ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00701</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;De TDAH a Z - Webdocumentário sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ronaldo Palheta da Silva (Universidade Federal do Pará); Edielson Vidal Shinohara (Universidade Federal do Pará); Lorena Emanuele da Silva Santos (Universidade Federal do Pará); Victória Ribeiro de Oliveira (Universidade Federal do Pará); João Lucas Muribeca Figueiredo (Universidade Federal do Pará); Monique Feio Igreja (Universidade Federal do Pará); Lorena Cruz Esteves (Universidade Federal do Pará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo digital, TDAH, Webdocumentário, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O webdocumentário De TDAH a Z é resultado da disciplina laboratorial de Jornalismo Digital e Novas Mídias, da Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolvido com a proposta de contribuir para um maior conhecimento da sociedade a respeito do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Além do enfoque para a difusão de histórias de pessoas portadoras do transtorno, o projeto retrata diversos aspectos do TDAH, possibilitando, de forma acessível, informações relevantes sobre diagnóstico e tratamentos. A plataforma utilizada foi o webdocumentário (PENAFRIA, 2014; GANTIER; BOLKA, 2011; SOUZA, 2015), à luz do conceito de interatividade (ROST, 2014) e hipermídia (KIKUTI, 2015). O produto alcançou números surpreendentes de visualização e compartilhamento nas redes sociais, em pouco tempo, demonstrando a importância da comunicação na difusão de temas como este. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que ocorre em 3% a 5% das crianças em várias regiões do mundo. Entre os principais sintomas estão desatenção, inquietude e impulsividade que podem acompanhar o indivíduo por toda sua vida em, aproximadamente, 75% dos casos. Barbosa (2001) afirma que crianças com TDAH são retratadas como estressadas, desmotivadas e desatentas em suas tarefas, sem força de vontade, além de se manterem agitadas em suas atividades. Por meio de análise desenvolvida pelo grupo sobre o histórico dos trabalhos apresentados na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) nos âmbitos regional e nacional, observou-se a ausência de trabalhos na área da Comunicação que proporcionem um debate mais aprofundado sobre as dinâmicas inseridas na vida de pessoas portadoras de TDAH. A escolha em abordar a temática apresentada, por meio de um webdocumentário, ocorreu devido à potencialidade multimidiática relacionada a este formato, que permite a utilização de texto, áudio, vídeo e imagem, além de incorporar a flexibilidade de tempo e espaço (SCHWINGEL, 2012) inerente à produção de conteúdo para a internet. De acordo com Penafria (2014) e em diálogo com Gantier e Bolka (2011), o termo webdocumentário, etimologicamente, é um neologismo que associa um meio, no caso, a internet, a um gênero, o documentário. A equipe que desenvolveu este trabalho mapeou pessoas portadoras do transtorno e profissionais que pudessem contribuir com a construção do projeto e optou por uma narrativa que pudesse abranger o assunto em diversos aspectos. Esta atitude demonstra a preocupação do projeto em debater os direitos de portadores do transtorno, estando para além de um trabalho de conclusão laboratorial e contribuindo para a formação dos membros da equipe como profissionais da comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo geral - Produzir um webdocumentário sobre histórias de pessoas portadoras do TDAH, abordando questões sociais e políticas relacionadas ao tratamento e às diversas formas de inclusão social desses indivíduos. Dessa forma, objetiva-se promover a visibilidade para debates sobre o panorama dos serviços públicos disponibilizados e o preconceito vivenciado, consequência da ausência de informação. Portanto, o intuito é tornar este produto não apenas um trabalho de conclusão semestral, mas uma ferramenta de luta pela garantia de direitos e respeito. Objetivos específicos - Promover o debate sobre a assistência e inclusão social de portadores do TDAH na sociedade, assim como a importância do diagnóstico completo; apresentar as descobertas, interações sociais, preconceitos enfrentados e as superações dos personagens, relacionadas às questões sociais, por meio dos tópicos: diagnóstico, relacionamentos e saúde, nos quais são apresentadas diversas formas de interação e experiências relatadas por seis personagens, ligados direta ou indiretamente ao transtorno. