INSCRIÇÃO: 00018
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO15
 
TÍTULO: Grande reportagem em rádio: agroecologia como uma alternativa ao uso de agrotóxicos
 
AUTORES: Elilson Fabiano Pereira (Universidade Federal de Rondônia); Quennia Dalila da Silva Mendes (Universidade Federal de Rondônia); Juliano José de Araújo (Universidade Federal de Rondônia)
 
PALAVRAS-CHAVE: Agroecologia , Agrotóxico , Grande Reportagem , Rádio , Vilhena
 
RESUMO
O consumo de produtos contaminados por agrotóxico possui relação direta com doenças como: parkinson, linfoma, diabetes e câncer. O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, cerca de 4 mil pessoas morrem, por ano, vítimas dessa contaminação. Um terço dos vegetais mais consumidos pelos brasileiros está contaminado, segundo relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diante deste cenário, a grande reportagem em rádio produzida para a disciplina de Jornalismo Ambiental do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia tinha como objetivo, além da prática do jornalismo ambiental, mostrar a relação dos agroquímicos com doenças e como a contaminação ocorre no processo produtivo dos alimentos, fazendo dos próprios agricultores vítimas dessa técnica de produção, os prejuízos deixados ao solo e destacar uma alternativa mais eficiente de agricultura: a agroecologia.
 
INTRODUÇÃO
A contaminação dos alimentos impacta diretamente a saúde dos consumidores, com efeitos a curto, médio e longo prazo. O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, anualmente, existam mais de 400 mil pessoas contaminadas por agrotóxicos, com cerca de 4 mil mortes por ano, mas o número pode ser maior, pois muitas vezes só casos de intoxicação imediata são relacionados com o agrotóxico. Por essa razão, raramente se estabelece essa suspeita de diagnóstico nas doenças em longo prazo, dificultando a investigação e o acompanhamento dos casos. Como mais de 30% dos vegetais mais consumidos no país estão contaminados, segundo relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em alguma fase da vida, todas as pessoas serão expostas a agrotóxicos; e o grupo de trabalhadores rurais é um dos que mais sofre com os efeitos. A contaminação por agrotóxico pode atingir diferentes recursos essenciais para a vida, como água, solo e até o leite materno, que por ser rico em gordura, acaba recebendo esses agrotóxicos que são excretados durante a amamentação Por isso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) alerta para a possibilidade de aborto por conta da contaminação. Com tantos prejuízos à saúde humana fica fortemente evidenciado que a agricultura convencional, que faz uso do agrotóxico, precisa ser reanalisada e práticas agrícolas, que não ofereçam riscos à saúde das pessoas e ao solo, devem ganhar mais espaço entre os produtores. Em Vilhena, município no sul de Rondônia, produtores já aderiram à agroecologia. As práticas agroecológicas se baseiam em: pequena propriedade, mão de obra familiar, sistemas produtivos complexos e adaptados às condições locais e redes regionais de produção e distribuição de alimentos. Em Vilhena, de acordo com dados as Secretaria Municipal de Agricultura, aproximadamente 15 produtores estão trabalhando com agroecologia.
 
OBJETIVO
A grande reportagem em rádio produzida para a disciplina de Jornalismo Ambiental do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia tinha como objetivo, além da prática do jornalismo ambiental em profundidade, mostrar a relação dos agroquímicos com certos tipos de doenças e como a contaminação ocorre durante o processo produtivo dos alimentos, fazendo até dos próprios agricultores vítimas dessa técnica de produção, além de outras pessoas que fazem uso dos produtos contaminados. A intoxicação por agrotóxicos pode ocasionar tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, tremores, irritações na pele, nariz, garganta e olhos; convulsões, desmaios, coma e até mesmo a morte. Exemplificar através de relatos reais o ciclo de contaminação que atinge diferentes grupos de pessoas era uma questão crucial para a reportagem, bem como apontar uma alternativa para a produção de alimentos, que não prejudica a saúde humana e o solo: a agroecologia. Essa produção pretendia ainda oportunizar aos estudantes a possibilidade de experimentar e exercitar o que havia sido lido e discutido em sala de aula sobre jornalismo ambiental. A grande reportagem em rádio foi escolhida para dar conta de todos esses objetivos, tendo em vista o aprofundamento quantitativo e qualitativo que o tema requer. ਀
 
