ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00747</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Depois da verdade: a repercussão do relatório da Comissão Dom Helder Câmara em Pernambuco</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Manuela Cavalcanti Licínio da Silva (Universidade Católica de Pernambuco); Vinícius Cunha de Carvalho Barros (Universidade Católica de Pernambuco); Dario Brito Rocha Júnior (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Ditadura Militar no Brasil (1964 - 1985) gerou uma série de crimes e violações dos direitos humanos por todo o país. No entanto, a divergência entre versões dos fatos, veracidade ou não de documentos e depoimentos das partes fez com que o trabalho das autoridades responsáveis pela Comissão da Verdade devesse ser ainda mais minucioso. Com cerca de 1.800 casos de tortura reconhecidos, a Comissão Nacional da Verdade subsidiou os trabalhos implementados por alguns grupos estaduais distribuídos pelo Brasil, em Pernambuco, com a Comissão Estadual de Memória e Verdade Dom Helder Câmara. Com a entrega do Relatório Final realizada em setembro de 2017 (Secretaria da Casa Civil (PE), 2017a.), o Website Depois da Verdade se dedicou, pela então urgência do tema, em debruçar acerca das repercussões perante os envolvidos sobre a conclusão deste documento, que guarda em suas páginas relatos que relutaram em ser reveladas na história de um país. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho foi de captar o real impacto do relatório na vida daqueles que buscavam, e ainda buscam, alguma maneira de serem reparados pelos anos de sofrimento, identificando como os ex-presos políticos analisam o resultado do trabalho da Comissão Estadual. O Website ainda traz como objetivos específicos a analise do impacto dessas perdas e da injustiça por trás de não ter o direito de enterrar os familiares, expressando através de vídeos, imagens e textos a trajetória de luta pela verdade sobre a Ditadura Militar, seja através do relatório ou em projetos à parte; o sentimento de impunidade ainda carregado pela sociedade e as consequências dos atos repressivos no período; a eventual limitação da CEMVDHC em esclarecer os fatos. A escolha do tema surgiu a partir da curiosidade e vontade de elucidar casos de violações de direitos humanos ocorridos no Estado na época, como maneira de trazer à tona histórias que até hoje aparecem em aberto na justiça. A angustia sofrida pelas famílias em busca de respostas, em especial quando envolvia desaparecimentos, foi umas das motivações. Entre elas, está a família pernambucana de FernandoSanta Cruz, preso e desaparecido político durante o carnaval carioca de 1974. Até hoje, parentes vivem com a incerteza de lidar com três possíveis respostas para o paradeiro dos corpo dos jovem, história relatada no livro Onde Está Meu Filho? (ASSIS et. alli, 2012) - e relembrada em Memórias de uma Guerra Suja (NETO; MEDEIROS, 2012). A obra resgata a fala do ex-delegado do Departamento da Ordem Política e Social (Dops) do Espírito Santo, Cláudio Guerra, que confessa ser o responsável por incinerar os corpos de ex-presos políticos na Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Mesmo com o trabalho da CEMVDHC, críticas ainda se fazem presente quanto ao trabalho da Comissão. A insatisfação pela falta de algumas respostas cruciais e de punição aos culpados são alguns dos argumentos, bem como as consequências irreparáveis na vida das pessoas que foram presas na época. Este é o caso dos pernambucanos Marcelo Mario de Melo e Chico de Assis, que encontraram na poesia um refúgio às barbaridades sofridas na prisão. Tais poemas deram fruto a alguns livros publicados, como Cárcere da Memória (ASSIS, 2017) e Os Colares e as Contas (MELO, 2012), escrito por eles. O desejo de pôr luz no tema de maneira a manter a memória viva, foi o guia principal para o projeto de website Depois da Verdade. Ao mesmo tempo em que abrigou a sutileza em trazer um trabalho poético a um tema sombrio, destacou dados estatísticos e balanços importantes para mapear esse episódio da história brasileira. O material pode ser acessado através do endereço eletrônico: http://webjornalismo.unicap.br/depoisdaverdade/. O website foi produzido durante a disciplina de Projeto Experimental em Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco sob orientação do Prof. Dr. Dario Brito da Rocha Júnior, no período de fevereiro a junho de 2018.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia da pauta surgiu em 2017, a partir do desejo de retratar o drama de familiares de desaparecidos em Pernambuco durante o período da Ditadura Militar Brasileira. Para alinhar o tema, o qual já fora bastante discutido, a um olhar inovador e único, foram necessárias algumas reuniões de pauta com os alunos e o professor orientador. À medida que a ideia avançava, foi percebida a urgência na busca de não apenas  órfãos do desaparecimento de ex-presos políticos, como também a participação de torturados à época. Relatos que vieram à tona a partir de entrevistas presenciais. Uma postagem no Facebook em fevereiro de 2018 foi um facilitador para a busca. Através dele foram extraídos 24 nomes vinculados ao tema em Pernambuco. A cada