ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00715</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;ACEITO-ME: Ensaio Fotográfico Artístico referente a subjetividade do sujeito enquanto LGBTQI+</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Icaro Heron Ferreira da Costa (Universidade de Fortaleza); Iara Maria Pereira (Universidade de Fortaleza); Pedro Nobrega Vidal (Universidade de Fortaleza); Jari Vieira Silva (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente relatório é referente a um ensaio produzido na cadeira de Fotografia Experimental, com base nos ensinamentos teóricos adquiridos no decorrer do semestre de 2018.2, período em que a equipe desta atividade passou pela disciplina. Ofertada pela curso de Comunicação Social da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a cadeira tem como incumbência impulsionar os alunos de diversas formas a ousar na hora de produzir uma fotografia. Pelos conhecimentos absorvidos, pode-se dizer então que, o propósito primordial da disciplina, consistiu em aflorar a criatividade dos alunos para desenvolver neles novas perspectivas de observar, subjetivamente, o mundo à sua volta. Com isso, questionamentos (mediante aos padrões do universo fotográfico) foram constantemente provocados para gerar debates em sala. Sendo assim, desprender-se dos procedimentos habituais da fotografia para dar margem à criatividade em fotos mais diferenciadas, foi um desafio catalisador de novas perspectivas. O exercício deste relatório constou em desenvolver um ensaio artístico que representasse algum tipo de sentimento. Por consistir em algo abstrato, o sentimento escolhido poderia ser executado da forma que a equipe achasse melhor, com a única condição de apresentar elementos criativos em sua execução. Após algumas reuniões entre a equipe, decidiu-se buscar algum sentimento que trouxesse à tona pautas relevantes para debates, a fim de proporcionar reflexões ativas para o contexto do âmbito social através das imagens do ensaio. O sentimento escolhido então foi o da  aceitação . A temática da  aceitação , no entanto, podia ser vista ainda como uma abordagem bastante ampla, havendo a necessidade da equipe em afunilar questões dentro deste termo para finalmente apontar uma diretriz ao ensaio. Para chegar até o conceito decidido, manifestou-se o relato de um dos integrantes do grupo pertencente a comunidade LGBTQI+. Com a sensação de pertença a essa minoria social, o sentimento de aceitação foi visto como proeminente interessante pelos próprios alunos da equipe, e por conta disso, a busca em externar tamanho entusiasmo através de um ensaio artístico para levar tal tema para debate na esfera social, foi visto, imediatamente, como o conceito ideal. Após esta decisão, passou-se então a entender a relevância de querer se aprofundar em tal assunto. Para os membros não pertencentes a esse grupo social, a compreensão das dificuldades da comunidade eram fundamentais. Até mesmo para os que pertencem a comunidade em questão, estudar dados exatos referentes a esse grupo, foi um fator crucial para o desenvolvimento da atividade e das reflexões surgidas por conta dela. Mesmo tratando de uma minoria que enfrenta, o ataque diário de intolerantes, o conceito que foi se modelando no decorrer dos encontros do grupo era mais pautado ao lado positivo de pertença à comunidade. Na construção de uma rede semântica para dar norte as ideias do ensaio surgiram palavras como orgulho; leveza; e felicidade. Foi decidido então abordar o tema ligado a um viés que partisse destas palavras para mostrar a questão do assentimento em um sujeito que se identificasse como LGBTQI+. O objetivo primordial do ensaio foi então transmitir a aceitação, quanto a questão da orientação sexual, através da fotografia, apresentando em um conjunto de imagens a perspectiva de contentamento do sujeito ao se aprovar como é. Para isso, foram necessários objetivos mais específicos, como investigar dados a respeito desta minoria social no Brasil e no mundo; apresentar a fotografia como instrumento de registro eficaz para propagar o debate na sociedade; aplicar as