ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00666</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Campanha Publicitária Museu da Imagem e do Som do Pará: projetando novas memórias</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Erick Stephan Freitas da Silva (Faculdade Paraense de Ensino); Watson de Sousa Costa Junior (Faculdade Paraense de Ensino); Danilo Miranda Caetano (Faculdade Paraense de Ensino)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;MIS-PA, Museu Audiovisual, Comunicação, Campanha Publicitária, Cultura</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho a seguir discorre sobre uma campanha publicitária para o Museu da Imagem e do Som do Pará (MIS-PA) desenvolvida por ocasião da realização do Projeto Experimental (PREX) de conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda, na Faculdade Paraense de Ensino, em Belém do Pará. As iniciativas sugeridas pretendem sugerir uma ideia de reformulação para o MIS-PA, expressa no briefing da campanha. Museu que atualmente possui diversos problemas em sua comunicação institucional, gerenciamento da marca, (ausência de) sede própria e variedade de programação. Objetiva, portanto, construir um novo posicionamento para este museu que passaria a ser um espaço aberto à visitação, interativo, descontraído, contemporâneo e atuante nas novas arenas comunicacionais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Museu da Imagem e do Som do Pará (MIS-PA) é uma instituição museológica que atualmente faz parte do Sistema Integrado de Museus (SIM) da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT-PA). Idealizado pela escritora e jornalista Eneida de Moraes, foi criado em 1971 com o objetivo de salvaguardar a memória da região através dos registros audiovisuais aqui produzidos. O acervo é composto por fitas cassetes, CD s, DVD s, Betacam, fitas de rolo e vinil, coleções de artistas como Waldemar Henrique, Altino Pimenta e cineastas locais como Líbero Luxardo e Milton Mendonça, entre outros. Possui ainda áudios de palestras, curtas-metragens, depoimentos de personalidades políticas, registro músicais e sonoros do folclore regional. Apesar do vasto acervo audiovisual e fonográfico atua com diversos problemas relacionados à sua divulgação, localização, gestão da marca, programas de incentivo das plataformas de imagem e som entre outros. Além disso, também não oferece atendimento ao público em geral, limitando a visitação apenas a pesquisadores mediante agendamento prévio. É incontestável que o MIS é (ou deveria ser) um dos museus mais importantes da região, e isso não apenas por seu grande acervo preservado, mas pela memória registrada capaz de promover o diálogo entre passado, presente e o futuro que eles (passado e presente) apontam. Os tempos de agora exigem inovação e criação de vínculos mais fortes e duradouros entre marcas e consumidores, especialmente considerando o púbico mais jovem. Catalogar as artes e manifestações contemporâneas, ousando mais em suas programações e exposições para torna-las ainda mais atraentes e interativas, talvez possibilite ao MIS-PA tornar-se efetivamente um lugar de sociabilidades e compartilhamento de cultura e lazer dentro da cidade de Belém. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A campanha objetiva divulgar o novo conceito definido para a marca MIS-PA. Um posicionamento que passa a refletir a missão do Museu como agente preservador das diversas manifestações audiovisuais-culturais do Estado, mas que não mais negligencia a produção e o público contemporâneos. Um museu menos rígido, interativo e aberto ao público em geral. Ideia, finalmente, que pretende posicionar o MIS-PA como um museu vivo, em constante movimento, capaz de promover diálogos entre temporalidades e públicos diferentes. Por isso a necessidade da criação de uma identidade visual que reflita o novo conceito e as novas estratégias de atuação do Museu e que seja capaz de conferir unidade aos conteúdos divulgados nas várias plataformas de contato com o seu público: TV, Jornal, Internet e o seu próprio espaço físico. As ações de comunicação, portanto, foram pensadas considerando a utilização de elementos familiares ao espectro de público pretendido (pessoas comuns, pesquisadores, estudantes e profissionais da comunicação), mas sempre de olho no novo conceito moderno e contemporâneo do MIS-PA. