ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00621</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Website: Elas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Isabelli Fernandes Castro (Universidade de Fortaleza); Emanuel de Macêdo Saraiva (Universidade de Fortaleza); Adriana Santiago Araújo (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A violência contra a mulher é um problema grave e real, e precisa ser tratado com compromisso pelo jornalismo. A proposta do  Elas é contar a história de mulheres vítimas de violência - física ou psicológica - e buscar evitar que mais delas se tornem um número perdido nas estatísticas. O site é um produto originado da disciplina de Jornalismo Digital da Universidade de Fortaleza. Sob orientação da professora Adriana Santiago, o projeto foi executado em 2018.2 e permitiu um desenvolvimento proveitoso por parte dos alunos, expondo cenários que são facilmente encontrados no mercado de trabalho. Ao longo das matérias dispostas no site, foi utilizada uma linguagem literária relacionada às técnicas de webwriting para contar os relatos de mulheres vítimas de violência, sempre com o objetivo de informar o leitor a respeito de fatos da vida desses personagens anônimos. A produção de um site desperta habilidades digitais para contar histórias de uma forma mais aprofundada, com liberdade para utilizar multimidialidade e recursos tecnológicos como vídeos, áudio, fotos, infográficos e mapas interativos. A temática deste trabalho foi escolhida por conta da relevância social que o assunto abordado possui. Tendo em vista que, segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, FBSP, no texto Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil 2° edição, (FBSP, 2019), só no último ano mais de 1,6 milhão de mulheres foram vítimas de violência física no Brasil. Essa pesquisa ainda leva em conta os assédios sofridos por mulheres no país, o número chega aos 22 milhões. O website  Elas , faz uso de mídias convergentes para potencializar sua capacidade narrativa. Foi pensado como uma forma de contar histórias de mulheres que sofreram violência  física ou psicológica  e precisavam de algum lugar para contar sua história onde não fossem apenas mais uma estatística.A plataforma Wix foi escolhida para abrigar o site, por conta das inúmeras possibilidades de configuração. Também foi escolhida a opção gratuita, fazendo com que o material do site continue no ar independente de pagamento mensal ou anual.O website conta inicialmente com três histórias, a primeira é a de Joana (nome fictício), que virou  esposa aos 12 anos de idade, sofrendo uma violência incomparável. Seu agressor tinha 20 anos na época e não se acanhou com a pouca idade da menina, tampouco os pais de Joana proibiram a união. O segundo relato é de Camila (nome fictício), nessa parte do site a personagem divide com o público a violência que sofreu pelas mãos do irmão, chegando a ser estrangulada. A última história é de Raquel que sofreu violência psicológica causada por um relacionamento abusivo, onde o ex namorado, e agressor, tinha total controle sobre a vida dessa mulher. O site localizado na plataforma Wix também abriga a história de Maria da Penha, que dá nome à Lei 11.340, que cria instrumentos com intuito de coibir a violência contra a mulher. Com exceção de Maria da Penha, todas as outras tiveram nomes alterados para a própria segurança e privacidade. Além de contar as histórias das vivências destas mulheres, o  Elas também apresenta infográficos com informações relevantes para a narrativa. Além disso, há também a entrevista com o advogado que explica sobre as dificuldades que a Lei Maria da Penha tem para ser aplicada no interior do Estado.É possível também encontrar um mapa interativo, que aponta a localização de algumas delegacias de defesa da mulher em Fortaleza, Região Metropolitana da Capital e interior.Se faz necessário ressaltar que os idealizadores deste projeto pretendem desenvolver trabalhos secundários a partir da mesma temática. Para dar continuidade ao projeto foi pensando em um aplicativo para orientações e denúncias de violência contra a mulher para telefone móvel.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O website  Elas , disponível no endereço https://bit.ly/2CEJrnq, foi pensado como um produto onde fosse possível unir o webjornalismo ao jornalismo literário e, ao mesmo tempo, abordar de uma forma mais pessoal um dos grandes problemas atuais da sociedade: a violência contra a mulher. Embora já existam medidas para combater essa realidade, os dados ainda assustam. Desta forma, o jornalismo pode ser uma forma de amplificar as histórias dessas mulheres, de suas lutas, e ser um instrumento de mudança social.Em pleno século XXI a violência contra a mulher ainda é vista em inúmeros noticiários. É comum ver manchetes como  Homem confessa ter matado a mulher por ciúmes; vítima foi morta na frente do filho e socorrida pela própria família ,  Mulher é agredida e abandonada em estrada no ES; polícia pede prisão de companheiro ,  Adolescente denuncia padrasto após oito anos de abuso sexual . De acordo com Blay, no texto  Violência contra a mulher e políticas públicas (Scielo, 2003): Homicídios de mulheres fazem parte da realidade e do imaginário brasileiro há séculos [...]