ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00281</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Idosas vaidades: concursos de misses para terceira idade no Estado de Rondônia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Aline Rayane de Mattos Moreira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA); Allysson Viana Martins (UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;fotorreportagem, terceira idade, concurso de beleza, miss, mister</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper propõe apresentar o processo de realização das fotografias para a reportagem  Segunda idosa mais bonita do Brasil mora em Vilhena do Jornal da UNIR, produzida para a disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso do quarto período do curso de Jornalismo, da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). A intenção da fotorreportagem, além de compor visualmente a reportagem supracitada, foi de trabalhar a relação entre vaidade e terceira idade, através de concursos de beleza destinados a esse público, ao explorar de maneira crítica a perspectiva estética das participantes que fogem do padrão do que se espera dos idosos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os concursos de beleza para homens e mulheres surgiram, possivelmente, ainda na Grécia Antiga, criado por Cípselo, rei da Arcádia. Nesses primeiros eventos, a intenção era categorizar a beleza dos participantes de forma subjetiva e parcial, concentrado geralmente na beleza exterior, mas que também avalia a inteligência, personalidade e talento pessoal dos concorrentes. Já os concursos de miss se iniciaram no século XIX no Estados Unidos, fazendo parte de festas tradicionais populares, tinha o objetivo de representar a mulher ideal. Como forma de incentivar o turismo em Atlantic City, em 1921 foi criado o concurso Miss América, realizado após o Dia do Trabalhador. Em 1951, surgiu na Inglaterra o Miss Mundo realizado no Festival of Britain. O Miss Universo surgiu em 1952, na Califórnia nos Estados Unidos. Em 1960, surgiu o Miss Beleza Internacional, realizado também na Califórnia e em 2001 o Miss Terra nas Filipinas. Esses quatros concursos são chamados de Big Four, pois são os maiores do mundo e existem até hoje. Além desses, existem centenas de outros concursos regionais, nacionais e internacionais, e de várias categorias, como infantil, juvenil e de terceira idade. No Brasil o concurso de Miss e Mister Terceira Idade, organizado pela Confederação Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), é a fase nacional do concurso, em que os participantes são os ganhadores das etapas municipais e regionais. O concurso regional de Rondônia surgiu há apenas 4 anos e foi criado pelo apresentador Valdir Alberto. Suas edições são realizadas na cidade de Vilhena, onde há cerca de 16 anos já acontece o concurso municipal, organizado pela Associação Vilhenense da Terceira Idade (Aviti), em parceria com o Centro de Atendimento à Terceira Idade (Cati). O evento ocorre na semana do idoso, no início de setembro. Neste período, várias atividades são realizadas e o concurso de Miss e Mister da Terceira Idade de Vilhena encerra a semana comemorativa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção fotográfica jornalística realizada para a disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso do curso de Jornalismo da UNIR tinha como principal objetivo compor visualmente a reportagem que visava tratar dos casos dos candidatos a misses de terceira idade no município de Vilhena, de forma mais específica, e no estado de Rondônia, de modo mais amplo. Nossa intenção era representar imageticamente através de um conjunto de fotografias a vaidade das candidatos a misses da terceira idade e suas histórias expostas na reportagem. Tentamos ainda evidenciar os efeitos positivos e negativos que os concursos de misses causam aos participantes especificamente de terceira idade. As imagens na reportagem, além de complementar as informações do texto, têm o intuito de trazer uma percepção de como cada candidata lida com o concurso e também com a idade. Este fato torna possível a percepção, mesmo em uma análise menos profunda, de pontos da personalidade e do modo de vida de cada uma delas. Desta maneira, os acontecimentos retratados no texto devem ser atestados pelas imagens.