INSCRIÇÃO: 01090
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO11
 
TÍTULO: Elos e Laços – Um retrato da adoção no Rio Grande do Norte
 
AUTORES: Fernanda Cristina dos Santos Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Paulina Giovana de Oliveira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Cezar Macedo Barros (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
A adoção é o procedimento legal no qual uma criança ou um adolescente se tornam filhos de uma pessoa ou casal, com os mesmos direitos de filho biológico. No Brasil,essa prática existe desde o período colonial e inicialmente estava relacionada à caridade. Com a Constituição Federal de 1988, a adoção no Brasil passou a ser vista como uma medida protetiva à criança e ao adolescente, sendo um processo que prioriza o bem-estar destes. Sob o viés jurídico, no Brasil existiram diversos textos legislativos que foram sendo instaurados e modificados com o decorrer das décadas até chegar a presente conjuntura. Atualmente, a adoção de crianças e adolescente é regida pela Lei Nacional da Adoção e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. As referidas legislações, dizem respeito à adoção estatutária, anteriormente chamada de plena, tendo em vista a sua característica de irrevogabilidade e por integrar completamente o adotado na família do adotante,gerando assim vínculos para todos os envolvidos. No Rio Grande do Norte, o ato de adotar segue os mesmos moldes dos demais estados do país, tendo em vista que a lei é federal, o que dá amparo e deve ser empregada em todo o território nacional. Contudo, existem alguns programas, projetos e peculiaridades no que diz respeito ao que rodeia a adoção. Além disso, os dados referentes ao estado potiguar diferem dos dados a nível pátrio. Apesar de aparente semelhança, são realidades distintas, cada uma com suas particularidades. O presente trabalho é uma reportagem em profundidade, em formato de livro-reportagem, que mostra o processo de adoção no estado do Rio Grande do Norte, seus gargalos,exigências e tipos de adoção, dando destaque à prática na capital potiguar por meio de relatos de pessoas que já adotaram, sonham em adotar ou foram adotadas, embasadas por dados oficiais e entrevistas realizadas com fontes que possuem propriedade no assunto. O trabalho revelou os motivos da disparidade entre o número de pessoas que desejam adotar uma criança e o número de crianças no sistema de adoção no Rio Grande do Norte. particularidades. O resultado foram oito histórias de famílias, amor, coragem, decisão e felicidade.Relatos de pessoas que tiveram suas vidas marcadas de algum modo pela adoção. O trabalho ganha relevância a partir da importância da família que assume um papel fundamental na sociedade. O direito à família é garantido por lei, no artigo 19,do Estatuto da Criança e do Adolescente, e é também dever e proteção do Estado como descreve o artigo de número 26 da Constituição Federal. A realização deste trabalho justifica-se também no intuito de mostrar várias faces do processo por meio de histórias, de ouvir vozes que muitas vezes são silenciadas, mas que merecem ser ouvidas. O referido tema é apresentado na maioria das vezes pela mídia tradicional de uma maneira rápida e com pouco aprofundamento,fazendo com que muitas pessoas não conheçam o processo e as dificuldades existentes no Brasil, como também a importância da família, tão discutida nos tempos atuais quanto à sua formação e estrutura, nossa intenção foi mostrar que as famílias,independentemente de sua configuração, são formadas primeiramente pelos elos de amor e afeto e que, para tanto,não exige rótulos.