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho se justifica exatamente por pensar que museus de nada servem se não para formar um organismo dinâmico em conjunto com a sociedade e seu tempo. Sugestão que parece fazer muito mais sentido para um museu que se diz  da imagem e do som . Além disso, no ano de 2016, o MIS-PA completou 45 anos de existência. Uma ótima oportunidade para se reinventar. A opção por este projeto deriva também de nossas atividades e afinidades relacionadas ao universo do design gráfico, audiovisual, artes em geral e cultura. Fato amplificado pela experiência como estagiários de 2014 a 2016, no Departamento de Editoração e Memória (DEM) da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA), que trata da criação de materiais que divulgam as atividades dos órgãos vinculados àquela secretaria tais como espetáculos teatrais, pontos turísticos, museus, dentre outros, além de incentivar e também promover diversas outras manifestações culturais. Foi a partir dessa experiência que tomamos conhecimento da existência do MIS-PA e consequentemente de seus problemas. Percebemos que a maneira escolhida pelo Museu para preservar e gerenciar o acervo audiovisual paraense, acabava posicionando-o dentro de uma perspectiva que associa museus a lugares tediosos, cheios de regras, preocupados apenas com a  segurança do ambiente e do acervo. O fato é que este tipo de concepção parecia tornar inimaginável um museu lotado com gente de todos os tipos, idades, classes sociais, interagindo com as programações e obras, tirando selfies e à vontade para compartilhar e trocar experiências e conhecimento umas com as outras. Através da campanha publicitária pretendemos justificar que o MIS possui um grande potencial como instituição cultural para promover diversas formas de diálogos e reflexões, através do uso das tecnologias e incentivo a produções midiáticas. O Museu, assim como outros da sua categoria em diferentes Estados, pode contribuir para o turismo na cidade fazendo parte de um circuito maior, com programações e atividades não só para o público local, mas ampliando o perfil e o espectro de visitantes. Por conseguinte, influenciar na economia, na geração de empregos e no fomento da cultura paraense. Com uma identidade bem trabalhada, acreditamos, o MIS poderá ter um perfil sólido e sua imagem será projetada através da sua marca. É valido frisar que apesar dos 45 anos de existência do Museu, ele ainda não possui um posicionamento claro na cena cultural da região. Kotler e Keller (2006) definem posicionamento como a projeção da imagem da empresa ou instituição presente em um lugar diferenciado na mente do consumidor. Os autores complementam dizendo que  um bom posicionamento de marca ajuda a orientar a estratégia de marketing, esclarecendo a essência da marca, que objetivos ela ajuda o consumidor a alcançar e como faz de maneira inconfundível (KOTLER; KELLER, 2006, p. 305). O resultado disso deve se refletir em um motivo convincente para que o público consuma determinado produto ou serviço. Algo ainda não foi alcançado pelo MIS-PA, considerando os resultados das pesquisas realizadas para este trabalho, relacionados ao perfil e quantidade de visitantes do museu.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na primeira etapa da nossa pesquisa, ainda na fase exploratória, buscamos dados secundários encontrados nos canais de divulgação do MIS-PA, site da Secretaria de Cultura do Estado do Pará, em material jornalístico digital disponível nos sítios dos principais jornais paraenses e através da pesquisa bibliográfica realizada sobre temáticas relacionadas à cultura, imagem e representação, contemporaneidade, posicionamento de marca e outras ferramentas e conceitos de marketing. Em 13 de março de 2016, em meio as nossas pesquisas, saiu uma nota no portal Agência Pará informando que o MIS-PA finalmente ganharia um espaço próprio, em um dos prédios históricos de Belém, o Palacete Faciola. Fato transformado em peça fundamental para elaboração da campanha. A nova sede era perfeita para as estratégias de atuação propostas (o lugar, maior, permitia) e, portanto, para a recondução da marca para o lugar planejado. Precisávamos, contudo, de um referencial importante. Um museu da mesma categoria que pudesse servir de base e referência para as novas propostas de atuação do MIS-PA. Vimos