ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00551</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;CORAÇÃO DO PAI</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;CIBELLY INGRID PEREIRA COSTA DA SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Gilson Barros de ALMEIDA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Lucas Siqueira Gomes SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Maria Socorro Nascimento de ALMEIDA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Ruy Edson Guzman TRINIDAD (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Vanessa Jaqueline de Lima NEVES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Nereida Tavares Neves BENEVIDES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE); Alex Ken OTANI (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;campanha, doações, ilustração, ONG, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper relata as etapas do desencadear de uma ilustração para uma campanha de propaganda institucional do abrigo O Coração do Pai. A instituição necessitava aumentar o número de doações financeiras por parte do público amazonense. Na tentativa de solucionar tal problema, adotou-se como metodologia o levantamento de dados relacionados à empresa e ao comportamento do target, o que resultou no conceito de criação da campanha e no desenvolvimento da ilustração. Por fim, foram criadas e produzidas as peças de comunicação, usando a ilustração como base da campanha.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Abrigo O Coração do Pai foi criado em 2012 e ao longo dos anos acolhe crianças em situação de risco social garantindo apoio integral e visando à reinserção das mesmas ao meio familiar. É o primeiro e único em todo o Brasil especializado no cuidado de crianças indígenas em condição de risco social. No entanto, em meio à crise financeira que norteia o país, a necessidade de angariar fundos por meio de doações se tornou latente. Sendo assim foi desenvolvida a presente campanha publicitária, a fim de divulgar a ONG O Coração do Pai e conscientizar o público-alvo demonstrando a importância do ato de doar, de forma que sejam ampliados os números de doações na capital amazonense. Com base em pesquisas, a mídia ilustração foi escolhida como base da campanha, criada com a pretensão de transmitir de forma fácil e clara a mensagem e despertar o interesse do target. De acordo com BERGSTR&#1254;M (2009), todos os tipos de imagem são usados para transmitir mensagens. Elas dramatizam a representação das notícias, e na publicidade reforçam as mensagens instrumentais, que solucionam problemas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ciente do conhecimento das necessidades do cliente obteve-se o objetivo da campanha, que é elevar o número de doações à ONG. A intenção deste trabalho foi transmitir tal conceito através da ilustração, demonstrando o valor da doação e da ajuda ao próximo por meio de estratégia emocional e que, ainda, gere lembrança de marca. Segundo BURTENSHAW (2010), em muitos casos, a própria natureza do conceito determina o tipo de execução adequado. A decisão de utilizar fotografias ou ilustração está relacionada a qual meio irá transmitir melhor o objetivo do anúncio. Também pretende-se utilizar da ilustração como meio de reforçar e representar a mensagem da campanha. Para BERGSTR&#1254;M (2009), uma boa combinação de texto e imagem tem a capacidade de contar uma história atraente, ultrapassando em larga escala o que qualquer uma das duas linguagens atingiria sozinha. De forma bem simples, o efeito é reforçar a mensagem, pois o elemento verbal e intelectual está unido ao visual e emocional. A imagem, no entanto, tem a capacidade de ser mais direta e influenciar mais níveis no espectador do que as palavras. De acordo com BURTENSHAW (2010), a escolha de um desenho específico pode refletir perfeitamente os valores da marca ou produto anunciado e poderá ser utilizado nas diversas mídias que compõem a campanha. As ilustrações, para SILVA (1985), além de embelezarem plasticamente, muitas vezes, devido às suas características imagéticas, carregam toda a carga emocional e informativa de uma ação ou de um fato qualquer, dispensando outro tipo de informação complementar, seja ela através de um texto, título ou legenda.