ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00753</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;- Presente!: A realidade das pessoas trans nas salas de aula em Sergipe</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Letícia Imperatriz Ribeiro Nery (Universidade Federal de Sergipe); Malu Costa de Araújo (Universidade Federal de Sergipe); Vitor Curvelo Fontes Belém (Universidade Federal de Sergipe)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho trata do processo de produção de uma reportagem multimídia para o meio digital sobre a realidade da população trans nas salas de aula em Sergipe. A matéria foi veiculada no Portal Contexto, site laboratorial do Departamento de Comunicação Social (DCOS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e é fruto da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado II. A temática dos direitos das pessoas transgêneras no ambiente escolar ainda gera bastante discussão. Porém, apesar de esse ser um debate que tem ganhado espaço em diversos ambientes, a população trans ainda não possui acesso e garantias plenas dos seus direitos. Intitulada " Presente! A realidade das pessoas trans nas salas de aula em Sergipe", a reportagem traz um conteúdo humanizado e oferece conhecimento sobre as políticas públicas de Sergipe na área de educação para pessoas trans. Além disso, ela se utiliza de recursos multimidiáticos, característicos do ambiente digital, para trazer essa questão sob diferentes perspectivas e formatos distintos. Foram ouvidas as histórias de três pessoas trans e também representantes das Secretarias de Educação Municipal (da cidade de Aracaju) e Estadual. É preciso considerar que o jornalismo digital tem se desenvolvido bastante nos últimos anos e que a internet é uma plataforma promissora para a disseminação de informações. A reportagem teve ainda o intuito de oferecer às estudantes envolvidas a experiência de trabalhar na elaboração de uma reportagem multimídia. Com isso, pode-se ter na prática a dimensão de como se dá esse tipo de produção em uma redação integrada, a partir da exploração dos recursos de texto, hiperlinks, fotos, vídeo, podcast e ilustrações em um só ambiente. Esses recursos colaboram para entregar uma produção bastante completa e ainda possivelmente mais atrativa. O maior objetivo foi entender e mapear quais são as políticas públicas na área da educação para a população trans sergipana, ouvindo tanto os relatos dessa população, quanto entrevistando fontes oficiais das secretarias citadas. Ademais, explicar ao leitor, por meio de infográficos e siglas, as palavras do universo LGBTQI+ e das questões de gênero, para que ele possa ter um entendimento completo do assunto. O trabalho se mostra necessário porque não existem dados oficiais que indiquem a quantidade de pessoas trans no país. O grupo não é contabilizado nas pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo. Além disso, das poucas estatísticas oficiais sobre a população, muitas se restringem a dados sobre a violência contra o grupo. Dessa maneira, trazer à tona questões sobre a educação dessas pessoas se configura como extrema importância para a disseminação de informações de interesse público sobre o tema e desconstruir preconceitos e desconhecimentos presentes em boa parte da população. A reportagem se justifica ainda por trazer um tom de "serviço" às pessoas, na medida em que esclarece e traz para o debate um tema que é extremamente relevante e atual. Nesse sentido, os recursos multimídia que compõem o material dão acesso ao leitor a blocos de informação que se complementam entre si. Ou seja, cada recurso possui importância própria e representam um bloco ainda maior de conhecimento no conjunto total do trabalho. Ao trazer a temática, foi possível entender quais eram as políticas públicas existentes na educação para essa população e também ouvir dessas pessoas as experiências vividas e compreender como os recursos multimidiáticos agregam qualidade ao conteúdo jornalístico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em Sergipe, apenas em 2014 a inserção de nome social de travestis e trans foi aprovada nos registros escolares (com a publicação da Resolução nº 1/2014 do Conselho Estadual de Educação de Sergipe). Além disso, a matrícula na rede estadual de ensino é feita de maneira online desde 2016, porém somente em 2018 alunos trans maiores de 18 anos puderam solicitar a utilização do nome social. Também foi observado durante a pesquisa que a população trans não é contabilizada em pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sendo assim, a primeira etapa foi definir a angulação da matéria. Foi decidido que seria abordado o tema das políticas públicas na educação para pessoas trans devido à pertinência da questão. A etapa seguinte consistiu em delimitar o que seria abordado em cada mídia utilizada, e o resultado dessa divisão foi: o texto tratou sobre as políticas públicas em geral e as histórias das pessoas trans no contexto educacional; o vídeo trouxe uma característica mais de documentário, com as pessoas contando as histórias dos seus nomes e a importância do seu uso; o podcast trouxe a questão de "ideologia de gênero", termo que se difundiu amplamente nos últimos tempos; infográficos com o objetivo de esclarecer de forma didática termos e questões relacionadas a gênero e sexualidade; por fim, a identidade visual contou com ilustrações que buscaram representar a diversidade presente na pauta, atrelada às cores da bandeira trans como forma de representatividade. Com isso, o próximo passo foi determinar as fontes que seriam utilizadas. Nesse aspecto, foi relevante dar maior destaque às próprias pessoas trans que foram ouvidas (três no total), visto que possuem lugar de fala para trazer melhor as experiências sobre o tema. Além dessas pessoas, foram entrevistadas representantes da Secretaria Municipal de Educação de Aracaju e da Secretaria Estadual de Educação de Sergipe. Para o podcast, foi também ouvida a professora Renata Malta, especialista em estudos