ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01083</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;DIÁLOGO DOS CORPOS</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;THOMAZ FERREIRA DA SILVA (Universidade Estadual de Santa Cruz); FABRICIO DOS SANTOS GOMES (Universidade Estadual de Santa Cruz ); HÉVILA FERREIRA DA HORA (Universidade Estadual de Santa Cruz ); ANA CLARA DE JESUS CONCEIÇÃO SANDES (Universidade Estadual de Santa Cruz ); JHONAS COSTA SANTOS (Universidade Estadual de Santa Cruz ); Betânia Maria Vilas Bôas Barreto (Universidade Estadual de Santa Cruz )</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Diálogo dos Corpos (2018) aborda a relação dos sujeitos com sua corporeidade. Na perspectiva da narrativa, a intenção foi discutir a intimidade dos indivíduos com seus corpos, abrangendo as potencialidades do corpo com a sua plasticidade e incorporação na arte com manifestações intrínsecas no mundo contemporâneo. O tema é relevante porque desvenda aspectos relacionados à olhares diversos e atuais de mudança de perspectiva e redefinições sobre o corpo como um instrumento relacional de um ser fenomenológico. Os estudos seguem a perspectiva do teórico Merleau Ponty e aspectos relacionados à fenomenologia. Desde o mundo primitivo, período no qual a religião estava nos seus processos de fundação antes mesmo da era mesopotâmica, o corpo era sentido através de manifestações ritualísticas, interpretado e expressado de acordo com a cultura desses povos antigos. A dança e o movimento como expressões espontâneas mostravam o corpo como entidade e conexão com o mundo espiritual. Essa divindade manifestada pelo corpo foi se perdendo ao longo do tempo até os dias atuais, nos restando um mundo mais robotizado em exteriorizar sentimentos e ideias. O corpo, além de suas funções biológicas consideradas também como uma ferramenta mecânica do dia a dia é mais do que isso, é ainda um conjunto de sensações, expressividades e plasticidade. A modernidade é caracterizada por René Descarte que trouxe a teoria de que a razão sobrepõe ao empirismo, dividindo o sensorial (corpo) da mente (cérebro) e colocando a racionalidade em primeiro plano com a frase  Penso, logo existo , assim distanciando o ser humano da capacidade de manifestar a sua subjetividade sobre os acontecimentos da vida. Merleau-Ponty e Christine Greiner debatem esse questionamento da fragmentação do corpo e integram-no um único ser capaz de construir experiências e sensações subjetivas. A corporeidade é uma maneira que a consciência usa o corpo como recurso com relação ao mundo, trazendo a dualidade dos sentidos do corpo como mecanismo perceptivo e como essência empírica vivida (MERLEAU- PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2 Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.). O documentário Diálogo dos Corpos, em sua narrativa, aborda essa relação da sociedade com o íntimo de cada indivíduo abrangendo as potencialidades do corpo com a sua plasticidade e incorporação na arte com manifestações intrínsecas no mundo contemporâneo, desvendando o desenvolvimento do sujeito como mudança de perspectiva e unindo as definições de corpo como um instrumento relacional com o ser fenomenológico. Essa narrativa foi construída a partir de nove personagens, tendo como abordagens a corporeidade do artista performer em permissão para criações num universo de significações, a análise de como um corpo dançante que se expressa ao falar sobre questões políticas, a criação de um espaço expressivo no qual se instala a dramaturgia do corpo no âmbito teatral, a percepção de como é trabalhado o corpo e para que serve dentro de cada especificidade artística, mostrando a linguagem corporal e forma como ele estabelece diálogos, no trabalho das relações de corpo, mente e espírito, na arte da estátua viva. Em termos de objetivo geral, a intenção é discutir sobre a plasticidade do corpo e a sua forma de incorporação no mundo através da arte, esse produto pretende refletir sobre a relação do sujeito com seus corpos, como também a consciência entre o corpo e a mente para construir uma imagem artística e a transmissão dessa imagem para o público. Além desse objetivo, tivemos