ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00595</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Seu Waldir  Um parintinense de fé</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Lucas Wilame Almeida da Silva (Universidade Federal do Amazonas); Rubielle Cavalcante dos Santos (Universidade Federal do Amazonas); Hellen Cristina Picanço Simas (Universidade Federal do Amazonas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo, Documentário, Não Ficção, Waldir Viana, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Da produção em áudio ao vídeo, do texto à fotografia, no curso de Jornalismo temos uma gama de oportunidades de plataformas, como o videodocumentário. Características observadas em documentários foram importantes para este trabalho e o formato. A partir destes pressupostos, mas não somente, produziu-se o Trabalho de Conclusão de Curso Seu Waldir  Um Parintinense de Fé. O produto é um filme de não ficção que apresenta recortes da vida de Waldir Martins Viana, curador parintinense que exerceu importante influência, em Parintins  a 369 km de Manaus  , nacionalmente e internacionalmente, no que tange a práticas de saber tradicional e medicina popular. Evidenciamos sua relação com as práticas de cura, os seus perfis enquanto pessoa, além de homenagens feitas a ele. Este trabalho serve, para além de fins acadêmicos, ao conteúdo imaterial histórico do povo parintinense.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Alicerçados sobre conceitos de autores como Ramos (2008), que trata o documentário como construções narrativas de recortes históricos, sociais do mundo em que o espectador reconhece e pondera sobre o documentário. Tomou-se como importante o recontar da história do parintinense Waldir Martins Viana, parintinense que ficou conhecido após realizar práticas de cura, tais como casos de fraturas ósseas, picadas de cobras e desenvolvendo remédios caseiros. Diante disso, mergulhou-se, sobre os conceitos de saber tradicional, afinal buscávamos compreender de que forma poderiam ser entendidas as práticas de Waldir. A partir disso, Araújo (2008) nos apresentou passos para essa compreensão, ao tratar o saber e as práticas como símbolos, inerentes dos povos tradicionais e resultado do seu modo vida. Mais afundo, Diegues (2002) traz o saber popular como conhecimentos passados de gerações em gerações sobre o saber fazer concreto e abstrato. Com isto, conceitos diferentes sobre a mesma prática são visíveis a depender de com quem se está conversando. Consecutivamente, entendemos que essas práticas não foram criações do nosso personagem Waldir, mas resultados de todo um processo de construção histórica que caracterizam o amazonida e sua identidade. Mas como representar essa identidade? Bizarria (2008) pondera que sempre houve grande interesse em produções em áudio e vídeo sobre a Amazônia e seus povos, entretanto o foco sobre a natureza intocada e a de terra de não civilizados permeia documentários. O documentário foi construído a partir da compreensão destes conceitos e enverando por outros desafiadores, como a história oral que indica a necessidade do registro dessas falas para que se transformem em documentos da vida e memórias de um povo. O documentário também ratifica o jornalismo como atividade intelectual e de produção de conhecimento que contribui dando voz e imagem a recortes de mundo, de pessoas e de historias, muitas vezes silenciadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário  Seu Waldir: Um Parintinense de Fé teve como objetivo contar parte da história de vida do curador popular Waldir Martins Viana. Desde sua infância até seu envolvimento com a medicina tradicional, pois é nítida a importância que o personagem adquiriu em Parintins e em outros estados. Seu perfil pecuarista, pai de família e religioso também é evidenciado no produto, por isso o depoimento de familiares, amigos e pessoas que procuravam pelas práticas de cura de Waldir Viana foram importantes para essa narrativa. O trabalho também propôs mostrar Waldir como um homem que se dedicou a ajudar as pessoas e buscou o conhecimento para aprender sobre fraturas e ervas medicinais. Por isso, a importância do depoimento de seus pacientes para edificar seus processos de cura e os métodos utilizados. As declarações de seus familiares foram importantes para mostrar o personagem em seu ciclo familiar. Essa produção também foi pensada para servir de base acadêmica e social sobre os saberes tradicionais e a relevância de documentar personagens históricos. Entendemos que ainda são poucos os trabalhos que norteiam a história desses personagens e suas contribuições. