INSCRIÇÃO: 00093
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO09
 
TÍTULO: Por que é tão difícil falar de gênero nas escolas?
 
AUTORES: Larissa Cezar de Souza Cavalcante (Universidade Federal do Amazonas); Ana Karen Sales (Universidade Federal do Amazonas); Bruna Lucyanna Oliveira dos Santos (Universidade Federal do Amazonas); Islla Pessoa Campos (Universidade Federal do Amazonas); Danny Sullivan Cardoso da Silva (Universidade Federal do Amazonas); Luís Mansueto Pereira Filho (Universidade Federal do Amazonas)
 
PALAVRAS-CHAVE: Reportagem, Gênero, Escolas., ,
 
RESUMO
O tema Ideologia de gênero entrou em destaque durante a tramitação no Congresso
Nacional do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014, responsável por
definir as metas e diretrizes da educação no período de dez anos. A questão de gênero
foi retirada do texto e culminou em manifestações e propostas em diferentes cidades do
país. A reportagem "Por que é tão difícil falar de gênero nas escolas?" tem o intuito de
abordar a importância do estudo de gênero nas escolas. O produto é uma produção
laboratorial realizada no decorrer da disciplina Redação Jornalística II (Rádio), no curso de
Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e consiste na concretização da
articulação entre teoria e prática.
 
 
INTRODUÇÃO
As primeiras notícias divulgadas no rádio eram leituras de matérias veiculadas
nos jornais impressos, forma de radiojornalismo que ficou conhecido como gilete press.
Com o tempo o jornalismo radiofônico buscou uma linguagem própria predominando a
objetividade e a simplicidade, além de ser um veículo de comunicação instantâneo,
imediato e com a capacidade de transmitir a informação em tempo real. 
O rádio brasileiro encontrou na  reportagem uma forma de sustentação e
permanência enquanto meio de comunicação. O  rádio hoje se tornou popular,
empolgante e diversificado. Prado (1998) destaca que um dos motivos qual o rádio
ganhou relevância deve-se ao fato de poder informar  instantaneamente a um público
diversificado e por não exigir do ouvinte um conhecimento especializado para decifrar o
seu código.
Prado considera a reportagem radiofônica com os elementos mais “rico entre os
utilizados no rádio desde a perspectiva informativa” (PRADO, 1998, p.85). Ao conciliar
palavras, efeitos sonoras, silêncio e música, a reportagem se transforma em um dos
gêneros radiofônicos mais completos e  diversificados. Contudo, a reportagem não é
apenas a ampliação da notícia. Medina (2008) compreende que o diferencial está no
tratamento que se dá ao fato jornalístico no tempo da ação e no processo de narrar. 
Para Jung é na reportagem que o jornalismo  se diferencia, “levanta a notícia,
investiga fatos, encontra novidades, gera polêmica e esclarece o ouvinte” (JUNG, 2004,
p. 114). Logo, não é dar voz, mas permitir ao público construir conceitos a partir do
rádio, para defender e formar opiniões. A reportagem trata dos efeitos do
estudo de ideologia de gêneros nas escolas, é  fruto de um trabalho da disciplina de
Redação Jornalística II (Rádio) e consiste na concretização da articulação entre teoria e
prática. 
 
 
OBJETIVO

O objetivo da reportagem  radiofônica  “Por que é tão difícil falar de gênero nas
escolas?” é despertar a atenção do ouvinte para a importância do estudo de gêneros nas
escolas. 
A reportagem teve como gancho a aprovação e sanção do Projeto de Lei (PL) nº
389/2015 que proíbe nas escolas municipais de Manaus, capital do Estado, a inclusão de
conteúdos que façam alusão ou  retratem a ideologia de gênero na grade curricular das
escolas municipais. O Congresso Nacional já havia retirado, em abril de 2015, o termo
ideologia de gênero do Plano Nacional de Educação (PNE).  Em Manaus, no Plano
Municipal de Educação, o termo também foi retirado.  Embora escolas  continuam a
realizar atividade pedagógicas abordando a temática diversidade, respeito e preconceito.
A reportagem também  tem a finalidade de  exercitar a produção do jornalismo
radiofônico na elaboração de pauta, roteiro, entrevista e edição. Características definidas
pela turma do  sexto período do curso de jornalismo da  Universidade Federal do
Amazonas (Ufam) durante a disciplina Redação Jornalística II (Rádio), com orientação
do professor Luís Mansueto  Pereira  Filho,  e  consiste na concretização da articulação
entre teoria e prática. 
 