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A nossa sociedade possui seus valores e costumes formados através da representação social desenvolvida pela mídia. Através da representação que a imprensa e outros meios fazem sobre elas, tende-se a tratar de uma forma específica as pessoas, de modo geral, da terceira idade, especificamente. O padrão de beleza desenvolvido socialmente traz como referência a juventude em detrimento dos idosos. Muitos problemas podem surgir na terceira idade por essas questões e pela cobrança realizada por meio de toda essa cultura midiática que forma a imagem do idoso na sociedade. O primórdio da imprensa moderna, como hoje conhecemos, é partidária, carregada de opinião e juízos de valor. Até 1830, o ato de narrar os acontecimentos era priorizado em detrimento do noticiar. Segundo o pesquisador da história da imprensa Michael Schudson (2010), os repórteres se preocupavam mais em escrever um texto semelhante ao literário do que em noticiar os fatos com critérios jornalísticos. No final do século XIX, o jornal The New York Times começa a realizar produções jornalísticas objetivas, em que informar é melhor do que narrar. A crença era de separar os fatos dos valores, uma vez que eles não seriam apenas declarações do mundo, mas o próprio mundo. É apenas nos períodos das guerras mundiais do século seguinte que o ideal de objetividade vai sendo derrubado, bem como a visão romântica do positivismo em que seria possível separar totalmente a subjetividade da atividade profissional do jornalista. Na primeira metade do século XX, a subjetividade passa a ser reconhecida no jornalismo ao se considerar as seleções e as edições realizadas em todas as etapas da rotina de produção pelo jornalista. Josenildo Guerra (2003) explica, todavia, que o ideal de objetividade ainda existia, mas não sem concessões e disputas com a subjetividade do próprio profissional. Nos dias atuais, subjetivamente, o idoso é tratado pela mídia como algo inóspito, trazendo a ideia de que ao envelhecer não se pode mais realizar certas tarefas, fazer uso de alguns produtos, ir a certos lugares e praticar comportamentos específicos, por não serem aceitos apenas em razão da idade da pessoa. Um exemplo comum é termos sempre a imagem de idosos em propagandas de farmácias. A sociedade desenvolve o conceito de que envelhecer é ruim, quando o que na realidade é algo natural e, mesmo que envelhecer tenha suas especificidades, é importante tratá-la como tal. O ponto principal das imagens feitas para a reportagem é justamente mostrar que, ao contrário do que é apresentado à sociedade pelos meios de comunicação, ao envelhecer é possível que as pessoas continuem sendo vaidosas, tendo sonhos, vivendo novas emoções, amando e sendo amadas e, principalmente, continuar tendo uma qualidade de vida. As imagens apresentadas expõem um pouco do sentimento das participantes em relação à terceira idade e da representação que elas fazem de si mesmo como pessoas idosas, apesar da idade ser apresentada a elas como uma barreira, continuam vivendo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As fotos foram desenvolvidas à tarde, entre às 15h e 17h, utilizando apenas a iluminação natural da luz do sol e ambiente, com duração de cada sessão com aproximadamente 20 minutos. Os participantes realizaram a sessão de fotos em datas separadas e dias após a entrevista. Para produzir a sessão, fiz um agendamento e marquei para uma data em que os entrevistados tivessem disponibilizados. Para cada entrevistado, foram definidos lugares próprios para realizar a sessão, tendo em vista a importância da composição das fotos. Como a entrevista já havia sido feita, idealizei brevemente como as fotos seriam produzidas, conforme a mensagem que gostaria que as fotografias transmitissem, a fim de que dialogassem com o que os participantes disseram nas entrevistas e ainda passar mais características pessoais dos entrevistados. O programa de edição usado foi Adobe Photoshop CS6, ainda que, basicamente, não tenham sido modificadas, uma vez que nenhuma foto foi recortada, sendo realizados apenas ajustes no contraste e brilho das imagens selecionadas, a fim de manter as produções o mais fiel possível. As entrevistas foram gravadas em um aparelho de celular e, para auxiliar, usei um bloco para anotar as partes que