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Diversos pontos podem ser indicados para argumentar a importância do nosso trabalho. O primeiro deles é o resgate histórico que o documentário se propôs a fazer. Tendo em vista que a cidade de Parintins é muito conhecida pelo festival folclórico, quem conhece a história do município somente pela festa dos bois, não sabe que a cidade tem e teve popularidade por outros fatores, como por exemplo, as curas realizadas pelo curador popular Waldir Martins Viana. Fato esse desconhecido por muitos parintinenses, principalmente, os mais jovens. Vale ressaltar que Waldir ficou conhecido em Parintins como o médico dos ossos ou &#8213;consertador de desmintiduras, realizou curas difíceis como: fraturas ósseas, picada de cobras e até problemas graves de coluna. Muitos de seus pacientes foram desenganados pelos médicos, mas com sua fé e seus conhecimentos populares foram curados. Na época, Parintins era precária em relação a saúde, e Viana viu a necessidade de ajudar e cuidar da população sem pedir nada em troca. Por isso, o trabalho torna-se relevante, pois dá voz as experiências vividas pelos personagens, tentando não só contar a história de Waldir Martins Viana, enquanto curador e sim construindo seu perfil a partir dos que conviveram com ele, sem esquecer sua relevância social. Neste contexto, observa-se a importância sócio/cultural do nosso documentário, pois ele abarca as questões apontadas anteriormente. A pouca produção acadêmica sobre o tema também é um destaque para a relevância deste trabalho. Nas pesquisas iniciais, os autores encontraram poucas bibliografias ou produções que versassem sobre o personagem. O trabalho também traz perspectiva sobre a reafirmação do uso das práticas de curas realizadas em Parintins para dissipar preconceitos e destacar a importância do saber tradicional e das pessoas que utilizam essas técnicas. O pouco espaço dado aos conhecimentos tradicionais na região é uma das justificativas para a construção do documentário. Pois, no município, ainda existem praticantes desse saber e pessoas que recorrem a esses tratamentos, por isso esperamos que este trabalho sirva não somente de conhecimento sobre Waldir Martins Viana, mas dos próprios saberes tradicionais e a importância ainda exercida por eles na vida dos parintinenses. Nota-se a dimensão popular que tomou Waldir Viana, os parintinenses o têm como ícone, por isso a importância da existência de documentos que o retratem. Este produto serve a sociedade parintinense como meio de conhecimento da indelével história de Viana. Entendemos que há necessidade de reafirmação de personagens históricos de uma cidade para que seus próximos filhos sejam plenos conhecedores dos conteúdos imateriais que a constituem e da identidade do homem amazônico. Diante disto, consideramos importante documentar a vida de pessoas que contribuíram para o desenvolvimento de Parintins e sua história, isso permite o resgate de memória e serve de conhecimento social para aqueles que não tiveram contato com acontecimentos que marcaram a cidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho configura-se como pesquisa de modo descritiva-exploratória, uma vez que são poucas as pesquisas e produtos sobre a vida de Waldir Martins Viana. Segundo Lira(2014), pesquisas de modo exploratório ajudam-nos a desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, possibilitando estudos mais aprofundados sobre a temática estudada. Entende-se ainda este trabalho como bibliográfico, o tempo de pesquisa longitudinal e de abordagem qualitativa. Para a construção de um documentário, é preciso estabelecer estratégias de produção. Sérgio Puccini (2012) conceitua três percursos