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De TDAH a Z buscou abranger a temática de forma ampla, do "início ao fim'', desde a definição do transtorno, fazendo uma analogia ao "abcdário". Desta maneira, o trabalho objetivou abordar o tema com profundidade, tornando-se uma fonte de informação aos portadores e seus familiares. Levando em consideração experiências pessoais de membros da equipe que possuem familiares e amigos portadores do transtorno, mostrou-se imprescindível a promoção do debate sobre o assunto de forma mais didática. Mesmo o grupo não tendo encontrado, como já citado, durante o levantamento de informações, trabalhos na área da Comunicação referentes ao TDAH, observou-se boas experiências em outras áreas como a Educação. Os trabalhos desenvolvidos pela professora Lynn Alves do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Jogos Digitais da Universidade do Estado da Bahia apresentam grande relevância. Nesse centro de pesquisa são elaborados trabalhos multimídia como gamebooks, uma espécie de mídia híbrida com características de jogo digital e appbook que, segundo Alves e Bonfim (2016), auxiliam no estímulo às funções executivas em crianças na faixa etária de 8 a 12 anos com diagnóstico de TDAH. A partir da relevância do tema e da necessidade de abarcar as múltiplas vertentes presentes na vida de portadores do TDAH, optou-se pela elaboração de um webdocumentário. Essa narrativa foi uma das que se constituíram para atender a uma nova demanda: um público com emergentes necessidades, que por meio da rapidez e mobilidade da internet fizeram com que as informações fossem acessadas na palma da mão, por meio de smartphones e tablets. Para Souza (2015), este formato não vem a ser uma nova forma de documentário, mas sim uma obra que dispõe de características específicas, sendo a principal delas a interatividade. Na busca por um jornalismo humanizado, De TDAH a Z objetiva traduzir informações básicas sobre o transtorno, contar histórias de vida de portadores, mostrar métodos alternativos de tratamento, além da importância da consulta com especialistas, compartilhar depoimentos com o público por meio de comentários e vídeos e estimular que portadores do transtorno relatem suas experiências pessoais relacionadas ao TDAH. Nesse sentido, é imprescindível facilitar o acesso a informações de diagnóstico e tratamentos, estimulando a conscientização social, capaz de informar, educar, modificar pensamentos e garantir direitos essenciais. O grupo acredita em um trabalho que ultrapassa os muros da Universidade, como forma de desenvolver um jornalismo comprometido com a sociedade, tornando-se uma relevante ferramenta para a quebra de preconceitos. Por meio do contato com os personagens, foi comum ouvir relatos de experiências negativas, algumas com caráter abusivo, de não compreensão, principalmente durante a infância e nos âmbitos escolar e familiar. O depoimento dos portadores pode ajudar muitas pessoas a compreenderem melhor as características do transtorno, como também estimular o diálogo junto a indivíduos que, por medo da rejeição, talvez tenham receio de falar e expor esse assunto. Assim, o formato webdocumental foi escolhido por "promover a integração entre os membros da comunidade retratada e desenvolver a cooperação entre eles, de forma a enriquecer os conhecimentos individuais e coletivos" (ZANDONADE; FAGUNDES, 2003, p.41) e o webdocumentário De TDAH a Z cumpre esse papel por meio dos relatos dos entrevistados Rodrigo Macedo e Gabriela Di Cavalcanti. O roteiro dos vídeos foi feito de acordo com o depoimento pessoal de cada um, valorizando o contexto em que estavam inseridos. Segundo Zandonade e Fagundes: " A importância do vídeo documentário enquanto mobilizador da sociedade, desenvolvido a partir da contextualização dos fatos, está evidenciado na valorização do aspecto pessoal, em que os indivíduos se fortalecem e depositam seus ideais e sonhos na expectativa de realizações próprias" (2003, p.43) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a escolha do tema, a equipe foi distribuída em funções, ficando uma parte responsável pelos produtos audiovisuais e os demais, pelos textos, spots e infográficos. A produção desses formatos visou proporcionar uma experiência mais completa ao público, podendo