ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01244</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Quebrando o armário: relatos e processos de autorreconhecimento e aceitação</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;André Felipe Amorim dos Santos (Universidade do Estado da Bahia); Mayane Cristina dos Santos Silva (Universidade do Estado da Bahia ); Thiago Elias Santos Silva (Universidade do Estado da Bahia ); Teresa Leonel de Oliveira Costa (Universidade do Estado da Bahia )</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo relatório publicado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga associação de defesa dos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros), no Brasil, em 2018, foram registradas 420 mortes de LGBT. Sendo 320 (76%) homicídios e 100 (24%) suicídios. Assim, segundo o relatório da associação, a cada 20 horas um LGBT é morto ou se suicida no país. Até mais ou menos 30 anos atrás a homossexualidade ainda estava na Classificação Internacional de Doenças e problemas relacionados à saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo considerada como doença, desvio, e relacionada à uma patologia. Historicamente as pessoas sempre foram educadas e forçadas a assumirem determinados desejos e posturas perante o fenótipo e órgãos genitais biológicos. Se não fosse assim, estariam doentes e seriam anormais. O que contribuía e ainda contribui para o silenciamento dos seus corpos e o debate sobre a diversidade sexual. Para Guacira Lopes (1997) esse mutismo é frequente dentro das salas de aula e  Ao não se falar a respeito deles e delas, talvez se pretenda  eliminá-los/as , ou, pelo menos, se pretenda evitar que os alunos e as alunas  normais os/as conheçam e possam desejá-los/as . LOURO, Guacira L., no livro Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista (Editora Vozes, 1997). Aqueles que se mostram diferentes têm que lidar com  gozações e insultos. São postos à margem e sofrem com a discriminação, preconceito e ódio justificados na heteronormatividade. Apesar disso, o movimento LGBT e as produções científicas e comerciais sobre esse público ganharam mais espaço e notoriedade nos últimos anos, inclusive na mídia. Porém, algumas questões ainda pairam meio confusas e como uma interrogação na sociedade. Dessa maneira e inseridos em um contexto que ao mesmo tempo que Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros estão sendo pautados, vivemos uma conjuntura política de fomento a perseguição desses sujeitos, sendo assim, mais do que nunca, enxergamos a necessidade do debate sobre o assumir-se LGBT e as implicações dessa tomada de posição ao sujeito. A produção multimídia produzida na disciplina de Jornalismo Online do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) traz perfis, reportagens e informações sobre processos de autorreconhecimento e aceitação de LGBT s que residem no Sertão do São Francisco, mais precisamente nas cidades de Petrolina, PE e Juazeiro, BA. A intenção do conteúdo distribuído na plataforma de site é dar voz, informar, esclarecer e conscientizar. Levar a realidade para as pessoas de uma maneira acessível e didática, possibilitando-as de discutir mais sobre o tema e disseminar o conhecimento, a fim de ajudar nos processos de sujeitos que ainda encontram dificuldades na busca por representatividade e apoio. Contribuir para a quebra do incessante preconceito ao público LGBT. Tivemos como objetivo neste trabalho montar um suporte de apoio e representatividade tanto para os LGBT s que estão no processo de descobrimento da sua orientação sexual, quanto para os que enfrentam dificuldades para se assumir e também os que já se assumiram. Além disso, produzimos o conteúdo da plataforma a fim de que os familiares, amigos e pessoas próximas desses sujeitos consigam através de exemplos e informações lidar com esses processos. Atualmente vivemos um momento de retrocessos de conquistas e direitos de LGBT s e de outros grupos ditos  minorias , o que evidencia a importância de cumprirmos a nossa função social enquanto estudantes de comunicação, desenvolvendo meios de extinguir estereótipos e preconceitos através da informação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção multimídia foi desenvolvida durante o segundo semestre de 2018, na disciplina de Jornalismo Online, do sexto semestre do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios da UNEB, em Juazeiro-BA, ministrada pela professora Teresa Leonel. Durante o processo de construção tivemos acesso dentro e fora da sala de aula a conteúdos multimídias para compreendermos melhor essa forma de fazer jornalismo, que se utiliza da interação do leitor com o conteúdo. O debate sobre a  forma ideal de se produzir jornalismo para web vem acontecendo com o advento da era digital, porém em 2012 após a publicação pelo jornal The New York Times da reportagem  Snow Fall: the avalanche at Tunnel Creek que conta o desenrolar de uma avalanche de neve que deixou vítimas fatais no estado de Washington (EUA), o formato conhecido como Snow Fall passou a ser considerado um modelo para produções mais interativas e imersivas em plataformas online. Ou seja, a junção de áudio, vídeo, animações e texto para colocar o internauta  dentro do conteúdo. Em tempos de grande facilidade de acesso a todo tipo de conteúdo a qualquer hora e qualquer lugar, a produção multimídia surge como uma forma mais convidativa de consumo de informação. É preciso compreender que a internet funciona em grande parte em um contexto de viralização, quando o leitor gosta de algo, geralmente compartilha com um amigo e assim sucessivamente, atingindo um maior número de internautas. DASMACENO, C. e SILVA, T., no texto Reportagens multimídia: técnica do "snowfall" (Site Convergência em Cena, 2015). No processo de construção da reportagem  Quebrando o Armário o primeiro passo a ser tomado foi a pesquisa sobre o movimento LGBT, inclusive, em contexto local buscando associações, grupos de estudo e grupos de apoio. Após essa pré-pesquisa foi preciso entender melhor o processo