ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00536</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Audiolivro A Vida de Ricardo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Lígia Peçanha Grillo (Universidade de Fortaleza); Luiza Ester Lima de Oliveira (Universidade de Fortaleza); Ana Paula Silva Farias (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O audiolivro é um livro em formato de áudio, no qual leitores interpretam uma narrativa contada por meio de diversas sonorizações. O audiolivro  A Vida de Ricardo , disponível na plataforma online de publicação de áudio soundcloud (https://soundcloud.com/ligia-grillo/a-vida-de-ricardo-ligia-grillo), foi produzido durante o segundo semestre de 2018, na disciplina de Radiojornalismo do curso de bacharelado em Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), ministrada pela Professora Ana Paula Farias. O audiolivro é uma adaptação em áudio do livro original publicado por Lígia Grillo,  A Vida de Ricardo (Ludis e Portfólio, 2014), cujo tema é direcionado às crianças. A obra aborda a inclusão de deficientes físicos na sociedade por meio da amizade entre um menino e um cachorro. O enredo conta a história de Ricardo, de apenas nove anos, que se envolve em um acidente de ônibus durante um passeio escolar e perde os movimentos das pernas. A história busca introduzir o tema da inclusão na infância. Ricardo lida com a nova vida após o acidente, com o auxílio dos amigos e de sua família. Ele surpreende a todos com a sua maneira de superar o acontecido. As possibilidades e o alcance do instrumento audiolivro podem povoar diversos imaginários com histórias e informação. Em sintonia, a voz e os elementos da linguagem sonora podem construir universos: quem escuta consegue ter uma dimensão do ambiente em que a história se passa e a personalidade dos personagens. Uma música de fundo pode, até mesmo, potencializar uma maior imersão dentro daquele universo. Ou seja, a história é contada por sons. O formato de áudio para retratar um livro é uma ferramenta eficaz, como relata PALETA F.A.C, et al., no texto  Audiolivro: inovações tecnológicas, tendências e divulgação (SNBU - XV Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 2008):  pode ser usado em situações nas quais a leitura não é possível, e por pessoas com deficiência visual; permite que o usuário realize  multitarefas enquanto ouve; devido a possibilidade de interpretação, o áudio consegue dar ao ouvinte a dimensão das técnicas sugeridas; ler em voz alta para crianças é uma das atividades que mais ajudam a desenvolver a habilidade da leitura; ouvindo um livro falado, as crianças ampliam o vocabulário, aprendem entonação, pronúncia e, principalmente, têm contato com o universo da literatura de uma forma lúdica e agradável . Nesse sentido, o objetivo da adaptação para audiolivro de  A Vida de Ricardo , além de mostrar o contexto de inclusão social em que a história de Ricardo se insere, busca promover um outro processo de inclusão e acessibilidade. Ele permite ser, portanto, uma ferramenta paradidática para crianças cegas. Por isso, o produto está disponível na plataforma soundcloud, no modo público, que proporciona mais acessibilidade. Para a educomunicação, segundo Braga e Calazans, no livro  Comunicação e Educação: Questões Delicadas na Interface (Hacker, 2001), os conteúdos comunicativos podem ser um objeto de ensino e aprendizagem. Diante disso, o audiolivro  A Vida de Ricardo também foi encaminhado à Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC), instituição que presta atendimento oftalmológico à população do Ceará e realiza atividades de responsabilidade social na áreas de educação e saúde, e à Associação dos Cegos do Estado do Ceará (ACEC), entidade que promove serviços educacionais para quem tem algum tipo de limitação visual.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo Rabelo, no texto  Comunicação Comunitária se aprende na escola? Relatos de uma aprendiz (MAUAD X, 2018):  o amadurecimento da democracia no Brasil e o crescimento do chamado terceiro setor ampliaram a demanda por profissionais de comunicação capazes de desenvolver e estimular projetos de mobilização e educação para a cidadania . Em Radiojornalismo, disciplina que alia teoria à prática em sua ementa, aprendemos além das técnicas necessárias para se fazer Jornalismo no veículo sonoro. Por meio das compreensões, metodologias e técnicas do Rádio, apreendidas com base em autores como Ferraretto, McLeish e Medina, exercitamos os motivos pelos quais escolhemos ser comunicadores sociais. Nesse contexto, Carlos Alberto Vicchiatti, no livro  Jornalismo: comunicação, literatura e compromisso social (Paulus, 2005), enfatiza que o jornalista precisa ser um instrumento de transformação social. Ainda, na condição de estudantes de Comunicação Social, recordamos as premissas de McLuhan, de que os jornalistas e os meios de comunicação são essenciais para a evolução de uma ordem democrática. Associado a essa ideia, pôde se questionar:  o que a comunicação pode fazer? . Para Margareth Michel e Jerusa Michel, no texto  Comunicação Comunitária e Cidadania - resgate da cultura e construção da identidade (Biblioteca Online de Ciências da Comunicação, 2006), a comunicação abrange troca de fatos, ideias, opiniões ou emoções entre duas ou mais pessoas e é também definida como inter-relações por meio de palavras, letras, símbolos ou mensagens e como meio para aquele que comunica partilhar significado e compreensão com outros . O audiolivro  A Vida de Ricardo transita por essa perspectiva da educação, da comunicação social e da cidadania, sob as premissas de Paulo Freire, no livro  Extensão ou Comunicação (Paz e Terra, 1969). Freire dialoga:  todo ato de pensar exige um sujeito que pensa, um objeto pensado, que mediatiza o primeiro sujeito do segundo, e a comunicação entre ambos, que se dá através