ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01517</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Mulheres de Visão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MILENA ANDRADE DA ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Comunicação Acessível: Experimentações no curta documental  Mulheres de Visão . O presente trabalho apresenta o processo de produção e fundamentação do documentário  Mulheres de Visão . Um experimento de audiovisual acessível que pretende contribuir com as discussões sobre acessibilidade, gênero e uso de tecnologias assistivas nos processos criativos de comunicação em paralelo à recorte representativo de quatro mulheres com deficiência visual, sua relação com a cidade, o mundo do trabalho e a família. O curta possui aproximadamente 30 minutos, as gravações se dividem em locações externas como casa, trabalho, faculdade, centro da cidade de Teresina, ônibus e entrevistas em estúdio. O principal grupo de interesse do trabalho são pessoas com deficiência visual, auditiva, mulheres e/ou idosos além de poder ser utilizado como gatilho para debater processos de criação e comunicação acessível, rodas de conversas sobre gênero e autonomia de mulheres, por estudantes de comunicação social para estimular a produção de audiovisual acessível. Com a identidade dentro da equipe de produção inspira a reflexão para a família e os ambientes sociais próximos de mulheres cegas e com baixa visão, oportunidade para conhecer um pouco mais das suas realidades e vivências. Sendo assim,  Mulheres de Visão foi produzido pelo coletivo de como uma provocação para dialogar sobre cegueira em um mundo cada vez mais imagético, sobre tentativa de levantar discussões sobre direito a mobilidade nas cidades, sobre relações de gênero, sobre ser mulher. Depois de finalizado o primeiro corte, partimos para inserir as tecnologias assistivas. Enviamos para o intérprete de Libras, que depois de uma semana de ensaio nos reunimos para gravar em um estúdio com Chroma Key. Depois de gravar, recortamos e ajustamos no programa de edição de vídeo Première, do pacote Adobe. As audiodescritoras e consultoras também receberam o primeiro corte para trabalharem no roteiro de AD, que depois foi enviado à jornalista que fez a locução. Além de AD e libras, encaminhamos para a tradução de inglês e o Closed Caption (CC), também conhecido como legendagem oculta. Durante o processo de finalização foi feito a mixagem de áudio e a colorização, além do videografismo e identidade visual. O vídeo final possui Audiodescrição, Libras, Closed Caption e Legenda em Inglês, assim considerado um dos primeiros experimentos de audiovisual acessível da Universidade Federal do Piauí/ Curso de Comunicação Social. Um dos maiores aprendizados foi sobre vida coletiva, relação com coprodução, inscrição em edital, cumprir prazos, dirigir equipe, cobrar demandas e tarefas para uma equipe formada por amigos. A vivência de aprender na prática o que é lugar de fala, pois na equipe também tinham pessoas com deficiência visual, que nos direcionavam, fosse na pergunta a ser feita, ou na construção de sentido que determinadas imagens transmitiriam. Com o avanço tecnológico, a maioria das produtoras ou realizadoras que fazem acessibilidades dos filmes ou quaisquer produtos audiovisuais possuem equipamentos que permitem que cada tecnologia seja acessada por quem dela necessita, isto é, quem necessita da AD vai escutar individualmente e pessoas como videntes, por exemplo, vão assistir ao filme sem relação alguma com esse recurso. LINK TEASER : https://vimeo.com/274479195 DOCUMENTENTÁRIO COMPLETO: https://vimeo.com/274353872/40fd2041fa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Documentário Entender que, ao pensarmos uma proposta de documentário desde o argumento aos processos de escolha de personagens passando pelos que se resolve enquadrar em detrimento do que deixa de estar no quadro, em cena, chegando a montagem, é lembrar que estamos o tempo todo construindo valores que vão refletir e provocar algo em que vai ter acesso a esse conteúdo. Documentários e reportagens não são reflexos, mas construções da realidade social. Ou seja, no documentário ou na reportagem não estamos diante de uma mera documentação, mas de um processo ativo de fabricação de valores, significados e conceitos, pois, qualquer relato é sempre resultado de um trabalho de síntese, que envolve a seleção e ordenação de informações, e tal síntese pode variar dependendo da posição ideológica, social, cultural do sujeito que enuncia. (MELO, 2002, p. 6-7) O documentário Mulheres de Visão, mescla elementos dos gêneros observativo, participativo, poético e performático. O experimento audiovisual acessível utiliza os recursos de acessibilidade dentro da linguagem documental, além de recursos como audiodescrição, libras e legendas. A ambientação sonora se baseia em um desenho de som que leve os ouvidos humanos a uma imersão no ambiente em que as