relato de fontes, a Comissão da Verdade era citada como exemplo de trazer à verdade à tona, ao mesmo tempo que era questionada a efetividade de seu trabalho, sendo apontada como meramente documental e não judicante. Em seguida, com o foco voltado para o Relatório Final da comissão (Secretaria da Casa Civil (PE), 2017b).foi-se desenhando o nome Depois da Verdade. O projeto elucida, através de textos e infográficos como a  verdade fora desenhada e quantos direitos humanos foram violados. O material do Website conta com uma pesquisa intensa debruçada em relatos e arquivos documentais da época, onde foram traçados paralelos entre as falas e as provas escritas dos fatos, surgindo um balanço de dados sobre a repercussão desse relatório no Estado, bem como a consequência dele na vida das famílias e de torturados.Conjuntamente, as imagens e vídeos chegam para mostrar a luta e a fuga do ambiente hostil da prisão, fazendo paralelo com a prisão do corpo e da mente. A reflexão foi inspirada em dois ex-presos políticos, Marcelo Mario de Melo e Chico de Assis, os quais passaram mais de oito anos presos e dividiram, além do pavilhão, o gosto pela poesia em cárcere. A história de ambos ainda trouxe mais vida ao projeto, que passou a ser desenhado através da perspectiva de seus textos escritos. As histórias descritas se entrelaçam pela trajetória de luta e também na dor da perda, ou falta de respostas. Este é o caso de outro Marcelo, irmão de Fernando Santa Cruz, que até hoje busca respostas sobre o sumiço do parente. A luta por respostas travada pela família deu origem ao livro Onde está meu filho? (ASSIS et. alli, 2012) que toma por base a história de Elzita Santa Cruz, mãe da vítima. Hoje ela tem mais de 100 anos e não está mais lúcida, vivendo sob cuidados médicos em sua residência. A história de Elzita serviu de inspiração para um dos poemas produzidos por Chico de Assis. Por outro lado, os membros da Comissão relatam a impossibilidade de um relatório que remete a um tempo tão obscuro esclarecer os crimes em sua completude. Para entender as inviabilidades da execução do relatório, houve a necessidade de trazer à pesquisa a Lei da Anistia. A explicação também é um pontapé para dar forças à sociedade para que esta mantenha a memória viva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho foi realizado com base em relatos de personagens que viveram a época, bem como no parecer dos representantes da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, através de entrevistas presenciais. Os relatos foram embasados pelas pesquisas feitas por meio do Relatório Final da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, entregue em setembro de 2017 à sociedade civil. Pesquisas bibliográficas e levantamentos documentais foram essenciais para a construção dessas histórias através de dados mais concretos sobre o período. Entre os princípios basilares da Comissão, seis pontos são exaltados para amplo conhecimento das metas trilhadas pela equipe: esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos verificados no período; promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, estupros, sequestros, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ocorridos em Pernambuco ou contra pernambucanos; identificar e tornar públicas as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações; recomendar a adoção de medidas e políticas públicas, visando prevenir outras violações; encaminhar aos órgãos públicos toda e qualquer informação que possa auxiliar nas buscas; promover a reconstrução da história e recomendar a adoção de políticas públicas que assegurem a efetivação do direito à memória e a verdade. São a partir desses tópicos que a navegabilidade do Website converge, de maneira que cada mídia interaja complementando informações à outra. Um paralelo entre o período de Ditadura Militar e os dias atuais também é abordado, mostrando que mesmo com o passar do tempo algumas das realidades não mudaram, como a ausência de respostas aos crimes cometidos. Para isso, a coleta de informações é feita junto a ex-presos políticos, membros da CEMVDHC, militantes oriundas da sociedade civil e estudantes interessados no tema. Deu-se destaque às imagens de arquivo pessoal, na intenção de construir uma espécie de relicário dos personagens ou de seus entes queridos, como uma maneira mais humanizada de contextualizar cada relato, dando ao trabalho um caráter mais emotivo e delicado nos momentos necessários. Em assuntos mais técnicos dentro da explanação dos trabalhos da comissão, o site aposta nas riquezas de funções auferida pelos infográficos, como forma de alinhar recursos textuais e imagéticos em um só lugar. Neles, mapas geográficos e temporais são construídos para tornar a compreensão mais fácil. Aliado a isso, um podcast especial é produzido como suporte para explicação da Lei da Anistia, temática transversal ao assunto principal do projeto. As fotografias documentais também são importantes elementos do trabalho, usadas com o intuito de mostrar, no espaço público dos dias de hoje, locais que foram ambientes de tortura em um passado não tão distante, além dos monumentos dedicados à memória das vítimas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>