metodológicos primordiais para a construção do produto: pré-produção, produção e pós-produção, as quais passaremos a conhecer a seguir: A pré-produção começou com o trabalho de campo, no qual fizemos documentações para solicitar aos principais meios de comunicação da cidade notícias, reportagens, vídeos, entrevistas, áudios e informações sobre a vida de Waldir Martins Viana. O material de arquivo utilizado no documentário foi cedido por Raimundo Nonato Viana, filho de Waldir. Entre o material disponibilizado há fotografias de Waldir com familiares, amigos, além de fotos dele exercendo práticas de cura como do pilão usado por ele para amassar as ervas e as cordas utilizadas para pendurar os pacientes com problemas de coluna. Também foram cedidas cartas que eram enviadas para Waldir e objetos pessoais. Ainda na pré-produção, elaboramos o nosso roteiro literário que serviu de base para as gravações e esquematização do trabalho. Segundo Puccini (2012), a elaboração do roteiro é o elemento primordial para a produção de documentário. Nessa etapa, trabalhamos para construir as fases da vida de Waldir Viana. Para Sérgio Puccini (2012, p. 24), o trabalho de roteirização, feito ainda na pré-produção do filme, vai se contestar em estabelecer uma estrutura básica que servirá como mapa de orientação para o documentarista durante as filmagens. Roteiro Literário No primeiro bloco, destacamos partes importantes da história de Waldir Martins Viana, para isso utilizaremos depoimentos dos filhos e amigos para contar parte da vida de Waldir, evidenciando, sua personalidade, o trabalho no campo e sua vida no âmbito familiar. Este primeiro bloco trata da historicidade do personagem e a vida na cidade de Parintins. Por isso, foram utilizadas fotografias de Waldir, fotos antigas de Parintins, da Comunidade do Parananema onde morava Viana. O material consiste na união entre relato e as mídias citadas. Também imagens de apoio em plano aberto para internalizar o local de vivência do personagem foram utilizadas. No segundo bloco, evidencia-se a trajetória do personagem como curador popular, os entrevistados dessa fase são também os filhos, pessoas que foram atendidas por Waldir e amigos que acompanharam, em algum momento, os processos de cura. Uma especialista e imagens de um curador popular realizando práticas de cura também compõem essa fase da história. Aqui também há fotos de Waldir Viana, mas, neste bloco, elas casam com imagens de apoio das práticas de cura que ele realizava. Isto foi feito da seguinte forma: relato de alguém que foi atendido por Waldir, conceituação por especialista e imagens da prática referida. Estas imagens correspondem a outro curador realizando o mesmo processo destacado. Este bloco é o mais denso, por isso estratégias serão utilizadas para não cansar o espectador, tais como: uso de diferentes planos nas imagens de apoio, trilhas das músicas que fizeram em homenagens a Waldir. Por fim, o terceiro bloco foi dedicado aos últimos anos de vida de Waldir Viana e homenagens feitas a ele. Também colocamos relatos sobre a importância de Waldir para Parintins. Materiais de outras autorias, como imagens e toadas do festival dos bois de Parintins, feitas em homenagem ao personagem foram incluídas nesta parte do documentário. Em todos os três blocos, buscamos a força do relato das pessoas, para isso fizemos o uso de imagens com plano médio e detalhe. O fecho do documentário está alocado num bloco especial em que consta uma pequena entrevista com um curador popular da atualidade. Como exposto, este documentário está divido em três blocos principais, para dividir os blocos optamos por utilizar encenações representando momentos da vida de Waldir Viana, elas estão como passagem de tempo, as encenações não fazem parte da estrutura discursiva do documentário, apenas substituem habituais cortinas com videografismos. Posteriormente entramos na etapa da produção, que é a materialização em si do documentário, nessa fase desenvolvemos o que foi pensado na pré-produção. Nessa etapa realizamos a montagem dos equipamentos de vídeo e áudio, a captura da imagem dos personagens, assim, como os depoimentos de momentos históricos sobre