ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00614</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;DIAS CINZAS</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Thaumaturgo Ferreira de Souza (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Tobias Ferreira Menezes Neto (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Amanda Guimarães Lima (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Gabriel Ramos de Souza (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Everton Moura Arruda (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;IDOSOS, ABANDONO, ASILO, PERSUASÃO, FAMÍLIA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O paper em questão analisará a peça criada: "Quem coloriu a sua vida de alegria não merece dias cinzentos". Direcionada para uma questão de saúde pública, o abandono dos idosos. O trabalho aborda este tema pouco debatido em nosso país, com ênfase na cidade de Manaus, onde os crimes contra os indivíduos da terceira idade aumentam a cada ano. Esta peça criada por alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), do curso de Tecnologia em Produção Publicitária do 2° período, visa persuadir e conscientizar a sociedade de modo geral para uma mudança de atitude favorável a ideia de garantir as condições necessárias para o bem viver destes indivíduos na reta final de suas vidas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção da peça: "Quem coloriu a sua vida de alegria não merece dias cinzentos"; por alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), deu-se como trabalho final da matéria de Língua Portuguesa II do curso de Tecnologia em Produção Publicitária do 2° período. A criação da peça foi relacionada aos crimes cometidos contra os idosos, mais especificamente sobre o abandono do idoso, que na grande maioria das vezes ocorre pela ação dos próprios filhos. O tema levantado é uma realidade diária brasileira, que ainda tem muito a ser debatido no Brasil, principalmente, tendo em vista as previsões demográficas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país está envelhecendo, o aumento da expectativa de vida do brasileiro, acompanhada pelo declínio da taxa de fecundidade gera consequências sócio econômicas e culturais muito sérias em um país que não está preparado para atender essa população que necessita de atenção especial. Devido a abrangência do tema o paper em questão tratará apenas da questão social, que se tornou um problema de saúde pública, que é o abandono de pessoas na fase da terceira idade em asilos; assim como das leis presentes na constituição do país, que protegem o idoso e que definem as obrigações por parte de seus familiares e da sociedade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça foi criada com o intuito de persuadir todos os integrantes da família, para uma mudança de atitude e de comportamento em relação aos idosos, uma vez que jovens e adultos serão os futuros membros da terceira idade. A peça surge pela falta de campanhas que tratem do tema de maneira mais impactante para o público, capazes de provocar mudanças na sociedade, o que no momento apenas contribui para tornar quase que imperceptível um tema sensível que tende a aumentar, uma vez que o futuro demográfico da população brasileira, é ter mais pessoas na terceira idade do que jovens. O trabalho pretende trazer à público uma problemática pouco evidenciada no Brasil, em especial na cidade de Manaus, pelos meios de comunicação em geral. Para lembrar que a pessoa idosa tem seus direitos alicerçados em leis que regem o nosso país, para promover a conscientização dos indivíduos quanto as atitudes negativas tomadas contra a pessoa idosa, que na grande maioria dos casos é cometido por familiares, principalmente pelos próprios filhos, com a ideia de diminuir ou mesmo inibir o abandono físico e afetivo de idosos em asilos na cidade de Manaus. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho realizado surgiu devido a pouca visibilidade dada aos crimes de violência cometidas contra o idoso, em meios de comunicação que possam não apenas atingir um grande público, como também impactar de maneira mais profunda a quem quer que chegue a mensagem. De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 29 de agosto de 2016, no livro Brasil, o número de indivíduos pertencentes a terceira idade no ano de 2010 dobrará em 2030 e triplicará em 2050. O livro Brasil analisa como fenômeno o aumento da expectativa de vida da população brasileira e a acelerada redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher), que promoveram uma verdadeira transformação no perfil demográfico brasileiro. A expectativa de vida da população em 1980 era de 62,5 anos, subindo para 70,4 anos em 2000, passando em 2014 para 75,2 anos. Quanto a taxa de fecundidade da população; em 1940 era de 6,16 filhos por mulher, diminuindo para 4,35 em 1980, 2,39 no ano 2000 e já em 2014 os números são de 1,7 filhos por mulher. O estudo do IBGE aponta que no ano de 2010, os indivíduos da terceira idade equivaliam a 10% da população brasileira, cerca de 19,6 milhões de indivíduos. Mas dentro de 14 anos, a expectativa do IBGE, é de que os idosos representaram 18% da população, equivalentes a 41,5 milhões de indivíduos. Como medida de comparação, a quantidade de crianças de 0 a 14 anos no mesmo período de 2030, será menor que a de idosos, com 39,2 milhões de indivíduos, equivalentes a 17,6% da população. Em 2050 a previsão é de que os idosos passem a compor 29,3% da população, totalizando 66,5 milhões de pessoas, triplicando seus números em um intervalo muito curto de 40 anos. Estudos realizados pelo IBGE entre 2004 a 2014, revelaram também, que o índice de crescimento da população de idosos no país varia de região para região. Dentro desse período a região com menor índice de crescimento foi a Região Norte, onde em 2004 a taxa era de 6,2% aumentando para 9,1% em 2014. Em contra partida a Região Sul passou de 10,4% em 2004 para 15,2% no ano de 2014. A Região Sul ultrapassa a média nacional de 2014 com 13,7%. Mesmo possuindo o menor índice, o Norte ainda apresenta uma alta taxa de violência contra o idoso que cresce a cada ano. Só na capital, Manaus, em 2014, de acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), foram registrados um total de 6.265 casos; no ano seguinte, 2015, foram 9.313 casos, um aumento de 27,9%. O que inclui furtos, ameaças, roubos, pertubação da tranquilidade, abuso financeiro, extorsão, agressão física e psicológica, maus tratos e abandono. Sendo o abandono do idoso o foco da peça criada, com o intuito de chamar a atenção da população manauara, por ser um dos crimes mais silenciosos cometidos. O órgão em destaque da campanha, produzida por alunos do IFAM, é a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (DECCI), que compõe a rede de atendimento à terceira idade na cidade de Manaus. Com destaque também, para o Disque Direitos Humanos, o disque 100, que é pouco popular na cidade, mas que também atende casos de idosos em situação de risco. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na primeira instância a peça era oriunda de um álbum seriado, composto de 10 peças, sendo que uma das peças deveria ser criada pela equipe, as outras 9 peças foram catalogadas através de pesquisas em sites com campanhas voltadas a terceira idade. Todas estas foram analisadas com um olhar semiótico. Todas as peças eram referentes a questões sociais, de saúde pública e de gênero. Os dados foram obtidos através de pesquisa bibliográfica e documental. No primeiro momento os dados referentes a demografia brasileira foram retirados de estudos recentes, realizados pelo, já apresentado anteriormente, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estudos estes que apontaram uma alta taxa de crescimento da população de idosos nas últimas décadas, promovida pelo aumento da expectativa de vida do brasileiro, e que se manterá em crescimento nas próximas décadas. Também foram pesquisados portais online como o G1 (Amazonas) e D24AM (Amazonas) que publicaram os dados sobre os crimes cometidos contra o idoso da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), referentes a capital Manaus, dos últimos 3 anos, que indicavam um crescimento no número desses crimes. Dessa constatação percebeu-se a necessidade da realização de campanhas que tratem deste tema pouco discutido pelos meios de comunicação de maneira mais efetiva. Um estudo fora realizado quanto aos direitos dos idosos em nosso país. Que é uma ramificação do Direito da Família, tratado nos seguintes institutos: Constituição Federal do Brasil de 1988, Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993), Política Nacional do Idoso (Lei 8.842, de 04 de janeiro de 1994), Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 01 de outubro de 2003) e Código Civil. (Karam, 2014) Com foco no Estatuto do Idoso, que garante cuidado a pessoa idosa por parte da família, explícito em seu artigo 3°, parágrafo