no Museu da Imagem e do Som de São Paulo essa possibilidade. Rapidamente partimos para estudá-lo, pesquisá-lo, (inclusive indo até São Paulo conhecê-lo e com o seu diretor conversar/entrevistar), transformando-o em nosso benchmarking para o projeto. De acordo com Magalhães e Sampaio (2007, p. 112): Benchmarking é o processo de identificar, compreender e adaptar práticas proeminentes das organizações para ajudar a melhorar o desempenho da sua organização. É uma atividade que olha para fora, afim de encontrar as melhores práticas e os desempenhos mais elevados, para compará-los às suas operações de negócios com os mesmos objetivos. Voltando ao MIS-PA, fizemos uma análise do ambiente externo e interno do Museu para compreendermos e identificarmos possíveis oportunidades e ameaças ao projeto de reposicionamento da marca. Fatores como demografia, situação política e econômica, tecnologia, consumo cultural e ambiente social foram exaustivamente analisados para balizar as decisões estratégicas em comunicação e marketing. Foi possível entender, por exemplo, que o cosumo cultural no Brasil se dá de forma desigual principalmente quando comparamos a região Norte e Sudeste do país, além é claro, de fatores como escolrização e segurança. Autores como Silva, Araújo e Souza (2007) apontam dados do IBGE de 2002-2003 e afirmam que a região Sudeste do Brasil representa quase a metade do consumo cultural do país. Além disso percebemos as dificuldades de inserção de atividades culturais em comparação com outros museus do país, muitas vezes causada pela falta de verba governamental. Para entender o ambiente interno do Museu, visitamos o evento  Projeção Comentada: intérpretes da paisagem amazônica no acervo do MIS - Coleções Giovanni Galo e Líbero Luxardo" seguindo a programação da 14° Semana de Museus pelo IBRAM, o qual comemora o Dia Internacional de Museus (18 de maio) com uma programação em 1.236 museus em todo país. Este evento se mostrou fundamental para a percepção dos problemas de comunicação do MIS-PA. A presença quase que inexistente de público no evento foi impactante. Percebemos ainda que mesmo o público de pesquisadores (talvez o público prioritário atualmente) parecia desconhecer outras atividades e eventos promovidos pelo Museu (eventos e palestras geralmente ocorrem dentro do espaço dos outros museus do SIM por conta da falta de sede própria. Por isso a importância da mudança para o Palacete Faciola). Estranhamente o MIS-PA, ainda hoje, não disponibiliza nenhuma programação específicamente relacionanda a conteúdos audiovisuais contemporâneos, interativos. Sua comunicação, que é prioritariamente feita a partir de mídias sociais como Facebook e Youtube, reflete isso e sofre por não haver conteúdo suficiente para promover, dando a esses espaços um ar sempre desatualizado que é reforçado por um conceito visual desarmonioso e pouco dinâmico. Também ressaltamos que o fato do Museu usar somente as mídias sociais como meio de comunicação, acaba limitando a divulgação de eventos ou programações somente para o público que está na internet. As inserções das mídias de massa também seriam fundamentais para um alcance ainda maior do público. O Museu possui um vasto acervo de registros importantes para a memória do Estado do Pará, todavia sua limitação de acesso ao conteúdo o desfavorece, fazendo com que a difusão do material não exista e a preservação dele algo literalmente (no pior sentido do termo) museificado. E exatamente pelo exposto consideramos importante a necessidade de ressignificação da sua imagem como uma proposta que possibilite a difusão do seu acervo junto à sociedade, favorecendo a construção de pontos de contato com um público mais amplo e com artistas da nova geração. Ou seja, o Museu precisaria de um perfil em sua comunicação que refletisse essa nova fase proposta no projeto de reconstrução. De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 186)  associações de marca consistem em todos os pensamentos, sentimentos, percepções, imagens, experiências, crenças, atitudes, e assim por diante, ligados ao nó da marca . Na visão do nosso projeto, no briefing definido, o MIS-PA precisaria se movimentar. E isso tanto na sua programação, em suas exposições, quanto em sua comunicação. A campanha de lançamento do novo posicionamento, da nova marca, deveria evocar essa nova fase do Museu, agora um espaço dinâmico capaz de fazer parte também da vida das pessoas, ao novo.  