de signos linguísticos. O mundo humano é, desta forma, um mundo de comunicação . Por que e para quem? No último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência. Isso é, aproximadamente, cerca de 23,9% da população do Brasil. Segundo o censo, a deficiência mais recorrente é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), seguida da auditiva (5,10%) e, por fim, da deficiência mental (1,40%). Apesar disso, essas pessoas não vivem em uma sociedade com as devidas políticas de acessibilidade. Em 2014, a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) mostrou que os municípios brasileiros não estimulam essas políticas em vários âmbitos da vida. Um retrato desse descaso é a própria convivência dessas pessoas no País, vistas, por diversas vezes, em uma perspectiva estereotipada e irreal. Por vezes, esquecidas e negligenciadas. Promover políticas de acessibilidade vai além da construção de espaços adaptados. Segundo Priscila Moreira Corrêa, no texto  Acessibilidade: conceitos e formas de garantia (Revista Brasileira de Educação Especial, 2009):  o termo acessibilidade tem sido utilizado para garantir que todas as pessoas tenham acesso a todas as áreas de seu convívio. Estas áreas estão relacionadas aos espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, sistemas e meios de comunicação e informação . Por meio do audiolivro, é possível, assim, democratizar as trocas descritas por Margareth Michel e Jerusa Michel (2006), citadas anteriormente. O produto em questão existe como uma ferramenta educativa e de inclusão social, tanto pela história contada - que aborda o tema da deficiência física na infância - quanto pela maneira com que o audiolivro é utilizado - como paradidático sonoro para pessoas com deficiência visual. Entendemos, portanto, a comunicação como um diálogo permanente dessa construção democrática.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O audiolivro  A Vida de Ricardo , como um projeto elaborado na disciplina de Radiojornalismo, foi pensado durante a Unidade III, que trabalha as novas linguagens e estilos radiojornalísticos. Antes e durante a prática, estudamos a caracterização dos estilos dos programas radiojornalísticos, aplicamos as novas linguagens no contexto radiojornalístico e aprendemos a vivenciar de forma ética a missão do rádio por meio dos diversos estilos informativos existentes. Dessa forma, o produto mencionado se caracteriza como prática experimental dessa produção narrativa em áudio. Uma experiência que Antônio Adami aborda em  Radioconto, radiorromance, radiopoesia: o rádio educativo (Revista USP, 2003):  experimentar uma obra literária em uma outra linguagem, diferente daquela em que foi concebida originalmente, é sempre uma aventura, uma experiência, que pode ou não estar à altura do texto original pois trata-se de recontar a história e, por ser outro suporte, por exemplo, da literatura para o rádio, exige do adaptador conhecimentos das especificidades tanto do novo veículo como da própria literatura e, especialmente, do autor e obra que será adaptada . O processo de produção do audiolivro iniciou com a leitura atenta e o estudo minucioso do livro original, publicado em 2011 por uma das integrantes da equipe. Foram identificados, por meio da interpretação da obra literária, momentos do enredo associados ao espaço, ao tempo, ao movimento das personagens e às próprias personagens. Logo após, foi realizado um roteiro e uma divisão de tarefas entre os membros da equipe responsável pelo trabalho. No roteiro, a sonoplastia desejada foi indicada para contar a história da vida de Ricardo. Para cada cena, a equipe pensou em sons que pudessem representar o ambiente em que os personagens estavam, os efeitos sonoros de suas ações, como o abrir de uma porta e a música de fundo. A partir disso, cada integrante foi designado para a captação de elementos sonoros, que foram imaginados durante a discussão sobre a leitura do livro e a confecção do roteiro. Após definir quais seriam os efeitos sonoros, dentre eles o amassar de um papel, som de um ônibus freando, risadas, som de passos, latido de cachorro etc, a equipe utilizou smartphones para captar os sons que eles mesmos produziram e gravaram de situações do dia-a-dia, como no caso do som do ônibus, por exemplo. Além disso, a captação de determinados sons foram inviáveis, como o efeito da batida do ônibus. Diante disso, foram utilizadas músicas e outros elementos sonoros sem direitos autorais, que são de livre acesso ao público, respeitando o direito intelectual. Após a captação dos efeitos sonoros, os papéis da história foram distribuídos entre os membros da equipe. Utilizando o roteiro, a gravação foi realizada no estúdio de rádio da universidade, com a orientação da professora e o apoio do técnico de som, com cada um interpretando seu personagem e atuando conforme a história. Neste momento, foi essencial que todos os integrantes da equipe estivessem de pé para dar vida aos personagens. Além disso, foi preciso dar atenção ao posicionamento dos microfones e à captação das falas, uma vez que a interpretação requer essa preocupação. Após a gravação de todas as vozes e efeitos sonoros, a equipe se reuniu para realizar a decupagem, etapa importante da produção de rádio. A gravação foi ouvida por completo e foram pontuadas as edições na estrutura do conteúdo. O processo da edição, realizado no programa Audacity, foi facilitado pelo uso do roteiro. As músicas de fundo foram escolhidas especialmente para cada momento do enredo e foram adicionadas no processo da edição. O audiolivro, com duração de sete minutos e 15 segundos (7 15 ), foi convertido em formato de áudio mp3 e publicado na plataforma Soundcloud. Descobrimos e (re)descobrimos, montamos e desmontamos sonoplastias para tentar contar da melhor maneira  A Vida de Ricardo .</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>