locações foi usada luz artificial emitida por quatro refletores Spot de formato retangular "marmita", dois refletores com lâmpada halógenade 1000 watts e mais dois com lâmpada halógenade 500 watts. Para a captação do áudio das entrevistas foi utilizado um gravador da marca ZOOM, modelo H4n e um microfone lapela Sennheisermodelo eW100 G3 e para montar o produto midiático foi utilizado o Adobe Premiere Pro CC 2018, Adobe Audition CS6 para edição do áudio e Adobe AfterEffects CC 2018. Todos os equipamentos, programas e desenvolvimento das filmagens foram cedidos pela coordenação do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, câmpus Imperatriz, e Empresa Junior de Jornalismo  ImprensaTriz. Todas as etapas do projeto foram executadas pelo autor e amigos que contribuíram significativamente para a produção deste documentário. O projeto foi executado a partir de um roteiro que trabalhasse com identidades e cenários reais, construindo uma narrativa de diálogos harmônicos. Por ser um produto que visa proporcionar debates e trazer conhecimento, como exposto anteriormente, não foi definida uma faixa etária específica, tendo, portanto uma classificação livre. O nome principal  Saravá foi usado como título do documentário por ter um significado místico importante dentro das religiões de matriz africana, funcionando muitas vezes como um mantra.  Saravá exprime um estado emocional, uma saudação. De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra tem origem Banta, trazida para terras brasileiras pelos escravos que tinham dificuldades para pronunciar a palavra "salvar" (salavá> saravá). O planejamento inicial foi de produzir 20 cópias do filme com alta resolução em DVD, com distribuição feita da seguinte forma: três cópias do documentário para o acervo da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, câmpus Imperatriz, servindo como material de apoio para futuras pesquisas sobre o tema. Duas cópias para cada um dos terreiros participantes do projeto, que em seguida o documentário foi exibido de forma pública para adeptos e a comunidade onde esses templos estão inseridos e uma cópia para cada um dos entrevistados. O restante das cópias foi distribuído gratuitamente em outras universidades e faculdades da cidade e região, Centro de Cultura Negra Negro Cosme de Imperatriz e pessoas interessadas em realizar exibições públicas. Posteriormente, foi disponibilizado na internet, em sites de hospedagem de vídeo como Youtube,Vimeo e divulgado em redes sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>