a vida de Waldir Martins Viana. Foi no momento da produção que deslocamos todo material de gravação para as locações em Parintins, onde tivemos contato com os principais entrevistados. Devido à deficiência do então laboratório de vídeodifusão da Ufam, Campus-Parintins, foram utilizados os equipamentos da produtora Parintins Filmes, contratada para captar e editar as imagens do produto com a direção dos acadêmicos. Todo material foi filmado em alta definição. Os equipamentos utilizados para as filmagens foram: lente Canon 50 mm com abertura de 1.4; uma câmera fotográfica e filmadora DSLR marca Canon, modelo EOS Rebel T3i; uma lente teleobjetiva 18-135 mm, com abertura de 3.5 a 5.6; uma lente zoom, 70-300mm, abertura de 4 a 5.6 mm; um microfone tipo boom, Yoga; um microfone tipo lapela da marca Leson; suporte de um tripé profissional E-image, modelo 7050 da marca Vanguard. As imagens foram capturadas em cartões SD, marca Transend, de 32 Gb; dois iluminadores portáteis e um led marca Nanguang, modelo Cn-160. Com os equipamentos em mãos seguimos para as externas, a partir dos agendamentos com os entrevistados, iniciamos as captações no dia 15 de julho de 2016 e encerramos em 28 de agosto de 2015. A previsão era encerrar em 15 de agosto, mas devido aos horários dos entrevistados, da necessidade de autorizações para filmar em algumas localidades e a necessidade de específicas imagens de apoio, a data foi postergada. Após isso, partiu-se para pós-produção. Nessa etapa, todo material filmado passa pelo processo de decupagem e edição dos elementos que irão compor o documentário. Essa fase é delicada porque nela serão discutidos os processos de escolhas de imagens, ângulos, discursos e trilhas musicais. Esse processo deve ser feito com muita atenção, pois escolhas erradas podem interferir no sentido que os autores buscam dar ao documentário. Em seguida, selecionamos as melhores imagens de apoio que foram filmadas e fizemos as escolhas das trilhas, músicas e fotografias que compõem o produto. O programa que utilizamos para editar o documentário foi o Adobe Première CS6, nesse programa é possível fazer a montagem das cenas, equilibrar o áudio, inserir os caracteres, ajustar as cores e montar fotografias. Nesse momento, também eram feitas as escolhas das fotografias, trilhas, músicas e efeitos. Com esse processo mudamos algumas vezes a estrutura do produto, pois precisávamos estrutura os discursos, uma vez que, às vezes, eles não se encaixavam no bloco escolhido. Por fim, realizamos a montagem, que é a visualização dos três primeiros processos e a inserção de outros elementos como legendas, ilustrações, sons, fotografias entre outros. Todo este processo refere-se à edição do documentário que finalizou com o roteiro de edição no qual é descrito como o produto se apresenta. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Seu Waldir Um Parintinense de Fé é um filme de não ficção com duração de 25 minutos e 33 segundos. O produto é dividido em três blocos, sendo o primeiro sobre a personalidade e o convívio familiar do personagem retratado. O segundo trata das práticas de cura que Waldir empregava, das pessoas que se tratavam com ele e dos conceitos que envolvem o saber tradicional. O terceiro bloco trata dos últimos anos do personagem, as homenagens feitas a ele e do relato sobre a importância de Waldir Viana. O documentário inicia com o nascer do sol, utilizado na tentativa de representar o nascer da vida, de uma história. Após isso, surge uma encenação que retrata Waldir Viana quando criança. O menino passa por pontos que fazem parte da trajetória do personagem, são eles: a casa de Waldir, encontrada em destroços, uma fazenda com gados e a igreja católica de São Benedito, na comunidade do Parananema, em Parintins, local onde o personagem viveu a maior dos seus 96 anos. Nesta primeira encenação contém ainda o título do documentário com os dizeres Seu Waldir: Um Parintinense de Fé. Como fundo sonoro, utilizamos trilhas instrumentais. Após isso, surge uma imagem de Parintins para localizar o espectador ao local em que se passa o documentário. Por conseguinte, apresentamos os primeiros relatos do documentário. Os