ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01496</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Cicatrizes para a Vida</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Camila Correia Alves (Universidade Federal de Pernambuco); Maria Gabriela Gonçalves de Araújo Almeida (Universidade Federal de Pernambuco); Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (Universidade Federal de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Mais de cinco milhões de crianças no Brasil vivem sem o nome do pai no registro de identidade, relatou o Conselho Nacional de Justiça, em 2011. Quatro anos depois, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o país ganhou mais de um milhão de famílias formadas por mãe solo no intervalo de uma década. Hoje, 47 mil crianças vivem em abrigos, de acordo com o Cadastrei Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA). São pessoas que entraram para a estatística. E fazem crescer os números por sofrerem um abandono parental que pode ser colocado em números. Mas como é possível medir o afeto? A reportagem literária  Cicatrizes para a Vida traz as histórias de Lorena Barros e Eduardo Coelho, pessoas com nomes em registro, que viveram longe de abrigos e, por isso, estão fora das estatísticas. Mas foram abandonadas, respectivamente, pelo pai e pelos pais. Um abandono que não é físico ou financeiro, que não se refere a ausência material, mas sim de respeito, cuidado e convivência familiar. Direito garantido pelo Art. 227 da Constituição Federal, que diz  É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, direito [...] ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. . Partindo do princípio de uma abordagem humanitária,  Cicatrizes para a Vida teve por objetivo ouvir a voz e dar rosto àqueles que, por sofrerem um abandono difícil de medir, vivem fora da estatística nacional. Mescla relatos, observação, sentimento e literatura para falar por quem pouco ouvido foi. Uma produção que fez parte da revista  Desarrimo , coletânea de reportagens e crônicas sobre diferentes formas de abandono. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apesar de ser direito garantido pelo Art. 227 da Constituição Federal, o cuidado quando violado e, consequentemente, torna-se causador de danos, ainda está sujeito a uma avaliação que parte do individual de cada juiz à frente dos casos que pedem por indenização. O que torna o número de vítimas do abandono parental afetivo dificilmente mensurável em sua realidade. Por esse motivo, ainda não existem pesquisas ou dados no país que detalhem esta realidade. Medida que pode trazer mudanças a este cenário é o Projeto de Lei 700/2007, aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, e que, caso entre em vigor, exerce uma mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente que obrigará aos pais que deixaram de prestar assistência afetiva a reparação de danos morais por meio de convivência ou visita periódica aos filhos. Uma tentativa de reduzir a negligência da integridade física e emocional da criança. Exemplo de medida semelhante ocorreu ainda em 2010, quando o caso do menino Bernardo desencadeou a instauração da lei hoje conhecida como Lei da Palmada - que proíbe o uso de castigos físicos, cruéis ou degradantes na educação de crianças e adolescentes. A reportagem literária  Cicatrizes para a Vida , por sua vez, seguiu em sua execução e realização, os mesmos passos traçados por esta realidade. Esqueceu os números. Deixou de lado as medições. E ouviu. Pessoas. Histórias. De realidades semelhantes, mas ainda assim distintas. Teve como objetivo a abordagem profunda, imersa no sentimento, longe das estatísticas. Por esse motivo, para coletar a vivência, atingindo todos os pormenores da vida de Lorena e Eduardo, e as formas como o abandono parental afetivo os afetou ao longo dos anos até hoje, a reportagem  Cicatrizes para a Vida adotou o uso da Entrevista Focalizada - categorizada por Gil (1999), como semiestruturada ou semidirigida. Uma abordagem que se guia por uma trajetória livre, porém foçada em um tema específico. Que permite ao entrevistado falar sem amarras, mas exige esforço do entrevistado para retomar o assunto quando descuidado do tema original. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A orientadora Isaltina Gomes, da UFPE, informou que o trabalho seria a produção de uma revista. Mas nos deixou muito livres quanto a temática escolhida e aos formatos dos textos. Não havia um padrão. Justamente por isso, dentro da revista  Desarrimo , que falou sobre o abandono em seus diversos aspectos, resolvemos explorar um formato diferente dos tradicionais, dos que vemos na dia a dia da mídia pernambucana. A reportagem literária  Cicatrizes para a Vida é dividida em duas partes: a primeira, um perfil de Eduardo, e a segunda, uma narrativa em primeira pessoa de Lorena. Decidimos escolher estes formatos pelo fato de o abandono parental afetivo ser um tema que exige sensibilidade. Não foi fácil para os personagens falar sobre a temática. Em função de seu caráter imersivo e profundo, por tratar-se de uma reportagem literária, uma não-ficção criativa,  Cicatrizes para a Vida trabalhou com entrevistas mais extensas que o usual. Lorena e Eduardo foram ouvidos, separadamente, por quase duas horas e em suas respectivas casas, com o intuito de assegurar maior liberdade de fala àqueles que compartilhavam suas vidas. Todas as pausas, respirações e tempo para pensar eram respeitadas, buscando não quebrar o diálogo e entender a fundo as histórias das pessoas. Depois das entrevistas, veio o processo de transcrição das mesmas, com o objetivo de conectar partes das histórias que apresentaram muitas idas e vindas durante a conversa. No caso de Lorena, por exemplo, em que a escrita foi feita em primeira pessoa, como uma espécie de carta de desabafo, foi necessário separar todas as falas dela que se relacionavam e colocar juntas, em uma linha do tempo, para depois pensar em como seria feita a construção do texto. No caso de Eduardo, a lógica foi a mesma, mas a separação de falas foi feita de acordo com as pessoas que tiveram participação (ou na teoria) da criação de Eduardo, como a mãe, pai, e tia, também para conectar os fatos. Outro ponto relevante do processo de produção do projeto foi o da escolha das fotos. De início, chegamos a pensar em tirar fotos das pessoas no momento das entrevistas, com um caráter mais conceitual, explorando a luz do ambiente, mas mudamos de ideia, pensando que seria muito mais interessante uma identidade visual construída com fotos da infância dos personagens. Escolhidas por eles. Fotos em que raramente aparecem a mãe de Eduardo e o pai de Lorena. Fotos de outras pessoas, que os ajudaram a construir outras memórias, outros momentos. Mas o sentimento de abandono, a dor de não ser notado por um de seus genitores, dificilmente passa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>