ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01315</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Cultura do Assédio: Marcas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Manuela Cardoso de Macêdo (Universidade católica de Pernambuco); Filipe Tavares Falcão Maciel (Universidade católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ensaio fotográfico Cultura do Assédio: Marcas, foi elaborado com o intuito de denunciar e debater a cultura do assédio, expondo como uma sociedade patriarcal afeta mental e socialmente, e, por vezes, fisicamente, a vida das mulheres. O trabalho, inicialmente proposto na disciplina de Linguagens Fotográficas I, foi realizado por uma perspectiva fotojornalística e foca nos relatos de diferentes mulheres, que sofreram assédio. O papel da fotografia vem se desenvolvendo em diferentes linguagens e com diversas intenções. A imagem fotojornalística é aquela que a imprensa produz ou adquiri, com conteúdos próprios, que estaria relacionada aos valores de informação, atualidade e notícia de relevância social, política, econômica, e que pode ser associada as várias classificações da imprensa em diferentes seções (Charles Monteiro, no texto História e Fotojornalismo: reflexões sobre o conceito e a pesquisa na área. Revista Tempo e Argumento, 2016), ou seja não somente pautas factuais, mas também pautas de fotos produzidas. A fotografia social, dentro do fotojornalismo, tem grande importância para as questões políticas contemporâneas, por exemplo em discussões de gênero, e causa enorme impacto, não somente visual, como também nas práticas e lutas de movimentos sociais.  No volume e na velocidade própria do nosso tempo tais imagens nos vislumbram com toda sorte de práticas e políticas que são inseridas pelos movimentos sociais no interior do debate contemporâneo. (Walfrido Claudino, no texto Fotografia e Movimentos Sociais: políticas de visibilidade na cena contemporânea. Londrina, 2012). Assim, a relação entre fotografia e feminismo é um ato político e social, ou seja, um espaço para se denunciar e discutir estruturas misóginas dentro da sociedade, podendo também promover direitos humanos, nesse caso direito das mulheres, obtendo assim papel quase que fundamental, para certos grupos sociais. O ensaio, produzido com viés fotojornalístico, desenvolvido na disciplina Linguagens Fotográficas I, tinha como objetivo principal denunciar o assédio, em espaços públicos, sofrido por mulheres. Perante observação dessa realidade, o trabalho também teve o intuito de provocar reflexões sobre esse problema, tendo em vista que os acontecimentos relatados por algumas mulheres, são frequentes e facilmente reconhecidos por grande parte da população feminina. Para isso, foram recolhidos relatos sobre o ato do assédio em si, além de conversas que ajudaram a entender a magnitude do problema e compor o trabalho. A ideia principal então passa a ser o relato, a marca dessa experiência, com a intenção de manter as fotos simples e criativas, enfatizando o problema denunciado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As fotografias do trabalho Cultura do Assédio: Marcas, surgem do desejo de explorar o feminismo nas artes visuais, como meio de evidenciar o machismo em nosso cotidiano e como isso afeta, não só fisicamente, mas psicologicamente a vida das mulheres. O ensaio tem como base motivacional a desigualdade e assimetria de gêneros, que causam certos tipos de opressão, que por sua vez, persistem durante a história e se moldam aos nossos traços culturais, sociais, e acabam se tornando problemas estruturais, que privilegiam uma parte da sociedade.  Produto de uma construção histórica, a violência contra a mulher relaciona-se estritamente às discussões sobre gênero, relações de poder, classes, etnias, e vem, ao longo dos anos, diante das transformações sociais, moldando-se às experiências vividas por cada geração. (Acácia Lelis e Viavianne Cavalcante, no texto Pornografia de Vingança: uma análise sobre a violência de gênero, através das mídias sociais. 