orientações apresentadas em sala na execução do ensaio. Para realização desta atividade foi preciso a coleta de informações referentes ao grupo em questão diante da conjuntura atual da sociedade, além de autores, tanto da fotografia tradicional quanto da fotografia experimental, que pudessem dar força ao conceito que buscou-se alcançar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apesar da premissa positiva que este trabalho procurou abordar, para contextualizar a questão mediante ao âmbito social atual, foram precisos dados que mostrassem a necessidade deste assunto ser debatido. No nosso país, em 2017, de acordo com um levantamento do site Grupo Gay da Bahia Grupo Gay da Bahia, (Disponível em: <https://bit.ly/2RNLCdyem>, Último acesso em: 22 de março de 2019), a cada 20 horas, um LGBTQI+ morreu de alguma forma violenta. Além disso, segundo matéria da jornalista Fernanda Mena (2019) para o G1, (Disponível em: https://bit.ly/2TgwBkM, Último acesso em: 22 de março de 2019) a pesquisa  Violência contra LGBT no contexto eleitoral e pós-eleitoral , realizada pela plataforma online Gênero e Número e financiada pela Fundação Ford, apontou que, 51% dos entrevistados sofreram algum tipo de agressão desde a o período das eleições de 2018. A temática, então, se provou condizente a ser abordada pela equipe, pois por meio dos dados apresentados, se mostrou um assunto relevante para a instigação de debates. Lembremos aqui que, na busca de apresentar a luta desta minoria de forma otimista, buscamos também alavancar embasamentos que dessem força da importância do processo de auto-aceitação de um sujeito pertencente a este grupo. É visto que de acordo com Gustavo Saggese em Quando o armário é aberto: visibilidade, percepções de risco e construção de identidades no coming out de homens homossexuais (Disponível em: <https://bit.ly/2XdGLFg>, Último acesso em: 22 de março de 2019)  embora a princípio a questão possa parecer simples,  sair do armário ainda é algo permeado por inúmeras especificidades e implicações sociais. Antes de tudo, é um processo que envolve uma série de negociações de ordem simbólica e prática, podendo ocorrer em diversas etapas, e talvez nunca completamente ). Isso se dá em virtude de tabus e de construções sociais estabelecidas ao longo da história. Essa necessidade em representar a comunidade em questão pode ser reforçada positivamente pelas concepções de Saggese (2008), pois o autor acredita que, na medida em que a homossexualidade vai se tornando um fator mais visível na sociedade (enquanto variação legítima da sexualidade humana) aos poucos, ela vai dando margem a sua naturalização no campo social. Este ensaio, consiste em corroborar com a representatividade do sujeito LGBTQI+, mostrando a beleza, ainda de forma puramente abstrata, que existe no processo de auto-aceitação. Para isso, é necessário conceituar a fotografia e apresentar a sua importância para o meio social. De acordo com FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta. (Editora: EDITORA HUCITEC São Paulo, 1985), as fotos são elementos que representam algo e que permitem aos seus observadores interpretações singulares:  são imagens técnicas que transcodificam conceitos em superfícies . Além disso, para o autor, decifrá-las é entender o que elas representam. A interpretação dos seus conceitos é dada através da subjetividade dos sujeitos que a observam, e que através da imagem, idealizam o contexto daquele recorte do tempo e do espaço. Todavia, o ensaio deste trabalho buscou retratar imagens inspiradas no conceito de fotografia artística, levando em conta o conceito de Antônio Tavares em A Fotografia e o seu lugar na arte, 2008 (Disponível em: https://bit.ly/2ZfwV7y, Último acesso em: 22 de março de 2019) no qual afirma que ela  tal como a pintura, tem na sua essência a criação de metáforas, de conotações, de analogias diversas, conseguindo converter a objectividade em subjectividade. O visível não é necessariamente aquilo que se nos é apresentado perante os olhos.). Tendo este caráter mais desprendido e sútil, que tendem a provocar interpretações mais densas aos seus