ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01534</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;E agora? a nova realidade de adolescentes grávidas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Crystal Ribeiro Costa (Universidade Católica de Pernambuco); Bruna de Almeida Gomes (Universidade Católica de Pernambuco); Dario Brito Rocha Júnior (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Partindo da história de nove adolescentes entre 14 e 18 anos, o blog E Agora? A nova realidade de adolescentes grávidas foi desenvolvido com o intuito de transformar as estatísticas em rostos de pessoas reais, que pudessem ter suas histórias compartilhadas para que o lado delas também se tornasse relevante na discussão. O E agora? é um blog produzido em 2018, para a disciplina de Projeto Experimental em Webjornalismo da Universidade Católica de Pernambuco. Além de reunir suas experiências pessoais, o projeto busca apresentar como o meio em que essas jovens vivem torna natural essa situação e como ele as mantém num ciclo assustador de baixa escolaridade e o  ser mãe como única possibilidade para seus futuros. A gravidez precoce é um assunto atual e que vem sendo amplamente discutido à medida em que as mulheres passaram a casar cada vez mais tarde, o acesso a métodos contraceptivos foi facilitado e o tabu entorno de relações sexuais foi diminuindo. Entre 2005 e 2016, houve uma redução de pouco mais de 18% na taxa de natalidade entre meninas de 10 a 19 anos no Brasil, segundo o DATASUS em 2017. Qualquer redução é positiva, mas a questão da gravidez na adolescência ainda é séria. O objetivo do blog é retratar a maternidade precoce através do olhar de jovens que estão vivendo essa situação, apresentando o feedback que elas possuem para lidar com a gravidez, quais seus desafios e como vem sendo a relação delas com a família e a escola dentro desse contexto. A partir de suas experiências, o projeto busca fazer uma reflexão a respeito dos números da gravidez precoce no Brasil, quais os principais impasses para que ele ainda seja considerado um problema em meio a tanta informação e qual a importância de métodos contraceptivos e da educação como elementos fundamentais na diminuição desses números. Em 2013, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) publicou o relatório  Maternidade precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência que dizia que, todos os dias, 20 mil adolescentes até 18 anos dão à luz em países em desenvolvimento. De um total anual de 7,3 milhões de novas mães adolescentes, dois milhões tem menos de 15 anos; e, se os números persistirem, em 2030 os nascimentos advindos de meninas com menos de 15 anos podem chegar aos três milhões. Mais do que apresentar números preocupantes, essa pesquisa recente mostra o quão a gravidez precoce, por mais que soe repetitivo, ainda é um problema de saúde pública que merece atenção. Parte dos fatores que influenciam no crescimento desses números é a grande quantidade de casamentos de menores de idade no país. Na América Latina, o Brasil é o país que possui maior quantidade de casamentos legais e uniões estáveis envolvendo menores de idade, sendo quarto lugar no ranking mundial, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 2015. De acordo com a pesquisa, 877 mil mulheres com idades entre 20 e 24 anos se casaram até os 15 anos no Brasil, o que representa 11% dos casamentos registrados. Outros fatores incluem a deficiência da educação sexual nas escolas (e, muitas vezes, a ausência dela), a falta de orientação familiar, a exposição à violência sexual no ambiente em que vivem, a banalização do sexo e o início precoce da vida sexual tal como a falta de informação sobre métodos contraceptivos. Dentro de tudo isso, a nossa função como jornalistas é não deixar que esta situação se normalize. A banalização da gravidez na juventude é uma questão social que acaba por desestabilizar todas as camadas da sociedade, sobretudo as mais pobres. A informação a respeito das causas e efeitos que uma gravidez em uma menina tão jovem pode acarretar e o alerta feito às pessoas, sobretudo a autoridades que possam fazer algo a respeito, são fundamentais para o conhecimento de todos e para a prevenção de novos casos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O maior desafio para a construção do blog foi encontrar personagens que aceitassem compartilhar suas histórias. Divididas entre as aulas na escola, os preparativos para a chegada dos bebês e o turbilhão de emoções de se ter um filho, ainda mais nessa idade, foi complicado para as adolescentes reservarem uma parte do seu tempo para colaborar com o projeto. Algumas meninas desistiram das entrevistas, outra se mudou para a casa do namorado e não deu mais notícias e outra, infelizmente, perdeu o bebê no meio do processo do trabalho. Foram feitas entrevistas presenciais com todas as adolescentes (a maioria foi filmada e fotografada) e a abordagem sobre o assunto foi feito de modo leve e o menos invasivo possível, perguntando em que circunstâncias ocorreu a gravidez, quais suas expectativas para o futuro e como elas se sentem atualmente na pele de mães. Ao escolher