. Depois de trinta anos de feminismo, que impôs à sociedade o "quem ama não mata" [...] e de consistentes mudanças na posição socioeconômica e nos valores relativos à relação homem x mulher, como explicar que crimes de gênero continuem a ocorrer? (BLAY, 2003, n.p). O que antes era aceitável pela sociedade agora torna-se um crime passivo de punição, graças a Maria da Penha. A mulher que dá nome a Lei 11.340, foi brutalmente espancada pelo marido e gravemente ferida com um tiro nas costas. De acordo com dados fornecidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no texto Avaliando a efetividade da lei maria da penha (IPEA, 2015), existem alguns fatores que influenciaram no respeito à lei, sendo eles:Consideramos que a LMP afetou o comportamento de agressores e vítimas por três canais: i) aumento do custo da pena para o agressor; ii) aumento do empoderamento e das condições de segurança para que a vítima pudesse denunciar; e iii) aperfeiçoamento dos mecanismos jurisdicionais, possibilitando ao sistema de justiça criminal que atendesse de forma mais efetiva os casos envolvendo violência doméstica (IPEA, 2015, p.32). É necessário ressaltar que a Lei Maria da Penha não engloba apenas casos de violência física, de acordo com o capítulo II, Art. 70, a lei também protege vítimas de violência psicológica, patrimonial, moral e sexual. O Art. 20 da lei afirma: Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência[...] (JUSBRASIL, 2006, n.p). Mulheres em todas as partes do mundo sofrem violência, em alguns países, como Rússia, esse tipo de ato é legalizado pelo menos uma vez ao ano  [...] As agressões que causam dor física, mas não lesões, [...] não serão consideradas um crime, mas uma falta administrativa (AGÊNCIA EFE, 2017, n.p). Ou seja, na Rússia, se uma mulher for espancada de forma  carinhosa o agressor não recebe punição. Quantas mulheres precisam morrer para que todos os países adotem medidas de proteção da vítima e penalização do agressor? Segundo Michael Schudson, no texto News and democratic society: past, present, and future (Hedgehog Review, 2008), o jornalismo não é uma força capaz de necessariamente produzir democracia, no entanto, quando esta existe,  [...] pode fornecer uma série de serviços diferentes para ajudar a estabelecer ou manter o governo representativo (SCHUDSON, 2008, p.8). Assim, no caso específico do  Elas , o jornalismo exerce sua função em uma democracia  que, no grego, significa literalmente  governo do povo  , ao dar voz e oferecer uma plataforma que essas mulheres sejam ouvidas, pois só quando se sabe da realidade que é possível mudá-la.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a construção do Elas, os repórteres precisaram colocar em prática as técnicas de entrevistas que viram em sala e em experiências profissionais. Conforme explicado por Cremilda Medina, no texto Entrevista: o diálogo possível (Ática, 1986), a entrevista é uma  técnica de interação social, de interpenetração informativa .Segundo a autora, é importante que haja uma identificação entre os três envolvidos no atos  a fonte de informação, o repórter e o receptor  , e que o leitor sinta a emoção e autenticidade do que está sendo transmitido. As informações compartilhadas pelo entrevistado  transformam-se numa pequena ou grande história que decola do indivíduo que a narra para se consubstanciar em muitas interpretações , conforme afirma Medina, no texto Entrevista: o diálogo possível (Ática, 1986, p.6). No  Elas , entretanto, para tentarmos transmitir os conceitos apresentados por Medina, no texto Entrevista: o diálogo possível (Ática, 1986) e potencializar o conteúdo das entrevistas, foram usadas técnicas de jornalismo literário, como explica Pena, no texto O jornalismo literário como gênero e conceito (Contracampo, 2005):Não se trata apenas de fugir das amarras da redação ou de exercitar a veia literária em um livro reportagem. O conceito é muito mais amplo. Significa potencializar os recursos do jornalismo, ultrapassar os limites dos acontecimentos cotidianos [...] romper as correntes burocráticas do lide [...] garantir perenidade e profundidade aos relatos (PENA, 2005, p.48). Conforme evidenciado por Pena, no texto O jornalismo literário como gênero e conceito (Contracampo, 2005), o jornalismo literário potencializa as técnicas do jornalismo diário, de uma forma que  acaba constituindo novas estratégias profissionais . Para escrever para jornalismo de web aplicamos técnicas de entrevistas e de linguagem literária, que foram aprendidas ao decorrer do curso, em disciplinas como: jornalismo impresso I e II; e jornalismo digital. A convergência e a linguagem multimídia está envolvida na nova configuração que o jornalismo está vivenciando. Desde o início a proposta do website  Elas traz consigo uma premissa de multimidialidade, sempre buscando englobar o maior número de linguagens dentro do mesmo produto. Segundo Canavilhas, no texto Webjornalismo: 7 caraterísticas que marcam a diferença (Livros Labcom, 2014): Compor eficazmente uma mensagem multimédia implica coordenar tipos de linguagem ou formatos que tradicionalmente se manipulavam em separado (CANAVILHAS, 2014, p.32). No produto em questão todas as linguagens conversam entre si, os recursos utilizados possuem a mesma temática central do website. Segundo Canavilhas, no texto Webjornalismo: 7 caraterísticas que marcam a diferença (Livros Labcom, 2014, p. 42),  Todos os elementos multimédia devem versar, de um modo ou de outro, do mesmo assunto .No website  Elas , foram empregadas técnicas absorvidas na disciplina de fotojornalismo para a criação do ensaio fotográfico. A produção deste material foi feita em um estúdio de fotografia com pessoas convidadas, é necessário ressaltar que nenhuma das vítimas está posando para as fotos. De acordo com Canavilhas, no texto Webjornalismo: considerações gerais sobre jornalismo na web (Livros Labcom, 2003), o jornalismo na web, ou webjornalismo, possui algumas potencialidade que fornecem novas opções para produção e leitura de notícias. Desta forma, se vê que o webjornalismo se posiciona como uma nova forma de apresentar história, onde o jornalista possui uma maior liberdade criativa para sua produção. A coleta de dados foi feita por meio de gravação de áudio e vídeo em aparelho celular, contato via email e whatsapp. Depois que as entrevistas foram colhidas se fez necessário um processo de decupagem do material, visando selecionar as partes que fariam uma melhor composição com a proposta do relato.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>