XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE


INSCRIÇÃO:	00545

CATEGORIA:	PT

MODALIDADE:	PT10

TÍTULO:	Plano de Comunicação Integrada UFMA Na Estrada: aproximando academia e comunidade

AUTORES:	Daniele Silva Lima (Universidade Federal do Maranhão); Lorena Lacerda Lima (Universidade Federal do Maranhão ); Danielle Carolina dos Santos Costa (Universidade Federal do Maranhão ); Wyldiany Oliveira dos Santos (Universidade Federal do Maranhão ); Mariana Guedes Conde Falcão (Universidade Federal do Maranhão )

PALAVRAS-CHAVE:	, , , ,

RESUMO
O presente Plano de Comunicação tem como cliente o Ufma na Estrada. Criado em 2018, o Ufma na Estrada é um projeto de extensão que visa oferecer cursos de alfabetização midiática para os moradores de cidades do interior do Maranhão. Em uma parceria de professores e alunos voluntários do curso de Comunicação Social - Jornalismo, Campus Imperatriz, são oferecidas oficinas de fotografia, redação, redes sociais, cinema, entre outras opções. Dessa forma, os acadêmicos colocam em prática os aprendizados adquiridos na graduação e repassam para sociedade. Além disso, são produzidos materiais jornalísticos como reportagens, entrevistas, fotografias, documentários, etc., para que assim, diminua o “deserto de notícias” dos municípios do interior. O plano foi um trabalho prático para obtenção de nota da disciplina de Laboratório de Assessoria de Comunicação, no segundo semestre de 2018, pela turma de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão. As autoras do plano faziam parte do projeto e perceberam que o Ufma na Estrada poderia ser um cliente em potencial, pois, inicialmente, notou-se problemas com dois públicos distintos: o interno e o externo. Dessa forma, esses transtornos poderiam ser trabalhados seguindo as filosofias da Comunicação Organizacional Integrada que está atrelada ao Plano de Comunicação. O plano buscou organizar estratégias de comunicação para diagnosticar riscos e oportunidades para o cliente em questão, para que assim, fosse firmada novas parcerias e patrocinadores. Foram desenvolvidos produtos em quatro plataformas: Mídias Digitais, Impresso, Televisão e Rádio, pensados de maneira benéfica para o cliente. Trabalhar com o Ufma na Estrada foi uma experiência desafiante e enriquecedora, pois foram colocadas em prática as experiências advindas do decorrer da graduação, além de criar uma base de assessoria de comunicação que antes era inexistente no projeto, porém, necessária.

INTRODUÇÃO
Tomando por base Peruzzo (2013), o presente produto preocupou-se com as necessidades particulares da comunicação e principalmente com os profissionais cujas competências eram específicas para cada situação. A priori a preocupação com o que chamamos de “deserto de notícias”, impulsionou a produção jornalística em todas as cidades visitadas pelo projeto. Segundo dados do Atlas da Notícia (2017), mais de quatro mil municípios vivem um deserto de notícias, sem cobertura jornalística local, ou seja, não dispõem de notícias da própria comunidade. Em sua maioria não tem a presença de jornal impresso ou site jornalísticos e os maiores índices de deserto de notícias encontra-se no norte e nordeste do país, geralmente as áreas mais pobres, de acordo com a pesquisa. Considerando este aspecto na produção e acompanhamento do Plano de Comunicação do Ufma na Estrada, tomamos por base o que propõe Kunsh (2006) ao que se refere gerenciar crises, analisar os ambientes e as necessidades do público alvo. De acordo com Kunsh (2006) é parte primordial o planejamento oriundo da coleta de dados e informações sobre a organização, pois assim torna-se possível planejar e programar as ações a serem realizadas. Outro momento importante é a implantação e execução das atividades e por fim o controle e avaliação dos resultados. Esse momento de planejamento da comunicação, possibilitou um maior conhecimento sobre o perfil do Ufma na Estrada, o que nos instigou a identificar os pontos fracos e fortes e propor mudanças de atitudes diante das ações. Partindo dessas premissas, após a seleção do Projeto, participamos dos grupos de trabalho e identificamos pontos que necessitavam de atenção ao que se referia a comunicação interna e externa. Entrevistamos um dos coordenadores do projeto, o Professor Lucas Reino, a fim de identificarmos as necessidades comunicacionais do grupo e os anseios para o projeto. Além disso, complementamos com o acompanhamento na íntegra das redes sociais do UFMA na Estrada e estivemos presentes em todas as viagens realizadas para compreender de perto cada detalhe. Acompanhamos os primeiros passos desde a feijoada e divulgação do projeto, até os trabalhos realizados em Grajaú e Carolina, no período de 28 a 30 de setembro e de 23 a 25 de novembro de 2018. As cidades escolhidas são interioranas e próximas de Imperatriz, no Maranhão e elas compreendem os locais dos quais o projeto visa levar uma alfabetização midiática. Com base no que propõe Peruzzo (2013) a cerca de observar o contexto entre a organização e o público, analisando como se dá essa relação, foram escolhidas as oficinas e divididas cada grupo responsável. O projeto é composto por estudantes de Comunicação Social - Jornalismo e professores que dão o suporte necessário. Com base na proposta do projeto, o Plano de Comunicação traçou a missão, visão e valores, identificando com mais precisão os objetivos e estratégias necessárias para alcançarmos cada meta, principalmente no que diz respeito ao deserto de notícias na região visitada. A ideia é a produção de notícias de interesse público no âmbito regional e local e que aproximasse a comunidade das atividades propostas no intuito deles darem continuidade ao aprendizado proposto. Em cada cidade o projeto levou oficinas para a comunidade, como foco em estudantes do ensino fundamental e médio. Com pautas de cada regionalizadas de cada local, foram produzidas reportagens, cobertura jornalística, webdocumentários e radiodocumentários, além das entrevistas realizadas. Durante a realização do plano, identificamos pontos importantes a serem melhorados e reavaliamos algumas ações do projeto. Por fim, destacamos que as atividades do projeto fluíram com maior organização após a elaboração do plano e o empenho dos voluntários proporcionou a comunidade uma proximidade com o jornalismo, fortalecendo as interações sociais.