gostaria de destacar na reportagem e demais dados importantes para o trabalho. Depois, transcrevi todo o conteúdo gravado para analisar detidamente o que poderia ser usado. As fontes foram entrevistadas pessoalmentes, porém, com os idosos, o primeiro contato foi por telefone, com exceção da Maria Aparecida, que encontrei no Centro do Idoso quando fui entrevistar o coordenador. As entrevistas foram marcadas por telefone e realizadas na Casa dos Idosos de Vilhena. As fotos foram montadas a partir do que cada idoso relatou na entrevista. Maria Aparecida contou que em 2003, quando morava no estado do Mato Grosso, participou do concurso de Miss da Festa Padroeira, terminando em segundo lugar, revelando que é vaidosa e adora fazer compras de roupas e sapatos. Mesmo tendo participado várias vezes do miss terceira idade vilhenense ainda não conseguiu ficar em primeiro lugar. Com o sonho de ser miss, a princesa lida ainda com o ciúme do marido, com quem é casada há 49 anos.  No começo ele achou bobeira, mas não interferiu. E para mim não existe esse negócio de deixar ou não, se quer ou não quer, eu estou nem aí, eu vou mesmo. Quando eu quero alguma coisa, eu vou em frente, ninguém me segura , afirmou. Mesmo tendo de fazer uma cirurgia este ano, ela ainda quer ir em busca do título.  Eu vou participar até ganhar , garantiu. Mirtes Paluto relatou sua participação no concurso municipal, estadual e nacional. Ela nunca havia estado em um concurso de beleza, mas logo em sua primeira participação recebeu o título de Miss Terceira Idade Vilhena 2014. Com a vitória, Mirtes participou da etapa estadual e mais uma vez ganhou o primeiro lugar. A nova conquista garantiu a participação no Miss Brasil Terceira Idade. A vencedora contou que as concorrentes eram fortes,  com vestidos lindos e torcidas organizadas . Já na torcida por ela, tinha apenas o organizador da etapa estadual, Valdir Alberto, e sua esposa, que presenciaram Mirtes obter o segundo lugar. Para ela, o Miss e Mister da Terceira Idade é um importante incentivo.  Muita gente pensa que na terceira idade é ficar esperando a morte, mas não é isso. A gente tem que buscar novas alternativas de se distrair, fazer uma atividade que a gente goste, praticar algum esporte, principalmente para ter uma qualidade de vida , disse. Elvira Matano, Miss Terceira Idade Vilhena 2015, afirmou não ser vaidosa e garantiu que não foi nem ao salão de beleza para participar do concurso. Sem maquiagem e cabelos preparados em salão, estava apenas com um vestido novo que comprou para a ocasião. Ela teve a oportunidade de ter ao seu lado na passarela o esposo, Celito Matano. Celito, todavia, não estava apenas torcendo, ele concorreu ao título de mister, inclusive, foi ele quem inscreveu o casal, sem a esposa saber.  Quando cheguei em casa e contei para ela, ela ficou brava, queria até o divórcio! , brincou Celito. Os dois saíram vencedores do concurso. Próximos das Bodas de Ouro, descreveu a sensação de ver sua esposa na passarela.  Não teve ninguém que desfilou melhor que ela. No palco, parecia que ela não estava pisando no chão, parecia que estava flutuando , falou o marido. O jornalismo surge a partir das produções que podem ser consideradas hoje vinculadas aos gêneros opinativo e informativo, sendo posteriormente desenvolvido o interpretativo. Além desses clássicos, Marques de Melo e Assis (2016) apontam ainda o surgimento, na segunda metade do século XX, do jornalismo de serviço ou utilitário e do jornalismo diversional ou de entretenimento. Medina (2001) afirma que a primeira classificação dos textos jornalísticos aconteceu ainda no século XVIII, na Inglaterra, quando Samuel Buckeley separou o conteúdo do Daily Courant em news (notícias) e comments (comentários). No Brasil, o primeiro estudioso a classificar o conteúdo do nosso jornalismo em gêneros foi o pernambucano Luiz Beltrão, seguido pelo principal autor da área: José Marques de Melo. O jornalismo informativo seria aquele que traz informações não tão profundas, pressupondo objetividade, imparcialidade e neutralidade, com produções como nota, notícia e entrevista. O interpretativo, por sua vez, possui informações detalhadas, com diversas abordagens e fontes, através de reportagem  que aprofunda o fato e trabalha mais de uma vertente, identificando a influência social do fenômeno  , grande reportagem, dossiê e perfil. O jornalismo opinativo possui uma produção mais livre, normalmente feito por jornalistas mais experientes, especialistas, grupos ou leitores, na qual as concepções de mundo e juízos de valor são explicitadas por meio de artigo de opinião, editorial, crônica, resenha e charge (desenho crítico sobre algum fenômeno atual). O jornalismo utilitário auxilia nas decisões diárias, através de serviços como previsão do tempo, imposto de renda e situação do trânsito. O jornalismo diversional tem como principal função o lazer e a distração em uma associação do jornalismo com entretenimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No primeiro momento, tivemos uma reunião de pauta onde discutimos em sala os temas que poderiam ser abordados nas reportagens que iam compor o Jornal da Unir. A escolha pela pauta relacionada ao concurso  Miss Terceira Idade Vilhenense foi a que mais me atraiu, por ser um tema pouco tratado nos meios midiáticos de nossa cidade e também de outras regiões. Após definido o tema da minha reportagem, estruturei a pauta com algumas informações iniciais sobre o concurso e apontei algumas possíveis fontes. Após definir com o professor a abordagem que seria dada à reportagem fui a campo para apuração. Inicialmente, fui até o Centro de Atendimento do Idoso (Cati) e à Associação Vilhenenses da Terceira Idade (Aviti), as duas instituições que realizam o concurso. Lá entrevistei os responsáveis Paulo Walter e Valda Gomes, onde extraí as principais informações sobre o evento. No mesmo dia encontrei com idosos que saíam da missa que lá acontecia. Conversando com alguns pude analisar quais seriam os mais interessantes para a reportagem. Peguei o contato de Maria Aparecida, pois escutei ela dizendo que já havia participado do concurso algumas vezes e que iria participar novamente até ganhar. Escutando as histórias que cada um contava sobre o concurso, o caso do casal Elvira Matano e Celito Matano que ganharam juntos o concurso me chamou a atenção. A idosa que passou pela etapa municipal, estadual e nacional também foi uma das que me interessou. Com a diretora da Aviti consegui o número do telefone das fontes e entrei em contato com elas. Por telefone, expliquei o intuito do trabalho e agendei as entrevistas. Após realizar as entrevistas com as idosas, entrei em contato via Whatsapp com o responsável pelo  Miss Terceira Idade Rondoniense , Valdir Alberto, e marcamos uma entrevista no campus da faculdade. Ele me contou sobre a criação do evento estadual e a oportunidade das idosas de participarem da etapa nacional. Com todas as entrevistas transcritas comecei a produzir a reportagem já idealizando, a partir de todo o conteúdo coletado, qual seria a narrativa das fotografias para compor a reportagem. Depois, marquei com as idosas o dia e o local para realizar a sessão de fotos. Com o texto e as imagens produzidas, foi realizada a edição da reportagem de acordo com as orientações dadas pelo professor Allysson Viana Martins. Alguns trechos tiveram que ser retirados e outros realocados. Filtramos as melhores fotografias e delas escolhemos as que iriam para o Jornal Unir, junto com a reportagem. Das mais de trintas fotos produzidas, seis foram selecionados para concorrer nesta edição do Expocom, sendo duas de cada entrevistado. Na primeira foto, aparece Maria Aparecida. Na entrevista, ela contou que participou do concurso diversas vezes, em uma delas, conseguiu o segundo lugar como princesa e, em outra ocasião, terminou em terceiro, como miss simpatia terceira idade, e disse que vai continuar participando até alcançar terminar na primeira colocação. Para o dia da sessão de fotos, Aparecida se vestiu como quando desfilou da última vez, inclusive com a faixa que recebeu. A fotografia foi feita na área de sua casa, a cena da imagem é composta pela candidata segurando a faixa de miss simpatia terceira idade. A segunda, também de Maria Aparecida, foi tirada enquanto ela mostrava a coleção de fotos que possui de suas participações no concurso. As fotos estão espalhadas sob a mesa. Nessas duas fotos, o objetivo era mostrar o quanto o concurso é importante para a candidata e como ela se orgulha de ter participado. A intenção das imagens é fazer com que os leitores consigam visualizar a própria Maria contando seus relatos. As duas