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando se pretende falar com o consumidor que tem acesso à inúmeras informações, é preciso usar de estratégias que façam com que a marca do cliente tenha destaque e significação suficientes para que haja lembrança desta. Dessa forma, procurou-se utilizar a ilustração para transmitir o conceito da campanha, partindo do princípio de que uma imagem é capaz de dizer muito e pode comportar vários sentidos, e mais que isso, foi a opção encontrada para que a marca tivesse um diferencial e tratasse de um tema sério e marcado, a doação, de maneira leve. Segundo BERGSTR&#1254;M (2009) uma imagem representativa é usada quando o emissor quer ilustrar, apresentar ou mostrar com o que alguma coisa se parece e salientar determinadas características. Para BURTENSHAW (2010), os anúncios ilustrados podem ser tão vivos, coloridos e evocativos quantos os fotográficos. Eles transmitem certo clima e atmosfera, o que é mais difícil de criar com fotografias. Além disso, apoiar organizações como a ONG O Coração do Pai, é de extrema importância quando se reflete no papel social da propaganda. Sabe-se que a propaganda, além de seu propósito primário de vendas, pode e deve influenciar o consumidor, alterando e produzindo comportamentos que ressoem positivamente na sociedade. Assim, a presente campanha tem sua relevância ao passo que pretende provocar a reflexão do target quanto à doação a fim de que haja uma mudança de comportamento que desperte nele a ação de doar. Ainda, adotou-se uso de estratégia criativa emotiva, através do método dionisíaco, com argumentos emocionais, a fim de tornar a experiência com a marca muito mais significativa. A essência do dionisíaco segundo NIETZSCHE (1999), nutre analogia com a embriaguez, especialmente com o sentimento de liberdade e alegria que ela desperta. Temos, então, nos anúncios dessa variante, a exploração fremente dos sentidos, do entusiasmo, de uma condição de existência dramática ou jubilosa. É o território das leis pelo encantamento que, sabemos, não se dá pelo arcabouço da razão, mas ênfase no despertar das emoções.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo BURTENSHAW (2010), o briefing deve expor claramente os objetivos da campanha com base em uma análise completa da situação atual da marca e do mercado em que se encontra. Na elaboração da campanha publicitária institucional primeiramente foi feita a coleta do briefing, onde foram levantadas informações acerca do projeto e observado o seguinte problema: a falta de verba devido às despesas no local e o pagamento dos funcionários. Depois, partiu-se para a associação de ideias na busca de um conceito, de uma ideia pertinente. Segundo BERGSTR&#1254;M (2009), as associações, também conhecidas como brainstorming, tratam-se do momento em que a equipe tenta conceber o maior número possível de ideias instantâneas. Ciente do conhecimento das necessidades do cliente obteve-se o objetivo da campanha, que é elevar o número de doações. Sendo assim, definiu-se o conceito geral da campanha, que é conscientizar os amazonenses a realizarem uma doação à ONG. Para BERGSTR&#1254;M (2009), ter um conceito significa projetar e formular um tema sustentável, duradouro e neutro quanto à mídia. Mediante a pesquisa bibliográfica, a ilustração foi definida como a melhor opção para comunicar a mensagem ao público-alvo. De acordo com FELDMAN (1987), quando se prepara um desenho à cores para apresentar informação de design, deve-se levar em conta os hábitos e as necessidades perceptivas do observador do desenho e compreender o modo pelo qual ele reage aos diversos tipos de organização visual. Assim, com base na pesquisa, desencadeou-se a criação da ilustração base da campanha de comunicação. Segundo PIPES (2010), o desenho, como meio de exteriorizar ideias e comunicá-las aos outros, tem sido usado por artistas e designers desde os primórdios da civilização. Na primeira fase da produção do personagem foi feita a rough. Hoje, a maioria dos designers começará a desenhar usando um lápis ou caneta de ponta porosa sobre papel e, então, usará um scanner para colocar a imagem em um computador para ser colorida e renderizada, usando um programa de computador. PIPES (2010). Na produção gráfica foram utilizados os programas Adobe Illustrator e o Adobe Photoshop, por permitirem a criação de arquivos em vetor, que são os mais adequados para produzir ilustrações com qualidade. Segundo SEDDON (2009), como as imagens não são compostas de pixels, arquivos de imagem vetoriais podem ser ampliados o quanto for necessário sem a perda de resolução que você teria com imagens de bitmap. Portanto, a arte vetorial é mais adequada para imagens compostas de áreas de cores simples e com qualidades geométricas bem definidas. PIPES (2010) afirma que na prática, uma ilustração usará uma combinação de programas para obter o desenho acabado, talvez iniciando em um programa vetorial, em seguida exporta a ilustração para o Photoshop usando os formatos de arquivos EPS (Encapsulated PostScript) ou PDF (Portable Document Format) e, finalmente, retocando. A maior parte desta edição é feita na cabeça do ilustrador e requer uma grave dose de habilidade e experiência. Ainda, a cor azul foi escolhida para representação do layout do projeto com base em uma pesquisa realizada por Kettlewell e Evans (1991), os quais chegaram a conclusão de que o azul é uma das cores que levam mais pessoas a doar. Também no estudo sobre efeito das cores, Gorn e seus colaboradores (2004) demonstraram que em contato com a cor azul, os participantes experimentaram um grau de relaxamento maior que em situação que envolviam outras cores. Já o vermelho do coração desperta, gera alerta e estimula à ação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com