ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00729</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Paradóksos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Gabriel Gouveia de Santana (Universidade Católica de Pernambuco); Filipe Tavares Falcão Maciel (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe Parádoksos surgiu como trabalho final da disciplina de Captura de Vídeo em HDSLR e Edição. Por ter interesse na estética do surreal e por já ter feito alguns trabalhos fotográficos baseados na mesma vanguarda, decidi criar um produto voltado para área do videoclipe que pudesse trazer uma experiência mais sensorial, imersiva. A pluralidade possível de ser atingida em videoclipes permite um trabalho desta natureza. Seja ela uma narrativa fictícia, documental ou até mesmo surrealista. A música utilizada é uma versão remixada por Chediak de Mother, i'm here, originalmente composta por Darren Korb para a trilha sonora do jogo Bastion (2010). A escolha da música está na capacidade da mesma, juntamente ao vídeo, prender a atenção do espectador e trazer certo conforto mediante tantos questionamentos deixados nas imagens. O videoclipe é inspirado nas obras de Salvador Dalí, René Magritte entre outros artistas, fotógrafos e cinegrafistas contemporâneos, a exemplo do russo Platon Yurich e do francês Ashref Lassoued, com a finalidade de criar uma releitura de suas obras e novas ideias sobre suas estéticas, tornando-as num objeto audiovisual. Aparências usadas em pinturas tal como em Os amantes, em que são utilizados panos cobrindo os rostos das pessoas, e até mesmo a falta de um rosto em um corpo encontrado em O peregrino, serão pontos abordados nas cenas dos vídeos. Mantendo um tom obscuro a cada take para que o impacto visual que Antonin Artaud buscava em seus filmes seja mantido. Declarada como a última grande vanguarda, o Surrealismo surgiu oficialmente em 1924, onde o movimento ainda era limitado à literatura da época. Não tivemos obras artísticas surrealistas até 1925, quando André Breton escreveu Surrealismo e pintura. Um movimento que dava vida ao subconsciente finalmente ganhava forma em diversas áreas da arte em meados de 1930, quando artistas do porte de Salvador Dalí e René Magritte começaram a ganhar visibilidade, a medida que entenderam as teorias de Freud, o pai da psicanálise, em relação aos sonhos. Um grande exemplo deste entendimento foi o quadro A persistência da memória, que buscava sua essência diretamente dos sonhos e da vida de Dalí. O cinema também ganhava novos horizontes com o famoso filme Um cão andaluz, de Dalí e Luis Buñuel. Onde a procura pelo impacto visual no público era o objetivo principal. Agora no século XXI temos a obra audiovisual de Lassoued, que nos provoca calmaria e inquietação ao mesmo tempo, quando lidamos com sons tão presentes em nosso dia a dia, mas com situações impossíveis, seja fisicamente, seja visualmente falando. Relatados como se fossem comuns ao mundo real. Já quando observarmos os vídeos produzidos por Yurich, identificamos a presença de muita inquietação, até mesmo questionamentos que cabem ao espectador ter sua própria interpretação, tudo isso embalada por uma trilha envolvente e agitada. Ideias também presentes no clipe da música Up&Up (2015) da banda britânica Coldplay, onde todas as cenas do videoclipe são verdadeiras obras surrealistas. Encontramos ainda em um antigo e clássico clipe de Madonna, da música Bedtime Story (1994), onde ela legitima o uso do surrealismo nos videoclipes. A procura pela estimulação do subconsciente é comum desde o início do surrealismo, assim, até mesmo às obras visuais de referência fazem parte, consequentemente, do projeto em questão. Onde a imaginação, quando seduzida, irá expandir as possibilidades do irreal nas mentes de quem assiste. Buscamos aqui explorar as escolhas técnicas que permeiam um videoclipe e como essa relação nos remete a sensações se tratando de música. Tudo isto dentro de uma proposta imersiva comum ao surrealismo, que nos trazem estranhezas, questionamentos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apoiada nas teorias de Sigmund Freud (FREUD, A interpretação dos sonhos 2001 p.121) que afirmava que os sonhos eram realizações de desejos reprimidos, então quando sonhamos, estamos satisfazendo nosso inconsciente realizando uma vontade nossa. Assim eram as obras de Dalí, quando entendeu o que Freud dizia, e até mesmo quando Artaud afirmou uma vez "O surrealismo não é um estilo. É o grito da mente que se volta para si" (BRADLEY, Surrealismo. Cosac Naify. 