INSCRIÇÃO: 00387
 
CATEGORIA: CA
 
MODALIDADE: CA06
 
TÍTULO: Meu Nome é Nega Tonha
 
AUTORES: Giullian Vasconcelos Rodrigues (Universidade do Estado da Bahia); Fabíola Moura Reis Santos (Universidade do Estado da Bahia); Márcio Santos Reges (Universidade do Estado da Bahia); Gabriel Marinheiro de Lima (Universidade do Estado da Bahia); André Calixto de Souza Brito (Universidade do Estado da Bahia)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
Antônio Carlos Alves dos Santos seria mais uma pessoa comum na cidade de Juazeiro-BA, não fosse pela fama que conquistou com suas participações nos campeonatos locais de futebol amador. Desde sua adolescência, além do talento já observado para ser goleiro, Antônio Carlos chamava a atenção por jogar da maneira que se sentia melhor retratado: usando maquiagem e apresentando-se como "Nega Tonha". Em seus relatos, conta que a família não aceitava sua "nova" identidade e que, mesmo com os olhares preconceituosos que enfrentava nas ruas, resolveu assumir quem realmente gostava de ser. Quando percebia algum comentário ofensivo, procurava não se deixar abalar e devolvia uma resposta com simpatia. No futebol amador, começou a participar de torneios na década de 1980, em equipes de Juazeiro. Atuando no gol, os campos de terra batida marcados com cal eram o palco para Nega Tonha fazer grandes defesas e conquistar o público com seu carisma. Por jogar maquiada, ela recebia algumas provocações, principalmente da torcida adversária, mas nada disso a impediu de fazer o que gostava, da forma que se sentia mais à vontade. Apesar do futebol ser um meio onde o machismo e a homofobia costumam prosperar, Nega Tonha conseguiu conquistar seu espaço no esporte, uma vez que sempre tratou e agiu com naturalidade sobre todas as questões que envolvem sua identidade. Até hoje, ela continua praticando a modalidade por meio dos "babinhas" – como são chamadas as partidas recreativas na região – entre amigos. Contar a história dessa personagem emblemática em um curta-metragem é uma forma de valorizar as pessoas e suas identidades, além de ser um desafio para estudantes que buscam produzir um documentário. É preciso criar uma narrativa que sintetize sua trajetória e seja interessante para o público, já que, por ser muito conhecida, Nega Tonha traz a expectativa de uma produção que dê destaque a tudo o que ela representa para o futebol local. Para isso, foi importante a organização das ideias e a elaboração de um roteiro, a fim de nortear as entrevistas, as cenas a serem gravadas e a edição. Apesar de ser um gênero audiovisual que permite certa flexibilidade durantes gravações, fazer um roteiro ainda é fundamental para elaborar um bom curta-metragem, uma vez que esse processo é capaz de otimizar a produção e trazer objetividade ao filme. O roteiro buscou explorar a relação de Nega Tonha no futebol local, sua trajetória e conquistas. Ele também se tornou importante para ser utilizado como diretriz durante as gravações, permitindo a fuga de rótulos e de possíveis estereótipos criados acerca das questões de gênero. Essa preocupação se deu pelo fato do público LGBT, algumas vezes, ser representado em produções audiovisuais de maneira caricaturada. É possível perceber cenas que acabam provocando riso e deboche. Em Juazeiro, por exemplo, já existiam algumas produções sobre Nega Tonha, mas todas com um viés que reforçam a sexualização da personagem, principalmente por conta de sua identidade de gênero. Assim, os alunos engajados na produção do documentário "Meu nome é Nega Tonha" buscaram produzir um roteiro bem estruturado para a realização do curta experimental. O objetivo principal seria narrar a história de Nega Tonha no futebol, desafiando as armadilhas de cair em cenas que trouxessem uma visão estereotipada sobre a personagem. A principal motivação foi justamente criar essa narrativa que fugisse dos padrões criados sobre Nega Tonha, trazendo um olhar mais sensível e empático sobre a ela. Para isso, foi preciso entender a importância de organizar um roteiro, a fim de conseguir desenvolver um curta diferenciado, com uma narrativa leve e objetiva. Essa experiência trouxe a comprovação, para os alunos envolvidos, de que é possível pensar em alternativas para sair do clichê. Os estudantes esperam que essa necessidade de fugir do óbvio, sirva de exemplo para outras produções, sejam de texto ou vídeo, tanto na universidade, quanto no ambiente profissional.