JUSTIFICATIVA
Os malefícios dos agrotóxicos à saúde humana não é um assunto deixado de lado pela mídia, estando na pauta de alguns veículos de comunicação, mesmo que não ganhe o espaço e a importância que deveria. No entanto, como a agricultura convencional em larga escala está na mão de grandes empresários, que por sua vez são apoiados por representantes políticos e que juntos interferem na mídia através de financiamento, os prejuízos dos agroquímicos não são abordados expondo a real dimensão do problema, como já pontuado. Esse cerceamento dos veículos de comunicação gera desinformação para a população fazendo com que uma significativa parte dos consumidores não compreenda que, de fato, o alimento que está sendo levado para a mesa da sua própria casa pode causar doenças graves e até a morte. Esse assunto só é melhor e profundamente trabalhado em veículos de comunicação independentes/alternativos e no ambiente acadêmico. Tendo dito isso, fica claro compreender que a escolha desse tema se respalda em dois importantes fatores: a relevância do assunto, que interfere diretamente na vida das pessoas, e a possibilidade de aprofundamento por meio do espaço acadêmico através da disciplina de Jornalismo Ambiental da UNIR. Sobre esses fatores, respectivamente, é importante pontuar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou uma lista apresentando os alimentos mais contaminados no país, segundo a qual cerca de um terço dos vegetais mais consumidos no Brasil apresentaram um nível de agrotóxico acima do aceitável. Em 2016, foram analisadas quase 2.500 amostras de 18 tipos de alimentos pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (PARA). Entre os critérios do levantamento estavam a análise da presença de agrotóxicos acima do nível permitido e a presença de agrotóxicos não autorizados para o tipo de alimento. Desse modo, os riscos à saúde são grandes e podem levar a problemas em curto, médio e longo prazo, a depender da substância utilizada e do tempo de exposição ao produto. As pesquisas apontam uma relação direta desses agroquímicos com doenças como: intoxicação, parkinson, linfoma, diabetes e câncer. O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, anualmente, existam mais de 400 mil pessoas contaminadas por agrotóxicos, com cerca de 4 mil mortes por ano. Isso sem mencionar os prejuízos deixados ao solo através dessa prática agrícola com uso exacerbado de produtos químicos. Ainda pontuando a relevância dos fatores é preciso compreender como o espaço acadêmico, mais especificamente a disciplina de Jornalismo Ambiental possibilita, através de suas características, o aprofundamento do assunto. Dessa maneira, a disciplina para produção viabilizou aos estudantes uma forma de produção prática e eficaz no aprofundamento do tema e no resultado final do produto, tendo em vista que esse tipo de reportagem em rádio é pouco praticado em Vilhena, região sul de