ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01113</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Gordofobia de A a Z</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bárbara de Oliveira Galvão (Universidade Federal de Pernambuco); Paula Reis de Melo (Universidade Federal de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem Gordofobia de A a Z busca trazer um panorama do preconceito que pessoas gordas sofrem por estarem longe do padrão de beleza imposto socialmente, que, apesar de inalcansável, é exaustivamente cultuado em nossa sociedade contemporânea. O projeto fez parte da avaliação da disciplina de Redação Jornalística 2 da Universidade Federal de Pernambuco e foi desenvolvido a partir de uma inquietação pessoal com o tema. O objetivo, então, é mostrar que a gordofobia é um preconceito estrutural, criado pela cultura na qual estamos todos inseridos, e que causa sofrimento e angústia como qualquer outro, trazendo a contextualização histórica da mudança do padrão de beleza que causa sofrimento. Além disso, pontuar que, também como em outras formas de opressão, as pessoas vêm construindo uma rede de apoio e fazendo o possível para mudar essa realidade. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número de pessoas obesas no Brasil passou de 11,8%, em 2006, para 18,8% em 2016. É um crescimento significativo quando o curto espaço de tempo é levado em consideração. No entanto, o que se vê no dia a dia é que pessoas gordas têm que lidar diariamente com a perda de direitos fundamentais como acessibilidade e respeito, como se não coubessem no mundo e tivessem que se adaptar. Cabines de banheiros pequenas, assentos de ônibus, avião ou teatros, lojas de departamento nos shoppings centers podem se tornar grandes problemas e gatilhos para esta parcela da população, mas o senso comum segue pregando que o erro está nas pessoas e em seus corpos, e não nas coisas que não lhes servem. Virgie Tovar, escritora e militante estadunidense, traz em seu livro Meu Corpo, Minhas Medidas que a naturalização da visão do corpo gordo como um corpo feio e indesejável faz com que seja ainda mais difícil de identificar a problemática por trás da construção desse tipo de opressão.  Meu corpo gordo é frequentemente atacado com o argumento de que não sou bonita o suficiente para existir , disse Tovar (Primavera Editorial, 2018, p. 59). Pensando nisso, a reportagem conta com relatos de pessoas que sofrem na pele esse tipo de preconceito e como elas encontraram força e apoio para entender que o formato dos seus corpos não é um defeito a ser consertado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A motivação do trabalho abordando essa temática veio de uma angústia pessoal, a partir da minha própria experiência como mulher fora do padrão. A metodologia começa, portanto, com a percepção de alguns acontecimentos que tornaram-se padrão, como por exemplo as dicas de dietas vindas de toda parte e a gordofobia médica, quando a anamnese se resume ao formato do corpo. Tendo contato com outras pessoas gordas, dei-me conta de que essas atitudes eram comuns a todas. O processo de apuração, que durou cerca de dois meses, divide-se em três etapas: a pesquisa, entrevistas com especialistas e entrevistas com as personagens. A pesquisa se deu principalmente nas redes sociais, especialmente no YouTube, onde influenciadores digitais falam de forma didática e pessoal sobre o tema. Em relação aos especialistas, houve uma entrevista via WhatsApp com Bernardo Boechat, um desses influenciadores, que auxiliou na construção de sentido de alguns conceitos relacionados à temática principal, além da doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Alyne Nunes, que falou sobre o processo de higienização que exclui aquilo que se afasta do padrão. A forma como as perguntas foram realizadas classificam as conversas como uma entrevista por pautas (semiestruturada ou semidirigida), conceito definido por Gil (1999), uma vez que foi guiada em torno de alguns pontos definidos previamente (padrão, pressão estética, gordofobia, processo de higienização, beleza), mas também não limitava as fontes de falar pontos que consideravam importantes e pertinentes. Já sobre as personagens, não foi tão difícil encontrar pessoas dispostas a relatarem suas vivências de preconceito. Algumas entrevistas foram feitas pessoalmente e outras online, mas todas funcionavam quase que como um desabafo, apesar das perguntas serem também semiestruturadas e dirigidas. Era gratificante ouvir agradecimentos depois dessas conversas, já que essas personagens expuseram experiências negativas de suas vidas. Preocupei-me em ouvir homens e mulheres, pois mesmo reconhecendo que o gênero feminino sofre mais com a pressão por um corpo perfeito, acredito que seja importante incentivar os homens a falar sobre situações que lhes sejam desconfortáveis. Nesse caso, ainda que em escalas diferentes, eles também passam por situações constrangedoras como não encontrar roupas que lhes servem em lojas de departamento e problemas de acessibilidade como não caber no assento do avião ou não passar na catraca do ônibus. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Gordofobia de A a Z nasceu no segundo semestre de 2018 como o trabalho final da disciplina de Redação Jornalística 2, ministrada pela professora Paula Reis de Melo, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A produção deveria ser individual e não foi dado uma temática geral a ser trabalhada pelos alunos. Na época, tinha acontecido há pouco tempo uma situação problemática com relação ao corpo com uma YouTuber que acompanho, e a princípio a ideia era contar essa história buscando responder a questão da existência de um limite do não-padrão que aparecia na mídia hegemônica. Com o início das pesquisas, fui percebendo que o problema era maior do que esse: era estrutural. Voltei-me, então, à questão do preconceito com a intenção de ser o mais didática possível, trazendo exemplos que ilustrassem bem o tema. A reportagem foi dividida em três partes: no início, falo sobre o que são corpos gordos e a diferença entre gordofobia e pressão estética, conceitos fundamentais para a produção, além de contextualizar historicamente o surgimento dessas questões. As entrevistas com os especialistas Bernardo Boechat e Alyne Nunes vêm nessa primeira parte, auxiliando e dando credibilidade aos conceitos utilizados. Na segunda parte, chamada  Ilustrando o preconceito , explico que a principal diferença entre a gordofobia e os outros preconceitos estruturais como racismo e LGBTfobia é justamente o fato de a primeira ser mais discreta e silenciosa e, portanto, mais  aceita socialmente. Em seguida, dou dois exemplos de como o preconceito se mostra em sua forma mais genuína - conto a história das YouTubers Ellora Haone e Luiza Junqueira, onde uma se utiliza da ideia da outra e acaba viralizando e indo para a TV em rede nacional para falar sobre padrão; e faço um paralelo entre as histórias de Nara Almeida, que faleceu de câncer no estômago, e Dielly Santos, adolescente que se suicidou após sofrer bullying por ser gorda. A última parte da reportagem, de nome  #Bodypositive: positividade e neutralidade corporal traz os relatos das personagens Lisa Casé, Antônio Lira, Gabriel Varela, Débora Phetra e Débora Cristine. Os primeiros relatos continuam mostrando a forma degradante que pessoas gordas são tratadas e como elas se sentem sendo julgadas pelos corpos. Depois, a narrativa vai se transformando e os relatos pontuam a importância do movimento de positividade corporal que foi se espalhando mundo afora pregando a aceitação dos corpos e o amor próprio, além do apreço pela representatividade na mídia e na publicidade, visto que os corpos gordos existem e continuam resistindo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>