2017). Da experiência de ser uma mulher, que convive com outras mulheres que também vivem dentro dessa construção patriarcal, esse trabalho foi um meio encontrado para expor essas histórias de violência de gênero, por meio de imagens. Essas fotografias foram feitas como pauta produzida e foram realizadas em estúdio, com fundo preto, para destacar a personagem da mulher, toda a sua expressão corporal e facial, demonstrando a dor de viver essa realidade, e também para enfatizar as marcas, na cor vermelha, para chamar atenção e por ser uma cor que remete à violência. As marcas nesse trabalho, foram signos dos traumas, das sensações e lembranças que ficam depois de ter sofrido um assédio, marcas que ganham formas de mãos ou de lágrimas e que sintetizam a ideia de uma experiência que acompanha a mulher durante sua vida, seja psicologicamente, fisicamente ou por um sentimento de opressão, que silencia. O ensaio fotográfico foi idealizado com um conceito subjetivo e criativo e, ao mesmo tempo, uniu a linguagem do fotojornalismo, ou seja, pretendia criar um olhar sobre o tema, com a intenção de provocar impacto e reflexão. O processo de registro das imagens, até a linguagem corporal das modelos e a edição das fotos, teve o intuito de transmitir essa denúncia e fazer com que mais pessoas tenham uma visão do que precisa ser melhorado. Para o trabalho foi utilizada uma câmera da marca Nikon, modelo D3100, com uma lente fixa de 85mm, além de uma soft box em estúdio, iluminação semi-lateral frontal e fundo infinito preto. As fotos representam as marcas, os traumas, deixadas pelo assédio que as mulheres sofrem, cotidianamente. O olhar, a expressão do corpo, a escolha do fundo preto e de uma única fonte de luz, foram pensados para compor as fotos de modo a passar uma dramaticidade na cena, com uma atmosfera pesada, que acompanha o caráter dos relatos vividos por essas pessoas. O uso da tinta vermelha, em forma de mãos, foi marcado na pele das modelos e se tornam o foco das fotografias, tanto pela cor, quanto pelo significado, finalizando a composição da cena. No tratamento de cor das fotos, foi escolhido diminuir a saturação das imagens, exceto pela cor vermelha, que foi valorizada e editada para ficar mais vibrante, criando um contraste com o fundo escuro e a pele das mulheres e, assim, enfatizando o tema do ensaio. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A criação do conceito do trabalho se iniciou através de longas conversas com diferentes mulheres, para entender como cada uma vivenciou esse tipo de experiência. Após ouvir relatos e opiniões, a conclusão foi de que essas histórias carregavam um peso muito importante para o trabalho e as imagens deveriam acompanhar esses relatos, sempre passando a mesma sensação das experiências ouvidas. A ideia de marca surgiu após entender que o assédio vai além do toque, é um ato de opressão, reflexo de uma sociedade que inferioriza o feminino. Esse ato não só machuca, como cala, traumatiza, reprime e passa a fazer parte da memória e do psicológico da mulher, como uma marca. Apesar de feitas com formas de mãos, as marcas existem também, nas imagens, como lágrimas e impressões deixadas sobre o corpo, e remetem a sensação e a dor que restam depois de sofrer o assédio. Em relação ao processo de produção imagética, as fotos foram pensadas para estúdio, com fundo preto, e as poses e iluminação foram criadas depois de alguns testes, chegando ao resultado final da cena produzida, com teor dramático para causar impacto. Os relatos foram coletados através das redes sociais e algumas conversas particulares e, depois, selecionados seis desses relatos, para acompanharem as fotos. O conteúdo dessas histórias envolvia tanto assédios físicos, em espaços públicos, quanto assédios psicológicos, em relações abusivas e, como possuíam caráter bastante pessoal, as autoras dos relatos não foram identificadas. A partir do problema apontado, a intenção do trabalho é de expor e discutir as dificuldades que cercam a vida das mulheres, dentro de uma sociedade misógina e como essa cultura reflete condições negativas às pessoas que ela atinge.  A perspectiva de gênero é importante para compreendermos os discursos (re)produzidos pela sociedade. É possível perceber a violência contra as mulheres como um fenômeno cultural decorrente das relações assimétricas entre os gêneros [...]. (Acácia Lelis e Viavianne Cavalcante, no texto Pornografia de Vingança: uma análise sobre a violência de gênero, através das mídias sociais. 2017). Uma sociedade desigual, que oprime certos grupos, trilha um caminho de erros e injustiças sociais. As fotografias buscaram contar essas histórias de desigualdade de gênero, de forma artística, para sensibilizar o público, focando nos relatos revoltantes e que afligem a população feminina.  A violência simbólica, resultado da dominação simbólica que nem sempre é percebida, mas sempre exercida, se mostra como eixo principal de todas as ações de violência de gênero, [...]. (Acácia Lelis e Viavianne Cavalcante, no texto Pornografia de Vingança: uma análise sobre a violência de gênero, através das mídias sociais. 2017). É preciso desconstruir os discursos que oprimem o gênero feminino e, principalmente, expor essa violência, que se mantêm velada sob a cultura patriarcal, tornando legítima a dominação masculina, que controla, ainda hoje, a figura feminina nas diversas relações sociais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>