cenas acontecem, tornando se assim um recurso que facilita a interpretação por aqueles que necessitam explorar os outros sentidos além da visão, como pessoas com deficiência visual. A ideia de conviver com a câmera, como explica Coutinho (2013), algumas cenas até parecem produzidas e ensaiadas, mas foram conseguidas no ato de ligar a câmera e esperar as coisas acontecerem, assim nos aproximamos da  performance da representatividade . Eu, quando dirijo, esqueço que tem uma câmera - então, depois de um tempo a pessoa acaba ignorando também a presença da câmera, como também filmando em situações absolutamente esdrúxulas, que não são situação típicas de entrevista (COUTINHO, 2013 in OHATA, p.24, 2013). A criação artística e a liberdade de produção, a espera para captar o instante exato, o acostumar-se com as câmeras foram essenciais para concretizarmos em um documentário histórias, crenças, costumes, atos, rotinas, que tanto expressa e representam o contexto social, de classe de gênero vivenciados por mulheres cegas e com baixa visão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Pré-Produção . A ideia era externar isso na fotografia e no desenho de som, por exemplo, com uma meia calça na frente da lente deixando apenas o meio da lente, simbolizando a visão central de uma das personagens. Até aqui, imaginávamos preto, breu para nos remeter a cegueira total, então em nossas conversar com as personagens ao descreverem como enxergava nos contavam o que viam se aproximavam bem mais do clarão, do branco que do preto. E até indagavam: o que é breu? Desconstruiu-se, assim, a ideia de escuridão que a cegueira remete. O branco é luz, é claro. O branco foi utilizado durante todo o filme das cartelas iniciais, transições e créditos finais. Produção Em reuniões com a equipe, reorganizamos o calendário de gravações e, em um mês intenso de trabalho, dividimos as gravações externas com locações no centro de Teresina, na Universidade Federal do Piauí, no bairro São João, no Bairro Piçarreira e na Associação dos Cegos. Em uma intensa semana finalizamos as gravações e, na semana seguinte, partimos para a decupagem, roteiro e montagem. Montagem Um processo feito coletivamente, montar é construir um discurso, a partir de recursos de áudio, e ainda lembrar que tudo aquilo necessitava se encaixar com os recursos acessíveis. Adotamos o conceito de montagem interpretativa, mostrando muitas das percepções das personagens em momentos gravados. Nos depoimentos, uma das personagens falava bastante em obstáculos nas ruas, não necessariamente precisaria aparecer sua voz, e sim os elementos citados nas entrevistas e conversas informais. As entrevistas em estúdio onde tudo remete ao branco, com planos bem próximos dos rostos, causam um ar de intimidade, e é intercalado com os planos abertos das atividades cotidianas de cada uma. Cada uma delas conta com afeto relações de memória, seja com a infância, com o filho, ou com as viagens que guarda boas lembranças. Para trazer o presente no filme, mostramos arquivos pessoais de fotos que remetem a esse afeto que remetem a emoções fortes vividas. As relações de experiências pelas personagens dividem o documentário. Ela e a Cidade: Denise e Creusa são personagens que se relacionam com a cidade, com o centro, com a mobilidade humana. Percorrem a cidade de ônibus, trazem ao documentário falas que levam a reflexões necessárias sobre direito a cidade, sobre ser mulher e ser cega, uma jovem e a outra idosa, uma abre e a outra fecha o filme. Ela e o Trabalho: Dilma é a única personagem do filme que ainda enxerga. Por conta de sua formação de pedagoga, sempre enveredou por trabalhos com pessoas com deficiência. Em 2014, descobriu que pode perder a visão total. Observada enquanto trabalha, no percurso até seu apartamento e durante a entrevista em estúdio, ela fala de tabus, da pena como a sociedade trata as pessoas que, assim como ela, possuem alguma deficiência. Ela e a Família: Teresinha é mãe do Levi, de 6 anos de idade. Ficou cega depois de adulta e mostra na prática como uma mãe cega cuida de seus filhos, da casa e de tudo mais que for preciso. Ela fala de autonomia, liberdade e afetos. Pós-produção Depois de finalizado o primeiro corte, partimos para inserir as tecnologias assistivas. Enviamos para o intérprete de Libras, que depois de uma semana de ensaio nos reunimos para gravar em um estúdio com Chroma Key. Depois de gravar, recortamos e ajustamos no programa de edição de vídeo Première, do pacote Adobe. As audiodescritoras e consultoras também receberam o primeiro corte para trabalharem no roteiro de AD, que depois foi enviado à jornalista que fez a locução. Além de AD e libras, encaminhamos para a tradução de inglês e o Closed Caption (CC), também conhecido como legendagem oculta. Durante o processo de finalização foi feito a mixagem de áudio e a colorização, além do videografismo e identidade visual. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>