receptores, esse tipo de fotografia possui exatamente os traços ideais que se desejou na pretensão deste ensaio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após definir todo o conceito do ensaio, o primeiro passo para colocá-lo em prática foi à escolha da(s) pessoa(s) que modelariam na foto. Esta decisão foi tomada a partir do parâmetro de local de fala presente na equipe. Por haver um membro homossexual no grupo, pensou-se em escolher alguém que representasse este integrante. Devido ao aluno não possuir a vivência das outras letras existentes na sigla LGBTQI+ o ensaio acabou não buscando contemplar as experiências pessoais delas. Então, focou-se em demonstrar a subjetividade, prioritariamente, do aluno no presente ensaio a partir da visão dele enquanto fotógrafo. O membro da equipe, por sua vez, ainda encarou este momento como uma possibilidade de manifestar a questão da auto aceitação em sua vida a partir das imagens que fossem tiradas. As fotos, de modo geral, ilustraram a subjetividade desse personagem da equipe, que acabou encontrando (através da fotografia artística) uma maneira de externar o seu interior diante da perspectiva de outros indivíduos. A equipe concluiu então que, a melhor forma de tratar esta minoria social seria dando voz, exclusivamente, ao local de fala presente no grupo. Levando a questão da representatividade como um fator de empatia quanto à luta do próximo, não se foram utilizadas pessoas para modelar na qual a equipe não se sentisse confortável em representar para abordar um assunto tão importante e, sobretudo, delicado para muitos. O modelo selecionado possuía características físicas similares ao integrante para aproximá-lo do seu aspecto externo, contudo, a busca maior, ainda que metaforicamente, foi o seu lado interno, mostrando como esse sentimento de aceitação está presente em sua vida. O figurino e a maquiagem utilizada possibilitaram contrastes interessantes para as imagens, para bater de frente com paradigmas sociais voltados as questões de gênero, do que se é usado e aceito socialmente por homens e mulheres. As figuras de borboletas utilizadas nas fotos foram impressas e colocadas junto a folhas e flores de verdade. Estes elementos foram escolhidos por serem itens que representam à natureza, além de dar a impressão de leveza, liberdade e serenidade para o contexto do ensaio apresentado. Por fim, o resultado das fotografias apresentadas foi bastante positivo, visto que, ao serem finalizadas, saíram de acordo com o previsto do que a equipe se propôs em alcançar. As poses foram fluindo naturalmente durante o ensaio na medida em que se foram colocadas músicas que impulsionaram a sensação que a equipe almejava. Focou-se bastante no rosto do modelo para tentar retratar seu interior através do seu rosto. É válido frisar que o local da produção foi o estúdio da própria Universidade de Fortaleza (UNIFOR), que disponibiliza inúmeros recursos técnicos aos alunos mediante as exigências das atividades acadêmicas. Dos meios oferecidos, foram utilizadas três gelatinas fotográficas, três tochas de iluminação da mako e um difusor softbox para se alcançar então uma luminosidade diferenciada no processo das fotografias. A câmera utilizada foi a Nikon D-750, com o diafragma f/8, o iso-100 e o obturador 1/125s. A distância focal foi de 50mm para dar um aspecto mais intimista e com mais detalhes do rosto do modelo. A pós-produção foi realizada no software Adobe Lightroom Photoshop para o tratamento da imagem quanto a questões de exposição; temperatura; contraste; coloração; e realce de cor na busca de retratar as cores de formas mais vivas e intensas. Todos os aspectos até então mencionados, em suma, buscaram mostrar a questão da aceitação de forma positiva, exatamente como almejado ainda no momento das reuniões da equipe. As questões quanto aos momentos de pré-produção, produção e pós-produção a partir de um conjunto de fatores quanto o cenário, os elementos, a escolha do modelo e a edição posterior, foram minimamente pensadas para expressar, sobretudo, o interior do integrante do grupo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>