Um novo museu, novas experiências, novas memórias foi o slogan escolhido para representar de maneira abrangente o novo posicionamento do Museu. O slogan criado sugere tanto a mudança de local, sua reabertura como um espaço rejuvenescido ( Um novo museu... ), quanto o conceito de interatividade, de espaço aberto ao diálogo e promoção de novas sociabilidades ( Novas experiências... ). Tudo isso a construir  Novas memórias , novas formas de rememoração (para o público e para o acervo do museu) baseadas também na produção contemporânea, nas experiências atuais de comunicação. Finalmente um posicionamento que vendesse um museu da imagem e do som vivo em sua forma de atuar/existir e comunicar. Para isso a nova marca do Museu da Imagem e do Som do Pará precisaria ser composta por elementos capazes de unir simbolicamente as memórias audiovisuais paraenses à contemporaneidade, sugerindo um Museu em movimento, aberto ao público e às novidades. Na produção do seu logotipo as cores e tipografia foram escolhidas estrategicamente para remeter ao novo conceito. Deste modo, para a composição da nova marca foi selecionada a cor vermelha por transmitir energia e ação, além de ser esta a cor predominante na bandeira paraense. A tipografia utilizada na construção do novo logotipo foi a Arial Rounded MT Bold, por apresentar letras arredondadas que sugerem movimentos circulares constantes, apontando o novo conceito do Museu  um espaço onde há circulação de memórias temporais distintas. As áreas em sobreposição (interseção) na tipografia, principalmente nas letras  M  e  S , sugerem a ideia de spot de luz, aqui associado à ideia de apresentação, espetáculo, novidade, brilho e à própria natureza da imagem (que é formada pela passagem da luz). As letras  I , por sua vez, sobrepostas, representam o efeito de vibração sonora (conceito chave da atividade do museu) e de movimento constante que reverbera tanto os conteúdos e ações do museu, quanto a resposta do público às novas experiências. Reverberação que se espera transformada também em repercussão (em mídia espontânea) nos ambientes comunicacionais tradicionais (rádio, jornal e televisão), mas também nas redes sociais através do compartilhamento dessas experiências por parte do público visitante.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em relação a campanha, a mesma foi pensada em dois momentos levando em consideração também a possibilidade do Museu estar funcionando no prédio histórico Palacete Faciola, como foi mencionado anteriormente. A primeira etapa da campanha está voltada para o institucional, na qual a foco é a divulgação do novo conceito e marca do Museu. Nesta fase foram criados materiais para as mídias sociais Facebook, Instagram, Twitter e YouTube e também para as mídias de massa, tradicionais, TV e Jornal, além de materiais de positivação e divulgação dentro do ambiente do museu como cartazes, banners e folders. As mídias escolhidas, é preciso dizer, foram pela necessidade expressa no briefing de se buscar o diálogo entre os vários públicos e também pela importância do Museu. Uma reconfiguração tão grande em suas atividades precisava ser expressa também em sua divulgação. Na segunda fase da campanha o foco passa a ser a comunicação das novas atividades e programações do MIS-PA, sobretudo seu conteúdo interativo e sensorial. Como exemplo delas, considerando obiviamente que MIS-PA já estaria estabelecido em sua nova sede, uma exposição sensorial, temporária, sobre a obra literária de Walcyr Monteiro ( Visagens e Assombrações de Belém ), com ambientações baseadas nas lendas conhecidas da população paraense, seria realizada para demarcar a reabertura do Museu. Dessa forma o público visitante teria a chance de conhecer as novas atividades e propostas do MIS. Na divulgação da exposição seriam utilizados os mesmos veículos de comunicação da primeira etapa da campanha, além de uma ação promocional específica que será descrita a seguir. 