ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01201</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;ASSENTAMENTO TERRA VISTA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Blenda Cavalcante Rocha (Universidade Estadual de Santa Cruz); Isis Santiago Lins (Universidade Estadual de Santa Cruz); Mateus de Albuquerque Ferreira (Universidade Estadual de Santa Cruz); Eliana Cristina Paula Tenório de Albuquerque (Universidade Estadual de Santa Cruz)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este produto radiofônico foi apresentado à disciplina Rádio Rural, no segundo semestre de 2018, na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia. O  ASSENTAMENTO TERRA VISTA  ADAPTAÇÃO é um radiodocumentário ficcional, que, por isso, se utiliza de ferramentas da radiodramaturgia para criar uma atmosfera próxima ao ouvinte e relatar a história de um assentamento do MST (o Terra Vista), no município de Arataca, situado ao sul da Bahia, enfocando o seu processo de reconhecimento enquanto área para interesse social e as conquistas dos cidadãos e cidadãs que ali vivem. Nosso principal objetivo é mostrar a história de luta daquelas pessoas pelo direito à terra e de que forma o trabalho em comunidade, numa organização social estruturada, pode transformar de maneira positiva uma localidade e permitir que os indivíduos vivam em harmonia entre si e com a terra. Pretendemos ainda desconstruir (ainda que estejamos fazendo o trabalho de formigas!) a tentativa de criminalização de pessoas que participam de movimentos sociais, especificamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Essa ideia, que é fomentada pelos grandes grupos de mídia e pelo agronegócio, faz com que muita gente forme ideias preconcebidas e equivocadas a respeito do assunto. Por isso esse trabalho busca desconstruir esses conceitos pré-estabelecido sobre o movimento e mostrar os benefícios que a organização popular pode trazer para aqueles que, como no Assentamento Terra Vista, apostaram na sua reconexão com a terra. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante as aulas da disciplina Rádio Rural, a professora realizou uma aula de campo com visita ao Assentamento Terra Vista, em Arataca-BA, para que víssemos de perto seu funcionamento e desconstruíssemos as ideias que tínhamos anteriormente sobre o que era isso. Lá, fomos surpreendidos pela organização existente no local, onde funcionam em perfeita harmonia vários projetos bem sucedidos. Uma das lideranças do assentamento, Solange Brito, apresentou um breve histórico de como estava a localidade quando eles chegaram; como foi o processo para que a área fosse decretada para interesse social, em julho de 1994; o esforço de luta e resistência para que hoje o assentamento seja reconhecido como um trabalho coletivo que deu certo; que produz frutas e vegetais orgânicos; é auto-sustentável; ensina o que sabe (com escolas e universidade agrícola) e preza pela relação dos indivíduos em harmonia com a natureza. Ou seja, um caso de sucesso. Vimos de perto cada uma dessas etapas, visitamos áreas recuperadas do desmatamento e onde hoje há uma grande biodiversidade. Conhecemos também a fábrica de chocolate, a horta comunitária, o berçário de plantas, as bibliotecas e casas do assentamento. A cada passo que dávamos, percebíamos a necessidade de mostrar isso tudo a quem não estava ali. E, embora o assentamento utilize de ferramentas de comunicação, tais como o rádio e a internet (com página na web), sentimos a importância de registrar, por meio de um produto radiofônico, esses relatos e experiências. Optamos por apresentar a história do Assentamento Terra Vista, na linguagem documental, envolvendo o ouvinte no contexto sócio-histórico do movimento dos Sem-Terra na Bahia. A escolha do documentário radiofônico se deu por ele abordar um determinado tema em profundidade, baseando-se em pesquisa de dados e de arquivos sonoros, reconstituindo ou analisando um fato importante, incluindo sonoplastia, montagens e roteiro prévio (FERRARETTO, 2001). O produto realizado difere de um documentário estritamente jornalístico, porque  utiliza uma estrutura mais complexa que a de uma reportagem e  problematiza as afirmações ou as negações que já aparecem como generalizadas, fechadas (JOSÉ ¨& SERGL, 2015, p. 73). Nessa perspectiva, foi fizemos uma pesquisa prévia capaz de ampliar nosso conhecimento sobre os detalhes da história do assentamento para que, depois, pudéssemos trazer numa narrativa lúdica, clara e objetiva, os recortes de sua construção e desdobramentos de suas atividades. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a aula de campo, começamos o processo de discussão de roteiro. Ai contamos com o suporte das lideranças do assentamento, usadas para enriquecer a nossa escrita com informações cronológicas e históricas. Foram elas, com sua riqueza de narrativa, que nos deram os elementos para pensar o todo. Fechado o roteiro textual, passamos a discutir a trilha e demais elementos da linguagem sonora. Foi utilizada uma trilha musical que dialogasse com o texto e desse dinamismo e ritmo capazes de manter o ouvinte atento. Além disso, que trouxesse o contexto do cidadão que lida com a terra, que sofre as agruras por não ter terra para cultivar e que se reconecta com a natureza, produzindo para si e para a comunidade, na medida em que se apropria da terra. Nos preocupamos também com a sonoplastia, que consiste em selecionar e aplicar recursos sonoros capazes de movimentar o programa radiofônico, despertando a atenção e a emoção do ouvinte (ALBUQUERQUE, 2016). Já os elementos de dramaturgia tiveram como objetivo trazer o ouvinte para trabalhar a imaginação, prendendo assim sua atenção no conteúdo, construindo sua mensagem mental a partir da paisagem sonora e quebrando a formalidade do discurso informacional sem deixar de informar. Para Vigil (2003, p. 132) esse gênero dramático  é tão próximo e tão familiar porque imita a vida, recria situações que vivemos ou gostaríamos de ter vivido . Para isso, criamos personagens capazes de caracterizar o dia-a-dia das famílias que lá vivem. A escolha da narração, com voz feminina, veio marcar a força da mulher que conta também essa história de luta e resistência e que constrói uma comunidade em pé de igualdade com os homens, distinta dos moldes já postos pela sociedade, buscando justamente trazer os padrões de igualdade, onde todos são responsáveis pela terra. A partir daí foi realizado um ensaio com os atores, onde foi passado o texto e em seguida feita a gravação no estúdio da Rádio UESC. Em seguida passamos para a próxima etapa, a de edição e mixagem. Fizemos a seleção das músicas e do material das gravações a serem utilizados, montamos na timeline do programa de áudio (Reaper), e assim fomos inserindo os efeitos e BGs e finalizamos com a mixagem, modulando e inserindo os ajustes necessários. É a edição quem dá personalidade à informação. Apara arestas, destaca ou minimiza impactos, e faz uma leitura permanente da vontade do público (PORCHAT, 1991, p.74). Referências: ALBUQUERQUE, Eliana. Apostila de Oficina de Redação para Rádio (mimeo). Ilhéus: UESC, 2016 JOSÉ, Carmen Lucia. Voz e roteiros radiofônicos / Carmen Lucia José, Marcos Júlio Sergl.  São Paulo: Paulus, 2015.  (Coleção Cadernos de Comunicação). FERRARETTO, Luis Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 2ª ed., 2001. PORCHAT, Maria Elisa. Manual de Radiojornalismo da Jovem Pan. São Paulo, Ática, 1991. LOPEZ VIGIL, José Ignácio. Manual Urgente para Radialistas Apaixionados. São Paulo: Paulinas, 2003. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>