 
INTRODUÇÃO
No livro O cinema que ousa dizer seu nome (Editora Giostre, 2016) Lufe Steffen afirma que as representações dos LGBTs nos filmes, “podem ter contribuído para reforçar o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais”. ਀䌀漀洀 攀猀猀愀 椀渀昀漀爀洀愀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 搀愀爀洀漀猀 椀渀挀椀漀 愀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 爀漀琀攀椀爀椀稀愀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀Ⰰ 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 愀猀猀椀猀琀椀爀 愀 愀氀最甀洀愀猀 瀀爀漀搀甀攀猀 攀 漀戀猀攀爀瘀愀爀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 愀氀琀攀爀渀愀琀椀瘀愀猀 搀攀 愀戀漀爀搀愀最攀洀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 昀甀最椀爀 搀攀 攀猀琀攀爀攀漀琀椀瀀愀最攀渀猀⸀ 唀洀 搀攀猀猀攀猀 攀砀攀洀瀀氀漀猀 昀漀椀 漀 昀椀氀洀攀 ᰀ䠠漀樀攀 攀甀 焀甀攀爀漀 瘀漀氀琀愀爀 猀漀稀椀渀栀漀ᴀⰠ 氀漀渀最愀 搀攀 ㈀ ㄀㐀 搀漀 搀椀爀攀琀漀爀 䐀愀渀椀攀氀 刀椀戀攀椀爀漀Ⰰ 攀猀挀漀氀栀椀搀漀 挀漀洀漀 挀愀渀搀椀搀愀琀漀 搀漀 䈀爀愀猀椀氀 瀀愀爀愀 挀漀渀挀漀爀爀攀爀 愀 甀洀愀 瘀愀最愀 渀漀 伀猀挀愀爀Ⰰ 渀愀 挀愀琀攀最漀爀椀愀 搀攀 昀椀氀洀攀 攀猀琀爀愀渀最攀椀爀漀⸀ 䄀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀猀猀愀猀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 攀 愀挀爀攀搀椀琀愀渀搀漀 焀甀攀 漀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀洀漀 搀攀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 搀漀 瀀切戀氀椀挀漀 䰀䜀䈀吀  挀愀瀀愀稀 搀攀 猀攀渀猀椀戀椀氀椀稀愀爀 漀猀 攀猀瀀攀挀琀愀搀漀爀攀猀Ⰰ ᰀ䴠攀甀 一漀洀攀  一攀最愀 吀漀渀栀愀ᴀ†昀漀椀 瀀攀渀猀愀搀漀 瀀愀爀愀 樀甀猀琀愀洀攀渀琀攀 琀爀愀稀攀爀 甀洀愀 瘀椀猀漀 搀椀昀攀爀攀渀挀椀愀搀愀 猀漀戀爀攀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 搀愀渀搀漀 搀攀猀琀愀焀甀攀  猀甀愀 琀爀愀樀攀琀爀椀愀 渀漀 昀甀琀攀戀漀氀⸀ 倀愀爀愀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 漀 爀漀琀攀椀爀漀Ⰰ 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀 甀洀愀 昀愀猀攀 攀砀瀀氀漀爀愀琀爀椀愀 椀渀椀挀椀愀氀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 焀甀攀 漀猀 愀氀甀渀漀猀 攀渀瘀漀氀瘀椀搀漀猀 渀愀 瀀爀漀搀甀漀 瀀甀搀攀猀猀攀洀 琀攀爀 甀洀愀 昀愀洀椀氀椀愀爀椀搀愀搀攀 洀愀椀漀爀 挀漀洀 愀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀琀愀Ⰰ 爀攀最椀猀琀爀愀渀搀漀 昀愀琀漀猀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀猀⸀  Dessa forma, foram realizadas entrevistas com amigos, ex-colegas de campeonatos e com a própria personagem, para entender melhor os aspectos da sua história. Para isso, foram utilizadas entrevistas não-estruturadas que, de acordo com Christian Laville e Jean Dionne, no livro