ter múltiplas possibilidades de construção da narrativa do webdocumentário. Na fase de pré-produção foi realizada uma pesquisa sobre o TDAH com levantamento de dados e possíveis entrevistados foram contactados. Também foi elaborada pesquisa bibliográfica a respeito do TDAH e do formato de webdocumentário. A partir disso, as entrevistas foram agendadas com cada personagem e um roteiro de perguntas foi feito. O tipo de entrevista adotado foi a semiestruturada, no qual há perguntas definidas a serem feitas, mas que dá liberdade para que, no decorrer da conversa, novas questões possam surgir e dar novos rumos à entrevista. De acordo com Boni e Quaresma: "As entrevistas semi-estruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto [...] Esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objetivos sejam alcançados" (BONI; QUARESMA, 2005, p.75). Além disso, todas as entrevistas foram realizadas mediante termo de autorização de uso da imagem assinado pelos participantes. Paralelamente à agenda de entrevistas, foram realizadas matérias textuais, que também compõem o webdocumentário. As temáticas das matérias tratam sobre o transtorno, serviços públicos que disponibilizam atendimentos e tratamentos alternativos; spots também foram gravados para explicar termos técnicos relacionados ao TDAH. Para a captação de imagens foi utilizada uma câmera Nikon D 7000, além de aparatos para a captação de áudio externo, como gravadores de voz e microfone boom, e iluminação. Na edição do material captado foi utilizado o programa Adobe Premiere Pro CS6 que dispõe de recursos necessários para a construção das narrativas de cada vídeo, como corte de vídeo e áudio, efeitos de transição de áudio e vídeo, possibilidade de sobrepor imagens e áudios, além da opção da qualidade desejada do vídeo durante a exportação. Estes recursos são característicos do webjornalismo que, segundo Canavilhas (2006), dispõe de conhecimentos técnicos, implicando na produção de conteúdos que possam coordenar tanto o processo de construção do produto final, quanto a equipe de produção. Ainda de acordo com o autor: "Na fase a que chamamos webjornalismo/ciberjornalismo, as notícias passam a ser produzidas com recurso a uma linguagem constituída por palavras, sons, vídeos, infografias e hiperligações, tudo combinado de forma a que o utilizador possa escolher o seu próprio percurso de leitura" (CANAVILHAS, 2006, p. 114). Por outro lado, também é importante destacar que, para a construção do trabalho, foi importante estar sob à luz de conceitos importantes como Hipermídia que Kikuti (2014), em artigo, aborda como principal característica da web, ressaltando sua capacidade em oferecer ferramentas para a produção webjornalística. "Entre essas ferramentas estão o uso de recursos interativos (possibilidade de comentários nas notícias, chats, fóruns, possibilidade de ajudar na construção da notícia a partir de áudio, vídeos, e textos vindos dos leitores e, principalmente, o compartilhamento de conteúdo em mídias sociais), hipertextos que permitem personalizar conteúdo e ao mesmo tempo enriquecer a notícia, destituindo-a de uma lógica de começo, meio e fim, e a aplicação de recursos multimidiáticos em meio digital, permitindo que texto, áudio, vídeo, infográficos, etc., se interrelacionem, complementando a informação central." (KIKUTI, 2015, p. 16). Por meio da leitura de trabalhos desenvolvidos pelos autores supracitados foi possível compreender e aplicar a linguagem que a equipe queria para a construção do De TDAH a Z e, a partir disso, conseguir delimitar o formato que mais se encaixaria aos anseios da equipe: webdocumentário. Webdocumentário No contexto da internet, no qual surgem novas narrativas, estabelece-se o webdocumentário, originado da associação de um meio de comunicação e interação recente, do ponto de vista histórico, com um formato tradicional de narrativa. Obviamente, o resultado disso moldou um formato que abrange outras formas de linguagem e interação comunicacional. Para Penafria (2014) o documentário não se define como algo estável e delimitado, mas sim como um formato de experimentação e a internet apresenta-se como palco dessa experimentação, podendo exercitar suas potencialidades de ferramentas, plataformas, conteúdos e narrativas disponibilizadas em um produto que exige o dinamismo da era tecnológica em que a atualidade está inserida. "E, por definição, o documentário