ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00884</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;MARIAS DO BRASIL: DEZ ANOS DA LEI MARIA DA PENHA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;RODRIGO DE ARAUJO RIBEIRO (Centro Universitário do Norte); Jessica Souza de Oliveira (Centro Universitário do Norte); Edilene Lima De Souza (Centro Universitário do Norte); Cristian Mateus Neves Coelho (Centro Universitário do Norte); Rômulo Assunção Araújo (Centro Universitário do Norte)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Violência contra Mulher, Lei Maria da Penha, Amazonas, Radiojornalismo, Grande reportagem</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Marias do Brasil: dez anos da Lei Maria da Penha é uma grande reportagem resultante de produção laboratorial da disciplina Radiojornalismo II  Práticas Radiofônicas, no quinto período do curso de Jornalismo. A produção radiofônica aborda as contribuições da lei Maria da Penha para a redução dos tipos de violência contra mulher, bem como o fortalecimento da lei no Estado do Amazonas em dez anos de existência. Além de produzida para obtenção de nota final, a reportagem também venceu seletiva interna em sala e foi veiculada no programa Giro de Notícias, da Rádio Difusora do Amazonas, 96,9Mhz de grande audiência na cidade. O trabalho proporcionou aos alunos a oportunidade de colocar em prática o conhecimento teórico adquirido em sala de aula, o de conhecer os bastidores de um radiojornal ao vivo e de contribuir com a divulgação de um assunto tão relevante para a sociedade atualmente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Violência contra a mulher é qualquer conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como privado. A lei Maria da Penha foi criada em 7 de agosto de 2006 e visa criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal. Para entendermos o nome da lei nº 11.340, precisamos conhecer a história da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. No ano de 1983, Maria da Penha sofreu graves agressões de seu companheiro, o professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros. Em duas ocasiões ele tentou matar Maria. Por isso, o presente trabalho vem contribuir por meio da linguagem radiofônica para dar visibilidade aos casos de violência contra mulher e os meios pelos quais essas podem valer-se para denunciar seus agressores, bem como projetos sociais que visam ajudar as vítimas a superarem a agressão. Tratar desta temática no rádio, um meio de comunicação que atinge grande parte da massa, é extremamente delicado, uma vez que trabalha com as emoções do ouvinte. Neste sentido, Ferraretto (2014, p.35) diz que a linguagem radiofônica engloba uma série fatores que ajudam a transmitir a emoção desejada, citamos assim a voz humana, a música, os efeitos sonoros e até o silêncio. Estes fatores atuam isoladamente ou combinados entre si de diversas formas. Cada elemento descrito contribui, com características próprias, para elaboração da mensagem. O objetivo central da atividade proposta pelo professor da disciplina foi oportunizar aos alunos a prática de reportagem especial para um radiojornal, desenvolvendo assim as habilidades adquiridas em sala de aula ao pensar o produto desde a pauta, a captação das informações e a organização no roteiro, até a forma final em estúdio, pensando a locução adequada, a edição e a montagem final. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Geral: Proporcionar aos alunos a oportunidade de colocar em prática o conhecimento teórico adquirido nas aulas de Radiojornalismo II e a produção final correlacionada com a divulgação de um importante tema em meio de comunicação local. Específicos: 1. Trabalhar a estrutura do texto da reportagem jornalística radiofônica; 2. Pensar o conjunto da linguagem radiofônica (tom de voz, música, efeitos sonoros e o silêncio) como fator fundamental no entendimento do produto. 3. Interagir com profissionais do mercado local, a fim de trocar experiências; 4. Avaliar o aprendizado dos alunos, por meio da produção final, na disciplina de Radiojornalismo II - Práticas Radiofônicas. 5. Levar ao rádio, importante meio de comunicação local, o conhecimento sobre a importância da Lei Marinha da Penha e o combate à violência contra a mulher. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Mulheres agredidas física e psicologicamente procuram ajuda todos os dias na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) de Manaus. Por dia, quase 50 boletins de ocorrência (BO) são registrados, quase 700 ao mês, conforme dados divulgados pela própria delegacia. O nome "Maria da Penha" se faz presente em todos os casos. É necessário que o referido assunto sempre esteja em pauta nos principais canais de comunicação da sociedade, pois há muitos casos que não entram nos índices do estado. Quanto mais houver divulgação dos meios legais de proteção à vítima, menos agressões haverá, por meio das reportagens voltadas a este tema, sejam elas televisivas, radiofônicas ou impressas, cada vez mais a sociedade percebe os tipos de violência contra mulher. Assim, Jung (2004, p. 114) fala que  é na reportagem que o jornalismo se diferencia, levanta a notícia, investiga fatos, encontra novidades, gera polêmica e esclarece o ouvinte. Fora dela, sobra pouco do ponto de vista da criação, quase tudo se resume à cópia . Portanto, mesmo com o crescimento da internet e das possibilidades de divulgação, o rádio ainda é o veículo mais eficaz no estado do Amazonas quando se trata de comunicação de massa, pois atua como importante meio para integrar os habitantes de determinada região, levando informação às mulheres vítimas da violência e que desconhecem a lei Maria da Penha. Assim, Garcia (2012) reafirma a transposição de informações nos municípios mais distantes da capital Manaus. Na região Norte, lugar fronteiriço, o rádio sempre foi o meio de comunicação de maior alcance e mais popular, daí a intenção do governo em se estabelecer e se fazer na região, por meio da comunicação radiofônica. Ao invés da população sintonizar emissoras de fora do país, que falavam abertamente da situação política dos países da ditadura, era melhor sintonizar as nacionais. (GARCIA, 2012, p.44) Dessa forma, podemos ressaltar que a produção da grande reportagem radiofônica deste trabalho contribui para a disseminação de informações sobre a lei Maria da Penha, afim de atingir o máximo de vítimas da violência contra mulher e assim conhecerem seus direitos que esta lei lhes concedem, bem como os projetos sociais que que visam reconduzir a mulher ao convívio social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A elaboração da grande reportagem se deu a partir de reuniões com os discentes do quinto período do curso de Jornalismo da Uninorte/Laureate, onde foi decidido, em comum acordo qual temática seria trabalhada, conforme a proposta apresentada pelo professor da disciplina RadiojornalismoII  Práticas radiofônicas. Vários temas foram relacionados, no que diz respeito à violência contra mulher, ente eles, assédio nas redes sociais, violência doméstica, estupro e a lei Maria da Penha, cujo enfoque foram os dez anos de aprovação da lei no Brasil. Após as pesquisas sobre a temática e a elaboração da pauta e roteiro de gravação, a reportagem ouviu duas vítimas, duas advogadas e a psicóloga da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, tendo suas entrevistas gravadas fora do Central Multimídia da Uninorte/Laureate, com celulares e gravadores digitais. Os encontros com as entrevistadas ocorreram em residências e ambientes de trabalho, para que todas se sentissem confortáveis ao responderem as perguntas. Em seguida, com o acompanhamento do professor, todo o material foi avaliado e triado, com a seleção dos trechos das entrevistas, a construção do texto pensando nos elementos sonoras que completariam a história, além da gravação e montagem. Após apresentação em sala, em data previamente anunciada, o professor anunciou que o material de toda a turma passaria por uma avaliação e que um seria escolhido para veiculação em uma rádio FM de grande prestígio na cidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho foi iniciado através de pesquisa em fontes bibliográficas, para que se pudesse obter material suficiente para ir para campo coletar as informações com os entrevistados. É caso da pesquisa da Fundação Perseu Abramo, de São Paulo, que traz números em nível nacional. Imagem1: Estatística de violência contra mulher em 2010 O mais complexo foi encontrar vítimas que falassem abertamente sobre o tema e que falassem a verdade totalmente. É dever do jornalista identificar um discurso falso, Dimenstein e Kotscho, (1990, p. 52) afirma que: A tarefa do jornalista é distinguir entre versões e os fatos reais, separar denúncias de calunias, notícias de invencionices. Não existe um único jornalista, por mais experiente, que não tenha escorregado em  plantações  informações falsas destinadas a