OBJETIVO
A disciplina Laboratório de Assessoria de Comunicação é divida em partes para que possamos compreender melhor cada módulo. Com atividades das quais se destacam conceitos sobre comunicação integrada, institucional, organizacional, assessoria de comunicação e imprensa, além da elaboração, análise e apresentação de um plano de comunicação, media training e análise de cases. Trabalhamos em conjunto com os voluntários do Ufma na Estrada e como proposta do laboratório, deveríamos apresentar até o fim do semestre produtos relacionados ao nosso assessorado trabalhando de forma integrada. Com base no objetivo do projeto e na proposta do plano de comunicação, as atividades envolveram a produção de materiais de rádio, impresso, mídias sociais, fotografia, webdocumentário e texto, colocando em prática a interatividade e integração multímidia. Para saber quais as melhores estratégias para serem executadas e beneficiar o cliente, fizemos a Análise SWOT, que consiste em colocar em evidência os fatores internos e externos do assessorado, para identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ao levantar esses elementos, é feito um cruzamento para buscar potencializar os pontos favoráveis ao cliente e neutralizar os pontos negativos. Após fazer os cruzamentos de fatores, e compreender o que seria melhor para o cliente, trabalhamos em quatro plataformas, que serão explicadas a seguir. MÍDIAS DIGITAIS - A proposta para essa plataforma, foi um acompanhamento de social media nas redes sociais do projeto (Instagram e Facebook). Basicamente, o trabalho se deu pela produção de conteúdo e a criação de design do Ufma na Estrada na internet. A monitoração dessas redes sociais possibilitou a criação de um quadro de planejamento de conteúdos para orientar novas postagens. Além das publicações, com a ajuda de ferramentas “stories” do Instagram, foi feita a cobertura das viagens de Grajaú e Carolina - MA. O uso ativo das redes sociais foi uma oportunidade de aproximar o projeto das futuras cidades contempladas, pois as publicações tornam-se vitrines do que já foi feito, assim, a sociedade e até mesmo novos parceiros podem conhecer mais sobre os frutos do programa de extensão. Além disso, ainda resulta em estabelecer relações com a população que já participou do projeto. IMPRESSO - Foi trabalhado o release para serem enviados aos meios de comunicação com a intenção de gerar mídia espontânea, e como consequência, deixar o projeto mais conhecido. Esses materiais foram enviados tanto para a mídia de Imperatriz-MA, quanto para a mídia da cidade de Carolina - MA (o destino da viagem do semestre), gerando 12 publicações - a maioria espontânea. A partir disso, foi elaborado um clipping para avaliar os resultados dessas divulgações, onde todas tiveram uma avaliação positiva. Ainda foi desenvolvido um flyer para serem distribuídos nos postos de atendimento de uma empresa parceira do projeto. O material contém informações sobre o que é o projeto, quais oficinas são ofertadas, quem pode participar, os contatos e redes sociais do Ufma na Estrada, e os parceiros do programa de extensão. TELEVISÃO - Nessa plataforma, foi trabalhado mais a assessoria de comunicação, em decorrência dos releases foi feita uma assistência ao cliente para uma entrevista sobre o projeto na TV Mirante, afiliada da Rede Globo, onde tratou sobre a divulgação do Ufma na Estrada, para atrair novos patrocinadores e parceiros. RÁDIO - Assim como na TV, essa plataforma foi trabalhada em razão dos releases. Na rádio Renascer de Carolina - MA, o programa “Carolinando” veiculou por três dias, a notícia da chegada do projeto na cidade. Além disso, realizou uma entrevista com uma das coordenadoras do projeto, um voluntário e uma assessora, para divulgação do projeto de extensão.

JUSTIFICATIVA


MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS


DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO


CONSIDERAÇÕES


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS

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