BERGSTR&#1254;M (2009) o segredo da imagem muitas vezes não reside na imagem em si, mas no que é a cerca, o que faz da imagem o sujeito de uma notável transformação. As peças apresentam a ilustração do personagem boneco de lata e um coração. Estima-se que a lembrança do público-alvo em relação à história do Mágico de Oz por parte da ilustração associada ao texto do anúncio, remeta-os à emoção, à infância, e os torne propensos a doar. Segundo os estudos de BERGSTR&#1254;M (2009), a imaginação e a brincadeira infantil inspiram soluções de comunicação que fascinam o target. As cores aplicadas na produção das ilustrações, o cinza e o vermelho, foram selecionadas com base em seus conceitos psicológicos e para que se obtivesse um contraste maior com o azul do layout de todas as outras peças de comunicação da campanha. De acordo com GUIMARÃES (2000), as cores apresentam características de peso, distância e movimentos que, combinadas à proporção e localização das formas, constroem uma informação complexa cuja totalidade provoca reações diversas no observador. Depois de esboçada, a ilustração foi vetorizada nos programas Adobe Illustrator e Adobe Photoshop e passou por distintos tratamentos até chegar à arte final. De acordo com SILVA (1985), da mesma forma que o diagramador deve dominar e manipular eficientemente os elementos tipográficos e determiná-los em suas dimensões específicas na estruturação de um arranjo gráfico a ser impresso, as fotos e ilustrações devem ter o mesmo tratamento cuidadoso para que o resultado final fique plasticamente bonito e harmonioso. Para SILVA (1985), as fotos ou ilustrações que completam ou por si só representam o arranjo visual gráfico de uma página impressa deverão ser utilizadas de forma eficiente pelo diagramador que se encarregará de projetá-las dentro das dimensões exatas dos espaços determinados da página.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A proposta do presente artigo foi a realização de uma ilustração concernente a campanha de propaganda para o abrigo O Coração do Pai. Logo percebida a realidade da Instituição, pode-se perceber que a ONG tem uma forte atuação no papel de ponte de reintegração entre a criança vítima das mazelas sociais e a sociedade. Na elaboração da campanha inicialmente foi constatado que a empresa necessitava de uma ação de doação por parte do público amazonense. Mas como falar com o target sobre doação de maneira significativa e atraente? A melhor alternativa encontrada mediante a pesquisa foi o desenvolvimento da ilustração em análise para que se transmitisse o conceito da campanha. Após a mensuração dos resultados constatou-se que o uso da ilustração foi a escolha mais adequada, ao passo que gerou resposta positiva do target e é uma tendência quanto à campanhas modernas. Dessa forma, compreende-se que é preciso que o profissional de propaganda saiba usar corretamente as estratégias que afetam o novo perfil do consumidor contemporâneo sem esquecer-se do seu papel social enquanto influenciador e formador de opinião. Cabe a nós saber usar a mente e o coração.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BERGSTR&#1254;M, Bo  Fundamentos da comunicação visual  São Paulo: Edições Rosari, 2009. <br><br>BURTENSHAW, Ken. Fundamentos de Publicidade Criativa. Porto Alegre: Bookman, 2010.<br><br>CARRASCOZA, João Anzanello. Redação Publicitária: Estudos sobre a retórica do consumo. 4. ed. São Paulo: Futura, 2003. <br><br>DOMINGOS, Carlos. Criação sem pistolão: segredos para você se tornar um criativo de sucesso. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. <br><br>DOYLE, Michael E. Desenho a cores  Porto Alegre: Bookman, 2002. <br><br>FELDMAN, Edmund Burk. Varieties of Visual Experience - New York: Abrams, 1987.<br><br>GADE, Christiane. Psicologia do Consumidor e da propaganda. São Paulo: EPU,1998<br><br>GRACIOSO, Francisco. Propaganda Institucional: Nova Arma Estratégica da Empresa. São Paulo: Atlas, 1995. <br><br>GUÉGUEN, Nicolas. Psicologia do consumidor: Para compreender melhor de que maneira você é influenciado. São Paulo: Senac São Paulo, 2010. <br><br>GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores  São Paulo: Annablume, 2000. <br><br>MARTINS, Zeca. Propaganda é isso aí. São Paulo: Livronovo, 2009. <br><br>NIETZSCHE, L. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.<br><br>PIPES, Alan. Desenho para designers: Habilidades de desenho, esboços de conceitos, design auxiliado por computador, ilustração...  São Paulo: Editora Blucher, 2010. <br><br>SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: Como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.<br><br>SEDDON, Tony  Imagens: um fluxo de trabalho digital criativo para designers gráficos  Porto Alegre: Bookman, 2009. <br><br>SILVA, Rafael Sousa. Diagramação: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa  São Paulo: Sammus, 1985.<br><br>VIEIRA, Stalimir. Raciocínio criativo na publicidade. São Paulo: Loiola, 1999. <br><br> </td></tr></table></body></html>