5.1 Divulgação da exposição: ação com vídeo mapping A ação tem como objetivo divulgar a exposição de reinauguração do Museu e será realizada através da técnica do video mapping. Martins (2014, p. 52) entende o video mapping como um caso de utilização de uma possibilidade técnica, mas que logo depois: Começou a ser visto como um suporte artístico, assim como de transmissão de mensagens específicas. Deste modo, pode-se afirmar que o Vídeo Mapping, tem vindo a ser adotado, por disciplinas como o Design, o Marketing ou o Branding. (MARTINS, 2014, p. 52) A técnica de video mapping, ou projeção mapeada, como também é chamada, consiste no mapeamento de elementos tridimensionais em qualquer superfície de escala arquitetônica, além de objetos ou produtos, resultando em cenários digitais com as animações criadas. As animações são feitas em design 2D até 5D, podendo oferecer apresentações interativas. A ideia é que as projeções cativem a curiosidade do público e sinalizem a opção do MIS por aderir a novos tipos de mídias e diálogos. Sendo assim, através do video mapping, serão exibidos anúncios e imagens-conceito sobre a reabertura do Museu. A projeção será realizada em alguns pontos da cidade, como no bairro da Cidade Velha (onde ficam concentrados a maior parte dos museus que integram o SIM) e próximo a instituições de ensino superior que ofereçam cursos relacionados a Fotografia, Cinema, Artes Visuais, Publicidade e Propaganda e Museologia, para atingir parte do novo público pretendido, no caso, jovens e estudantes universitários. Toda ação deve ser registrada e publicada em vídeo nas mídias sociais do Museu, exibindo a experiência e a reação das pessoas. O intuito é que o conteúdo seja compartilhado pelos internautas, ampliando a visibilidade da nova marca. 5.2 Peças: comunicação digital Para as mídias sociais, na primeira fase da campanha, consideramos fundamental publicações com conteúdo institucional. Todas as peças devem ter um padrão organizado e refletir a identidade visual do MIS-PA, obedecendo às cores, tipologias, formatos e limites de textos. Técnicas que evitam conferir aparência poluída aos materiais. Os anúncios terão elementos gráficos e imagens que sugerem o diálogo entre passado e presente, uso das tecnologias e movimentação de memórias. Para a segunda fase da campanha produzimos um layout que servirá também como base para outras postagens similares do Museu (divulgação de atividades, programações, eventos etc). O exemplo trazido, lembramos, inspirado no livro  Visagens e Assombrações de Belém . A ideia é que as postagens sempre tragam elementos visuais que remetam às próprias obras e ações divulgadas para rapidamente gerar compreensão e curiosidade por parte dos internautas. Em relação ao plano de postagens é necessário que as publicações sejam frequentes para gerar conteúdo e interação nas suas contas virtuais, por conta disso talvez seja fundamental usar a estratégia de  posts patrocinados , para facilitar o alcance das postagens. Sugerimos também que o Museu possua uma plataforma para fornecer informações mais detalhadas sobre seus serviços. A criação de um website facilitará ainda mais sua comunicação, dando maior credibilidade às divulgações. Cada mídia social terá um direcionamento específico, o Facebook deverá seguir um roteiro de planejamento de mídia semanal, com conteúdos relacionados à sua programação, acervo, pesquisa, curiosidades, convites para exposições, sugestões audiovisuais, entre outros. O Instagram focará no compartilhamento de imagens fotográficas de exposições, eventos, homenagens a artistas etc. O Twitter terá função preferencial de compartilhamento de postagens do site oficial, vídeos do canal do YouTube, convites para exposições e eventos, etc. 5.3 Peças: material impresso e mídia de massa As peças impressas, assim como os materiais digitais, também seguirão com os mesmos layouts para ter unidade na comunicação do novo MIS e da exposição. Foram produzidas peças de jornal, folder, banner, cartaz e livreto. Esses materiais mais tradicionais também terão um diferencial que cativem o público da mesma forma que as mídias digitais. Os anúncios irão conter um código QR para que o leitor seja redirecionado ao novo site oficial e obter mais informações sobre toda a programação e atividades que envolvem a campanha. Em relação aos folders, produzimos um modelo sobre a exposição de Walcyr Monteiro que deve apresentar informações detalhadas sobre a exposição. Para o livreto institucional (falando do novo conceito do MIS-PA) foi criado um modelo de capa, verso. Na capa apresentamos o conceito da campanha de lançamento da nova marca. Para a mídia de massa, mais especificamente para os