 
INTRODUÇÃO
Os conceitos jornalísticos de reportagem, grande reportagem, livro reportagem, jornalismo humanizado, jornalismo literário e reportagem em profundidade foram estudados, explorados e utilizados ao decorrer do trabalho. O uso destes conceitos está presente na captação das histórias, não só em como contá-las, mas é partede toda a construção das narrativas que constituem o produto. Segundo Lima (2009, p. 26), o livro reportagem "é o veículo de comunicação impressa não-periódico que apresenta reportagens em grau de amplitude superior ao tratamento costumeiro nos meios de comunicação jornalística periódicos". "Elos e laços– Um retrato da adoção no Rio Grande do Norte" buscou aprofundar a temática da adoção, mostrando ângulos pouco mostrados nas reportagens cotidianas. A função básica do livro-reportagem é informar com profundidade. Para que o leitor se sinta impelido à leitura, o texto tem de atraí-lo. O que em geral chama a atenção e prende o leitor à narrativa é a emoção. O texto do livro jornalístico não precisa ser telegráfico, curto, direto, relatorial, sem vida e até burocrático como se vê na maioria dos jornais. Também não precisa ser verborrágico e estar repleto de palavras desconhecidas. Nem exige a presença de adjetivos para transmitir emoção. O que passa emoção é o modo de contar, não os adjetivos que o escritor emprega. (BELO, 2006, p.120). Outro conceito muito importante para a realização do trabalho é o de reportagem em profundidade. Beltrão o define como "o objetivismo multiangular da atualidade apresentado pelos agentes da informação pública para que nós próprios, os receptores, o analisemos, joguemos e possamos agir com acerto" (BELTRÃO, 1976, p.46). Em outras palavras, é a intenção de mostrar um mesmo fato sobre diferentes vertentes para que o público possa ter sua própria interpretação. A reportagem em profundidade, em formato de livro-reportagem, "Elos e Laços: um retrato da adoção no Rio Grande do Norte" se encaixa nesta descrição pois busca mostrar a temática sob várias perspectivas diferentes, por meio das histórias de famílias reais com a adoção,histórias de pessoas que sonham em adotar ou que foram adotados ou não, como também a origem das crianças aptas para a adoção. São relatos livres de suas vidas, da adoção ou da falta dela, passando pela decisão, emoções, ansiedade, medos e dificuldades encontradas no processo da adoção como também seus arredores. Lima (2009) descreve que o livro-reportagem desempenha um papel específico, de prestar informação ampliada sobre fatos, situações e ideias de relevância social, abarcando uma variedade temática expressiva. Pena (2008) no livro Jornalismo Literário diz que o jornalismo literário não ignora o que aprendeu no jornalismo diário. Nem joga suas técnicas narrativas no lixo.O que ele faz é desenvolvê-las de tal maneira que acaba construindo novas estratégias