ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00793</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Adote um olhar</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Amanda Nogueira Medeiros (Universidade de Fortaleza); Jammya Evven Leite De Figueiredo Gonçalves (Universidade de Fortaleza); Jari Vieira Silva (Universidade de Fortaleza); Juliano Monteiro Farias Prado Almada (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Este trabalho fez parte das atividades da disciplina de Fotografia Publicitária do curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda da UNIFOR no semestre 2018.1. A proposta era produzir fotografias que sensibilizassem o público da Universidade acerca da causa de animais em situação de rua através de uma campanha sem fins lucrativos realizada juntamente com o Abrigo São Lázaro, a ONG resgata e trata cães e gatos, para então disponibilizá-los para a adoção.<br>A ONG São Lázaro foi fundada em 1993 por Rosani Dantas, que abriu sua casa para os animais e até hoje se dedica integralmente a eles. A manutenção do Abrigo se dá em sua maioria através de recursos provenientes de doações. Apesar de não terem estruturas físicas e financeiras para receberem animais, eles continuam a acolhê-los, visto que os abandonos não cessam: toda semana são largados animais na calçada do Abrigo. As causas são as mais diversas e transparecem a insensibilidade e o descaso com que eles são tratados por grande parte da população. Em Fortaleza, essa demanda também não é atendida, restando como escolha contornar a insuficiência do poder público, levando o São Lázaro a uma inevitável superlotação, resistindo apenas com doações e boa vontade. Assim como elucidam os autores, além do sofrimento vivido por estes seres, esse descaso torna-se também uma questão da ordem da saúde pública e continua a ferir os direitos animais e afetar a sociedade, que segue influenciada pelo mercado de animais de estimação e carente de reflexões acerca da importância da adoção, bem como da castração. <br>A solução proposta pelo grupo implicou a captura de imagens para comunicar ao público essas necessidades. No ato fotográfico, mais do que produzir fotografias, pretende-se alcançar a construção de uma imagem que, por sua vez, parte de um enredo específico. A narrativa em questão se desdobra sobre a causa animal e suas demandas na sociedade. Além de analisar os aspectos que dizem respeito à questão dos maus tratos e abandono sofridos pelos animais acolhidos pela ONG, serão pautados também elementos técnicos da fotografia e como estes foram utilizados no momento das fotos utilizadas pela campanha.<br>O Abrigo São Lázaro conta, em média, com 800 animais resgatados. São necessárias, no mínimo, duas toneladas de ração para alimentá-los durante uma semana, sendo uma refeição diária para cada animal. É também de profunda urgência doações de medicamentos para os que chegam enfermos ao Lar, além de melhorias na estrutura e auxílio para quitar dívidas da empresa de abastecimento de água, que, por vezes, atrasam. <br>Percebeu-se então a necessidade de reforçar não apenas a precisão urgente de doações, mas a importância da adoção e de uma percepção digna sobre os bichos Sem Raça Definida (SRD), que precisam de amparo e carinho. Tornou-se como meta a atenuação do problema da capacidade habitacional, uma melhor organização do ambiente e da situação financeira da ONG. Para isto, colocou-se como objetivo incentivar a prática da adoção por parte da população da UNIFOR, que conta com mais de 30 mil alunos, utilizando-se do recurso fotográfico juntamente com a publicidade para retratar o contexto em que estão vivendo os animais do Abrigo. O aparato publicitário tem intrinsecamente a capacidade de propagação e, aliados a uma causa social, potencializam seu alcance.<br>A fotografia permite ao observador uma maior proximidade com o objeto retratado, possibilitando reflexões e propondo mudanças ao meio social e à individualidade do ser humano.<br>Projetou-se também, como objetivo específico, a elucidação quanto a importância das doações que são destinadas ao tratamento de animais doentes e manutenção da estrutura do ambiente, bem como das atividades voluntárias que envolvem a rotina operante em um abrigo. Além de frisar a necessidade de políticas que garantam os direitos animais e ressaltar a negligência da efetivação dessas medidas na cidade de Fortaleza.<br><br> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza (CCZ) estimou, em maio de 2017, que existem em média 11 mil animais em situação de rua, o que representa 95% do total de cães e gatos que habitam a Capital, enquanto apenas 5% vivem nos lares fortalezenses, conforme afirmou João Lima Neto em seu texto '11 mil animais seguem abandonados na Capital' publicado no Diário do Nordeste em Fortaleza, 27 maio 2017. (Disponível em: <http: diariodonordeste.verdesmares.com.br="" cadernos="" cidade="" 11-mil-animais-seguem-abandonados-na-capital-1.1761312="">) O Abrigo São Lázaro conta, em média, com 800 animais resgatados. São necessárias, no mínimo, duas toneladas de ração para alimentá-los durante uma semana, sendo uma refeição diária para cada animal. É também de profunda urgência doações de medicamentos para os que chegam enfermos ao Lar, além de melhorias na estrutura e auxílio para quitar dívidas da empresa de abastecimento de água, que, por vezes, atrasam. De acordo com Luciano Rocha Santana e Thiago Pires Oliveira no artigo a Guarda responsável e dignidade dos animais, publicado na Revista Brasileira de Direito Animal, (Salvador, Ed. Evolução, 2006, p. 7 e 8) "O que se observa, na atual realidade dos centros de controle de zoonoses, é que estes não possuem infra-estrutura nem pessoal qualificado suficiente sequer para atender as solicitações da comunidade, adotando como práticas métodos não humanitários de captura, confinamento e extermínio de cães e