entrevistados descrevem como era à personalidade de Waldir, o seu envolvimento com a pecuária. Também apresentamos o personagem enquanto pai e a relação dele com a esposa, Silvia Viana. Evidenciamos fotos do personagem em família, também somente com a esposa e ainda fotos da certidão de casamento deles. Este primeiro bloco encerra com uma encenação do encontro e casamento de Waldir e Silvia, as imagens foram feitas na igreja católica de São Benedito, construída com a ajuda de Viana, na comunidade do Parananema, zona rural de Parintins. Como fundo sonoro utilizamos trilhas instrumentais. Consecutivamente, inicia-se o segundo bloco. O primeiro entrevistado traz uma ligação com o bloco anterior e expõe o que vai ser apresentado no bloco vigente. Os entrevistados descrevem quando Waldir começa a se envolver com práticas de cura e quais as enfermidades que ele fazia tratamento. Após isso, são postos os relatos de pessoas que se trataram Viana, colocamos uma pesquisadora para trazer o conceito de cada enfermidade apresentada. Por conseguinte, os entrevistados trazem os motivos que levaram Waldir a realizar práticas de cura, o porquê dele não cobrar pelos tratamentos e o conceito geral de saber tradicional. Evidenciamos fotos de Waldir fazendo os tratamentos, para enriquecer os discursos dos entrevistados. Este bloco encerra com uma representação do personagem na fase velho, como fundo sonoro utilizamos a música Crendice, da banda nordestina Pau e Corda, a canção faz referência aos curandeiros. O terceiro e último bloco inicia com imagens do pôr do sol, utilizado na tentativa de representar o fim da história. Os entrevistados descrevem os últimos anos de vida de Waldir Viana e como ficaram quando souberam da morte dele. Após isso, colocamos relatos referentes às homenagens feitas ao personagem. Por conseguinte, expomos falas que tratam da importância de Viana. Para evidenciar o falecimento do personagem, colocamos a imagem de uma notícia que pautou o fato. Para expor às homenagens, colocamos primeiramente fotos antigas do Festival Folclórico de Parintins, em que Waldir está presente, como fundo sonoro, utilizamos parte da toada Missionário da Luz, de Chico da Silva. Depois, apresentamos às homenagens dos bois Caprichoso e Garantido, com parte das toadas A Cura e a Fé e Magia da Toada, respectivamente. Este bloco encerra com imagens da casa de Waldir, da igreja católica de São Benedito, de objetos que ele utilizou nas práticas de curas, como fundo repetimos o uso da toada Missionário da Luz, devido à letra da canção fazer uma poética descrição do personagem. Por fim, apresentamos o encerramento do documentário. Trazemos uma perspectiva em que o produto não se encerra com o fim da história do personagem e propomos uma ideia de futuro para às práticas de cura. Desta forma, inserimos o relato de um curador popular que utiliza os saberes tradicionais, atualmente. Por fim, surgem os créditos, com fundo sonoro instrumental, e, após isso, a estrofe inicial do poema Chula do Caturetê, escrito por Waldir. Abaixo está uma sintetização do nosso roteiro de edição: ABERTURA Inicia com a primeira encenação do documentário. Nela, Waldir está representado ainda criança, ele tenta tocar numa casa de caba, neste momento, ecoa a voz da mãe de Waldir chamando pelo nome dele. O menino corre entre os bois e se depara com uma igreja. Ao olhar para a capela surge a assinatura do documentário. Como fundo sonoro, utilizamos trilha instrumental. PRIMEIRO BLOCO Para localizar o espectador utilizamos uma imagem aérea da cidade de Parintins com fundo sonoro instrumental. Nesse bloco, os entrevistados relatam sobre a personalidade, o convívio familiar e as amizades de Waldir Viana. (exemplo das deixas das falas) SONARA: RAIMUNDO NONATO VIANA  FILHO DE WALDIR DX INICIAL: &#8213;Nasceu em Parintins mesmo... DX FINAL: &#8213;...onde ele tinha amigos, tinha parentes. ENCENAÇÃO CASAMENTO A segunda encenação do documentário é utilizada para encerrar o primeiro bloco e serve como recurso para a fala do entrevistado que inicia o segundo bloco. Nesta encenação, representamos a união de Waldir com sua esposa, Silvia. O personagem entra na igreja e encontra uma