Rondônia, assim como o tema é pouco debatido pelos veículos de comunicação locais e estaduais. Então, coube aos estudantes se valerem do espaço acadêmico para levar a informação de maneira clara e objetiva à comunidade rondoniense. ਀ ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ ㄀㜀㜀㤀昀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䌀漀洀瀀爀攀攀渀搀攀洀漀猀 漀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀 渀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 猀甀最攀爀椀搀愀 瀀漀爀 圀椀氀猀漀渀 搀愀 䌀漀猀琀愀 䈀甀攀渀漀 ⠀㈀  㠀⤀Ⰰ 攀洀 ᰀ䨠漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀㨀 攀砀瀀氀漀爀愀渀搀漀 愀氀洀 搀漀 挀漀渀挀攀椀琀漀ᴀ⸠ 匀攀最甀渀搀漀 攀猀琀攀 愀甀琀漀爀Ⰰ 漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀攀 搀漀椀猀 渀切挀氀攀漀猀 挀漀渀挀攀椀琀甀愀椀猀㨀 搀攀 甀洀 氀愀搀漀Ⰰ 漀 挀愀洀瀀漀 搀漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀㬀 搀攀 漀甀琀爀漀Ⰰ 漀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 洀攀椀漀 愀洀戀椀攀渀琀攀⸀ 䔀洀 爀攀氀愀漀 愀漀 挀愀洀瀀漀 搀漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀Ⰰ 䈀甀攀渀漀 ⠀㈀  㠀Ⰰ 瀀⸀ ㄀ 㤀⤀ 愀昀椀爀洀愀 焀甀攀 攀渀琀攀渀搀攀 漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀 ᰀ挠漀洀漀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 挀愀瀀琀愀漀Ⰰ 瀀爀漀搀甀漀Ⰰ 攀搀椀漀 攀 挀椀爀挀甀氀愀漀 搀攀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 ⠀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀Ⰰ 猀愀戀攀爀攀猀Ⰰ 爀攀猀甀氀琀愀搀漀猀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 攀琀挀⸀⤀ 挀漀洀瀀爀漀洀攀琀椀搀漀猀 挀漀洀 愀 琀攀洀琀椀挀愀 愀洀戀椀攀渀琀愀氀 攀 焀甀攀 猀攀 搀攀猀琀椀渀愀洀 愀 甀洀 瀀切戀氀椀挀漀 氀攀椀最漀Ⰰ 渀漀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀漀⸀ᴀ†䔀猀琀漀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀椀搀漀猀 愀 漀猀 瀀爀漀搀甀琀漀猀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀漀猀 攀洀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 洀搀椀愀猀 ⠀樀漀爀渀愀氀 漀甀 爀攀瘀椀猀琀愀Ⰰ 瀀爀漀最爀愀洀愀 搀攀 爀搀椀漀 漀甀 琀攀氀攀瘀椀猀漀Ⰰ 眀攀戀樀漀爀渀愀氀 攀琀挀⸀⤀⸀ 䐀攀猀琀愀 洀愀渀攀椀爀愀Ⰰ 愀 洀搀椀愀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀 瀀愀爀愀 攀猀琀愀 瀀爀漀搀甀漀 ጀ†最爀愀渀搀攀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 攀洀 爀搀椀漀 ጀ†昀漀椀 攀猀猀攀渀挀椀愀氀 瀀愀爀愀 焀甀攀 漀猀 漀戀樀攀琀椀瘀漀猀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀漀猀猀攀洀 愀氀挀愀渀愀搀漀猀Ⰰ 琀愀渀琀漀 渀愀猀 攀琀愀瀀愀猀 搀愀  爀漀琀椀渀愀 瀀爀漀搀甀琀椀瘀愀Ⰰ 焀甀愀渀琀漀 渀愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 搀漀 琀攀洀愀 焀甀攀 渀攀挀攀猀猀椀琀愀瘀愀 搀攀 甀洀 最爀愀渀搀攀 愀瀀爀漀昀甀渀搀愀洀攀渀琀漀  焀甀愀渀琀椀琀愀琀椀瘀漀 攀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀漀⸀ Já o conceito de meio ambiente, segundo Bueno (2008, p. 108), é definido como: “o complexo de relações, condições e influências que permitem a criação e a sustentação da vida em todas as suas formas. Ele não se limita apenas ao chamado meio físico ou biológico (solo, clima, ar, flora, fauna, recursos hídricos, energia, nutrientes etc.), mas inclui as interações sociais, a cultura e expressões/manifestações que garantem a sobrevivência da natureza humana (política, economia etc.)”