é uma obra que opera e apresenta um recorte poético do mundo da vida, sendo composta por uma interface interativa que integra e relaciona elementos multimédia (como texto, imagem, som) e, eventualmente, elementos de comunicação (como fóruns ou chats). Por interface entende-se uma ligação, ou seja, o que nos permite aceder a um determinado conjunto de informação." (PENAFRIA, 2014, p. 23) Para Souza (2015), o formato não vem a ser uma nova forma de documentário, mas sim uma obra que dispõe de características específicas, sendo a principal delas a interatividade. Segundo o autor, mesmo tendo como suporte o aparato digital, o webdocumentário ainda mantém vínculos com o documentário tradicional na forma de criação da produção documental que ambos se baseiam. "O webdoc, enquanto concebido e produzido para a web, acarreta ainda certa divergência de interpretações para sua delimitação, tanto conceitual como estrutural, exceto no que concerne às características intrínsecas de não linearidade e interatividade, enquanto produção criativa  e sistematizada - pertencente a uma era de plena mutação das mídias no meio digital, no qual se captura uma parte da imagem, mas nunca a sua totalidade, tal a velocidade de impermanência da evolução tecnológica que vem definindo o nosso século." (SOUZA, 2015, p. 2) A relação que é construída em que o público é convidado a interagir requer suportes necessários e eficazes para que esse público possa usufruir de uma experiência plena do tema que está proposto ser debatido e dos diversos caminhos narrativos que o mesmo pode ser percorrido com um clique. A partir dessa concepção, o webdocumentário torna-se um formato que permite diálogo com esse novo paradigma provocando novas experiências. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Conteúdo do Webdocumentário  De TDAH a Z Por se tratar de um formato com múltiplas linguagens, foi proposto que, além da produção audiovisual, também fossem produzidos para o webdocumentário outros recursos, como textos, spots e infográficos, na busca por uma experiência mais completa. A obra está disponível na plataforma wix.com e possui uma fanpage na rede social facebook, na busca por um público diversificado e se propondo a trabalhar com uma linguagem específica para esse canal. O contexto em que o webdocumentário está inserido vem corroborar o conceito de interatividade difundido pelo formato e que Rost (2014) ressalta implicar em uma certa transferência de poder quanto à navegação, recuperação e leitura para o leitor que pode seguir diferentes rumos entre o conteúdo oferecido. 5.1.1 Site A plataforma utilizada para hospedar o webdocumentário foi um site próprio. O ambiente, além de possibilitar interações provenientes de outras plataformas, concentra um acervo de informações voltadas para o TDAH. O conceito do site foi integralmente voltado para o lúdico, utilizando imagens de páginas de papel, aquarelas e tipografias que pudessem deixar o ambiente mais receptivo. As separações silábicas, por exemplo, de cada título retomam a ideia de tentativa de se alcançar um padrão, algo que seria o  normal , muito presente nas falas dos entrevistados portadores de TDAH (Imagem 1 em anexo). O site se organiza com as seguintes abas: Home; TDAH; Personagens; Saúde; Atendimento público; Tratamento; Infográfico; Quem somos; Contato (Imagem 2 em anexo). Para isso, foram explorados alguns recursos midiáticos: sons, vídeos, textos, imagens paradas e em movimento. Todos os segmentos permitem ser compartilhados e comentados, ao final de cada aba. 5.1.2 Vídeos Os oito vídeos que compõem o webdocumentário têm, em média, três minutos de duração. Cada personagem principal (Gabriela Di Cavalcanti e Rodrigo Macedo), é apresentado em dois vídeos: um tratando sobre como foi o diagnóstico do transtorno e o outro sobre os relacionamentos interpessoais de cada um deles. Com Gabriela Di Cavalcanti foram gravadas entrevistas na Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA) e em sua residência localizada no Bairro do Parque Verde em Belém, onde também foi realizada uma entrevista com a mãe dela, Nelma Cavalcante. Com Rodrigo Macedo, as entrevistas foram realizadas no Complexo Cultural Vadião, localizado na UFPA e na Rádio Web UFPA, onde ele estagiou. No vídeo com o professor Áureo de Freitas, ele discorre sobre o Projeto Cordas da Amazônia e sobre a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia, integrados