único, inciso V, inscritos a seguir: (Karam, 2014) Art. 3º  É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: V  priorização do atendimento ao idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam, ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência. Ficam claro os deveres familiares básicos, como direito a vida, saúde, alimentação, dignidade, etc. Sendo estes componentes essenciais para o bem viver como indivíduo, assim como em comunidade. Outro ponto importante que, muito tem relação com este paper, está no parágrafo único, inciso V, quando trata dos cuidados ao idoso por parte, prioritariamente, da família em garantir um envelhecimento saudável e somente em segundo momento, quando não houver condições básicas de promover uma assistência dentro das necessidades de sobrevivência do idoso, buscar o atendimento asilar. Infelizmente muitas famílias, principalmente os próprios filhos, invertem a questão, deixando seus pais na porta de asilos, assim que este começa exigir uma atenção maior, devido a idade ou por motivos de saúde, esquecendo de suas obrigações. Outro ponto curioso encontrado é a existência do abandono afetivo que pode ser relacionado a ausência de amor. No entanto como explica Nassarala: O amor e o afeto, ao contrário, são sentimentos humanos, que não podem ser exigidos, [de forma que seu inadimplemento gere direito à indenização]. Na verdade, ontologicamente, não são obrigações, mas deveres morais e éticos a que a lei comina pelo descumprimento também da mesma reprimenda, qual seja o afastamento do vínculo jurídico parental. Na verdade, o abandono afetivo não pode ser indenizado por não ter cunho obrigacional, por constituir o afeto, um sentimento humano. Vale ressaltar: O Estatuto do Idoso, em seu artigo 3º, parágrafo único, inciso V, conforme explicitado anteriormente, assegura o direito à convivência familiar, sendo essa uma obrigação de assistência imaterial que os filhos têm para com seus pais. Os idosos, ao serem abandonados em asilos e privados do convívio com os seus, são acometidos de vários sentimentos negativos como rejeição, tristeza, angústia, saudade, gerando várias doenças e causando a diminuição dos anos de vida. (Karam) O cuidado com o idoso é uma questão de dever recíproco dos membros da família, ponto abordado pela peça criada. Como instituto de destaque neste trabalho, foi escolhido a DECCI, delegacia do idoso, por ser a instituição mais atuante na cidade de Manaus, e oferecer todo apoio necessário as vítimas, mas que possui pouca visibilidade nas mídias. Como imagem principal, foi escolhida uma fotografia de Antonio Pedro Santos, realizada no ano de 2015. Que fez uma série de fotos com diversos idosos em lares diferentes, documentando versões distintas quanto a viver em asilos, por parte dos residentes e os motivos que os levaram até ali. Seu trabalho, referência para este paper, fora publicado na revista Zoom// e no jornal online, Jornal  i , em 14 de dezembro de 2015 com o título: Lares de idosos. Histórias de amor e tristeza de quem espera o último dia. Neste trabalho ele mostra a vida diária, quase sempre repetitiva dos residentes, que esperam cada uma do seu modo o último dia. Após todo o levantamento de dados, deu-se a criação da peça direcionada a um público específico, neste caso jovens e adultos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça criada, como explicitado anteriormente, tem o intuito de promover a conscientização da sociedade manauara para com os membros da terceira idade. Logo, todos pontos da peça foram criados de maneira cuidadosa desde a fotografia, o contraste das cores, o título, a fonte, e a visibilidade dos órgãos públicos. Tudo para persuadir o receptor com a mensagem. A imagem principal retrata uma mulher da terceira idade residente de um asilo, deitada em uma cama hospitalar com olhar distante. A escolha da foto se deu através da utilização da Semiótica, campo de estudo dos signos, desenvolvida por Charles Sanders Peirce, que a seguir define o signo: "Um signo, intenta representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto implica que ele afete uma mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é mediatamente devido ao objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o signo, e da qual a causa mediata é o objeto, pode ser chamada o Interpretante". (Santaella) Santaella sintetiza a definição de signo da seguinte forma:  o signo é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto . A fotografia em questão, é um signo que representará alguma coisa para alguém. O que essa coisa significará, dependera da carga sociocultural de cada indivíduo. Quanto a fotografia, Peirce afirma: "O fato de sabermos que a fotografia é o efeito de radiações partidas do objeto, torna-a um índice altamente informativo". E através da alta carga de signos carregados pela peça, buscou-se persuadir o receptor da mensagem, ou interprete, para uma mudança de atitude e comportamento. Para Santaella Apud Kotler (1992, p. 381),  a comunicação persuasiva acontece quando um emitente conscientemente desenvolve sua mensagem no sentido de atingir um efeito calculado sobre a atitude e/ou no comportamento do público visado . Para alcançar os objetivos propostos, a produção da peça se deu baseada na Teoria da Probabilidade de Elaboração, onde a persuasão se desenvolve por dois sentidos mentais, a rota central e rota periférica da persuasão. No campo da rota central, busca-se envolver o indivíduo com os argumentos primários, baseados na emoção e na mensagem. Com base na emoção, podemos relacionar o título, que pretende gerar no indivíduo uma reação emocional positiva, ao relacionar a mensagem do titulo:  Quem coloriu a sua vida de alegria não merece dias cinzentos , com alguma experiência pessoal, que o leve a tomar uma atitude favorável a ideia do anúncio. É uma frase onde o eufemismo, figura de linguagem predomina, substituindo termos mais diretos como,  quem te deu uma vida feliz e  não merece ser abandonado ; por termos mais agradáveis como,  coloriu sua vida de alegria fazendo remeter a brincadeiras de colorir entre pais e filhos, e  não merece dias cinzentos ligados ao abandono na velhice. Ideias opostas na mesma frase, capazes de criar dissonância cognitiva entre a nostalgia de dias agradáveis do passado e o sofrimento com a solidão no fim da vida. Já com base na mensagem, a persuasão ocorre com o reconhecimento dos órgãos que lidam dos crimes contra os idosos, levando o indivíduo a refletir sobre o abandono do idoso e suas consequências. No campo da rota periférica, estão os elementos distintos dos argumentos primários, que neste caso são: a fotografia de uma mulher idosa, o destaque do retrato em cena e as cores. Na fotografia, o local é um asilo para idosos. Muitos desses locais estão estigmatizados como locais específicos para o fim da vida. Já que por vezes a morte civil dos idosos residentes já está decretada. O semblante da mulher não está fixo em nada específico, aparentando estar em um pensamento distante, sinais comuns de depressão, decorrentes da solidão e abandono dos familiares. O fato de estar deitada, remete não apenas ao descanso, mas aos idosos que sofrem com algum tipo de doença, que pode dificultar sua mobilidade fazendo-se necessária a ajuda constante de enfermeiros, ou mesmo anula completamente a sua mobilidade. Obrigando o paciente a ter todas as necessidades básicas realizadas no próprio leito. O retrato destacado, contém a foto da idosa com um neto, representando um momento de alegria do passado, em contraposição total com a situação atual expressada pela idosa. A cor usada para destacar o retrato foi um tom suave de vermelho, que segundo (Eva Heller) representa todas as paixões, boas ou más. O vermelho se destaca entre as demais cores é a cor da força, da atividade relacionada a agressividade; simboliza em muitas culturas o sangue que está ligado à vida. É a cor do proibido, do perigo, da juventude. O vermelho foi usado para contrapor a cor espacialmente dominante que é o cinza. Eva Heller afirma: O cinza é uma cor sem força. No cinza, o nobre branco está sujo e o poderoso preto está enfraquecido. O cinza não é o meio-termo dourado, é simplesmente medíocre. O cinza é o velho, sem nenhum embelezamento. O cinza é fraco demais para ser considerado masculino, mas ameaçador demais para ser feminino. Não é quente nem frio. Não é mental nem material. Nada é decisivo no cinza, tudo nele é vago. O cinza é a cor sem caráter. Quando se nota o semblante da figura em cena, temos uma expressão de preocupação, que pode ser ligada ao ditado de que aqueles que se preocupam demais, ficam com cabelos grisalhos muito cedo. Cinza simboliza o mal tempo, um dia chuvoso, nublado. É a cor que destrói a alegria de viver, não é à toa que o carnaval termina na quarta-feira de cinzas, relembra Eva. Com todos os componentes reunidos, a peça visa a mudança de atitude dos indivíduos, que ocorrerá por meio de três estágios mentais: o cognitivo, quando o indivíduo se torna ciente da ideia trazida pelo anúncio; o afetivo, quando toda a carga sociocultural do indivíduo vem à tona culminando com uma avaliação sobre o anúncio e sua mensagem; o último estágio, o conativo, é proveniente da avaliação do anúncio, que resultará em uma ação favorável ou não a ideia a ser transmitida. Que neste caso é referente ao não abandono do idoso. Em nossa sociedade o idoso, o cabeça grisalha, está perdendo sua simbologia de experiência e sabedoria, sendo relegado por vezes a alguém sem valor social, um peso para a família. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com este trabalho, foi possível abordar uma tema nacional que ganha espaço na rotina do brasileiro, o aumento da taxa de crescimento de idosos em um país que ainda está em fase de desenvolvimento e que não está socialmente preparado para assegurar o bem viver desses indivíduos. Com isso, aumenta-se também o número de crimes cometidos contra essa população tão frágil, os dados apresentados como prova, pertencem a realidade dentro da cidade de Manaus, na região Norte, onde demograficamente comporta a menor porcentagem de idosos quando comparado com outras regiões. A criação da peça para representar tal realidade, baseou-se em teorias da persuasão para que a mensagem atinja o público-alvo, jovens e adultos, pelas rotas central e periférica de persuasão, além de um estudo psicológico das cores a serem devidamente utilizadas em cada ponto, com a meta de conscientizar estes indivíduos quanto ao tratamento dado a terceira idade que esta amparada por lei. Sendo dever não apenas da família, mas da sociedade como um todo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">LEAL, Luciana Nunes. População idosa vai triplicar entre 2010 e 2050, aponta publicação do IBGE. Estadão Brasil, São Paulo, 29 ago. 2016. Disponível em:< http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,populacao-idosa-vai-triplicar-entre-2010-e-2050-aponta-publicacao-do-ibge,10000072724 > Acesso em: 8 abr. 2017.<br><br>GONÇALVES, Suelen. Manaus registra mais de 2 mil crimes contra idosos em 4 meses, diz SSP. G1, Amazonas, 15 jun. 2015. Disponível em: < http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/06/manaus-registra-mais-de-2-mil-crimes-contra-idosos-em-4-meses-diz-ssp.html > Acesso em: 8 de abr. 2017.<br><br>MARQUES, Isabelle. Manaus registra mais de 2 mil crimes contra idosos em quatro meses. D24am, Amazonas, 15 jun. 2016. Disponível em: < http://new.d24am.com/noticias/amazonas/manaus-registra-mais-2-crimes-contra-idosos-quatro-meses/153625 > Acesso em: 8 abr. 2017.<br><br>KARAM, Adriane Leitão. O ABANDONO AFETIVO DE IDOSOS POR SEUS FILHOS E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Disponível em: < https://www.faculdadescearenses.edu.br/revista2/edicoes/vol7-1-2014/artigo1.pdf > Acesso em: 7 abr. 2017.<br><br>BRAGA, Sonia Faria Mendes; GUIMARAES, Ludmila de Vasconcelos Machado; SILVEIRA, Rogério Braga; PINHEIRO, Daniel Calbino. As políticas públicas para os idosos no Brasil: a cidadania no envelhecimento. Disponível em: < https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/171 > Acesso em: 7 abr. 2017.<br><br>SOUZA, Jacy Aurélia Vieira de. Violência contra os idosos: análise documental. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n3/a04.pdf > Acesso em: 9 abr. 2017.<br><br>SALVADOR, João. Rotas de Persuasão na Propaganda Impressa de Produtos e Serviços: um estudo comparativo. Disponível em: < http://faculdade.pioxii-es.com.br/anexos/Sapientia08/Artigo_Rotas_Persuasao.pdf > Acesso em: 11 abr. 2017.<br><br>HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. Dísponível em: < http://lelivros.space/book/baixar-livro-a-psicologia-das-cores-eva-heller-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/ > Acesso: 11 abr. 2017.<br><br>SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. Disponível em: < http://lelivros.space/book/baixar-livro-o-que-e-semiotica-lucia-santaella-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/ > Acesso em 11 abr. 2017.<br><br>SANTOS, António Pedro. Lares de idosos. Histórias de amor e tristeza de quem espera o último dia. Jornal  i , Portugal, 14 dez. 2015.Disponível em: < https://ionline.sapo.pt/artigo/490502/lares-de-idosos-historias-de-amor-e-tristeza-de-quem-espera-o-ltimo-dia?seccao=Portugal_i > Acesso em 6 abr. 2017.<br><br>http://www.antoniopedrosantos.pt/biografia.html<br><br> </td></tr></table></body></html>