outros com a intenção de desconstruir o olhar da funcionalidade do corpo através de uma narrativa pensada de forma clara, coesa e organizada para um bom entendimento da discussão empreendida. Além de estimular a divulgação da expressividade artística, priorizando personagens que tratam de um segmento e que produzem arte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A construção do documentário Diálogo dos corpos (2018) partiu da perspectiva metodológica de autores que discutem sobre documentário e nos serviram de norteadores para o processo de construção da narrativa documental. Para (RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... O que é mesmo documentário?. São Paulo: SENAC Editora, 2008,), o documentário representa as asserções sobre o mundo, caracterizando-se pela presença de procedimentos que o singularizam com relação ao campo ficcional. O documentário, antes de tudo, é definido pela intenção de seu autor de fazer um documentário na intenção social, manifesta na indexação da obra, conforme percebida pelo espectador. Dessa forma a intenção da narrativa desse documentário foi criar um produto que falasse sobre a subjetividade do ser que está inserido no contexto artístico, fugindo das racionalidades que envolvem o corpo do dia a dia e mostrando uma nova percepção do trabalho de artista e suas corporiedades, e por isso foi trabalhado na tipologia performática que segundo (NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas, SP; Papirus, 2005), caracteriza-se pela subjetividade e pelo padrão estético adotado, utilizando as técnicas cinematográficas de maneira livre. Entende que a narrativa documentaria estabelece formas de representação do outro através das vozes e a aliança que existe entre o realizador, o tema ou atores sociais e o público, sendo assim é preciso saber como devemos tratar as pessoas que filmamos, é uma pergunta que também nos faz lembrar das várias formas que os cineastas podem escolher para representar o outro. Alianças muito diferentes podem tomar forma na interação tripolar de (l) realizador, (2) temas ou atores sociais e (3) público ou espectadores. Um modo conveniente de pensar essa interação consiste na formulação verbal dessa relação tripolar. (NICHOLS, 2005). O corpo tem deixado de ser um objeto de estudo individual, por isso é essencial que o público perceba essas questões e se volte para o conhecimento do seu próprio eu, enquanto corpo que habita o universo, por isso é preciso estabelecer essas asserções sobre o mundo que nos cerca para que fique o mais fidedigno possível da realidade. (CARVALHO, José de Moraes. O corpo: construção e percurso, 1997) afirma que o corpo é o lugar onde se manifestam todas as sensações, efêmeras ou duradouras da psique: as emoções, as paixões, os desejos, tudo parece se encaminhar para o lado de fora, para um mundo mais palpável, detentor de uma realidade mais visível e, por conseguinte, mais compreensível. É por meio desse corpo físico que o corpo psíquico se manifesta. Acreditamos na importância de uma reflexão sobre o corpo, para além de uma visão do corpo físico com as concepções estereotipadas construídas pela mídia, indo pelo viés espiritual, observando as necessidades da mente para com o corpo e trabalhando as duas fontes em conjunto. (SOARES, Sérgio José Puccini. Documentário e Roteiro de Cinema: da pré-produção à pós-produção. Campinas, SP, 2007) direcionou a melhor forma de como fazer uma construção de sentidos com as falas dos atores sociais trabalhados, e por isso iniciou-se a preocupação com o roteiro. Toda a montagem implica em um trabalho de roteirização que orienta a ordenação das sequências, define o texto do filme dando forma final ao seu discurso. Mesmo no caso de não ser escrito no papel, o roteiro do filme virá impresso na maneira como este se apresenta ao espectador; será marcado pelas escolhas do documentarista que definem as imagens e os sons do documentário. (SOARES, 2007). Todas essas e outras formulações concedidas pelos teóricos transmitem uma ideia de como adotamos uma posição específica em relação àqueles que estiveram representados no documentário e àqueles a quem nos dirigimos. Essa posição exige negociação e