ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01214</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;6 horas: A história se renova</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jaislane Ribeiro dos Santos (Universidade do Estado da Bahia); Maria Jamile Amaral Alves (Universidade do Estado da Bahia); Fabíola Moura Reis Santos (Universidade do Estado da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"6 Horas: a história se renova" é um curta-metragem de ficção inspirada na lenda ribeirinha da 'Serpente da Ilha do Fogo'. A estória tem como cenário principal as margens do rio São Francisco, na cidade de Juazeiro, na Bahia. Com a duração de 6 minutos e 56 segundos, o curta traz uma mulher como figura central e um enredo carregado de suspense. Segundo a lenda urbana, todos os dias, quando o sino da igreja matriz toca às seis horas, um fenômeno sobrenatural acontece nas margens do Velho Chico, transformando as vidas das mulheres vaidosas. Atraídas pela elegância da cor vermelha, elas usam um lenço que marca sua existência. Por gerações o caso se repete despertando curiosidade e temor nos moradores da localidade. O curta-metragem "6 Horas: a história se renova" é um produto experimental desenvolvido por estudantes do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), durante a disciplina Tópicos Especiais em Comunicação II, ofertada no semestre de 2018.2, ministrada pela docente Fabíola Moura. Esse componente curricular proporcionou aos discentes a liberdade de criação, em relação às disciplinas que trabalham com conteúdos audiovisuais. Através dessa autonomia artística, colocamos em prática a ideia de produzir um curta inspirado numa lenda ribeirinha. Segundo Oliveira e Colombo no texto Cinema e Linguagem: as transformações perceptivas e cognitivas (2014) o cinema é uma linguagem da arte, mas nunca exibirá por si só, mas estará ligada em todos os sentidos e sistemas de significações, que são culturais, sociais, perceptivos, estilísticos. A estória da 'Serpente da Ilha do Fogo' conta que há décadas, uma menina que residia na cidade de Juazeiro - BA atraía atenção de todos que passavam ao seu redor, devido a sua beleza irradiante. Certo dia, ela foi até as margens do rio São Francisco onde permaneceu por horas admirando o seu reflexo nas águas. Ficou ali por muito tempo e esqueceu de retornar para casa. Quando o relógio bateu às seis horas da tarde, a moça se transformou em um enorme víbora. A lenda diz que a serpente vive dentro de uma pedra gigante localizada na Ilha do Fogo, no meio do rio, entre as cidades de Juazeiro e Petrolina - PE. De acordo com os mais velhos, a serpente foi presa pela padroeira do município baiano, Nossa Senhora das Grotas, que usou três fios de seu cabelo para prender a cobra. Os pescadores também afirmam que dos três fios, dois já foram arrebentados e que quando o último se soltar, a serpente será liberta e destruirá as duas cidades. Assim como na lenda ribeirinha, "Seis horas: a história se renova", tem como figura central a mulher. No enredo do filme é feita uma crítica sutil aos padrões de beleza que são impostos e reforçados diariamente por vários canais de comunicação. Outro intuito é resgatar a lenda popular, que infelizmente está sendo esquecida pela população. Produzir o curta-metragem aplicando os conhecimentos técnicos e teóricos apresentados em sala de aula, como gravação, fotografia, criação de roteiro, caráter autoral e liberdade artística, a fim de possibilitar a compreensão das etapas da produção audiovisual. Além disso, o intuito do curta é trazer ao público a reflexão sobre o padrão de beleza imposto pela indústria de cosméticos, que coloca a figura feminina em busca da perfeição. Assim como na lenda da 'Serpente da Ilha do Fogo', "Seis horas: a história se renova" também traz a referência à mitologia grega de Narciso, um belo jovem que ficou embevecido pela própria imagem, até consumir-se ao admirar durante horas seu reflexo nas águas. Outro objetivo do curta é aproximar a produção acadêmica com a cultura local, uma vez que as lendas ribeirinhas fazem parte do nosso imaginário popular e estão sendo esquecidas. A obra é uma tentativa de resgate de uma das estórias mais tradicionais do Vale do São Francisco, que ainda encanta crianças, jovens, adultos e pessoas que são de outras regiões do país.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No processo da elaboração do roteiro tivemos a liberdade para pensar uma proposta fílmica de relevância social. Assistindo alguns curtas-metragens em sala de aula, surgiu a ideia de produzir uma obra de ficção que abordasse as riquezas folclóricas da nossa região. O que percebemos também foi a ausência da figura feminina nas produções audiovisuais. A equipe que produziu o curta foi formada somente por graduandas, uma forma de romper com a produção cinematográfica em que os homens ainda predominam. Fizemos pesquisas sobre estórias ribeirinhas que tivessem a mulher como personagem central do enredo e encontramos o conto 'Serpente da Ilha do Fogo'. No curta utilizamos apenas personagens mulheres e em comum com lenda, abordamos a beleza feminina. No suspense, mulheres vaidosas, consumidoras da indústria de cosméticos que utilizam excessivamente produtos de beleza, são castigadas e transformadas em serpente, mas tem a chance de retornar a vida humana caso consigam trazer outra bela mulher para as margens do rio São Francisco. O conto é um ciclo sem fim e busca causar reflexão sobre a prisão de mulheres ao padrões de beleza. A lenda da serpente é uma estória que aguça o imaginário popular. Conta com personagens e elementos da nossa cultura, como pescadores do bairro ribeirinho Angary, Nossa Senhora das Grotas, o Velho Chico