INSCRIÇÃO: 00663
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO15
 
TÍTULO: Campos de Concentração no Ceará: Seca ou Cerca?
 
AUTORES: FRANCIMEIRE DE SOUSA BARROS (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
Esse trabalho deriva de um estudo intitulado Campos de Concentração no Ceará - Seca ou cerca? Objetiva divulgar mais um acontecimento histórico ocorrido no estado do Ceará durante a Seca de 1932 e ainda pouco conhecido de modo amplo, a fim de que casos como este não passem despercebidos pela humanidade. O fato aqui explanado não é ficção ou ideia absurda criada pelo pensamento de uma ou várias pessoas, simplesmente para impactar ou gerar conflito e comoção diante da sociedade. Trata-se de um isolamento vivido por milhares de pessoas foram submetidas no ano de 1932, quando estiveram segregadas do convívio com a alta sociedade fortalezense, sob o discurso de acolhimento e proteção contra os males da seca. O trabalho expõe um fato de relevância social onde seres humanos tiveram seus direitos e existência ignorados em defesa da ordem e progresso na capital cearense. Além disso, considerou-se o direito à liberdade de imprensa e o acesso à informação que qualquer pessoa pode ter. Baseados nisso, expôs-se os pensamentos, argumentações e afirmações encontradas na obra da Professora Dra. Kênia Sousa Rios, do livro Campos de concentração no Ceará: isolamento e poder na Seca de 1932. Usou-se, ainda, o relato de um dos sobreviventes deste fato, bem como trechos de reportagens publicadas em jornais da época: O Povo, Correio do Ceará, O Nordeste, que narravam diariamente, ao longo do período da Seca, a saga dos sertanejos que chegavam em grupos enormes e ficavam vagando pelas ruas de Fortaleza. Escreviam, também, sobre a acolhida oferecida aos pobres nos referidos Campos, de modo que sempre a elite e os políticos eram enaltecidos como os benfeitores e os pobres eram o problema. O tema chegou a causar espanto em várias pessoas que tomavam conhecimento do ocorrido. Campos de concentração, aqui no Ceará? Como assim? É verdade isso? Estes são alguns questionamentos de quem leu o post em uma rede social de grande acesso público, quando na ocasião, procurava-se por sobreviventes da Seca de 1932 e que tivessem vivido em um desses Campos de concentração. Os Campos de concentração existiram e foram cenários de horror e morte, locais onde pessoas eram dizimadas, e a vida do homem do campo não valia o luxo da sociedade burguesa que habitava a capital, afinal, o que importava era viver os tempos áureos da Belle époque, do progresso que chegava. Homens e mulheres eram tratados como moeda de troca e expostos aos turistas como peças de museu. Os flagelados eram confinados em grandes aglomerações, próximo às suas cidades de origem. Ao todo, foram erguidos sete Campos de Concentração: Ipu, Quixeramobim, Senador Pompeu, São Mateus, Crato e dois em Fortaleza. Em geral, os Campos de concentração caracterizavam-se por terem estruturas precárias e superlotadas. Mesmo tendo barbearia, banheiro, cozinha e até igreja, como é o caso do Campo do Ipu, os sertanejos acostumados ao meio rural, chamavam esses locais de Curral do Governo, em comparação ao gado que fica preso para não fugir. A vigilância constante, os abusos de autoridade faziam com que o pobre perdesse além do pouco que deixou para trás, a dignidade que ainda lhe restara. A elite fortalezense, preocupada única e exclusivamente com o progresso e o embelezamento da cidade, não queria, em hipótese alguma, a pobreza por perto. Com tantas informações relevantes, a pesquisa tomou forma e evoluiu. A conversa entre aluna e orientadora caminhou para a produção e concretização de um rádio documentário. Esperamos que o presente trabalho sirva de instrumento e subsídio para todos que se propõem a contribuir com a igualdade, seja de qual tipo for, e a justiça deste país. Desejamos, ainda, despertar reflexão crítica e política na sociedade por meio da informação séria, comprometida com a verdade, levada a qualquer cidadão, independente de idade, classe social, cor, religião, etc., abrangendo todas as áreas do conhecimento ou profissões.