gatos, que sofrem maus tratos, violando a lei natural  biológica e psíquica, da qual o animal é portador." Percebeu-se então a necessidade de reforçar não apenas a precisão urgente de doações, mas a importância da adoção e de uma percepção digna sobre os bichos Sem Raça Definida (SRD), que precisam de amparo e carinho. Tornou-se como meta a atenuação do problema da capacidade habitacional, uma melhor organização do ambiente e da situação financeira da ONG. Para isto, colocou-se como objetivo incentivar a prática da adoção por parte da população da UNIFOR, que conta com mais de 30 mil alunos, utilizando-se do recurso fotográfico juntamente com a publicidade para retratar o contexto em que estão vivendo os animais do Abrigo. O aparato publicitário tem intrinsecamente a capacidade de propagação e, aliados a uma causa social, potencializam seu alcance. A fotografia permite ao observador uma maior proximidade com o objeto retratado, possibilitando reflexões e propondo mudanças ao meio social e à individualidade do ser humano, assim evidencia Roland Barthes no livro A Câmara Clara (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984, p. 63 e 136): "A fotografia é violenta: não porque mostra a violência, mas porque a cada vez enche de força a vista e porque nela nada pode se recusar, nem se transformar [...] elas fazem refletir, sugerem um sentido  um outro sentido que não a letra. No fundo a fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas quando é pensativa." Como sugeriu o autor, a imagem estática passa a comunicar mais do que a simples captura de um momento. Entretanto a potência do registro visual continuará ali, esperando ser desvelado e traduzido pelo observador, com a possibilidade de gerar transformações individuais e coletivas. </http:></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Definido o direcionamento da atividade, logo pensou-se em procurar o abrigo de animais com a maior abrangência por acolher animais carentes da Capital e região metropolitana. Entrou-se em contato com uma das voluntárias, chamada Tábata, que auxilia nas atividades do Abrigo há um ano. Agendou-se uma visita para reconhecimento do local e para entender as prioridades e ter o primeiro contato com os animais. Foi realizada outra visita ao Abrigo a fim de realizar as fotografias que seriam usadas na campanha. Nas conversas com os voluntários do Abrigo São Lázaro, durante as duas visitações, pôde-se ter uma percepção do cenário atual. Ao longo dos diálogos, era possível constatar o precário estado dos animais e a carência transparecendo em cada olhar. Os voluntários são responsáveis pela limpeza do ambiente e também pela alimentação e higiene dos cães. Todas essas condições foram apreendidas pelo olhar dos alunos e expressas pelo aparato fotográfico. <br>Segundo o filósofo francês Roland Barthes (1984), a fotografia não passa de um registro da realidade se não houver a interferência da subjetividade do observador. Rogério Ferreira Laham e Dirce Vasconcellos Lopes no texto A premeditação da mensagem na fotografia publicitária (Londrina, Ed. UEL, 2005, p.118) afirma que  A fotografia publicitária deve comunicar seus conceitos e pretensões de maneira a despertar sentimentos, emoções e reações pré-estabelecidas . O apelo emocional parte diretamente do real representado pela fotografia, provocando o sentimento de humanidade no público. A fotografia, quando escolhida como principal componente visual de um anúncio, ao entrar em processo de leitura pelo público, ressignifica-se. A campanha conta com anúncios que combinam imagem e texto, mantendo-se a imagem como elemento de maior destaque. O texto continua sendo imprescindível para a finalidade comunicativa da campanha, como reflete Roland Barthes em a A Câmara Clara (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 63 e 136) sobre o caráter múltiplo do texto:  Como a fotografia é contingência pura e só pode ser isso (é sempre  alguma coisa que é representada) - ao contrário do texto que, pela ação repentina de uma única palavra, pode fazer uma frase passar da descrição à reflexão - , ela fornece de imediato esses  detalhes que constituem o próprio material do saber etnológico . O registro visual tem grande participação no meio publicitário graças ao seu poder de atrair o público leitor através do apelo imagético capaz de significar a realidade. Esse caráter visual se manifesta de forma elementar no anúncio veiculado pela campanha. As fotografias foram feitas no próprio Abrigo São Lázaro, utilizando-se somente luz natural. Para o registro, foi usada uma câmera da marca Nikon, modelo D7200, acoplada a uma objetiva fixa Nikon AF 50mm f/1.8D Nikkor. Seguiu-se utilizando recursos de interação emocional. Realizada a visita para fotografar, notou-se que havia forte presença do olhar dos animais, carentes de lar e carinho, apesar do amparo dado pelos voluntários do Abrigo. Optou-se por destacar esse olhar carregado de emoções, falar da fotografia e percepção do olhar desses animais relacionando-o com a questão da adoção através do título  Adote um olhar . O subtítulo  Essa é uma forma de dizer muitas outras coisas é propositalmente ambíguo, fazendo alusão tanto ao ato adotivo quanto à expressão do cachorro presente na foto. Na composição da foto aparece pichada a frase  adotar é tudo na parede ao fundo do recinto, reforçando o convite feito pela campanha. O produto foi planejado para circular na Universidade de Fortaleza, com o intuito de despertar discussões sobre o tema e incentivar a adoção por parte do seu público. Os meios escolhidos foram anúncio impresso e redes sociais, utilizando não só a fotografia aqui descrita, como outras fotos autorais que ilustram o tema abordado. Decidiu-se que o material seria distribuído pelos blocos da UNIFOR ao longo de 2018, abrangendo maior parte dos Centros.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>