A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas (Editora UFMG, 1999), o entrevistado pode decidir pela forma de construir a resposta. A ideia era produzir um curta biográfico, pela possibilidade de trazer sujeitos extraordinários do passado para o presente, ampliando e conectando o comum à história, conforme comenta Denise Tavares, em seu artigo Subjetividades transbordantes: apontamentos sobre o documentário biográfico, memória e História (Revista Digital de Cinema Documentário, 2013). Entendendo que o documentário é uma representação da realidade e apresenta uma visão de mundo que busca assemelhar-se com o original – como argumenta Bill Nichols, no livro Introdução ao Documentário (Papirus, 2005) – buscou-se interferir o mínimo possível no processo de gravação. A equipe visualizou um curta-metragem onde Nega Tonha seria a única fonte a ser entrevistada. Assim, o método mais adequado para construir o roteiro foi por meio da particularização do enfoque, sugerido por Consuelo Lins e Cláudia Mesquita, no texto Filmar o real: sobre o documentário brasileiro contemporâneo (Zahar, 2008). A história de Nega Tonha é repleta de questões que poderiam ser abordadas, como o preconceito que sofreu durante anos, mas o objetivo não era usá-la para sintetizar outras histórias e sim valorizar a sua individualidade e o que a fez ganhar notoriedade entre os juazeirenses. Seguindo os tipos de documentário sugeridos por Nichols – na publicação Introdução ao Documentário (Papirus, 2005) – a ideia de trazer uma forma de documentação com menos interferência do documentarista, vai mais de encontro ao modo observativo, na tentativa de produzir uma gravação mais espontânea da experiência cotidiana. Porém, sendo o documentário uma representação, por vezes também se fez necessária uma mediação do cineasta – baseada no roteiro – para a condução mais apropriada das cenas e imagens capturadas, remetendo, assim, ao modo expositivo proposto pelo autor. Visualizada a estrutura do documentário, o roteiro foi proposto com ideias gerais sobre o desenrolar das entrevistas e das cenas, mas