2004 p.6). Em suas pesquisas com videoclipes, Thiago Soares, no livro A estética do videoclipe (Editora Universitária UFPB, 2013) aponta as três questões sobre a organização do videoclipe abordadas por Andrew Goodwin. A primeira responde pelos objetos promocionais que vão levar em considerações estratégias de ênfase, persuasão e convencimento, enquanto a segunda trata-se de audiovisuais que demandam uma relação estabelecida entre o áudio e o vídeo, ou seja, entre o som e a imagem (um não pode ser levado em consideração sem o outro). A terceira deve-se entender que as questões estruturais dos videoclipes obedecem a regimes e sistemas de construção que se filiam mais à ordem da canção popular massiva do que do cinema. O videoclipe Parádoksos tem como objetivo provocar uma perturbação em quem o assiste, uma forma de trazer uma mistura de emoções e pensamentos sobre o surreal e o real. Uma propagação da vanguarda surrealista entre os anos 1920 a 1970 com formas visuais contemporâneas, desde novos meios de produção quanto de montagem. O trabalho conta com imagens em câmera lenta e invertidas em alguns casos para ocasionar a obscuridade e a sensação do irreal. Como se uma simples figura estática ganhasse vida. A busca por uma trilha sonora que causasse inquietação no público e que conseguisse se encaixar na estética do videoclipe foi de extrema importância, já que o surreal não vem apenas do visual, mas também da audição. Toda a captura das imagens foi feita em três dias de gravação, sendo o primeiro dia no terraço do Edifício Novo Recife, no centro do Recife, onde foram feitas as cenas do corredor do primeiro personagem. A segunda locação foi na Praia do Paiva onde pude fazer os takes referentes a queda do personagem de rosto coberto. Por fim, nas ruas da cidade de Recife, as cenas da figura feminina do vídeo. Foram utilizadas duas câmeras para filmagem: uma Canon 70D com a objetiva 18-135mm f/3.5-5.6 e uma Nikon D7000 com a objetiva 50mm f/1.4. A edição do material foi feita no Adobe Premiere Pro. A fotografia, elemento de grande importância para qualquer produto audiovisual, também foi pensada para este videoclipe. Toda a questão da cor baseia-se no filme Suspiria, de 1977, dirigido por Dario Argento. Uma produção de terror considerada um clássico do surrealismo no cinema, que conta a história de Suzy Bannion, uma bailarina que vai estudar em uma das mais famosas escolas de arte e na noite de sua chegada ocorre um assassinato. Filme este onde as cores são muito fortes em cada situação da dramaturgia, encaminhando o espectador para as cenas seguintes e mantendo-o atento para o que pode acontecer nos próximos atos. Portanto, esta mesma ideia será ligada ao vídeo, porém restringindo-se a cor vermelha. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe Parádoksos inicia-se com um plano aberto em cima de um prédio com a figura de um homem sentado em uma cadeira com o rosto coberto por um pano vermelho. São utilizadas técnicas de sobreposição de imagens e slowmotion enquanto o quadro vai se fechando do aberto para o superclose. Cortes de cenas utilizando telas pretas também são utilizados para acompanhar a música e trazer uma ideia de vazio ao espectador. Como diz Thiago Soares  O videoclipe, portanto,  se coreografa ao som das batidas eletrônicas [...] (SOARES, A estética do videoclipe, Editora Universitária UFPB, 2013 p.159). Ainda com o superclose no rosto coberto do personagem agora temos uma câmera fixa até o momento em que cortamos para cena seguinte, onde temos a figura de uma mulher aparentemente feliz num cenário urbano, mas com cores que nos fazem pensar que pode ser imaginação ou sonho. Retornamos à figura do homem ainda em superclose, e num movimento de câmera muda-se o cenário para um campo deserto, mas ainda temos o personagem de rosto coberto no mesmo enquadramento. Voltamos para o plano onírico, mas desta vez a mulher parece estar desprezando o que ela olha enquanto vai se distanciando. Ao voltar para o primeiro personagem observamos a queda do mesmo em câmera lenta e logo em seguida vemos os passos da mulher como se estivesse voltando. Retornamos à primeira cena, mas agora do superclose para o plano aberto até a tela escurecer e aparecer o título Parádoksos. A cenas dos créditos apresentam o pano vermelho em movimento e cada momento em que o vermelho toma por completo a tela, o cenário muda até que mais uma vez a personagem feminina aparece sorridente passando a mão em frente a câmera que a acompanha escurecendo mais uma vez a tela. Apesar de o videoclipe Parádoksos envolver ideias de quadros já existentes, a narrativa exige imagens mais detalhadas em cada encenação. Seja para enfatizar algo ou para direcionar o assistente a próxima cena. Procurando sempre manter destacados os detalhes do nosso cotidiano e os transformando em absurdos, ou como Dalí definia suas obras  [...] imagens superdelicadas, extravagantes, extraplásticas, extrapictóricas, inexploradas, superpictóricas, enganosas, hipernormais e doentias da irracionalidade concreta (BRADLEY, Surrealismo. Cosac Naify. 2004). O videoclipe possui fortemente a apresentação das cores, e a ligação entre as cenas é dada por elas. Seja por um detalhe vermelho em algum dos terços do quadro, seja pelo fundo vermelho da ação presente no momento. O produto final então tende a preencher um espaço na área do videoclipe que vai além de sua forma tradicional, e apresenta-se como inserção dos elementos do surrealismo como forma de videoclipe. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>