de gênero, de maneira remota. Após a apuração, seguiu-se a redação da matéria. A equipe encontrou bastante dificuldade no que diz respeito ao acesso à informação. Inicialmente, as poucas estatísticas sobre o tema foram empecilho. Porém, após debate entre a equipe, foi decidido que esse seria justamente um dos aspectos evidenciados na reportagem. Quanto às questões técnicas, a reportagem foi montada na plataforma Wix. A parte visual foi feita com o auxílio dos programas Adobe Photoshop, Adobe Illustrator e Adobe InDesign. As ilustrações foram feitas a mão livre e coloridas de forma digital. O vídeo foi gravado com uma câmera fotográfica DSLR (modelo T6, marca Canon) com uso da lente 50mm (ideal para produzir imagens em formato retrato). A gravação aconteceu no Estúdio de Fotografia do Departamento de Comunicação Social e teve roteiro de perguntas e tópicos para guiar os entrevistados, não para induzi-los a nenhum tipo de resposta. Já o podcast foi gravado de maneira remota. Foram enviadas à entrevistada uma série de perguntas sobre o tema. Com as respostas, foi construído o roteiro de locução e edição, para, então, o material ser finalizado, com o auxílio do programa Adobe Premiere. A última etapa de produção consistiu em enviar a reportagem para as fontes trans entrevistadas antes da publicação. Apesar de não ser uma prática recomendada no jornalismo, julgamos necessário por se tratar de um tema o qual as pessoas entrevistadas têm mais propriedade para falar. Por exemplo, foi importante observar se não havia nenhuma incorreção em algum termo específico ou se não havia nenhum material que pudesse ter um tom ofensivo ou preconceituoso. Além disso, tratou-se de uma reportagem que com intuito de divulgar informações de interesse público e é importante assegurar que as informações publicadas estejam corretas. O último passo foi publicar a matéria e divulgar o material já finalizado, utilizando as molduras, ilustrações e jogos de cores para tal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção é totalmente autoral, desde o conteúdo textual até as ilustrações, infográficos, vídeo, podcast e molduras dispostas. A matéria multimídia inicia com uma ilustração, o título em lettering e o subtítulo logo abaixo do lado direito. Foram utilizadas as cores rosa, azul e branco (bandeira trans) para criar unidade visual com o tema trabalhado e estão presentes nos recursos multimídia e na disposição da matéria na página. A reportagem é divida em intertítulos:  Falta visibilidade, sobra desconhecimento ;  Educação para todxs? ;  Sentindo na pele ;  Mas o que vem sendo feito? ; e  Nome social: um direito básico . Cada um separado por uma linha tracejada para que o conteúdo fique demarcado, o que dá opção para o público ler o material por blocos. Neles, utilizar hiperlinks é recurso frequente para agregar o máximo de conhecimento possível, facilitando o acesso à informação. No intertítulo  Falta visibilidade, sobra desconhecimento , a matéria contextualiza a população trans em geral e apresenta uma série de documentos dessa população, já que não existem dados oficiais. Estão inseridos dois infográficos: o primeiro apresenta os conceitos cisgênero, transgênero, travesti, drag, não binário e explica a diferença entre identidade de gênero, orientação sexual e sexo biológico; o segundo esclarece o significado da sigla LGBTQI+. Eles estão disponíveis em slide e o leitor pode alterná-los sempre, gerando interatividade na leitura.  Educação para todxs? foca nas políticas públicas diretamente educacionais. Foram ouvidas a coordenadora do Serviço de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Educação e a coordenadora de Políticas Educacionais para a Diversidade da Secretaria Municipal da Educação de Aracaju.  Sentindo na pele é o intertítulo que traz jovens trans para compartilhar experiências vividas: Geovana Soares, Rafael Sotero e Stella Carvalho. São exibidas também molduras, uma para cada personagem, compostas por um fundo azul, gif com fotos, ilustração e fala retirada da entrevista. A junção dessas quatro etapas constrói um espaço dinâmico, com cores vibrantes e recursos visuais que chamam atenção. No intertítulo  Mas o que vem sendo feito? , o panorama nacional sobre o assunto é retomado para explicar quais medidas já foram tomadas, como assegurar os direitos da população trans e os personagens deram opiniões de como o cenário atual ainda pode melhorar. O podcast  O que é ideologia de gênero? responde a essa pergunta e é composto por um fala povo e esclarecimentos da professora Renata Malta, coordenadora no Brasil do grupo de pesquisa Critical, Historical and International Studies on Gender and Press, um grupo que tem como foco estudar gênero na mídia impressa sob uma perspectiva crítica.  Nome social: um direito básico traz um infográfico sobre nome social e nome de registro civil. Segue com o cenário da questão do nome social no Brasil e tem a presença dos personagens com depoimentos sobre experiências vividas. O intertítulo também conta um recurso interativo no qual perguntas sobre situações do cotidiano são feitas e, ao passar o mouse, as respostas aparecem na tela. Isso gera interação porque o leitor vai se sentir parte do texto ao responder aos questionamentos. No fim da reportagem multimídia existe uma moldura e o vídeo  Não desonre o meu nome . Ele traz histórias por trás do nome dos personagens da matéria, contadas pelos próprios personagens. Ter esses recursos audiovisuais presentes é essencial no meio digital. A experiência desse produto, com a presença de diversos recursos multimídia, é de fundamental importância na formação profissional das estudantes envolvidas, pois garante experiência tão necessária hoje em dia, ainda mais se tratando de jornalismo digital. Vale ressaltar também que trazer para a matéria os relatos das próprias pessoas trans é destaque porque acrescenta experiências vividas por quem realmente sente a necessidade da luta para ter os direitos assegurados.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>