seguindo as sugestões de Barry Hampe em Escrevendo um Documentário (Nuppag-Unesp, 2008), o documento também era “flexível o suficiente para permitir mudanças criativas”. Ainda acompanhando as propostas do autor, o roteiro de “Meu Nome é Nega Tonha” descreveu as cenas capturadas durante as gravações, assim como os locais e os momentos em que cada ação poderia acontecer.
 
OBJETIVO
O curta-metragem “Meu Nome é Nega Tonha” é resultado de uma atividade desenvolvida na disciplina de Tópicos Especiais II, do curso de Jornalismo em Multimeios do Campus III da Uneb. Com tema, formato e abordagem livres, a única exigência era em relação ao tempo da produção: até 10 minutos. O prazo para finalizar o produto foi de aproximadamente três meses. A escolha da personagem foi feita a partir da apresentação da história de Nega Tonha por um dos membros da equipe. A partir daí, foram realizadas algumas reuniões, inclusive com a professora orientadora do trabalho, Fabíola Moura, a fim de definir qual seria a melhor abordagem a ser utilizada, para evitar que a história fosse retratada com os padrões de estereótipos anteriormente discutidos.਀䔀洀戀愀猀愀搀漀猀 攀洀 愀氀最甀洀愀猀 氀攀椀琀甀爀愀猀 攀 愀甀氀愀猀 挀漀洀 琀挀渀椀挀愀猀 猀漀戀爀攀 挀愀瀀琀甀爀愀 搀攀 椀洀愀最攀渀猀 ጀ†瀀氀愀渀漀猀Ⰰ 渀最甀氀漀猀Ⰰ 攀琀挀⸀ ጀ†漀猀 挀椀渀挀漀 愀氀甀渀漀猀 搀愀 攀焀甀椀瀀攀 挀漀洀攀愀爀愀洀 愀 爀攀愀氀椀稀愀爀 攀渀挀漀渀琀爀漀猀 挀漀洀 愀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀琀愀 瀀愀爀愀 瘀攀爀椀昀椀挀愀爀Ⰰ 渀漀猀 愀洀戀椀攀渀琀攀猀Ⰰ 焀甀攀 猀椀琀甀愀攀猀 瀀漀搀攀爀椀愀洀 猀攀爀 瀀爀漀瘀漀挀愀搀愀猀 瀀愀爀愀 洀攀氀栀漀爀 攀砀瀀漀爀 愀 爀漀琀椀渀愀 搀攀 一攀最愀 吀漀渀栀愀⸀ 匀攀最甀渀搀漀 一椀挀栀漀氀猀Ⰰ 攀洀 ᰀ䤠渀琀爀漀搀甀漀 愀漀 䐀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀ᴀ†⠀倀愀瀀椀爀甀猀Ⰰ ㈀  㔀⤀Ⰰ 愀 爀攀氀愀漀 攀渀琀爀攀 挀椀渀攀愀猀琀愀 攀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀  昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀氀 搀甀爀愀渀琀攀 琀漀搀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 瀀爀漀搀甀漀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 攀猀猀攀猀 攀渀挀漀渀琀爀漀猀 昀漀爀愀洀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀猀 瀀愀爀愀 爀攀瀀愀猀猀愀爀 愀 椀搀攀椀愀 搀漀 挀甀爀琀愀  瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 攀 挀漀渀猀攀最甀椀爀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 洀愀椀猀 攀昀椀挀愀稀⸀ 匀攀渀搀漀 漀 