 
JUSTIFICATIVA

De acordo com Sérgio William (2010), a comunicação é dada com o simples
propósito de informar, no entanto pode influenciar consciências, palavras e atos, o que
torna quase uma obrigação do emissor escolher os melhores investidos para suas
incursões nesse campo distinto e complexo. Isto se insere na construção da reportagem,
pois cada palavra escolhida possui um papel fundamental para o entendimento do
ouvinte sobre o tema e para a tomada de decisões esclarecedoras.
Você já ouviu falar em ideologia gênero? O tema entrou em destaque durante a
tramitação no Congresso Nacional do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em
2014, responsável por definir as metas e diretrizes da educação para o período de dez
anos no Ensino Básico e Superior. O PNE tinha a proposta de  abordar temas como
igualdade, identidade de gênero, orientação sexual e sexualidade nas escolas, após a
oposição nas votações à questão de gênero foi retirada do texto.
No Amazonas, a temática ganhou destaque com a aprovação e sanção do Projeto
de Lei (PL) nº  389/2015  que proíbe nas escolas municipais de Manaus,  capital do
Estado, a orientação política pedagógica aplicada à  implantação e ao desenvolvimento
de atividades pedagógicas que visem à reprodução do conceito de ideologia de gênero.
O projeto foi apresentado, em 2015, pelo vereador Marcel Alexandre (PMDB), sob a
justificativa de que o Congresso Nacional retirou o termo ideologia de gênero do Plano
Nacional de Educação (PNE).
O Congresso Nacional já havia retirado, em abril de 2015, o termo ideologia de
gênero do Plano Nacional de Educação (PNE).  Em Manaus, no Plano Municipal de
Educação, o termo também foi retirado. Embora escolas continuam a realizar atividade
pedagógicas abordando a temática diversidade, respeito e preconceito.
Em 2015, o Congresso Nacional já havia retirado o termo ideologia de gênero do
Plano Nacional de Educação (PNE). Em Manaus, no Plano Municipal de Educação, o
termo também foi retirado. No entanto, escolas da rede municipal de ensino continuam
a  realizar atividades  pedagógicas abordando a temática diversidade, respeito e
preconceito.

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Prado considera a reportagem radiofônica com os elementos mais “rico entre os
utilizados no rádio desde a perspectiva informativa” (PRADO,  1998, p.85). As
reportagens no rádio podem ser gravadas com prévia produção ou podem ser irradiadas
a partir do improviso. Ao conciliar palavras, efeitos sonoras, silêncio e música, a
reportagem  se  transforma  em um dos gêneros radiofônicos mais completos e
diversificados. Contudo, a reportagem não é apenas a ampliação da  notícia. Medina (2008)
compreende que o diferencial está no tratamento que se dá ao fato jornalístico no tempo
da ação e no processo de narrar.
Para Jung é na reportagem que o jornalismo se diferencia, “levanta a notícia,
investiga fatos, encontra novidades, gera polêmica e esclarece o ouvinte” (JUNG, 2004,
p. 114). Portanto, não é dar voz, mas permitir ao público construir conceitos a partir do
rádio, para defender e formar opiniões.
Para  Marques de Melo (2003), a reportagem informativa amplia um
acontecimento que repercute no organismo social. O “escrever” no rádio implica uma
concepção verbal do que se está escrevendo, logo o texto radiofônico “deve ser a
linguagem falada, adaptada e corrigida com a única finalidade de torna-la mais
compreensível para o ouvinte: utilização de frases curtas, eliminação de orações
explicativas e um desenvolvimento ordenado e claro são algumas das chaves que
facilitam a percepção e compreensão da mensagem” (ORTIZ, 2006, p.53).
 

 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO

O passo inicial para a viabilização do produto foi à reunião de pauta, em que foram abordados temas factuais que estivessem de acordo com os valores-notícia determinados por Traquina (2004). Após a definição do tema, ideologia de gênero nas escolas, estabeleceu-se um cronograma com as tarefas programadas dentre elas estavam à pesquisa documental, à procura por fontes, entrevistas, produção do roteiro e edição.

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Após a definição da trilha sonora e da gravação das locuções, os estudantes editaram a reportagem no laboratório de rádio do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas com a colaboração da técnica Shelly Sicsú e com a orientação dos professores Luís Mansueto Filho e Joyce Karoline Pontes.

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Com o propósito de aliar à teoria a prática, a reportagem apresenta temática de relevância social, atemporal, trazendo questões pontuais a serem refletidas. É importante ressaltar que o produto tem duração de cinco minutos e 38 segundos e foi produzido durante o segundo semestre de 2016.

 
CONSIDERAÇÕES

A oportunidade de produzir uma reportagem radiofônica como produto da disciplina Redação Jornalística foi de extrema importância, pois possibilitou usar todos os conhecimentos teóricos e técnicos discutidos em sala de aula e vivenciar a experiência de construir uma reportagem de rádio.

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Iniciado como uma avaliação, o preparo da reportagem Por que é tão difícil falar de gênero nas escolas?” proporcionou ampliar o conhecimento referente ao rádio, compreender o processo de comunicação neste veículo e a estrutura dos gêneros radiofônicos.

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