profissionais. Mas bons e velhos princípios da redação como, por exemplo, a apuração rigorosa, a observação atenta, a abordagem ética e a capacidade de se expressar claramente. Ao se pensar em uma proposta diferenciada, que fuja do lead corriqueiro, e do formato convencional, se vê necessária a utilização de uma conduta que apreenda as pessoas não apenas como alguém que possui a informação necessária para a reportagem que produzimos, mas um ser humano portador de sentimentos, sonhos e desejos. Com isso, o conceito de jornalismo humanizado vem à tona, pois o jornalista não se relaciona com um objeto, mas com outros seres humanos envolvidos em um processo comunicativo. De acordo com Cremilda Medina, "um repórter que se debruça sobre o entrevistado para sentir quem é o outro, como se estivesse contemplando, especulando uma obra de arte da natureza, com respeito" (MEDINA 2001, p. 30). Dessa maneira,buscamos utilizar os recursos do jornalismo humanizado para descrever cada história ouvida.
 
OBJETIVO
O livro reportagem “Elos e Laços: um retrato da adoção no Rio Grande do Norte” foi construído e materializado por meio de entrevistas realizadas com pessoas que਀瀀漀猀猀甀攀洀 爀攀氀愀漀 挀漀洀 漀 愀琀漀 搀攀 愀搀漀琀愀爀Ⰰ 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 挀漀洀 昀漀渀琀攀猀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀猀Ⰰ 昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀搀漀 搀椀愀渀琀攀 搀漀猀 搀愀搀漀猀 搀椀猀瀀漀渀椀戀椀氀椀稀愀搀漀猀 瀀攀氀愀猀 挀漀洀愀爀挀愀猀 攀 昀攀爀爀愀洀攀渀琀愀猀 漀昀椀挀椀愀椀猀⸀ 䐀攀渀琀爀攀 漀猀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀椀猀 漀戀樀攀琀椀瘀漀猀 搀漀 爀攀昀攀爀椀搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 攀猀琀漀 愀 攀砀瀀氀愀渀愀漀 搀攀 甀洀 愀猀猀甀渀琀漀 琀漀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 瀀愀爀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀  䄀 爀攀氀攀瘀渀挀椀愀 猀漀挀椀愀氀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 渀漀猀 昀攀稀 椀爀 愀 昀甀渀搀漀 渀愀 戀甀猀挀愀 搀攀 愀瀀爀攀渀搀攀爀 攀 挀漀洀瀀愀爀琀椀氀栀愀爀 漀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 愀搀焀甀椀爀椀搀漀 瀀漀爀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀渀猀 攀洀 瀀爀漀昀甀渀搀椀搀愀搀攀 攀洀戀愀猀愀搀愀猀 瀀漀爀 搀愀搀漀猀 漀昀椀挀椀愀椀猀 攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 挀漀洀 愀甀琀漀爀椀搀愀搀攀猀 渀漀 愀猀猀甀渀琀漀⸀ 䄀猀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀渀猀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 猀攀 琀漀爀渀愀爀愀洀 挀愀瀀琀甀氀漀猀 瀀愀爀愀 漀 氀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀䘀漀爀愀洀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀愀猀 ㄀㘀 瀀攀猀猀漀愀猀 攀渀琀爀攀 昀漀渀琀攀猀 漀昀椀挀椀愀椀猀 攀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀⸀ 䄀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 昀漀爀愀洀 最爀愀瘀愀搀愀猀 瀀漀爀 搀漀椀猀 挀攀氀甀氀愀爀攀猀 瀀愀爀愀 焀甀攀 渀攀渀栀甀洀 搀愀搀漀 昀漀猀猀攀 瀀攀爀搀椀搀漀 攀Ⰰ 愀漀 昀椀渀愀氀Ⰰ愀渀愀氀椀猀愀搀漀猀 瀀愀爀愀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀攀 挀愀搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 吀愀洀戀洀 搀攀挀椀搀椀洀漀猀 渀漀 甀琀椀氀椀稀愀爀 椀洀愀最攀渀猀 渀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 搀攀瘀椀搀漀 猀攀爀 愀氀最漀 洀甀椀琀漀 瀀攀猀猀漀愀氀 攀 渀琀椀洀漀 搀攀 挀愀搀愀 昀愀洀氀椀愀⸀ 䄀氀最甀渀猀 愀椀渀搀愀 