搀漀挀甀洀攀渀琀漀 渀漀爀琀攀愀搀漀爀 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 最爀愀瘀愀攀猀Ⰰ 漀 爀漀琀攀椀爀漀 昀漀椀 挀漀渀猀琀爀甀搀漀 挀漀洀 愀 搀攀猀挀爀椀漀 搀攀 琀漀搀愀猀 愀猀 挀攀渀愀猀 焀甀攀 瀀漀搀攀爀椀愀洀 猀攀爀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 攀 焀甀攀猀琀椀漀渀愀洀攀渀琀漀猀 愀 猀攀爀攀洀 瀀爀漀瀀漀猀琀漀猀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 挀漀渀瘀攀爀猀愀 挀漀洀 一攀最愀 吀漀渀栀愀⸀ 䘀漀椀 攀猀挀漀氀栀椀搀漀 漀 昀漀爀洀愀琀漀 渀漀爀洀愀氀洀攀渀琀攀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀 攀洀 吀嘀Ⰰ 挀漀洀 搀甀愀猀 挀漀氀甀渀愀猀 ጀ† 攀猀焀甀攀爀搀愀Ⰰ 愀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 攀  搀椀爀攀椀琀愀Ⰰ 愀猀 搀漀 甀搀椀漀⸀ 伀猀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀猀 攀 渀最甀氀漀猀 搀愀 挀洀攀爀愀 渀攀洀 猀攀洀瀀爀攀 昀漀爀愀洀 搀攀琀愀氀栀愀搀漀猀 渀漀 爀漀琀攀椀爀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀 挀愀瀀琀甀爀愀 瀀甀搀攀猀猀攀 猀攀 愀搀愀瀀琀愀爀 洀攀氀栀漀爀 愀 挀愀搀愀 愀洀戀椀攀渀琀攀 昀椀氀洀愀搀漀⸀ 伀 搀漀挀甀洀攀渀琀漀 昀漀椀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀搀漀 瀀愀爀愀 琀攀爀 甀洀愀 挀漀渀搀甀漀 搀椀渀洀椀挀愀 搀愀猀 琀爀猀 瀀愀爀琀攀猀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀㨀 椀渀琀爀漀搀甀漀Ⰰ 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 攀 挀漀渀挀氀甀猀漀⸀ 䄀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 琀愀洀戀洀 昀漀椀 渀漀 猀攀 瀀爀攀渀搀攀爀 愀 甀洀愀 漀爀搀攀洀 挀爀漀渀漀氀最椀挀愀Ⰰ 洀愀渀琀攀渀搀漀 甀洀愀 昀氀攀砀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 琀愀渀琀漀 渀愀 最爀愀瘀愀漀 搀愀猀 挀攀渀愀猀Ⰰ 焀甀愀渀琀漀 渀愀 攀搀椀漀 昀椀渀愀氀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀⸀ 一攀猀猀攀 瀀爀漀挀攀猀猀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 搀攀昀椀渀椀搀愀猀 攀 搀攀猀挀爀椀琀愀猀 渀漀 爀漀琀攀椀爀漀 愀猀 琀爀猀 洀切猀椀挀愀猀 搀愀 琀爀椀氀栀愀 猀漀渀漀爀愀 搀漀 挀甀爀琀愀⸀ 倀愀爀愀 愀猀 瀀爀椀洀攀椀爀愀猀 挀攀渀愀猀Ⰰ 挀漀洀 漀猀 挀氀漀猀攀猀 渀愀 洀愀焀甀椀愀最攀洀 搀攀 一攀最愀 吀漀渀栀愀Ⰰ 愀 洀切猀椀挀愀 搀攀瘀攀爀椀愀 琀爀愀稀攀爀 甀洀 挀攀爀琀漀 猀甀猀瀀攀渀猀攀 ⠀䴀椀氀攀猀 䈀攀礀漀渀搀 ⴀ 儀甀椀渀挀愀猀 䴀漀爀攀椀爀愀⤀⸀ 一愀 猀甀愀 瀀爀攀瀀愀爀愀漀 瀀愀爀愀 漀猀 樀漀最漀猀Ⰰ 瀀攀氀漀 昀甀琀攀戀漀氀 猀攀爀 愀猀猀漀挀椀愀搀漀 愀漀 猀愀洀戀愀Ⰰ 昀漀椀 攀猀挀漀氀栀椀搀漀 甀洀 猀漀洀 椀渀猀琀爀甀洀攀渀琀愀氀 渀攀猀猀攀 爀椀琀洀漀 ⠀圀栀攀爀攀 䄀洀 䤀 ⴀ 吀攀砀琀 䴀攀 刀攀挀漀爀搀猀⤀⸀ 䄀瀀猀 挀漀渀琀愀爀 愀 琀爀愀樀攀琀爀椀愀 搀攀 一攀最愀 吀漀渀栀愀 渀漀 攀猀瀀漀爀琀攀 攀 洀漀猀琀爀愀爀 猀甀愀猀 挀漀渀焀甀椀猀琀愀猀Ⰰ 愀 洀切猀椀挀愀 昀椀渀愀氀 搀攀瘀攀爀椀愀 琀爀愀稀攀爀 愀漀 攀猀瀀攀挀琀愀搀漀爀 甀洀愀 猀攀渀猀愀漀 搀攀 瘀椀琀爀椀愀 ⠀䘀漀渀搀 䴀攀洀漀爀椀攀猀 ⴀ 匀夀䈀匀⤀⸀ 伀 爀漀琀攀椀爀漀 琀愀洀戀洀 猀攀 洀漀猀琀爀漀甀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 瀀愀爀愀 焀甀攀 琀漀搀愀猀 愀猀 椀洀愀最攀渀猀 攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 最爀愀瘀愀搀愀猀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀猀猀攀洀 