ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00367</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Goal</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Beatriz Andrade Stefano (Universidade Federal de Pernambuco); Marina dos Santos Santiago (universidade federal de pernambuco); leticia rocha silva (universidade federal de pernambuco); camilo lourenço soares (universidade federal de pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta de ficção  Goal foi produzido como trabalho final para as disciplinas:  Iluminação e Direção de Fotografia e  Captação de Som do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco. O curta contou com uma produção coletiva de uma equipe exclusivamente feminina, todas alunas do curso de Cinema e Audiovisual, que assinaram juntas a direção, fotografia, montagem e edição de som. Desde a concepção do roteiro até a finalização do produto buscou-se trabalhar e abordar temas relacionado a gênero, raça e a quebra de padrão associado a construção da narrativa dos corpos das mulheres na fotografia cinematográfica atual e a representação e presença das mulheres por trás das câmeras em cargos como diretora de fotografia, direção e montagem. O curta traz o protagonismo de uma criança negra, Laura, de 5 anos de idade em um campo de futebol correndo para chutar a bola e fazer o gol, enquanto ela mesma narra sua performance. Em um vídeo de apenas 1min e 30 segundos, buscou-se através da direção de fotografia e da edição de som na pós produção criar uma atmosfera que permitisse ao espectador engajar e emergir nos temas abordados. O nome  Goal foi escolhido e utilizado para criar uma dualidade de interpretação graças ao seu significado quando traduzido para a língua inglesa. Os temas abordados no curta, parte de uma reflexão da historicidade do corpo das mulheres dentro da sociedade, como, por exemplo, a presença das mulheres em modalidades esportivas e ao fato de que não era permitido que as mulheres pudessem praticar atividades físicas. No Brasil, dentro do contexto histórico que caminha pelas formas de controle direto do corpo e da sexualidade da mulher ainda no Brasil Colônia e passa pela criação de uma ideologia de um corpo sensível criada pela elite burguesa. A corporalidade feminina se definia em função da suposta missão das mulheres como reprodutoras. Se a elegância e a delicadeza eram  atributos femininos altamente valorizados, as práticas físicas permitidas se restringiam àquelas que se conciliavam com as idéias que prevaleciam sobre a natureza fraca do corpo e do sistema reprodutivo femininos (ADELMAN, M. . Mulheres atletas: re-significações da corporalidade feminina?. Revista Estudos Feministas , v. 11, n.2, p. 445-466, 2003). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O cinema, apesar de diversos avanços, continua branco e masculino, como disse Caio Nascimento em matéria do jornal Estado de S. Paulo. Um levantamento feito pela Agência Nacional de Cinema (ANCINE) intitulado "Diversidade de Gênero e Raça nos Lançamentos Brasileiros de 2016" traz dados alarmantes da representatividade feminina em todos os longas de ficção lançados nesse ano. Nele, mostra-se que apenas 19,7% dos diretores de filmes lançados em 2016 eram mulheres e que apenas 7,7% dos diretores de fotografia eram mulheres. Entretanto, nenhum dado foi mais chocante que verificar que a única função técnica em que o estudo verificou presença de mulheres negras foi a produção executiva. Diante de dados tão reveladores, sentiu-se a necessidade de buscar por maior representatividade de raça e gênero, em um processo colaborativo com uma equipe e elenco exclusivamente femininos e racialmente diversos. Outro ponto importante é a questão da sexualização do corpo feminino. Segundo um estudo da UCS Annemberg, "Em meio aos cem melhores filmes [hollywoodianos] de 2017, atrizes apareceram quatro vezes mais com trajes sensuais do que o sexo oposto. Dentre elas, 40% são jovens de 13 a 20 anos". No caso de mulheres negras, essa situação se intensifica, já que, como disse a autora da tese O sensível (não) partilhado: a violência poética e política da (ir)representação do negro em Hollywood, Andréa Cotrim, a mulher negra é constantemente subestimada no cinema, negociando seu espac&#807;o na chave da sensualidade extrema e/ou da imitac&#807;a&#771;o do comportamento masculino. Com isso em mente, no processo de criação do curta, decidiu-se afastar-se ao máximo dessa noção, trazendo uma personagem infantil vivendo um momento de inocência e liberdade, através do esporte e da criação de um imaginário que a permite alcançar seu objetivo sem precisar negar a si mesma. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta de ficção  Goal por ser uma produção de curta duração não segue exatamente a estrutura que se espera de uma narrativa de 3 atos . Todavia, pela narração em OFF da protagonista Laura é descrita as ações tendo os 3 momentos que se espera de uma narrativa: começo, meio e fim. Na cartela inicial do filme, o nome  Goal é descrito e apresentado em sua tradução da língua inglesa, buscando criar uma conexão de sentidos entre o nome da produção e um dos temas abordados. Em seguida, em um close-up é mostrado Laura, nossa personagem, durante a ação a menina descreve os segundos que precedem o clímax e conclusão que pode ser traduzido quando ela consegue levar a bola ao gol. No roteiro previamente escrito para a produção houve a necessidade e cuidado das marcações de som que seriam usadas na pós-produção do curta. No curta, Laura se encontra sozinha, a vibração da plateia e do público ocorre todo em seu imaginário. O objetivo desse artifício era permitir que a personagem pudesse, sozinha, criar sua própria narrativa e alcançar seu objetivo, sem que houvesse a necessidade de pessoas vibrando por ela, a ausência de um goleiro para proteger a bola é outro ponto a ser levantado já que o roteiro e a estrutura narrativa foi escrita para que nada pudesse atrapalhar o objetivo de Laura. O roteiro exigia que trabalhássemos com uma criança, que uma vez escolhida necessitou de uma preparação prévia que consistiu em encontros com uma das realizadoras para que a criança soubesse o que precisava ser feito, como reagir diante da câmera, o que era esperado dela e o que era permitido em cena. Por ser uma criança de 5 anos, imprevistos poderiam ocorrer no set de filmagem, como acidentes ou até mesmo a desistência da criança na produção. Todavia, o trabalho prévio em criar uma conexão com a criança permitiu que ela se sentisse à vontade com toda a equipe durante o processo que durou ao todo dois dias, o primeiro para a captação de imagens e o segundo para a captação do som. "Goal" foi filmado no Estádio Grito da República na cidade de Olinda, Pernambuco, utilizamos a câmera fotográfica T5i da Cânon, com as lentes 50mm para os close-ups e 18-55 para enquadramento geral, sem captação de som direto nesse primeiro momento. No segundo dia de gravação, captamos o áudio da narração de Laura usando um gravador Tascam DR-05 e um microfone, para o isolamento acústico utilizamos o carro de uma das realizadoras, pois não havia disponibilidade de um estúdio de som no período das gravações. A montagem se deu de forma coletiva utilizando o software Adobe Premiere CS, com edição de som também pelo mesmo programa. Além dos áudios captados diretamente, utilizamos áudios disponíveis em plataformas de compartilhamento de músicas para compor a trilha.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>