de construção de uma reportagem e guiados também por nossa orientadora, nos debruçamos sobre cada etapa, iniciando com a montagem da pauta, ferramenta indispensável para a construção de uma reportagem mais elaborada, segundo Nilson Lage (2001) a reportagem:  Como qualquer projeto de pesquisa, envolve imaginação, insight: a partir dos dados e indicações contidos na pauta, a busca do ângulo (às vezes apenas sugerido ou nem isso) que permita revelar uma realidade, a descoberta de aspectos das coisas que poderiam passar despercebidos . LAGE, N, no seu texto A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística (Editora Record, 2001. p 15) A discussão em grupo nos levou até os formatos que iríamos usar na plataforma. Optamos por construir perfis, já que é um texto jornalístico mais literário onde poderíamos versar pelas histórias e contá-las de uma perspectiva mais poética, fotos, para complementarmos os textos e trazer um caráter referencial aos internautas, matérias escritas e em audiovisual, com personagens e fontes agregando análises e opiniões, podcast e também entrevista com especialista para esclarecer dúvidas que detectamos por meio de conversas e enquetes online com cerca de 40 pessoas. Os grupos  Famílias pela diversidade e  Sexualidades no plural de apoio e estudos LGBT no Sertão do São Francisco, foram parceiros na disponibilização de informações e também seleção de fontes. Porém a internet com todo seu poder de alcance foi a principal ferramenta de busca. Utilizamos redes sociais, por exemplo, Instagram e Facebook, para encontrar possíveis fontes e perfilados. O banco de dados online do Grupo Gay da Bahia, que há 38 anos recolhe dados de assassinatos e mortes de pessoas LGBT, foi responsável por nos contextualizar numericamente através de seus relatórios a situação dessa população no Brasil. A pesquisa teve papel principal em nosso trabalho, pois como afirma Lage (2001)  Complicada ou não, a pesquisa é a base do melhor jornalismo . LAGE, N, no seu texto A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística (Editora Record, 2001) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção multimídia foi construída na plataforma de criação de sites grátis  Wix . O processo de criação desde os textos ao design do site foi todo feito pelos estudantes nos momentos de sala de aula e em horários extracurriculares. A plataforma da reportagem multimídia foi pensada e distribuída em seis telas: Início, Relatos, Matérias, Esclarecendo, Galeria e Quem somos. A aba de início traz um layout com partes de todo o conteúdo do site e hiperlinks que levam até as produções completas. A intenção é que esse primeiro momento seja uma espécie de cartão de visitas que convida o internauta a começar a ler o conteúdo por onde ele achar melhor. A aba  relatos traz cinco perfis: A descoberta de Victória, sobre a trajetória de uma bissexual e a aceitação da família; O segredo de Júlio Cesar (nome fictício a pedido do personagem), sobre um jovem que viveu uma experiência homossexual em meio as diretrizes de sua religião; As dúvidas de Luís Gustavo (nome fictício a pedido do personagem), sobre os questionamentos de um menino que  vive no armário sobre a sua sexualidade; A militância de Cybele, sobre uma mãe de LGBT que passou a militar por medo de perder o filho e atualmente oferece apoio as pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade e O amor de Dannyely, mãe de dois filhos, bissexual e atualmente casada com uma mulher, que teve a filha vítima de preconceito por conta de sua sexualidade. Usamos o método de entrevista testemunhal e em circunstância dialogal (LAGE, 2001) onde os perfilados foram deixados à vontade a contarem suas histórias e quando necessário instigávamos com diversas temáticas. Na aba  Matérias trazemos duas produções  No Candomblé, os Orixás abraçam a diversidade e  Como algumas igrejas lidam com as pessoas  sexodiversas ?  sobre a relação de três religiões (Candomblé, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Espírita) com os LGBTs, um debate que costuma ser silenciado ou tratado com atitudes extremas nos espaços religiosos. Segundo as professoras Simone Brandão Souza e Valéria dos Santos Noronha Miranda (2013) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB),  As instituições como a família, a escola e a igreja vão, através do processo de socialização, reforçar e vigiar a correta efetivação dessa normatização do gênero e da orientação sexual. (...) reforçando a heterossexualidade como uma regra social&  SOUZA, Simone B. e MIRANDA, Valéria dos S. N., no seu texto Homofobia e invisibilidades na educação (Editora UFRB, 2013). Entretanto observamos durante a pesquisa que em algumas das religiões citadas nas matérias os relatos são de abertura e aceitação por parte das diretrizes. Na aba  Esclarecendo trazemos uma reportagem audiovisual intitulada  O peso e a leveza de ser com relatos de LGBT s e também esclarecimentos com uma psicóloga sobre as imposições ao gênero feminino e masculino: rosa para menina, azul para menino& que também contribuem para disseminação do preconceito. Na mesma aba encontra-se uma entrevista ping-pong com uma pesquisadora de gênero e sexualidades que esclarece algumas dúvidas recorrentes ainda na sociedade. Para fechar trazemos as abas  Galeria e  Quem somos onde disponibilizamos todas as fotos produzidas e utilizadas no projeto e apresentamos os estudantes responsáveis. Em um contexto de cortes orçamentários na educação, aonde as universidades públicas a cada dia vem sendo sucateadas, encontramos dificuldades, principalmente com equipamentos para produção da plataforma, como a falta de câmeras (a maioria de nossas filmagens foram feitas por celular), tripés, programas específicos para criação de design e edição. Por isso, talvez tenha ausência de qualidade em algumas construções. Mas entendendo que nem sempre teremos tudo  em nossas mãos no mercado de trabalho, usamos nossa criatividade em todos os processos para chegar no melhor resultado possível. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>