甀洀愀 氀椀渀栀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 猀椀洀瀀氀攀猀 攀 挀氀愀爀愀 渀愀 洀漀渀琀愀最攀洀 攀 攀搀椀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀⸀ 一攀猀猀攀 瀀漀渀琀漀Ⰰ 昀漀椀 昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀氀 甀猀愀爀 漀 搀漀挀甀洀攀渀琀漀 瀀愀爀愀 猀攀氀攀挀椀漀渀愀爀 愀 猀攀焀甀渀挀椀愀 椀搀攀愀氀 搀漀 挀甀爀琀愀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 漀猀 瘀搀攀漀猀 挀愀瀀琀甀爀愀搀漀猀 猀漀洀愀瘀愀洀 挀攀爀挀愀 搀攀 搀甀愀猀 栀漀爀愀猀 攀 ㈀  洀椀渀甀琀漀猀⸀ 伀 琀琀甀氀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 昀漀椀 猀甀最攀爀椀搀漀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀愀猀 挀漀渀瘀攀爀猀愀猀 挀漀洀 愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 焀甀愀渀搀漀 攀氀愀 攀渀昀愀琀椀稀愀瘀愀 愀 洀愀渀攀椀爀愀 搀攀 猀攀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀 猀 瀀攀猀猀漀愀猀⸀ 倀漀爀 攀猀猀攀 洀漀琀椀瘀漀Ⰰ 漀 爀漀琀攀椀爀漀 琀爀漀甀砀攀 愀 挀攀渀愀 搀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀漀 搀愀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀琀愀 瀀愀爀愀 漀 椀渀挀椀漀 搀漀 挀甀爀琀愀Ⰰ 漀 焀甀攀 昀攀稀 愀 攀焀甀椀瀀攀 搀攀挀椀搀椀爀 瀀漀爀 椀渀挀氀甀椀爀 漀 氀攀琀爀攀椀爀漀 挀漀洀 漀 琀琀甀氀漀 搀愀 瀀攀氀挀甀氀愀 愀漀 昀椀渀愀氀 搀愀 攀搀椀漀⸀ 䐀椀昀攀爀攀渀琀攀 搀攀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 搀攀 昀椀挀漀Ⰰ 愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀 瀀愀爀愀 甀洀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 搀攀 渀漀ⴀ昀椀挀漀 搀攀瘀攀 攀猀琀愀爀 愀戀攀爀琀漀 愀 愀樀甀猀琀攀猀 瀀愀爀愀 椀渀挀氀甀椀爀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 昀愀氀愀猀 漀甀 猀椀琀甀愀攀猀 焀甀攀 瀀漀猀猀愀洀 愀最爀攀最愀爀 挀漀渀琀攀切搀漀  瀀爀漀搀甀漀⸀ 䤀猀猀漀 愀挀漀渀琀攀挀攀甀 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 最爀愀瘀愀攀猀 搀攀 ᰀ䴠攀甀 一漀洀攀  一攀最愀 吀漀渀栀愀ᴀⰠ 焀甀愀渀搀漀 愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 猀攀渀琀愀搀愀 渀愀 挀愀氀愀搀愀 搀攀 猀甀愀 挀愀猀愀Ⰰ 洀漀猀琀爀愀瘀愀 愀氀最甀洀愀猀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 攀 挀漀渀琀愀瘀愀 搀愀 猀愀甀搀愀搀攀 焀甀攀 猀攀渀琀椀愀 搀漀猀 琀攀洀瀀漀猀 搀攀 樀漀最愀搀漀爀愀⸀ 倀漀爀 攀猀猀攀 洀漀琀椀瘀漀Ⰰ 漀 爀漀琀攀椀爀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 攀洀 焀甀攀猀琀漀 昀漀椀 挀漀渀猀琀爀甀搀漀 愀渀琀攀猀Ⰰ 搀甀爀愀渀琀攀 攀 愀瀀猀 愀猀 最爀愀瘀愀攀猀Ⰰ 渀愀 戀甀猀挀愀 搀攀 愀瀀爀椀洀漀爀愀爀 漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀 攀 昀漀爀渀攀挀攀爀 愀漀 瀀切戀氀椀挀漀 甀洀愀 漀戀爀愀 焀甀攀 愀琀椀渀最椀猀猀攀 漀 猀攀甀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 漀戀樀攀琀椀瘀漀㨀 琀爀愀稀攀爀 甀洀 漀氀栀愀爀 洀愀椀猀 猀攀渀猀瘀攀氀 猀漀戀爀攀 一攀最愀 吀漀渀栀愀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