ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01592</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Balança quebrada? Grande reportagem sobre o sistema de Justiça e o uso do depoimentos policiais em condenações</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bruno Luiz de Souza Santos (Universidade Federal da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Seria o Judiciário capaz de proteger a população dos abusos perpetrados por quem infringe a lei e defender a sua aplicação de maneira isonômica? Ou também seria ele um instrumento para acentuação e/ou perpetuação de assimetrias da nossa sociedade? Estas discussões norteiam a grande reportagem televisiva "Balança Quebrada? Entre a toga e a farda  A Justiça e os depoimentos policiais", apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Comunicação Social  Habilitação em Jornalismo, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. A produção levanta o debate ao trazer o tema condenações judiciais que tenham como prova apenas depoimentos policiais. O ponto de partida para este trabalho foi uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), divulgada em 2011, que apontou que 74% dos autos de prisão em flagrante por tráfico de drogas continham apenas a versão policial. Deles, 91% terminaram em condenação na capital paulista. O conhecido histórico de letalidade policial e os reconhecidos casos de abusos cometidos pelos agentes em suas ações geraram dúvidas sobre se, enquanto autores das prisões que levam as pessoas ao banco dos réus, eles teriam a isonomia necessária para que seus relatos fossem usados como base para se condenar alguém. A tendência, então, não é que os policiais sempre validem seus atos? Onde aparece o princípio jurídico do contraditório nestas questões? Diante da densidade do tema e de seu pouco destaque nas publicações periódicas da mídia hegemônica, o autor decidiu produzir um conteúdo que se voltasse para uma abordagem sócio-jurídica da questão. Assim, optou-se por entrevistar essencialmente especialistas em direito e segurança pública, para trazer uma perspectiva diferente de outras mais comuns quando se trata de segurança pública na imprensa em geral: ouvir a versão oficial  da polícia  ou das vítimas. A partir de uma intersecção entre os aparelhos de controle social e repressão do Estado, materializados pela polícia, e o sistema de Justiça do país, a grande reportagem buscou entender como as condenações baseadas em depoimentos de policiais são apenas a fotografia de um filme protagonizado por um sistema que começa na polícia e termina na Justiça, concebido pela acentuação de desigualdades sociais. O formato de grande reportagem televisiva foi escolhido pela avaliação de que, com maior duração, haveria melhores condições de se construir uma discussão sobre o tema que explorasse suas complexas nuances, em uma representação mais aprofundada do fenômeno. O tema e a linguagem televisiva também sempre foram do meu interesse, Bruno Luiz de Souza Santos, enquanto autor deste trabalho. Na faculdade, constantemente procurei abordar questões de relevância social que, por outro lado, tinham pouco espaço na agenda midiática, ao mesmo tempo em que sempre nutri interesse pelo telejornalismo. Ao também abrir espaço para discussões intrínsecas ao tema principal, como explosão da massa carcerária, Lei de Drogas, superencarceramento de mulheres e aumento na quantidade de homicídios no país, essa produção se tornou um mecanismo de propagação de ideias e problemáticas sobre um sistema em colapso.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como o tema condenações baseadas em depoimentos de policiais envolve complexas nuances jurídicas, o trabalho de pesquisa começou justamente pela reunião de materiais, grande parte acadêmicos, que pudessem orientar a abordagem que seria trazida pela reportagem. Com base em leituras prévias de matérias jornalísticas em sites especializados na cobertura do Judiciário e também artigos, o autor entendeu que sete aspectos temáticos deveriam ser estudados de forma mais aprofundada antes do início do processo de produção da grande reportagem. Por isso, foram reunidos materiais sobre Lei de Drogas e aumento da população carcerária, princípio da presunção de inocência, abuso da prisão provisória nos casos de tráfico de drogas, construção da verdade nas narrativas policiais e cobertura do Jornalismo nos temas relacionados à segurança pública. Logo depois, o mesmo processo foi feito, mas para aspectos relacionados ao formato do produto. O objetivo, desde os momentos mais embrionários deste trabalho, foi tentar hibridizá-lo, trazendo ao formato aspectos de documentário e videorreportagem, esta última cada vez mais usada no webjornalismo. Por isso, também foram feitas leituras acadêmicas que debatiam documentário e grande reportagem e também as noções sobre videorreportagem. Munido dessas informações, que ajudaram a pensar abordagens sobre os temas a serem tratados e também o formato que posteriormente seria usado, o autor passou para outra fase de pesquisa. Por meio de contatos com jornalistas que cobrem o Judiciário e também nomes do meio jurídico, foi realizado mapeamento de quais fontes poderiam ser ouvidas em pré-entrevistas. Deste levantamento, foram selecionados quatro especialistas, que sugeriram as melhores formas de abordagem do tema da reportagem, além de outros vieses que eventualmente julgassem pertinentes. Todo este processo durou cerca de um mês, em um esforço de pesquisa e apuração jornalística que pudesse evitar representações equivocadas de temas da segurança pública.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com 25 minutos e divido em duas partes,  Balança quebrada? Entre a toga e a farda - A Justiça e os depoimentos policiais é resultado de um trabalho que, entre pré e pós-produção, durou quatro meses. Como produto que se apropria, na linguagem do documentário, do que Nichols (2005) chama de modo expositivo, esta grande reportagem atribui às entrevistas com especialistas grande peso no objetivo de se colocar em debate diferentes pontos para corroborar, ao final, a ideia de que o sistema de segurança pública brasileiro e de Justiça acabam contribuindo para acentuar e/ou perpetuar desigualdades no Brasil. Por isso, foram escolhidos seis especialistas que, segundo Lage (2011), são experts, com grande domínio nas temáticas debatidas: a socióloga Vilma Reis e os juristas Elmir Duclerc, Mariana Possas, Daniela Portugal e Daniel Nicory. As entrevistas foram gravadas em dias diferentes, conforme agendamento prévio com as fontes, ocorrendo em locais que variaram entre seus ambientes de trabalho e suas próprias residências. O trabalho de captação de imagem e áudio foi feito pelo cinegrafista Antônio Carvalho, que veio também a ser entrevistado. É ele quem abre a reportagem, contando a história de uma abordagem policial que sofreu na adolescência. A opção pelo uso de Antônio como fonte enriquece o produto no aspecto humano e também na abordagem jornalística feita, ao trazer a história de alguém que, ao não ter sido preso, teve um destino diferente de milhares de pessoas que estão na cadeia. Para a captura das principais imagens do produto, referentes às entrevistas e passagens, foi utilizada a câmera profissional CANON 5D MARK III, com lentes de 50 mm e 28-135 mm. Já a captação de áudio foi feita com microfone lapela, também do próprio profissional responsável por realizar as imagens. Como a narrativa da reportagem foi toda montada em função de dar destaque às entrevistas dos especialistas, não houve muito espaço para inovação no quesito composição imagética do trabalho. O enquadramento mais utilizado nas gravações com as fontes foi o tradicional primeiro plano, que captura as fontes da altura dos ombros até a cabeça. Este também é um enquadramento próprio para entrevistas nos documentários expositivos, formato do qual se aproxima esta reportagem. Com relação às imagens de apoio, que são utilizadas para cobrir a fala de entrevistados ou também como transição entre um momento e outro, algumas foram captadas com a câmera de Antonio, enquanto outras foram feitas pela câmera do celular do autor, um aparelho Samsung S7 Edge. O fato do uso celular pessoal para fazer gravações se deveu ao fato de buscar dar uma carga mais pessoal, uma visão de mundo mais própria em relação ao que estava sendo captado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>