por pessoas diagnosticadas com TDAH. O depoimento do professor foi gravado tanto no Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA, quanto na EMUFPA. Para explicar o que é o TDAH e falar sobre o tratamento, foi realizada uma entrevista com o doutor João Paulo Nobre, que desenvolveu pesquisas a respeito do transtorno, no consultório em que ele atua no bairro da Pedreira, em Belém. O vídeo do youtuber Yuri Maia foi gravado por ele próprio em Brasília, onde mora. 5.1.3 Matérias Foram produzidas três matérias jornalísticas abordando o TDAH, cujos temas são: A relação das pessoas com o uso de medicamentos e psicoterapia, Serviços Públicos de Saúde para portadores da cidade de Belém e Tratamentos alternativos. Na matéria de tratamentos alternativos, o encaminhamento foi mostrar outras formas que a pessoa que possui o TDAH pode utilizar para otimizar o tratamento sem o uso de medicamentos. Um dos tratamentos é conhecido como ginástica cerebral, que estimula áreas do cérebro que são afetadas. Sobre os serviços públicos de saúde para portadores de TDAH, foram citados dois centros de tratamento psicológico e psiquiátrico gratuitos de Belém: A Clínica-Escola de Psicologia da UFPA e o Centro de Especialidades Médicas do Cesupa. Ambos oferecem tratamento especializado para crianças e adultos portadores do transtorno, por meio de requisição de um posto de saúde (para o Cemec) e triagem após inscrição (Clínica-Escola de Psicologia da UFPA). E, por fim, a reportagem sobre os medicamentos e psicoterapias mais utilizados pelos portadores, contendo a participação de três pacientes, Victor Peixoto, Grazielle Barbosa e Sandy Juliane, que tiveram um espaço de fala para dar seus depoimentos e relatar suas relações e rotinas com o tratamento. 5.1.4 Spots A ideia de gravar os spots surgiu a partir do desenvolvimento das matérias. O grupo notou que diversos termos técnicos são utilizados tanto por especialistas quanto pelos portadores de TDAH. Por isso, houve a preocupação com os leitores leigos no assunto que podem acessar o trabalho. O objetivo dos spots é esclarecer os termos técnicos. Enquanto a pessoa estiver lendo o texto, e, por acaso, não souber o que significa algum conceito, ela pode clicar na palavra e ter a oportunidade de ouvir a explicação. Essa alternativa se mostra importante, pois, desta forma, o público que o trabalho atingir poderá ter uma compreensão maior dos assuntos abordados nos textos também por meio da linguagem de rádio. De acordo com Silva (1999, p.12), o spot possui características específicas e  através dele pode-se observar a função de cada elemento constitutivo da linguagem radiofônica, assim como a lógica que rege a organização destes com a finalidade de sonoramente construir uma imagem do produto ou do serviço em questão . 5.1.5 Fanpage  Facebook Almejando uma maior divulgação do trabalho, foi criada uma página no Facebook, que pode ser acessada pelo link: www.facebook.com/detdahaz/. A plataforma foi escolhida por ser uma rede social com amplo número de usuários, além de possuir ferramentas que viabilizam a divulgação de todas as mídias do webdocumentário. Machado Neto (2011) afirma que, após um planejamento prévio, a divulgação pela rede social pode ser uma ótima estratégia de aproximação e fidelização do público. Este canal fornece potencialidades como o baixo custo da infraestrutura, procura segmentada, atendimento personalizado a cada cliente, e acima de tudo, a interatividade com o público-alvo (MACHADO NETO, 2011, p.30). Com o objetivo de divulgar inteiramente o conteúdo do webdocumentário, as publicações são individuais, ou seja, cada post contém um link e uma breve introdução convidando o internauta a assistir ao vídeo ou acessar o conteúdo no site. Os vídeos são assistidos diretamente do Facebook, gerando views também para o Youtube. A linguagem adotada nas publicações é informal e convidativa, de forma que o internauta sinta-se estimulado a acessar o conteúdo, para, posteriormente, curtir e, talvez, comentar os posts, elemento é importante para a reconhecimento e divulgação do trabalho. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O webdocumentário De TDAH a Z traz à tona questões importantes para serem discutidas referentes à saúde mental, especialmente no que diz respeito ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. O trabalho se propôs a discutir, dialogar e compartilhar informações importantes sobre o TDAH, contribuindo tanto para o âmbito acadêmico quanto o social deste tema. A interdisciplinaridade também foi um fator marcante em toda a produção do webdocumentário. Todos os integrantes do grupo são da área da comunicação, então um dos desafios foi sair do comum e estudar temas relacionados a outra área, a saúde. No que diz respeito à divulgação, o grupo optou por disponibilizar o produto em várias plataformas, para facilitar o compartilhamento do conteúdo e poder abranger um público maior. Dessa forma, De TDAH a Z contribuiu em desenvolver um trabalho consistente sobre um tema delicado e pouco explorado no jornalismo, que foi um dos desafios da equipe. Há muitas pesquisas científicas sobre o TDAH, mas poucas chegam à sociedade geral por fatores como linguagem científica de difícil entendimento e divulgação restrita ao ambiente acadêmico e a comunicação apresenta-se com a missão de tornar essa linguagem mais acessível. Para corroborar com o argumento acima, os dados parciais, coletados no período de 5 a 11 de abril demonstram que, em pouco tempo de divulgação, houve uma ampla aceitação do público ao produto. Na rede social Facebook, já são 275 curtidas; foram produzidas oito publicações com alcance total de 6.116 pessoas e um envolvimento de 1.187. Houve 204 visualizações na página e um total de 60 compartilhamentos das publicações. Pode-se concluir que o formato escolhido e a definição do tema foram acertados, em função deste retorno positivo alcançado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES, L. R. G.; BONFIM, C. . Gamebook e a estimulação de funções executivas em crianças com indicação de diagnóstico de TDAH: Processo de pré-produção, produção e avaliação do software. Revista FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, v. 25, p. 141-157, 2016. Disponível em: <https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/2723>. Acesso em: 10 de abril de 2017. <br><br>Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Disponível em: <http://www.tdah.org.br>. Acesso em: 31 de março de 2017. <br><br>BARBOSA, E. S. Subdiagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em adultos. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2001. <br><br>BONI, Valdete, QUARESMA, Sílvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: Como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Em tese: Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC Vol. 2 nº 1 (3), janeiro-julho/2005, p. 68-80. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/18027/16976>. <br><br>CANAVILHAS, João. Do jornalismo online ao webjornalismo: formação para a mudança. Artigo publicado na revista especializada Comunicação e Sociedade, 2006. <br><br>GANTIER, Samuel, BOLKA, Laure.  L expérience immersive du web documentaire: études de cas et pistes de réflexion. Les Cahiers du Jornalisme nº 22/23  Automne: 2011, p. 118- 133. <br><br>KIKUTI, Andressa. Navegabilidade, complementaridade e interatividade: uma discussão sobre a hipermídia como potencialidade para o webjornalismo e seus usos no cenário atual. Razón y Palabra, v. 89, 2015, p. 1-16. <br><br>MACHADO NETO, Ivo. Os desafios dos media sociais na comunicação organizacional: a emergência do Facebook como ferramenta de comunicação. Braga, Portugal. 2011. <br><br>PENAFRIA, Manuela. A Web e o documentário: uma dupla inseparável? Aniki Revista Portuguesa da Imagem em Movimento  vol. n.º1, 2014, p. 22-32. <br><br>ROST, Alejandro. Interatividade: Definições, estudos e tendências in: Webjornalismo: 7 caraterísticas que marcam a diferença. Org: João Canavilhas, 2014, p.53-88. Disponível em: <http://www.labcom-ifp.ubi.pt/ficheiros/20141204-201404_webjornalismo_jcanavilhas.pdf>. Acesso em: 31 de março. <br><br>SCHWINGEL, Carla. Ciberjornalismo. São Paulo: Paulinas. 2012.<br><br>SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da. Rádio: oralidade mediatizada: o spot e os elementos da linguagem radiofônica/Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva. São Paulo : Annablume, 1999.<br><br>SOUZA, Lorene. Webdocumentário: abordagem documental e dinâmica de navegação e suas características interativas. XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação  Rio de Janeiro. 2015. <br><br>ZANDONADES, Vanessa; FAGUNDES, Maria Cristina de Jesus. O vídeo documentário como instrumento de mobilização social. São Paulo. 2003. <br><br> </td></tr></table></body></html>