mulher, os dois caminham até o altar e numa transformação aparecem vestidos de noivos. SEGUNDO BLOCO Neste bloco, estão os relatos sobre as práticas de cura realizadas por Waldir, pessoas que descrevem as enfermidades, os tratamentos que Viana realizava, além, de uma pesquisadora que aponta os conceitos das práticas e do saber tradicional. Este bloco encerra com a representação de Waldir Viana em idade mais avançada. Nela, o personagem caminha por um jardim, depois senta-se e amassa ervas num pilão. Como fundo sonoro, utilizamos a música &#8213;Crendice&#8214; da banda nordestina Pau e Corda. SONORA: WALDIR VIANA FILHO  FILHO DE WALDIR DX INICIAL: &#8213;Ele sempre teve essa curiosidade DX FINAL: &#8213;& esse ímpeto de querer curar. TERCEIRO BLOCO O bloco inicia com uma imagem do pôr do sol, utilizado para representar o fim de uma história. Os relatos descrevem os últimos anos de Waldir Viana, as homenagens feitas a ele e a sua importância para Parintins. O bloco encerra com uma seleção de imagens de lugares e objetos que ficaram marcados na vida de Waldir Viana. Como fundo sonoro, utilizamos parte da toada Missionário da Luz de Chico da Silva. SONORA: CLEIDE VIANA  FILHA DE WALDIR DX INICIAL: &#8213;Sempre a gente quer DX FINAL: &#8213;& até agora. ENCERRAMENTO Inicia com o local aonde um curador popular realiza práticas de cura, atualmente. Depois, inserimos o relato do curador Valdemar Freitas, isto foi feito para propor uma finalização que não terminasse com o fim da história do personagem do documentário, Waldir Viana. Após isso, surgem os créditos do documentário, como fundo sonoro utilizamos uma trilha instrumental. Por fim, inserimos uma estrofe do poema A Chula do Caturetê, escrito por Waldir Martins Viana SONORA: VALDEMAR FREITAS  CURADOR POPULAR DX INICIAL: &#8213;Valdemar Nascimento de Freitas DX FINAL: &#8213;... simplesmente o dom de cura. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O documentário Seu Waldir  Um parintinense de Fé foi produzido na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso de Comunicação Social Jornalismo, da Ufam Campus Parintins. O documentário permitiu aos seus idealizadores um aprofundamento sobre a prática da produção em áudio e vídeo. Desde a produção do pré-roteiro a última correção de som, experiências positivas foram sendo agregadas. Trilhamos sobre formas existentes de fazer documentário, mas apontando ideias que fazem o diferencial que buscávamos. Isto se soma a riqueza que tínhamos em mãos, a história de Waldir Viana. Com ela, compreendemos que o nosso personagem não se configura em apenas um conceito seja benzedor, erveiro ou consertador de ossos, mas na reunião delas como curador popular, termo que, segundo as pesquisas, Waldir não gostava. Por isso o nome deste produto é  Seu Waldir e não o curador ou benzedor. Tratar sobre a vida do personagem requereu não só conhecimentos sobre as técnicas de como produzir um documentário, mas uma delicadeza e sensibilidade que foram primordiais para conceber um recorte sobre uma vida que representa uma parte da riqueza imaterial e da memória do povo parintinense. Por fim, apresentamos um produto que responde positivamente aos nossos anseios e que poderá ser material para os que desejam ou se instigam em boas histórias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARAÚJO, Maria de Fátima Guedes. Conhecimento  Estrada de mão dupla a relação entre os saberes oficial e popular na construção da saúde, na cidade de Parintins  AM. Juiz de Fora  MG, 2008.<br><br>BIZARRIA, Fernanda Moura. Construção das identidades no documentário: os povos amazônicos no cinema. Manaus: edições Muiraquitã, 2008.<br><br>DIEGUES, A. C. (Org). et al. Os saberes tradicionais e a biodiversidade no brasil. São Paulo, 2000. <br><br>LIRA, Bruno Carneiro. O passo a passo do trabalho científico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.<br><br>PUCCINI, Sérgio. Documentário e roteiro de cinema: da pré-produção à pós-produção. Campinas, São Paulo, 2007.<br><br>RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... o que é mesmo documentário?. São Paulo: Editora SENAC, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>