consentimento. Ela comprova as reflexões éticas que entraram na concepção do documentário. Sugere que tipo de relação se espera que o espectador tenha com o cineasta e seus temas. (NICHOLS, 2005)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando a equipe decidiu a temática principal e o recorte pretendido, foram debatidos possíveis atores sociais que buscávamos encontrar para compor a narrativa desse documentário que trabalhassem com o seu corpo em suas esferas artística, sendo assim, previamente gostaríamos de trabalhar com dançarinos, performer e acrobatas. Com algumas indicações desses possíveis atores, realizamos pré-entrevistas dentro da temática: do corpo em ação com a arte, a leitura do próprio corpo, a relação do corpo com a mente, assim como as descobertas desse corpo inseridas no meio artístico. Com esse roteiro de perguntas baseado na temática e com as respostas obtidas, foram selecionados nove artistas de áreas distintas, mas que se relacionassem pela construção criativa de sua arte através do corpo. Para isso selecionamos: Maíra Mendes uma acrobata de tecidos de Ilhéus/BA; Sabrina Carvalho uma estátua viva de São Paulo/SP, Junior Benicio um performer de São Paulo/SP; Renata Halada uma atriz com bases teóricas do corpo para teatro de São Paulo/SP, Felipe Oliveira um dançarino de ballet clássico e dança contemporânea de Ilhéus/BA e um grupo de mulheres que utilizam o corpo para debater questões, sociais, culturais e políticas  Coletivo rachas composto por: Juliana Faltz, Liz Campos, Mariane Goes, Thaynah Queiroz. Quando finalizamos a decisão dos atores sociais que estariam presentes em nosso documentário, formulamos um questionário, baseado nos conceitos de (SOARES,2007) de modo que conseguíssemos atingir questões ligados a subjetividade dos personagens e suas percepções corporais, já que estaríamos desenvolvendo um documentário performático, portanto foi preciso ir no mais profundo intimo de cada um dos nossos atores sociais. As questões formuladas seguiram as seguintes temáticas: O que é seu corpo para você? Como você acha que seu corpo é percebido pelas outras pessoas? Quais dores e desafios você já enfrentou com o seu corpo? O seu corpo já vivenciou algo considerado um divisor de águas em sua vida? Quais foram às descobertas e redescobertas de seu corpo? Quais as memórias afetivas de seu corpo? Quando você tomou consciência desse seu corpo, e esse corpo era arte? Como é a sua arte? Como você instrui seu corpo para a arte que você faz? Como seu corpo se expressa? A forma como você lida com seu corpo no dia a dia é a mesma de quando está em situações cênicas?. Todas essas perguntas serviram para colher o máximo de relatos pessoais dos artistas sobre seu corpo, baseado na escaleta (SOARES,2007) construída na pré-produção deste documentário. Essa escaleta serviu como um guia do sistema de blocos da narrativa do documentário (SOARES,2007), que resultou na seguinte sequência: Inserção do tema; O nascimento do corpo no mundo artístico; Corpo na arte; A dualidade do corpo Hodierno e corpo artístico; O corpo e mente; Descoberta e redescoberta do corpo; A perspectiva de significações no mundo desse corpo na arte. Após todas as gravações serem executadas com base nesse processo, avançamos para a pós-produção em que fizemos a transcrição de todas as falas, analisamos os discursos, e depois selecionamos os trechos de falas que se encaixavam com a temática a serem discutidas no roteiro, tornando-as coesa e coerente. A narrativa do dialogo dos corpos, é contemplativa a todos os objetos estudados, analisados e experenciados. A vivência enquanto realizador da narrativa deste produto foi conseguir dialogar as falas dos personagens de maneira expressiva, simbólica, denotativa e metafórica sobre o instrumento principal, que é o corpo dentro da arte. O sentimento é de realização e contemplação tanto para equipe, quanto para os atores sociais que participaram deste documentário, que gerou diversas subjetivações na qual dificilmente paramos para pensar, mesmo sabendo que este corpo está presente em todo percurso de nossas vidas e as vezes não permitimos de fato reconhecê-los. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>