e a pedra da Ilha do Fogo, onde a serpente estaria presa. Apesar de ser um conto bastante conhecido entre os ribeirinhos, a narrativa está sendo esquecida. Percebemos que o advento das novas tecnologias é um dos fatores que contribuem de forma negativa para a preservação da cultura popular. Antes, era comum às crianças sentarem nas calçadas para ouvir histórias e lendas. Hoje, esse comportamento quase não existe. As pessoas, em sua maioria, ocupam o tempo livre com redes sociais e outros tipos de entretenimento nos aparelhos móveis. "Seis horas: a história se renova" garante o registro de uma lenda ribeirinha de uma forma divertida e que também homenageia o imaginário do povo do Vale do São Francisco. As técnicas e teorias expostas durante as aulas foram aplicadas na prática. As ações foram articuladas em grupo para que as estudantes pudessem desenvolver uma atividade específica. Utilizamos equipamentos técnicos disponibilizados pela Universidade: a câmera de marca Canon, modelo EOS 60 D, ano 2012 e o tripé. Usamos um celular de marca Nokia, modelo Lumia 920, para gravar parte da sonora da personagem Dona Lídia. O aparelho telefônico pertence a uma das componentes do grupo. Antes da escolha das personagens, perguntamos se elas tinham conhecimento sobre a lenda, percebemos que esse fator poderia ser um detalhe de extrema importância. A personagem Dona Lídia é juazeirense e cresceu ouvindo a estória e, posteriormente, propagou o conto para seus filhos e netos. Por ela ter vivenciado a contação da lenda, acreditamos que usar sua fala como voz over poderia agregar ao suspense. Segundo Moran, no texto O vídeo na sala de aula (Editora Moderna, 1995) os diálogos expressam a fala coloquial, enquanto o narrador (normalmente em off) "costura" as cenas, as outras falas, dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. A narração falada ancora todo o processo de significação. Dividimos as cenas em dois momentos, interno e externo. A primeira ação foi gravada na casa da personagem Dona Lídia, mas devido a um problema técnico e um detalhe relevante tivemos que refazer uma parte da gravação. As externas foram gravadas em lugares representativos da cidade. Utilizamos ângulos, enquadramentos, luz e outras técnicas que favoreceram as cenas específicas. Todas as etapas foram acompanhadas e direcionadas pelas componentes da equipe.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta- metragem  Seis horas: a história se renova é um audiovisual de ficção, produzido por estudantes da disciplina Tópicos Especiais em Comunicação II, do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A obra tem a figura feminina como personagem central, além de alertar sobre as consequências do excesso de preocupação com a beleza. O curta é ainda uma maneira que encontramos para resgatar a lenda da Serpente da Ilha do Fogo. A pré-produção do curta começou com a escolha e o aprofundamento do tema. Posteriormente dividimos as atividades entre as integrantes da equipe e designamos uma pessoa do grupo para escrever o roteiro. De acordo com Soares no texto Documentário e Roteiro de Cinema: da produção à pós-produção (2017) criar um roteiro significa recortar, selecionar e estruturar episódios dentro de uma ordem que indispensavelmente encontrará seu começo e seu fim. O processo de seleção começa na escolha do tema, desse pedaço de mundo a ser investigado e trabalhado na forma de um filme documentário. Feito isso, partimos para a parte prática. Definimos as personagens, locais de gravação, assessórios, roupas e produtos tecnológicos necessários. A primeira cena foi gravada na residência da personagem Dona Lídia, perto da Universidade. Chegamos às 15h e ficamos até às 18h. No mesmo dia, dando continuidade, gravamos a primeira cena externa na Orla I de Juazeiro, com a personagem Luana. No dia seguinte, gravamos a segunda externa, em quatro lugares da cidade: praça da Misericórdia, centro comercial, margens do rio São Francisco e por último, em frente a igreja matriz. Foram escolhidos os ângulos, enquadramentos, luz e outras técnicas que favoreceram as cenas específicas. Devido a um problema técnico e um detalhe relevante tivemos que refazer uma parte da gravação interna na casa da personagem Dona Lídia. Utilizamos a câmera para capturar as imagens e sons. A edição do curta-metragem foi feita com um profissional contratado pela universidade, utilizando o programa Adobe Premiere Pro CC. A partir do roteiro criado e dos efeitos sonoros escolhidos pela equipe, ele deu vida ao filme. A arte de abertura foi idealizada e criada por uma das participantes do grupo, mas animação apenas foi possível através do olhar do editor vídeo. Todas as atividades foram acompanhadas pela equipe. Finalizados todos os processos de produção, exibimos o curta em sala de aula e, posteriormente, em um evento acadêmico produzido por alunos da disciplina e a supervisão da professora. O filme  6 horas: a história se renova é uma produção acadêmica inovadora por proporcionar uma liberdade artística aos discentes que puderam aplicar os conhecimentos teóricos na experimentação prática. O curta de ficção se torna inovador também, por ter sido criado, produzido, supervisionado e protagonizado somente por mulheres. Apesar da pouca experiência com produção audiovisual e das dificuldades enfrentadas pela grupo, o trabalho foi realizado de maneira satisfatória cumprindo com seus objetivos: causar reflexões em torno dos padrões de beleza e resgatar a lenda popular a  Serpente da Ilha do Fogo . Também agregou ao processo formativo das estudantes na graduação de Jornalismo, uma vez que proporcionou a experimentação de outras maneiras de contar histórias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>