desenvolver o trabalho para web, a intenção era de usar a maior quantidade de mídias possível a fim de explorar o tema escolhido de modo abrangente e completo. Assim, com as entrevistas em mãos, foram escolhidas quais mídias iriam apresentar cada uma das informações dentro do site, sendo elas vídeo, áudio, texto e foto. Para tanto, foi utilizado o YouTube como plataforma para os vídeos, bem com o Soundcloud para os áudios. Tendo em vista os moldes do webjornalismo, para as matérias vinculadas, foram feitas entrevistas com parceiros e mães de algumas entrevistadas e também com quatro especialistas em assuntos abordados em conjunto com as histórias das meninas: uma advogada, um gestor escolar, uma enfermeira e uma ginecologista obstetra. Os assuntos mais técnicos abordados nas vinculadas renderam muitos dados, apresentados através de infográficos desenvolvidos em plataformas como o Canva e o Infogram. O grande desejo do blog era que ele tivesse  a cara dessas jovens, por isso a Página inicial/ Home mostra quem são essas adolescentes e a história de todas elas. Para o projeto, o foco não é apenas a apresentação de números e fatores, mas, principalmente, a oportunidade de dar voz a essas jovens e a todos os desafios que elas enfrentariam muito em breve com a chegada de seus filhos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto E agora? A nova realidade de adolescentes grávidas foi idealizado a partir da leitura do livro  Precisamos falar sobre o Kevin , escrito por Lionel Schriver. Depois dos questionamentos trazidos por ele a respeito de uma gravidez indesejada, as autoras procuraram um modo de abordar o mesmo assunto, mas de um jeito que estivesse ao alcance de um projeto em webjornalismo, que era seu objetivo principal. Então lhes ocorreu a ideia de falar sobre gravidez precoce, um assunto um tanto espinhoso, porém de grande relevância social. O modelo em que o site se apresenta foi pensado depois de muita pesquisa e deliberação sobre as matérias e temas que seriam abordados. Optou-se por um visual simples, com cores claras e o mais interativo possível para garantir conforto visual ao mesmo tempo em que é possível prender a atenção do visitante. Logo na página principal, como era desejo das autoras, estão localizadas todas as matérias produzidas a partir das histórias de cada uma das adolescentes, desenvolvidas através das mídias disponíveis dentro do webjornalismo. As reportagens em formato de texto são o foco principal e contam a história de cada uma delas, as dificuldades que tiveram durante a gravidez, como isso mudou suas vidas, entre outros assuntos. Também é possível encontrar no fim da página inicial um link intitulado  Serviço que leva o visitante até uma página que contém todas as maternidades públicas da Região Metropolitana do Recife. O menu superior do projeto divide as matérias principais por suas temáticas: são quatro abas nesse formato (Família, Primeira viagem, Futuro e Esperança) compostas por três materiais, sendo duas principais, que também estão na página inicial, e uma vinculada. A quinta aba é o  Diário de Alice que narra a evolução semanal da gestação até o nascimento do bebê, quando foi morar com seu parceiro. A última aba (Sobre) tem como finalidade dar informações a respeito dos autores e como entrar em contato. Cada aba possui uma finalidade própria:  Família , que tem como foco mostrar como as famílias reagem e ajudam as meninas, apresenta a história das adolescentes Emili e Rebeca, sendo a vinculada sobre as questões legais que envolvem a adolescente grávida, já que ambas as entrevistadas são menores de idade e vivem com o parceiro;  Primeira viagem , que mostra o dia a dia e a expectativa que as garotas têm sobre os filhos e as mudanças que virão com eles, tem o relato de Maria Eduarda e Alana, além da vinculada sobre métodos contraceptivos, pois as duas meninas engravidaram por não saber usá-los corretamente;  Futuro , que traz relatos do que elas esperam da pós-gestação, com as adolescentes Milena e Rhayane (essa última que sofreu aborto durante o processo de construção do trabalho) e a vinculada relacionada à escola, uma vez que as duas estudavam e tinham dificuldade de associar a gravidez com os estudos; e  Esperança , que retrata a vida das adolescentes depois do nascimento do bebê a partir das histórias de Rafaela e Laís, sendo a vinculada relacionada aos dados gerais sobre a gravidez precoce no Brasil, pois elas já haviam tido o bebê há pouco tempo e isso finalizava a pesquisa e o trabalho em si. Era também importante para as autoras que o projeto apresentasse o relato dos parceiros dessas jovens, porém só foi possível conseguir entrevistas com dois deles, que apresentaram suas expectativas para a mudança em suas vidas. Essas foram, provavelmente, as entrevistas mais complicadas de serem conseguidas, devido ao receio desses homens de falar abertamente sobre o assunto. Assim, uma aba apenas deles, que constaria no menu principal, teve de ter suas matérias distribuídas como vinculadas entre as de Alice (Diário de Alice) e de Alana, cujos parceiros foram os únicos que aceitaram dar entrevista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>