 
INTRODUÇÃO
Para colocar em prática este projeto, o meio escolhido foi o rádio e o formato um documentário, por ser um meio de comunicação utilizado pelo sertanejo que tem o hábito de escutá-lo, seja em casa ao amanhecer ou no roçado, onde ele se dedica à sua plantação e para tornar este fato ainda mais conhecido. Outros motivos foram: a existência de pouco material sobre o assunto nesse veículo de comunicação e a vontade de contribuir com as aulas práticas da disciplina de Radiojornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, e outras instituições que necessitarem utilizar o formato como exemplo. O material está disponível ao acesso público no acervo da biblioteca desta instituição de ensino. O documentário ainda é um modo de informação pouco utilizado no rádio. Para verificar, basta que fiquemos atentos à programação de várias emissoras, que raramente fazem trabalhos deste tipo. Na maioria das vezes, isso acontece por se tratar de um formato que se caracteriza pela complexidade na produção, pois demanda tempo, dedicação, pesquisa, muita leitura sobre o conteúdo, além de atenção no passo a passo, evitando erros que comprometam a qualidade do trabalho proposto. Outros pontos fundamentais para realização deste trabalho foram as metodologias aplicadas: entrevista realizada pessoalmente com a autora do livro Campos de concentração no Ceará: isolamento e poder na Seca de 1932 – Professora Kênia Sousa Rios, leitura de materiais (livros, jornais, textos sobre rádio e documentário) e até a escuta de músicas que remetem ao tema, fatores imprescindíveis para o êxito esperado. Neste caso, as escolhidas foram:਀☀⌀㤀㘀㜀㤀㬀ऀ䄀 吀爀椀猀琀攀 倀愀爀琀椀搀愀 ⴀ 䰀攀琀爀愀㨀 倀愀琀愀琀椀瘀愀 搀漀 䄀猀猀愀爀Ⰰ 䤀渀琀爀瀀爀攀琀攀㨀 䰀甀猀 䜀漀渀稀愀最愀㬀 ● Mucuripe - Letra e Intérprete: Belchior;਀☀⌀㤀㘀㜀㤀㬀ऀ匀漀甀猀 氀攀 挀椀攀氀 搀攀 倀愀爀椀猀 ⴀ 䰀攀琀爀愀 攀 䤀渀琀爀瀀爀攀琀攀㨀 준搀椀琀栀 倀椀愀昀⸀ Com relação aos equipamentos utilizados para coleta de informações, foi adotado o critério da qualidade do equipamento, a fim de garantir um bom áudio, sem os ruídos que atrapalham a comunicação. Outro cuidado tomado foi de usar mais de um aparelho para gravação das entrevistas, evitando assim, o risco de perder o material, em caso de pane em um dos equipamentos, além do uso do bom e velho caderno. Para alcançar o objetivo desejado, foram usados os equipamentos: Gravador de voz Panasonic - RR-US571 - zoom mic 2GB - 544 hrs e Gravador de voz do smartphone android – Sansumg galaxy J5; e o programa de edição: Samplitude Profissional. Para a edição, usou-se o estúdio de rádio da universidade. Todos esses processos dão um toque todo especial ao produto. Desde a escolha dos trechos de depoimentos e/ou entrevistas que serão utilizados, das músicas ou efeitos sonoros, passando por vinhetas e a voz que fará a locução, tudo isso escolhido com muita atenção e sensibilidade para não fugir ao tema nem ao estilo proposto, são etapas imprescindíveis para o resultado final.