anúncios de jornal, foram criados três modelos, sendo dois com conteúdo institucional e um para divulgação da exposição, todos com tamanho de meia página. Em relação ao comercial de TV, apresentamos dois storyboards para ilustrar como cada vídeo deveria ser produzido. Os comerciais teriam 30 segundos de duração e cada storyboard apresenta a descrição e sugestão para cada cena. O primeiro versa sobre a divulgação institucional do MIS, etária inserido na primeira fase da campanha. O segundo seria para a divulgação da exposição do Walcyr Monteiro e reinauguração oficial do Museu. E finalmente, como suporte a todas essas atividades e ações de comunicação, consideramos necessário o serviço de Assessoria de Imprensa para o Museu. Deste modo, seria possível amplificar seus canais de comunicação através de sugestões de pauta para veículos impressos e televisivos, em seus cadernos, seções e programações culturais. Também, é claro, no meio virtual em portais de notícias, agendas culturais e mídias sociais. A ideia é utilizar a assessoria de imprensa do próprio Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Cultura, integrando às estratégias de comunicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Este trabalho teve como objetivo a ressignificação do Museu da Imagem e do Som do Pará por conta de seus diversos problemas comunicacionais, gestão e estrutura. Devido a isso foi sugerido estratégias relacionadas a comunicação e programação, levando em consideração a possibilidade do mesmo ser reaberto no antigo Palacete Faciola em Belém. Acreditamos ser fundamental para museus na contemporaneidade certa adaptação às novas e atuais formas de comunicação, levando em consideração tais mudanças, para assim rever maneiras mais interativas de expor e compartilhar seus conteúdos. Essa interatividade também deve estar presente em sua programação e no próprio acervo, sendo uma maneira de manter o espaço vivo e sempre em movimento com a contemporaneidade. O Museu da Imagem e do Som do Pará certamente sofre por não poder expor seu importante acervo para público em geral, este que ao longo dos anos cada vez mais se distanciou do Museu que por sua vez parece não ter feito nada (e ainda na tem) para reconquistá-lo. Por fim, vale reforçar, que este trabalho procurou contribuir para ressignificação do MIS-PA. Conferindo-lhe um significado que jamais deveria ter sido a ele negligenciado desde a sua criação: o de construir conhecimento e promover diálogos entre temporalidades e públicos diferentes. Um museu vivo, dinâmico e interativo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ACÚRCIO, Catarina. Video Mapping  Projeção em qualquer superfície. Disponível em <http://www.onesmallstep.pt/blog/201/video-mapping-projecao-em-qualquer-superficie.html> Acesso em 25 mar. 2016<br><br>AGÊNCIA PARÁ. Redação. MIS ganhará primeira sede própria no seu 45º aniversário. Disponível em: <http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=122600>. Acesso em 22 mar. 2016.<br><br>DIÁRIO DO PARÁ. Museu da Imagem e do Som guarda história do Estado. Disponível em:< https://goo.gl/Vdi3z6>. Acesso em 28 fev. 2016.<br><br>FACEBOOK. Museu da Imagem e do Som do Pará/SIM/SECULT. Disponível em: <https://www.facebook.com/museudaimagemedosomPA>. Acesso em 28 fev. 2016.<br><br>IBRAM. Portal do Instituto Brasileiro de Museus. Disponível em: <http://www.museus.gov.br/>. Acesso em 25 mar. 2016.<br><br>KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2006.<br><br>MAGALHÃES, Marcos Felipe, SAMPAIO, Rafael. Planejamento de Marketing: conhecer, decidir e agir. Do estratégico ao operacional. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2007.<br><br>MARTINS, João Diogo Matos. VideoMaping, uma ferramenta pra o design de comunicação. Lisboa, 2014.<br><br>SILVA, Frederico Barbosa, ARAÚJO, Herton Ellery, SOUZA, André Luis. O consumo cultural das famílias brasileiras. In: IPEA (org.). Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas vol 2. Brasília: Ipea, 2007.<br><br>SECULT. Secretaria de Estado de Cultura do Pará. Disponível em: <http://www.secult.pa.gov.br/>. Acesso em 27 fev. 2016.<br><br>14ª Semana dos Museus - Museu da Imagem e do Som do Pará/SIM/SECULT Projeção Comentada: Intérpretes da paisagem amazônica no acervo do MIS - Coleções Giovanni Galo e Líbero Luxardo, 2016, Belém. <br><br> </td></tr></table></body></html>