gerar efeitos favoráveis ou negativos a pessoas ou grupos. Dimenstein e Kotscho, (1990, p. 52) A sequência das entrevistas ocorreu da seguinte forma, por ordem de informações o que chamaria mais a atenção do ouvinte, logo no início, portanto as vítimas foram entrevistadas primeiro, em seguida a advogada, logo após a psicóloga e por último a advogada da comissão mulher advogada da OAB. Todas as entrevistas à vontade para responderem, ou não, as perguntas da equipe de trabalho. Mcleish (2001, p.58) diz que todo esquema de entrevista se fundamenta na confiança, ou seja, é a base para iniciar a conversa. É uma estrutura tríplice, que envolve entrevistador, entrevistado e ouvinte. A reportagem foi realizada através de um roteiro (anexo1), onde foram elencadas as sequências de informações e procedimentos para facilitar a gravação no estúdio da Central Multimídia. Após coletar as informações, estas foram editadas no Centro de Mídia, com o auxílio dos técnicos responsáveis pelos equipamentos. Os OFF s foram gravados separadamente, no próprio Centro, sendo a penúltima etapa para finalização do produto. A inserção de BG s, efeitos e trilhas sonoras foi a última fase de criação, para que o produto fosse avaliado pelo professor da disciplina e os demais jornalistas colaboradores. O grupo de trabalho foi composto de cinco pessoas e o dividido de modo que todos participassem das atividades, sendo uma locutora, dois repórteres e dois produtores, onde todos participaram das etapas de programa: a produção, o roteiro e a edição. O feedback de profissionais que já atuam no mercado local foi de grande relevância, pois foram recebidas críticas, mas também comentários construtivos em relação à cada item avaliado. Dessa maneira, é possível avaliar e realizar melhorias em trabalhos futuros. Após a veiculação do material na rádio, é importante ressaltar que houve também divulgação da reportagem na internet, a partir do recorte da veiculação do áudio com a apresentação e alguns comentários posteriores sobre o tema e o produto, utilizando a linguagem de podcast para levar a outras pessoas o resultado da produção. O material pode ser acessado aqui: </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Ao produzir esta grande reportagem para rádio é válido salientar que o trabalho alcançou grande parte da população amazonense, uma vez que foi veiculada à rádio Difusora do Amazonas, disseminando as informações sobre a lei Maria da Penha, afim de atingir o máximo de vítimas da violência contra mulher e fazer com que conheçam seus direitos que a lei lhes concedem, bem como os projetos sociais que visam reconduzir a mulher ao convívio social. É importante ressaltar que trabalhos como este são de suma importância para a formação teórica e prática dos acadêmicos, oferecido por meio das etapas de pesquisa, elaboração de pauta, produção, coleta de informações, gravação e edição em áudio. Pode-se enfatizar que o encontro proporcionado entre os estudantes e profissionais renomados do rádio e atuantes no mercado foi uma experiência enriquecedora de caráter mutuo, o que serve de abertura para trabalhos posteriores em outras mídias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DIMENSTEIN, Gilberto; KOTSCHO, Ricardo. A aventura da reportagem. São Paulo: Summus, 1990.<br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: teoria e prática. São Paulo: Summus, 2014. <br><br>JUNG, Milton. Jornalismo de rádio. São Paulo: Contexto, 2004.<br><br>MCLEISH, Robert. Produção de rádio: um guia abrangente da produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001.<br><br>http://www.compromissoeatitude.org.br/pesquisa-mulheres-brasileiras-nos-espacos-publico-e-privado-fundacao-perseu-abramosesc-2010/ Acesso em 10 de abril de 2017<br><br><http://www.mppr.mp.br/modules/noticias/article.php?storyid=6663>. Acesso em 24 de novembro de 2016.<br><br><http://amazonia.org.br/2016/08/amazonia-o-lugar-onde-a-lei-maria-da-penha-ainda-nao-chegou-e-a-violencia-contra-a-mulher-e-invisivel/> Acesso em 30 de outubro de 2016.<br><br><http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/08/no-am-47-mil-casos-de-violencia-domestica-sao-registrados-em-2016.html> Acesso em 28 de novembro de 2016.<br><br>http://www2.tjam.jus.br/esmam/index.php?option=com_content&view=article&id=1071:aniversario-da-lei-maria-da-penha-e-comemorado-com-jornada-sobre-avancos-e-desafios-da-lei-&catid=59:destaques&Itemid=106 Acesso em 28 de novembro de 2016<br><br> </td></tr></table></body></html>