 
OBJETIVO
Conforme as orientações recebidas, encontrar livros que fossem de encontro com o tema, foi o primeiro passo. No acervo da biblioteca da Universidade de Fortaleza está a principal fonte bibliográfica, o livro da Professora Kênia Sousa Rios: Campos de concentração no Ceará: isolamento e poder na Seca de 1932. Uma obra de volume bem pequeno, mas de um conteúdo gigantesco e revelador. Outras leituras se sucederam, como por exemplo, de textos que dissertam sobre a linguagem utilizada no rádio e sobre o modo correto e ético de fazer documentário, mostrando todas as características de um produto desse tipo. Descobrir se existia algum sobrevivente foi outro desafio. Fazer pesquisas na internet, enviar mensagens nos grupos das redes sociais, realizar ligações, todas essas foram maneiras de buscar alguma informação sobre os flagelados. O acesso a materiais que contam essa história não foi obstáculo: fotos, recortes de jornais, livro, vídeo, entrevistas. Uma etapa do trabalho que exigiu sensibilidade foi a escolha das músicas que seriam utilizadas como cortina (o som que ouvimos antes ou depois das falas para dividir a entrevista). Para tanto, tomou-se o cuidado de ler, refletir e escutar cada letra das composições a serem usadas e decidir quais iam de encontro com a história contada. ਀䄀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 愀 倀爀漀昀攀猀猀漀爀愀 䬀渀椀愀 愀挀漀渀琀攀挀攀甀 攀洀 甀洀愀 焀甀椀渀琀愀ⴀ昀攀椀爀愀Ⰰ ㄀㄀ 搀攀 漀甀琀甀戀爀漀 搀攀 ㈀ ㄀㠀Ⰰ 猀 ㄀㄀ 栀漀爀愀猀 搀愀 洀愀渀栀Ⰰ 攀洀 猀甀愀 猀愀氀愀Ⰰ 渀漀 䐀攀瀀愀爀琀愀洀攀渀琀漀 搀漀 䌀甀爀猀漀 搀攀 䠀椀猀琀爀椀愀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀漀 䌀攀愀爀⸀ 䘀漀爀愀洀 㔀㜀ᤀ㔠㈀ᤀᤠ†⠀挀椀渀焀甀攀渀琀愀 攀 猀攀琀攀 洀椀渀甀琀漀猀 攀 挀椀渀焀甀攀渀琀愀 攀 搀漀椀猀 猀攀最甀渀搀漀猀⤀ 搀攀 甀洀愀 挀漀渀瘀攀爀猀愀 洀愀爀挀愀搀愀 瀀漀爀 洀甀椀琀愀 攀洀漀漀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀愀搀愀 渀愀 瘀漀稀 攀 渀漀猀 漀氀栀漀猀 搀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀愀⸀ 䄀氀洀 搀攀氀愀Ⰰ 栀漀甀瘀攀 琀愀洀戀洀 愀 最爀愀瘀愀漀 