渀漀 猀攀 猀攀渀琀攀洀 瀀爀漀渀琀漀猀 瀀愀爀愀 攀砀瀀漀爀 愀猀 挀爀椀愀渀愀猀 漀甀 愀 瀀爀瀀爀椀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 瘀椀搀愀 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 椀洀愀最攀渀猀⸀ 一漀猀猀漀 昀漀挀漀 猀攀洀瀀爀攀 昀漀爀愀洀 愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀Ⰰ 攀 愀挀爀攀搀椀琀愀洀漀猀 焀甀攀 愀猀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 猀漀 愀瀀攀渀愀猀 甀洀 挀漀洀瀀氀攀洀攀渀琀漀 漀瀀挀椀漀渀愀氀Ⰰ 焀甀攀 瀀漀搀攀爀椀愀洀 搀攀椀砀愀爀 漀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 椀渀挀漀洀漀搀愀搀漀猀 漀甀 瀀漀甀挀漀  瘀漀渀琀愀搀攀⸀ 伀 氀椀瘀爀漀 ᰀ䔠氀漀猀 攀 䰀愀漀猀㨀 甀洀 爀攀琀爀愀琀漀 搀愀 愀搀漀漀 渀漀 刀椀漀 䜀爀愀渀搀攀 搀漀 一漀爀琀攀ᴀ†挀漀渀琀洀 㘀㘀 瀀最椀渀愀猀 攀  挀漀洀瀀漀猀琀漀 瀀漀爀 漀椀琀漀 挀愀瀀琀甀氀漀猀Ⰰ 渀漀猀 焀甀愀椀猀Ⰰ 挀愀搀愀 甀洀 愀戀漀爀搀愀 甀洀 攀渀昀漀焀甀攀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀 搀愀 愀搀漀漀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 栀椀猀琀爀椀愀猀 爀攀愀椀猀 搀攀 昀愀洀氀椀愀猀 焀甀攀 愀搀漀琀愀爀愀洀Ⰰ 挀漀洀漀 琀愀洀戀洀 搀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀 渀甀渀挀愀 昀漀爀愀洀 愀搀漀琀愀搀愀猀 攀 焀甀攀Ⰰ 搀攀 愀氀最甀洀 洀漀搀漀Ⰰ 攀猀琀漀 攀渀瘀漀氀瘀椀搀愀猀 渀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀⸀ 倀愀爀愀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀攀 挀愀搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 焀甀攀 挀漀洀瀀猀 漀 氀椀瘀爀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 瀀愀甀琀愀猀Ⰰ 挀愀搀愀 甀洀愀 琀漀挀愀渀搀漀 攀洀 甀洀愀 昀愀挀攀琀愀 搀愀 愀搀漀漀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀 昀漀爀愀洀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 漀戀琀椀搀愀猀 攀洀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 挀漀洀 昀漀渀琀攀猀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀猀 攀 攀猀琀愀琀猀琀椀挀愀猀 愀洀瀀愀爀愀搀愀猀 瀀漀爀 搀愀搀漀猀 漀昀椀挀椀愀椀猀⸀ 䄀 洀愀椀漀爀椀愀 搀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 挀漀渀琀愀搀愀猀 渀漀 氀椀瘀爀漀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 挀漀洀 昀漀渀琀攀猀 攀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 爀攀猀椀搀攀渀琀攀猀 渀愀 挀椀搀愀搀攀 搀漀 一愀琀愀氀ⴀ刀一Ⰰ 搀攀瘀椀搀漀 愀 焀甀攀猀琀漀 氀漀挀愀氀Ⰰ 瀀漀爀 猀攀爀 挀愀瀀椀琀愀氀 搀漀 攀猀琀愀搀漀 攀 琀攀爀 漀 洀愀椀漀爀 渀搀椀挀攀 搀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 愀搀漀琀愀渀琀攀猀⸀ 䈀漀愀 瀀愀爀琀攀 搀愀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 昀椀挀愀洀 挀漀渀挀攀渀琀爀愀搀愀猀 渀愀 挀愀瀀椀琀愀氀 瀀漀琀椀最甀愀爀 攀Ⰰ瀀漀爀 椀猀猀漀Ⰰ 猀攀 琀漀爀渀愀洀 搀攀 洀愀椀猀 昀挀椀氀 愀挀攀猀猀漀⸀ 倀爀椀漀爀椀稀愀洀漀猀 愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 ᰀ挠愀爀愀 愀 挀愀爀愀ᴀⰠ 漀 挀漀渀琀愀琀漀 瀀爀攀猀攀渀挀椀愀氀Ⰰ 瀀愀爀愀 瀀漀搀攀爀 猀攀渀琀椀爀 愀 攀洀漀漀 挀漀洀 焀甀攀 挀愀搀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 挀漀渀琀愀瘀愀 愀 猀甀愀 栀椀猀琀爀椀愀⸀ 伀 氀椀瘀爀漀 ᰀ䔠氀漀猀 攀 䰀愀漀猀㨀 甀洀 爀攀琀爀愀琀漀 搀愀 愀搀漀漀 渀漀 刀椀漀 䜀爀愀渀搀攀 搀漀 一漀爀琀攀ᴀ†琀攀洀 挀漀洀漀 瀀切戀氀椀挀漀 愀氀瘀漀 昀愀洀氀椀愀猀 焀甀攀 搀攀猀攀樀愀洀 愀搀漀琀愀爀Ⰰ 焀甀攀 攀猀琀漀 渀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 攀猀瀀攀爀愀 瀀漀爀 甀洀 昀椀氀栀漀Ⰰ愀焀甀攀氀攀猀 焀甀攀 瀀攀渀猀愀洀 攀洀 愀搀漀琀愀爀Ⰰ 洀愀猀 焀甀攀 瀀漀爀 愀氀最甀洀 洀攀搀漀 漀甀 愀渀猀攀椀漀 愀椀渀搀愀 渀漀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀爀愀洀  氀攀最愀氀洀攀渀琀攀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 愀搀漀漀Ⰰ 挀漀洀漀 琀愀洀戀洀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀椀猀 搀愀猀 爀攀愀猀 搀攀 瀀猀椀挀漀氀漀最椀愀Ⰰ 猀攀爀瘀椀漀 猀漀挀椀愀氀 攀 搀椀爀攀椀琀漀Ⰰ 攀 琀漀搀漀猀 愀焀甀攀氀攀猀 焀甀攀 猀攀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀洀 挀漀洀 漀 琀攀洀愀 爀攀琀爀愀琀愀搀漀 渀漀 氀椀瘀爀漀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