imagens seguintes são de Mirtes Paluto, a primeira mostra ela se maquiando em frente ao espelho, que estava em sua sala. Em sua entrevista Mirtes contou que a vaidade é algo natural da mulher e que não se perde com a idade. O objetivo dessas imagens é mostrar a vaidade na terceira idade. A outra imagem foi tirada no jardim de sua casa. A cena é composta por Mirtes em pé, em uma pose de miss, e em sua volta flores e folhagens. Como uma verdadeira miss, Paluto está com um vestido de uma de suas participações no concurso e demais acessórios. As duas últimas fotos são do casal Elvira Matano e Celito Matano. As imagens foram realizadas em uma praça do bairro onde moram. O casal está vestido de social, Mirtes com um vestido de quando participou do concurso. Os dois estão com as faixas que receberam quando ganharam juntos em 2015 o título de miss e mister terceira idade. Os dois são casados há cinquenta anos. Em uma das fotos, eles aparecem em pé, semi abraçados olhando um para o outro e na outra aparecem sentados em um banco da praça. A intenção das fotografias é retratar o sentimento dos dois, como se fossem jovens namorados. Na entrevista, Celito disse que já sabia que a esposa ganharia o concurso, pois, para ele, ela era a mais bonita. Para a reportagem, além dos ganhadores do concurso, foram entrevistados o coordenador do Centro de Atendimento à Terceira Idade (Cati), Paulo Walter, e a diretora da Associação Vilhenense da Terceira Idade (Aviti), Valda Gomes, que explicaram como funciona o concurso municipal de miss e mister terceira idade. Não foram feitas fotos dos dois, pois o foco da reportagem era para os idosos que participaram e ganharam o concurso. O apresentador Valdir Alberto, responsável pela criação do concurso de miss terceira idade estadual, também foi entrevistado e contou sobre seu envolvimento com os idosos e com o concurso. Também não foram feitas fotos de Valdir para a reportagem. Ao total, houveram sete pessoas entrevistadas para realizar a reportagem, mas foram produzidas fotos apenas dos participantes do concurso. No total, foram realizadas em torno de trinta fotos, as que foram escolhidas para o Expocom 2017, duas de cada idoso, sendo seis no total, são as que se destacaram entre as demais, pelo fato de transmitir a beleza, sentimento e relação dos idosos com o concurso de miss, conforme exposto na reportagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O referido trabalho de fotorreportagem propôs complementar a reportagem feita para o Jornal Unir, trabalho avaliativo da disciplina de Laboratório de Jornalismo do quarto período do curso de Jornalismo, em que foram trabalhadas as relações entre vaidade e terceira idade, a partir dos concursos de misses destinados a essa fase da vida. As fotos tiveram como objetivo compor o relato dos idosos entrevistados, exibir a relação de cada um deles com o concurso de miss terceira idade e representar suas realidades a partir de seus próprios contextos. Do total das cerca de 30 fotografias realizadas, selecionamos seis para enviá-los ao Expocom 2017, duas de cada uma das participantes: uma vice no concurso nacional para miss terceira idade, um casal campeão da etapa local e uma participante que já ficou em terceiro e segundo lugares, prometendo competir até vencer. Para alcançar este objetivo foram utilizadas bibliografias das matérias de Jornalismo Impresso, Laboratório de Jornalismo e de Fotojornalismo I, ocorrida no mesmo semestre da produção da reportagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ERBOLATO, Mário. Técnicas de codificação em jornalismo  Redação, captação e edição no jornal diário. São Paulo: Ática, 2001.<br><br>GUERRA, Josenildo. O nascimento do jornalismo moderno. Uma discussão sobre as competências profissionais, a função e os usos da informação jornalística. In: Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), Belo Horizonte, 2003, p. 1-18.<br><br>MEDINA, Jorge. Gêneros jornalísticos: repensando a questão. Revista SymposiuM, Pernambuco, ano 5, nº 1, p. 45-55, 2001.<br><br>MELO, José; ASSIS, Francisco. Gêneros e formatos jornalísticos: um modelo classificatório. Intercom  RBCC, São Paulo, v. 39, nº 1, p. 39-56, jan./abr. 2016.<br><br>SCHUDSON, Michael. Descobrindo a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. <br><br> </td></tr></table></body></html>