搀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 瘀椀愀 眀栀愀琀猀愀瀀瀀 挀漀洀 漀 栀椀猀琀漀爀椀愀搀漀爀 䄀渀搀爀 刀漀猀愀 瀀愀爀愀 昀愀氀愀爀 猀漀戀爀攀 漀 瀀攀爀漀搀漀 搀愀 䈀攀氀氀攀 준瀀漀焀甀攀 攀洀 䘀漀爀琀愀氀攀稀愀Ⰰ 渀漀 挀漀洀攀漀 搀漀 猀挀甀氀漀 堀堀⸀ 唀琀椀氀椀稀漀甀ⴀ猀攀Ⰰ 愀椀渀搀愀Ⰰ 甀洀 瀀攀焀甀攀渀漀 琀爀攀挀栀漀 搀攀 甀洀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀渀挀攀搀椀搀愀 瀀攀氀漀 猀漀戀爀攀瘀椀瘀攀渀琀攀 䘀爀愀渀挀椀猀挀漀 䘀攀爀爀攀椀爀愀 搀愀 匀椀氀瘀愀⸀ 伀 甀搀椀漀 昀漀椀 挀攀搀椀搀漀 最攀渀琀椀氀洀攀渀琀攀 瀀攀氀漀 挀椀渀攀最爀愀昀椀猀琀愀 䘀爀愀洀 倀愀甀氀漀Ⰰ 愀甀琀漀爀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀㨀 䴀攀洀爀椀愀猀 搀愀 匀攀挀愀 搀攀 ㌀㈀⸀ 䐀攀 瀀漀猀猀攀 搀愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 漀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 瀀愀猀猀漀 昀漀椀 愀 搀攀挀甀瀀愀最攀洀㘀 搀漀猀 甀搀椀漀猀 漀戀琀椀搀漀猀 瀀愀爀愀 猀攀氀攀漀 搀愀猀 猀漀渀漀爀愀猀㜀 愀 猀攀爀攀洀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 攀 攀洀 猀攀最甀椀搀愀Ⰰ 愀 洀漀渀琀愀最攀洀 搀漀 爀漀琀攀椀爀漀 搀漀 爀搀椀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀⸀ 䄀 攀琀愀瀀愀 昀椀渀愀氀 昀漀椀 愀 攀搀椀漀⸀ 伀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀 琀攀洀 愀 搀甀爀愀漀 搀攀 ㈀㤀 洀椀渀甀琀漀猀 攀 ㄀㌀ 猀攀最甀渀搀漀猀Ⰰ 搀椀猀琀爀椀戀甀搀漀猀 攀渀琀爀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀Ⰰ 挀漀爀琀椀渀愀猀 攀 渀愀爀爀愀漀⸀ 䄀 攀猀挀漀氀栀愀 瀀漀爀 攀猀琀攀 琀椀瀀漀 搀攀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀漀椀 瘀漀氀甀渀琀爀椀愀Ⰰ 攀猀瀀漀渀琀渀攀愀 攀 愀洀愀搀甀爀攀挀椀搀愀 搀甀爀愀渀琀攀 洀甀椀琀漀猀 洀攀猀攀猀⸀ 䘀漀爀愀洀 洀甀椀琀愀猀 栀漀爀愀猀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 戀椀戀氀椀漀最爀昀椀挀愀猀 攀 搀攀 挀愀洀瀀漀Ⰰ 猀攀最甀椀搀愀猀 搀攀 洀甀椀琀愀 攀猀挀甀琀愀 搀攀 甀搀椀漀猀⸀ 䔀猀琀攀 瀀爀漀樀攀琀漀 昀漀椀 瀀氀愀渀攀樀愀搀漀 攀 瀀愀甀琀愀搀漀 渀愀 琀椀挀愀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀 愀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀㬀 渀漀 搀椀爀攀椀琀漀  氀椀戀攀爀搀愀搀攀 搀攀 椀洀瀀爀攀渀猀愀Ⰰ 搀攀 攀砀瀀爀攀猀猀漀 攀 搀攀 愀挀攀猀猀漀  椀渀昀漀爀洀愀漀㬀 渀漀 爀攀猀瀀攀椀琀漀  瘀椀搀愀 攀 搀椀最渀椀搀愀搀攀 栀甀洀愀渀愀⸀ 䐀攀猀猀攀 洀漀搀漀Ⰰ 攀猀瀀攀爀愀ⴀ猀攀 焀甀攀 攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 挀漀渀琀爀椀戀甀愀Ⰰ 瀀愀爀愀 愀 昀漀爀洀愀漀 洀漀爀愀氀Ⰰ 猀漀挀椀愀氀 攀 瀀攀猀猀漀愀氀 搀攀 渀漀瘀漀猀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀猀 挀漀洀 昀漀洀攀 搀攀 愀瀀爀攀渀搀椀稀愀搀漀 攀 猀攀渀猀漀 挀爀琀椀挀漀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