ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00101</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A Máscara da Morte Vermelha</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;lucyleny de souza rocha (Uiversidade Federal do Amazonas); Carlos Alberto Viana Corrêa Júnior (Uiversidade Federal do Amazonas); Ítala Clay de Oliveira Freitas (Uiversidade Federal do Amazonas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;radio, conto, producao, sonoro, ficcao </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O conto sonoro  A Máscara da Morte Vermelha é o resultado prático desenvolvido para a disciplina Oficina Básico de Rádio Convencional e Web Rádio, do Curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. O conto de ficção é uma adaptação da obra  A Mascara Da Morte Rubra do autor Edgar Allan Poe. Essa criação traz à tona a exploração de recursos do rádio, formato atraente e que instiga, por meio da dramatização e dos cenários sonoros, a imaginação dos ouvintes. Seguindo o gênero dramático de suspense e terror, a história é ambientada no interior de um castelo medieval, onde acontece um baile de máscaras, quando seus convidados são surpreendidos pela presença da morte. A produção do curta-metragem foi uma experiência que possibilitou colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos nas diferentes disciplinas cursadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O rádio, mesmo em pleno século XXI, ainda é um meio de comunicação encantador. É um dos poucos meios de comunicação em massa que pode se propagar a lugares inalcançáveis e o único veículo que utiliza apenas um dos cinco sentidos do ser humano, permitindo a possibilidade de realizar diversas outras atividades ao mesmo tempo. Embora, seja o mais antigo veículo eletrônico de comunicação da história do Brasil, ainda é muito atual e instantâneo. Com mais de 90 anos de existência, ainda é possível vê-lo presente na vida de muitas pessoas como fiel companheiro, ou seja, a importância dele no cotidiano das pessoas é indiscutível. Sendo assim, o rádio, enquanto veículo de comunicação ainda está muito longe de tornar-se um meio comunicacional antiquado. Acreditava-se que diante do advento das novas tecnologias e com o boom da internet, o rádio seria esquecido e se tornaria uma tecnologia obsoleta. Muito pelo contrário, aliado à vantagem do baixo custo de veiculação, agregou-se às novas tecnologias, tornando-se cada vez mais vital para a comunicação do homem contemporâneo. Dentro desse contexto, nota-se que a matriz curricular do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tem como estrutura os conteúdos conjugando as disciplinas em módulos, que visam o conhecimento teórico, prático e laboratorial. Durante o 6° período de graduação, os alunos de Comunicação Social  Jornalismo, desenvolveram um trabalho da disciplina Oficina Básica de Rádio Convencional e Web Rádio que deveria resultar em um produto radiofônico, onde os alunos teriam total liberdade de escolha para um conto literário o qual deveria ser adaptado para rádio respeitando o limite máximo de até 10 minutos de duração. Sendo, portanto, necessária a aplicação dos conhecimentos teóricos aprendidos. Exercitou-se diversos recursos sonoros como trilhas, locuções, efeitos e ambientações. Tudo para promover aquilo que o audiovisual apresenta, a possibilidade de projetar a imagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral do trabalho foi o de produzir um conto radiofônico no qual fosse possível colocar em prática os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula, exercitando o máximo da linguagem radiofônica. O objetivo específico era adaptar uma obra literária para o formato radiofônico, levando em conta as mudanças necessárias nesse processo de adaptação. A equipe optou pelo conto ''A mascara da morte rubra'' que além de ter em sua narração elementos de suspense ela trás consigo uma grande aprendizagem sobre a desigualdade social. Sendo assim, pensou-se em construir um conto sonoro em um formato curto, com a possibilidade de criar um conteúdo original sem perder as referências e buscando adaptá-lo de maneira interativa e de fácil compreensão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Através da produção do conto A Máscara da Morte Vermelha foi possível colocar em prática conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula (paisagem sonora e composição). Tais informações foram extremamente fundamentais para a realização do trabalho, principalmente no que se refere às etapas de concepção do script. A justificativa principal se dá pela execução de um produto que fomentou em toda a equipe interesse em aprender mais sobre o meio comunicacional da rádio, desde entender teoricamente a importância até a prática de se contar histórias através da linguagem radiofônica, usando os meios imagéticos do ouvinte. A principal preocupação do trabalho foi fazê-lo de uma maneira que pudesse ser projetado no imaginário do ouvinte os cenários que haviam sidos planejados no script. Levando em consideração esses fatores e uma das características dada por McLeish (2001), a de que o rádio tem o poder de surpreender, é viável dizer que o meio possibilita ao ouvinte estimular sua imaginação, já que, por ser um meio  cego , forma imagens. Assim, pode-se destacar a sensoriedade, que ajuda a exercitar a criação de representações imagéticas, pois, por meio dela,  o ouvinte tem a liberdade de criar, com base no que está sendo dito, a imagem do assunto/pessoa/fato (BARBOSA FILHO, 2003, p. 45). Atualmente, nas universidades de comunicação, abordar a rádio como meio de disseminação e produção do entretenimento, é de significante importância para exercício e apresentação de tais construções. Desta forma, envolver-se com o desenvolvimento do script e na narração do conto gerou para os acadêmicos variadas experiências. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de construção de qualquer produto, seja televisivo, escrito e até mesmo o radiofônico, necessita de uma preparação e organização de elementos para que atinjam o público de uma forma atraente. No rádio, essa preparação deve ser redobrada, tendo em vista que não há apelo visual. Logo, esta organização deve ser bem pensada para que os elementos sonoros ao se conectarem gerem um estímulo ao público. Pensando nisso, a equipe seguiu um método base para a construção sonora, dentro de três etapas básicas definidas pela pesquisadora Ana Rosa Gomes Cabello. Segundo ela,  Para um trabalho de construção sonora [...] torna-se indispensável perpassar pelas seguintes fases: (a) a fase de preparação que consiste na elaboração do texto e do roteiro, (b) a fase da execução que consiste nos ensaios e na definição da interpretação requerida, (c) a fase da produção que consiste na gravação, e (d) a fase da pós-produção que consiste numa revisão geral . (CABELLO, s.d., p. 4-5) A partir disso, a equipe dividiu a pré-produção e a elaboração do roteiro em três etapas realizadas da seguinte forma: primeiramente foi feita uma pesquisa sobre a história em seguida houve uma pesquisa visual sobre como era as festas feitas em grandes castelos de época. A respeito do cruzamento da linguagem escrita e da locução na rádio, Silva traz um ponto de vista interessante: Quando sonoplastia e texto entram em equivalência, um traço da materialidade da palavra é emprestada à sonoplastia e vice-versa. Trata-se da transmutação do verbal em sonoplastia (efeito sonoro e trilha) e da sonoplastia em verbal num processo de equivalência, justaposição de sentidos em que paralelismo e simultaneidade se equilibram. (SILVA, 1999, p.81). Para Armand Balsebre, o sistema semiótico radiofônico é um conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas por sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio, cuja significação vem determinada pelo funcionamento conjunto destes recursos na recepção sonora e imaginativa-visual dos ouvintes (BALSEBRE, 2000, p.27). Para a produção do conto sonoro, levou-se, em consideração a montagem correta do texto correlacionado aos aspectos auditivos para construção da imagem sonora de forma eficiente. Após a leitura do conto de Edgar Allan Poe, percebeu-se a necessidade de vozes convidadas que melhor se adequassem a ambientação do conto. Já a gravação, propriamente dita, ocorreu em um único dia no laboratório de áudio da universidade. Na pós-produção, momento da edição com a técnica de rádio Shelly Sicsú, utilizou-se o programa Sound Forge. Na rádio, os elementos sonoros são parte fundamental para estabelecer a história a ser contada; pois a voz, efeitos sonoros e o silêncio são o que vai conduzir o ouvinte pela narrativa. Em A Máscara da Morte Vermelha, a escolha da trilha e efeitos sonoros foi um trabalho em grupo para a seleção mais adequada para cada minutagem do conto radiofônico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O conto sonoro A Máscara da Morte Rubra tem 6 minutos e 47 segundos de duração. A história contada é a de que um país foi assombrado pela morte vermelha e enquanto o povo morria pelas ruas do país, o príncipe do lugar e seus amigos se isolaram em um castelo onde promoviam banquetes e festas na fortaleza. Para essas festas eram decorados os salões do castelo. Um dia, o príncipe resolveu dar um baile de máscaras. Durante o baile, os convidados podiam circular livremente pelos salões, mas havia uma sala onde ninguém entrava. Nela havia um relógio de ébano que batia seu pêndulo de hora em hora, ressoando por toda a fortaleza e cessando, momentaneamente, a festa. A cada badalada do relógio sensações desagradáveis atingiam a todos. Quando o relógio marcou meia noite, eles notaram um novo convidado mascarado, que mais parecia um morto vivo, era, na verdade, a morte. A partir do conto de Allan Poe, pequenas modificações foram feitas. Como por exemplo, a adaptação da linguagem para rádio, inserção de algumas falas e personagens. O conto dialoga com os gêneros suspense e terror, utilizando de recursos como trilhas com atmosferas mais dramáticas e marcantes, ao longo da narrativa o som do relógio dita o ar mais agonizante da história. Apesar de o tempo para a gravação ter sido de um dia, para a elaboração do script foi necessária uma semana, e o tempo necessário para a edição do conto foi de de um dia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Após o processo de produção, o clima entre a equipe foi o de dever cumprido. A experiência de poder executar um projeto que possibilitava total liberdade criativa foi envolvente e enérgica. Ter contato com um meio que é capaz de provocar a criação de imagens, sensações por meio da oralidade dos participantes, trilhas e efeitos sonoros. Além de aliar prática com os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula. No percurso entre o roteiro e a concepção do trabalho finalizado, foram perceptíveis as diferenças entre planejamento e prática; muitas mudanças acontecem no trajeto da execução, pois só sabemos o que fica melhor depois de ouvirmos diversas vezes e com diferentes opções de áudios. Conseguimos de fato vivenciar a proposta do trabalho: pôr em prática as técnicas e conhecimentos sobre rádio e experimentar as suas possibilidades. O conto foi apresentado na sala de aula diante a professora orientadora e os alunos do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas-UFAM. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BALSEBRE, Armand (2000). El Lenguaje Radiofônico. Madrid: Ediciones Cátedra.<br><br>BARBOSA FILHO, André. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio. São Paulo: Paulinas, 2003<br><br>MCLEISH, Robert. Produção de Rádio: Um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 1999<br><br>SILVA, Júlia Lúcia De Oliveira Albano Da (1999). Rádio: Oralidade Mediatizada. São Paulo: Annablume.<br><br> </td></tr></table></body></html>