ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01251</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Quem Te Representa?</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Rebecca Keslem Sousa Ferreira (Universidade federal do Maranhão); Josie do Amaral Bastos (Universidade Federal do Maranhão); Bruno Costa Sodré (Universidade Federal do Maranhão); Lizandra de Cássia Anchieta Soares Lobão (Universidade Federal do Maranhão)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Embora sejam uma grande parte da população do país, mulheres e negros, juntamente com homossexuais, indígenas, dentre outras classes, são considerados minorias quando analisamos os seus direitos e sua representatividade. Uma vez que raramente vimos representantes dessas classes tendo "voz" em meios como a política, mercado de trabalho e literatura. É perceptível a falta de conhecimento da sociedade brasileira, e até dos negros, sobre o papel do negro na literatura, tanto como escritores, como personagens. Entender essa falta de espaço no campo literário é analisar todo o contexto histórico em que essa minoria está presente. Em uma história marcada pela escravidão que trilhou o destino de muitas gerações, a falta de oportunidade para os estudos, a dificuldade de se manterem vivos depois da abolição da escravatura e o pouco espaço que conseguiram ocupar durante todos esses anos, afastaram os negros de uma área considerada erudita e que sempre foi dominada por brancos. Como escrever livros, poemas ou contos se não tiveram acesso à escola e à escrita? E mesmo depois, quando poucos conseguiram atingir a posição de escritores, qual motivo os levam ao anonimato e à falta de espaço na mídia? Porque são representados de formas estereotipadas na literatura? A contemporaneidade está carregada de problemas sociais. A falta de acesso à educação ainda é presente, principalmente em áreas periféricas, região de grande concentração de negros. O preconceito racial também é outra temática que explica os pequenos números de autores negros e de personagens de cor. Toda essa problemática acaba apontando em direção à representação social. Como se sentir representado quando os espaços sociais ignoram a minoria e deixam de lado a sua conquista? Trazendo para o campo midiático, de acesso público, o programa piloto "Quem Te Representa" traz à luz a história dos negros e a posição que ocupam dentro da literatura, discutindo toda a sua trajetória, problemática e a importância da sua representação social. O tema do produto audiovisual escolhido tem como objetivo fomentar, de uma forma dinâmica, uma reflexão sobre a representação social das minorias, sobretudo na literatura, ao mesmo passo que traz essas classes menos favorecidas para serem protagonistas de histórias, fazendo assim com que se sintam verdadeiramente representadas em situações comuns outrora esquecidas. O produto discute o motivo da existência de poucos escritores negros, como os negros são representados no campo literário, gerando reflexão através das sonoras dos convidados. Objetiva-se também mostrar que o protagonismo dessas classes deve ser visto como algo frequente e não como algo estranho, principalmente quando se tem contato com o negro como protagonista de uma história.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Sentir a falta do negro na literatura é saber que se precisa de dados para comprovar o mesmo. Assim, após o contato dos integrantes do grupo com a pesquisa iniciada em 2003 pela professora de literatura Regina Dalcastagné, que analisa o cenário da literatura brasileira e respectivamente quem integra essa área, o tema do programa piloto Quem Te Representa foi escolhido. A pesquisa que analisou romances e autores em três períodos diferentes, de 1965 a 1979, de 1990 a 2004 e de 2005 a 2014, mostra que 2% dos autores brasileiros são negros e que de 100% dos personagens desenvolvidos para os enredos, apenas 6% são personagens de cor. A pesquisadora também analisou o delineamento do escritor brasileiro e chegou a informações que confirmam a exclusão e a falta de acesso e de oportunidade de pessoas negras na literatura. O escritor nacional é homem, branco, de classe média, nascido no eixo Rio-São Paulo e os personagens por ele desenvolvido, principalmente os protagonistas, são brancos, heterossexuais, pertencentes a classe média. Apenas seis ocasiões apresentaram mulheres negras como protagonistas, dado extremamente mínimo quando comparado com o protagonismo da mulher branca, que ocupou esse lugar 136 vezes. Esse