XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte


INSCRIÇÃO:	00608

CATEGORIA:	JO

MODALIDADE:	JO09

TÍTULO:	Câncer de mama

AUTORES:	ALINE DA SILVA PAULINO (FACULDADE BOAS NOVAS); Carla Santos Torres Chagas (FACULDADE BOAS NOVAS); James Waliton Vasconcelos Tinoco (FACULDADE BOAS NOVAS)

PALAVRAS-CHAVE:	Radiojornalismo, reportagem, técnicas radiofônicas, ,

RESUMO
A Reportagem especial sobre o câncer de mama foi desenvolvida a partir de técnicas de reportagem no rádio em que a modalidade deste trabalho busca tratar. Com o grande advento de outros meios de comunicação de massa, principalmente na área jornalística, o rádio teve que se adequar as novas tecnologias e formas de noticiar os fatos de interesse a sociedade. A reportagem especial é uma dessas formas de levar ao ouvinte, conteúdos de forma clara, objetiva e concisa. O trabalho foi realizado pela turma do 4º período do curso de Comunicação Social com habilitação em jornalismo da Faculdade Boas Novas.

INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da radiodifusão têm-se transformado a maneira de como transmitir informações ao público do rádio. Inicialmente o Repórter Esso trouxe uma visão inovadora ao comunicar as notícias com um texto mais objetivo e conciso deixando para trás a forma de leitura de matérias de jornais impressos, no rádio. Com o passar dos anos e a reformulação na radiodifusão, principalmente no radiojornalismo, surgiram outras ferramentas para a veiculação noticiosa. O rádio diferentemente da TV propõe um imediatismo na sua abordagem noticiosa de forma que é possível por exemplo, começar a passar informações antes mesmo de se chegar ao local do ocorrido. "Quando se inicia a reportagem? No rádio, o trabalho do repórter começa quando ele entra no carro para sair da emissora ou até antes, na chegada à Redação. (...) O repórter de rádio sempre tem material até chegar ao lugar exato da pauta. Ele deve estar atento para entrar no ar o tempo todo, e não ficar dormindo no caminho". (PARADA, Marcelo. Rádio 24 horas de jornalismo p.38) A forma como a locução é feita no rádio também é outro ponto importante, pois o ouvinte não deve interpretar o que se está querendo passar, mas deve entender de forma nítida logo que a informação é veiculada. "Procure sempre uma linguagem que seja simples e não simplória, e que tenha clareza para não deixar dúvidas ao ouvinte. Seja conciso sem ser superficial. Vá direto ao ponto e seja breve sem ser apressado". (PARADA, Marcelo. Rádio 24 horas de jornalismo p.44) As primeiras entrevistas radiofônicas levadas ao ar ocorreram durante a década de 1920 nos Estados Unidos. Há muito tempo essa prática é utilizada no radiojornalismo. E como sabemos existem vários tipos - segundo Luiz Artur Ferraretto, cinco tipos aplicáveis ao rádio: entrevista noticiosa, entrevista de opinião, entrevistas com personalidade, entrevista de grupo ou enquete, entrevista coletiva.

OBJETIVO
O objetivo atrelado à nossa reportagem especial é colocar em prática as técnicas aprendidas no decorrer do semestre, onde foram propostas outras oportunidades de realização de entrevistas até a possibilidade de agora desenvolver o trabalho final na disciplina de radiojornalismo. A reportagem especial é a que consiste em uma reportagem mais aprofundada sobre o tema e em média possui de 6 a 7 minutos de duração. Não deve ser apenas uma matéria "seca", mas mostrar como se deve utilizar os recursos sonoros, a linguagem, efeitos, etc. Objetivos específicos: • Utilizar as técnicas propostas em sala de aula; • Trabalhar os recursos sonoros na reportagem; • Diferenciar os tipos de matérias para o rádio; • Aliar o conhecimento acadêmico ao pôr em prática o que foi estudado;

JUSTIFICATIVA
Com o domínio das mídias digitais, o rádio está sempre buscando transformações para sua melhor adaptação. Na busca por um novo formato radiofônico, surgem aspectos que destacam o rádio, a produção das matérias passa por mudanças, surgindo novas formas de transmitir notícias ao seu público. Com isso, surge originalidade nos textos uma nova estrutura de linguagem no rádio. "A produção de textos pressupõe restrições do código linguístico. A redução do número de itens léxicos (palavras, expressões) e de regras operacionais postas em jogo não apenas facilita o trabalho, mas também permite o controle da qualidade". (LAGE, 1999, p.35) Assim tornando fácil a compreensão do público, e possuindo não só uma função de informar, mas trazendo uma interação radiofônica com o ouvinte. Há vários elementos que contribuem para essas transformações, uma boa reportagem sempre aproxima o seu público para o meio de comunicação. A boa reportagem no rádio exige um processo que envolva todos que estejam ligados a produção e captação da notícia. A reportagem é a produção radiojornalística para desenvolver uma matéria, o processo exige uma soma de fatores o aumento a capacitação de gerar a informação. Cada elemento está ligado um ao outro, a utilização do som é um dos elementos cruciais para transportar o ouvinte até local do acontecimento. Tudo contribui para uma boa qualidade da matéria. "Em casos de reportagem gravada, o repórter primeiramente grava a entrevista, prestando muita atenção nas respostas do entrevistado (para já começar a visualizar os possíveis pontos de corte para a edição). Em seguida grava o que chamamos de "cabeça da matéria" e os ganchos que separarão as falas do entrevistado". (Manual de Radiojornalismo, 2002 p.8) Todo processo de produção da reportagem especial consiste na formulação de alguns elementos básicos para a boa construção da mensagem. O produto consiste em uma reportagem gravada, que requer atenção com o entrevistado. "Toda reportagem é, em definitivo, uma agrupação de representações fragmentadas da realidade que em conjunto dão uma ideia global de um tema. (PRADO, 1989, p. 85)" Por fim, a reportagem especial consiste em conjunto de fragmentos que representam a realidade, e divide-se da seguinte forma: a reportagem simultânea (a realização da entrevista é feita ao vivo). E a reportagem diferida (permite a montagem.). Portanto, a reportagem especial é inserida neste último elemento que dispõe para elaboração da informação no formato radiofônico.

MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Para elaboração do produto houve uma reunião onde ficou definido o assunto da reportagem, o entrevistado e o aluno que executaria tal tarefa. Depois, uma pesquisa sobre reportagem especial, como acontece, processo de montagem, qual a duração em média, ouvimos algumas reportagens e através destas foi sendo montado o trabalho da equipe. A acadêmica, Sintia Pinheiro, realizou a entrevista com a enfermeira Ana Rita Monteiro de Sousa, sobre o câncer de mama, assunto que embasou nosso produto. Por ser o mesmo de grande importância para a sociedade, utilidade pública, informa o gênero feminino, público alvo desse trabalho. Materiais utilizados neste processo: Mesa de oito canais, microfone Shure SM 58, caixa de som amplificada e programa: Sound Forge 7.0.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
A reportagem especial é o produto final da disciplina de radiojornalismo do 4º período do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, ministrada pela professora Carla Santos, com previsão de entrega para o mês de novembro. Para executar o trabalho foram inicialmente realizadas reuniões onde foi definido o assunto que seria abordado na reportagem e a definição do entrevistado e entrevistador. Sendo assim, foi designado um acadêmico para realizar a entrevista, trazendo o produto para que juntamente com a equipe iniciasse a montagem do trabalho. A estrutura conta com o trabalho de campo e gravação da matéria pela acadêmica Síntia Pinheiro, sonoras da entrevistada e recursos de áudio com o operador de som Miquéias Matias. Para as gravações e montagem, foi utilizada a sala de mídias da Faculdade Boas Novas. A seguir um exemplo de notícia com citação, da qual extraímos a estrutura para montarmos a reportagem especial: MODELO 3 - DE NOTÍCIA COM CITAÇÃO Rosana Valdez (nome) (data) 10.07.2002 Ambulatório Infantil (retranca/assunto) (fonte) Agência Estado Jornal da Metodista (programa) Validade: hoje + Prefeitura inaugura primeiro ambulatório especializado no tratamento de doenças infantis. + A solenidade ocorreu no início desta manhã e reuniu mais de duzentas pessoas, além da presença do prefeito César Magalhães e de todo o secretariado. + O ambulatório terá o nome de Miguel da Silva Rossi, em homenagem ao garoto de 7 anos que faleceu no mês passado, no Pronto Socorro Geral, enquanto esperava atendimento médico. + De acordo com o diretor geral da nova unidade de saúde, o clínico Waldemar de Souza, esse novo espaço será fundamental para diminuir a mortalidade infantil na cidade. Fita 10 – Lado A – Tempo: 30" Deixa Inicial: este ambulatório nos possibilita ... Deixa Final: ...evitarmos casos como esse. + A maioria da população apoiou a iniciativa, mas a comunidade reclamou da demora da Prefeitura em concluir a construção do ambulatório. + Segundo vereadores de oposição, a obra custou aos cofres públicos cerca de novecentos mil reais e levou mais de três anos para ficar pronta. Exemplo retirado do manual de radiojornalismo produzido pelos professores de radiojornalismo UMESP. Maio/ Agosto - 2002.

CONSIDERAÇÕES
Cada vez mais a sociedade se torna imediatista, muito mais pessoas trabalhando fora e disso não sobra tempo para estar na frente da TV e atualizar- se com os acontecimentos. A vida e o mundo estão acelerados. Em meio a tantas mudanças o rádio não poderia ficar no passado, também se atualizou ou seria atropelado pelo advento da TV e Internet. O imediatismo e a proximidade que esse veículo propõe reflete a relação com o ouvinte. Por isso o rádio adota uma linguagem mais clara e direta trazendo o ouvinte para mais perto e fazendo com que ele entenda de maneira rápida o que está sendo veiculado. Seja matéria especial, reportagem, nota, boletim ou outro formato previsto no rádio, o texto deve ser objetivo e a linguagem clara. Segundo Ferraretto (2001 p. 193) "em cada veículo a forma básica do tratamento dos fatos precisa ser adaptada a uma linguagem específica (visual, sonora ou audiovisual) e a um público determinado". Por muitas vezes anunciou-se a morte do Rádio, porém este vem se adequando às diversas mídias e tem resistido as mudanças tecnológicas dessa era. O Rádio possui características singulares que fazem dele o meio mais popular, rápido e prático (instantaneidade, imediatismo, mobilidade, penetração geográfica, sensorialidade aliados a um baixo custo de produção e recepção). A realização desse trabalho possibilitou a cada aluno aprofundar mais o conhecimento da teoria na prática. Buscando entender as diferenças entre os meios de comunicação de massa e a linguagem que cada um adota para veicular a notícia ao seu público alvo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: O veículo, a história e a técnica. 2° edição. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001. LAGE, Nilson. Linguagem jornalística. São Paulo: Ática, 1999. MANUAL DE RADIOJORNALISMO. Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas UMESP, 2002. PARADA, Marcelo. Rádio: 24 horas de jornalismo. 1ª ed. São Paulo: Editora Panda, 2000. PRADO, Emílio. Estrutura da informação radiofônica. São Paulo: Summus, 1989

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