. Verificamos que quando se fala em meio ambiente não se pode restringir a cobertura do Jornalismo Ambiental à fauna e flora; pelo contrário, há um conjunto muito maior de temas que podem ser pautados pelos jornalistas. Bueno (2008, p. 108) indica alguns, tais como: 1) O desenvolvimento e a proteção da fauna e da flora (desmatamento, conflitos agrários, questão indígena etc.); 2) A diversidade biológica ou biodiversidade; 3) A poluição em suas várias formas (atmosférica, visual, sonora etc.); 4) As mudanças climáticas; 5) As condições da água e do solo; 6) O consumo consciente; 7) A sociodiversidade, que prevê a relação do homem com seu entorno; 8) Os resíduos domésticos e o lixo industrial; 9) As condições de produção de alimentos (a agroecologia, os transgênicos e os aditivos alimentares, por exemplo); 10) A produção, conservação e utilização de energia; 6) O consumo consciente; 7) A sociodiversidade, que prevê a relação do homem com seu entorno; 8) Os resíduos domésticos e o lixo industrial; 9) As condições de produção de alimentos (a agroecologia, os transgênicos e os aditivos alimentares, por exemplo); 10) A produção, conservação e utilização de energia; 11) As condições de habitação (favelização, edifícios doentes etc.); 12) As comunidades biológicas (os biomas e sua preservação); 13) O crescimento e a regulação populacional; 14) A embalagem (ecodesign) e a reciclagem; 15) O saneamento e o tratamento de efluentes industriais; 16) Os agrotóxicos e os fertilizantes químicos em geral; 17) A ocupação desordenada do solo urbano; 18) O conhecimento e o saber das populações tradicionais (indígenas, quilombolas). São assuntos que nem sempre são abordados pelos veículos de comunicação de massa, ou quando são, não trazem o aprofundamento necessário, havendo ainda casos em que as produções são imparciais para favorecer grupos específicos de pessoas, que geralmente são políticos e/ou empresários que financiam esses veículos, gerando assim desinformação para o receptor. O que não pode ser aplicado a reportagem produzida para a disciplina de Jornalismo Ambiental, que deu voz a pequenos produtores e especialistas que nunca haviam tido a oportunidade de falar sobre os malefícios dos agrotóxicos e apresentar a agroecologia como uma esperança para a agricultura.਀一攀猀猀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀Ⰰ 漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀 挀漀渀昀椀最甀爀愀ⴀ猀攀 挀漀洀漀 甀洀 挀愀洀瀀漀 洀甀氀琀椀⼀椀渀琀攀爀搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀爀Ⰰ 渀漀 焀甀愀氀 瘀爀椀漀猀 猀愀戀攀爀攀猀 攀 挀漀洀瀀攀琀渀挀椀愀猀 猀漀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀猀 瀀愀爀愀 猀甀愀 瀀爀琀椀挀愀Ⰰ 攀砀椀最椀渀搀漀 搀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀 甀洀愀 瘀椀猀漀 猀椀猀琀洀椀挀愀 ⠀䌀䄀倀刀䄀Ⰰ ㄀㤀㤀㘀⤀Ⰰ 瀀漀椀猀 ᰀ愠猀 瀀攀猀猀漀愀猀Ⰰ 愀 渀愀琀甀爀攀稀愀Ⰰ 漀 洀攀椀漀 昀猀椀挀漀 攀 戀椀漀氀最椀挀漀Ⰰ 愀 挀甀氀琀甀爀愀 攀 愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 攀猀琀漀 甀洀戀椀氀椀挀愀氀洀攀渀琀攀 挀漀渀攀挀琀愀搀漀猀ᴀ⸠ ⠀䈀唀䔀一伀Ⰰ ㈀  㠀Ⰰ 瀀⸀ ㄀ 㤀⤀⸀ ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ ㄀㜀㜀㤀昀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 琀攀洀 ㄀㐀 洀椀渀甀琀漀猀 搀攀 搀甀爀愀漀 挀漀洀 愀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀漀 搀攀 ㄀ 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