déficit embora ainda tenha muito que ser melhorado, é algo que vem se tornando cada vez mais importante nos debates sobre minorias e, consequentemente, ganhando cada vez mais força. Se sentir representado, identificar naquele que está sob os "holofotes" as mesmas características, vai muito além do que apenas essa mera similaridade com o outro. A falsa representatividade também é um grande ponto que chama atenção, sempre que vemos um negro ganhando espaço em algum lugar, nunca é como o personagem principal, e sim com papéis antagônicos ou em cargos subalternos, sendo reforçado ainda mais os estereótipos racistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O conjunto de métodos e técnicas utilizados nesse programa é dividido em quatro partes. O primeiro momento consistiu em uma breve discussão da equipe e também uma breve pesquisa sobre qual seria a melhor ideia e/ou tema para abordarmos e produzirmos em um programa de televisão. No segundo momento, o objetivo principal foi produzir o roteiro e relatório, para então nortear a produção do trabalho. O terceiro momento se deu com a produção do programa. Escolhemos quem seria os convidados, definimos o apresentador, discutimos sobre o cenário, locação, os dias de filmagem e uma pré-edição do material gravado. No último momento, a equipe se concentrou em editar todo o material obtido nas gravações para produzir o resultado final. Após recolhermos algumas informações sobre o tema, começamos o processo de criação do roteiro que teve como base a pesquisa da professora Regina Dalcastagné e que foi adequado a linguagem de vídeos que são feitos para o Youtube, já que objetivamos uma dinamicidade. A partir deste ponto, montamos o roteiro que tem uma narrativa ágil e concisa, pois desta forma conseguimos transmitir a informação de forma mais desenvolta. Após a elaboração do roteiro, nos reunimos para discutir o cenário que deveria se encaixar em dois aspectos: na identidade do programa e em nossos recursos. Optamos por gravar o programa no estúdio de televisão da Universidade Federal do Maranhão e como conhecemos o ambiente, definimos quais objetos seriam utilizados no cenário. Inicialmente optamos por um sofá, almofadas e um painel que teria diversas molduras aglutinadas a ele. Porém, não conseguimos o sofá e resolvemos utilizar os objetos que já estavam presentes no estúdio: um banco, onde a apresentadora ficou sentada e um suporte espelhado que serviu como painel de fundo. Colocamos as molduras e as luzes de LED para ambientar o local. A escolha da apresentadora se deu pela personalidade, já que estávamos buscando alguém que combinasse com o estilo desenvolto do programa, porém a pessoa pensada inicialmente não pôde comparecer e no dia da gravação resolvemos convidar a estudante de Comunicação Social  Rádio e TV, Gabriela Trindade. O piloto, de 08 minutos e 58 segundos, de duração foi gravado no dia 19 de novembro de 2018, em apenas uma tarde, no Estúdio de TV da Universidade Federal do Maranhão e utilizou duas câmeras. A câmera oficial foi a Nikon D800 e a câmera de apoio foi a Nikon D5200. Captamos o áudio pelo fone de ouvido do celular Moto G 5s Plus. A sonora do professor de Estudos Africanos e Afrobrasileiros, Richard Christian, e da estudante de letras, Rayane Teixeira, foram feitas em uma tarde, cada uma. A sonora do professor foi captada pela câmera do estúdio de televisão da UFMA, e a sonora da estudante foi captada pela câmera Nikon D800. A edição do programa foi realizada em 3 dias utilizando o programa Sony Vegas Pró-14. A vinheta de abertura e as imagens que cobriram a narração foram pensadas e desenvolvidas durante a semana que gravamos o programa, sendo recolhidas da internet. A trilha sonora utilizada como BG foi "Bossa Nova Jazz Instrumental Mix" encontrada no Youtube; e a trilha da vinheta de abertura foi "Imunização Racional" do Tim Maia, também encontrada no Youtube. O programa piloto mostra como a figura do negro é representada dentro da literatura. Dentro do programa tem o apresentador, que conduz toda a narrativa, um convidado qualificado que fala sobre o assunto e que é introduzido ao longo do enredo, e imagens que cobrem a narração, papel desenvolvido pelo estudante de Comunicação Social  Rádio e TV, Lucas Fonseca. Com essa ideia, o "Quem te representa?" busca trazer uma dinamicidade para quem vai assistir, assemelhando-se e misturando a televisão convencional com o formato de vídeos para internet, como aqueles da plataforma "YouTube".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>