ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00207</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Projeto TÔ LIGADO e a educomunicação no Estado do Pará</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ana Karoline Oliveira Figueiredo Barbosa (Estácio do Pará); Enderson Oliveira (Estácio do Pará); Andreza Alves (Estácio do Pará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Projeto Tô Ligado, Educomunicação, Comunicação e Educação, Comunicação, Escola</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposta deste trabalho é apresentar o projeto de Educomunicação "Tô Ligado!", além de descrever as práticas educomunicativas executadas pelo mesmo. O produto é vinculado ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da graduanda de Publicidade e Propaganda, Ana Karoline Figueiredo e conta com o apoio da recém-graduada em Jornalismo Andreza Alves. As atividades proporcionam às instituições beneficiárias uma compreensão emancipadora e transformada sobre os processos da Educação e Comunicação, assim, proporcionando uma participação cidadã e crítica do mundo. As ações são validadas por meio de oficinas, palestras, rodas de conversa e cursos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto  Tô Ligado! foi implantado como projeto piloto na Escola Estadual Manoel Leite Carneiro, em 2017. Em 2018, implantamos também na Escola Ruth dos Santos, ambas localizadas na região metropolitana de Belém. A iniciativa tem como foco principal ampliar a capacidade de expressão subjetiva e, assim, desenvolver o espírito crítico dos estudantes em relação aos meios de comunicação, desse modo, fortalecendo o ecossistema comunicativo através da educomunicação, promovendo a utilização criativa das tecnologias e da cibercultura dentro da sala de aula. Trabalhamos o desenvolvimento de ferramentas comunicacionais como web rádio, audiovisual, web jornalismo e fotografia, dessa maneira, potencializamos o processo educacional. Iniciativa da autora principal deste paper e contando com oficinas ministradas também pela co-autora, o projeto utiliza ferramentas como produção de textos, imagens e desenvolvimento da leitura crítica da mídia, a partir das técnicas da comunicação, capacitando, assim, através de oficinas os alunos e consequentemente, estimulando os professores a usar essas possibilidades dentro e fora de sala de aula. Objetivando incentivar os discentes a compreender e exercer seu papel como cidadãos, pois ao se perceber como parte do processo de construção da comunidade escolar, levamos em conta o conceito de educomunicação como forma dos alunos se apropriarem dos meios de comunicação e assim criar um sistema comunicativo. O projeto é objeto de análise o TCC a ser defendido em junho de 2018 com o título  TÔ LIGADO! e você? Percursos de um projeto educomunicacional no Estado do Pará na faculdade Estácio do Pará, tendo até a presente data (abril de 2018) executado 4 ciclos de oficinas com os alunos das escolas participantes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolver a partir de ferramentas educomunicacionais atividades com os alunos de ensino médio das escolas para a criação de uma cultura colaborativa, em que a comunidade escolar possa, a partir do projeto, organizar projetos educomunicativos dentro da escola para implantação rádio-escola, publicação de jornais, fanzines e revistas, criação de websites e blogs, TV-escola. Através das oficinas visamos ainda desenvolver as habilidades das ferramentas comunicacionais. Todo o material produzido pelos alunos é exposto na página do projeto no Facebook (https://www.facebook.com/projetotoligadopa/) e no instagram (https://www.instagram.com/projetotoligadopa/) para, assim, circular informações sobre a escola, a comunidade escolar, o bairro, dentre outras. Com isso, o projeto pode incentivar os estudantes a compreenderem os meios de informação a serviço dos seus interesses e necessidades estudantis e mesmo da área em que moram, garantindo a todos o direito à livre expressão e o acesso às tecnologias da informação. Assim, as atividades desenvolvidas pelo projeto propõe pensar na escola como um dispositivo capaz de criar maneira política de apropriação do discurso e transformação da cadeia comunicacional. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No período contemporâneo, sabe-se que, em geral, o processo de educação dos jovens da chamada Geração Z possui (ou deveria, ao menos) um ritmo novo e dinâmico. Pesquisas antes feitas em grandes bibliotecas hoje podem ser feitas com alguns clicks no celular ou computador; livros são folheados através das telinhas e alcançar essa geração é um desafio que só pode ser vencido através da adaptação dos métodos educacionais Indo além, de forma ideal, em uma sociedade democrática é preciso ensinar os jovens a ter um olhar crítico e entender seu papel no mundo, principalmente pela grande quantidade de informação que circula na web. Fazer o jovem ser cidadão e se perceber com tal é uma das principais funções da escola e, para isso, a educomunicação é vista como uma eficiente metodologia no processo educacional, segundo o fascículo da Unesco, Eu comunico, tu comunicas, nós educomunicamos (2002): A educomunicação é, portanto, a metodologia escolhida por inúmeras organizações, para transformar a sociedade, divulgar e garantir os direitos humanos. A metodologia pensa e pratica a comunicação comunitária de forma colaborativa. Ou seja, não se trata apenas de desenvolver um jornal ou um programa de rádio, mas de fazer tais ações a partir da mobilização de pessoas da comunidade. Sendo a comunicação um direito constitucional, previsto no Artigo 5º da constituição brasileira de 1988, trazer os jovens para a produção de conteúdo mostra a liberdade que lhes é de direito e, além disso, o submete a responsabilidade que carrega essa ação. Levando este panorama em questão, na pesquisa feita através de questionários em 2017 na Escola Manoel Leite Carneiro para quantificar e qualificar a participação do aluno de escola pública no ciberespaço, de 300 alunos (que corresponde a 71,4% dos alunos matriculados na escola no período integral) foi possível observar que 65% dos alunos acessa a internet todos os dias e 92% utiliza o celular para isso, o que indica grande e ativa participação dos jovens no meio digital; mais que isto, se encontram e reforçam laços não apenas online, mas também conectados  offline uns aos outros. Para melhor refletirmos sobre este cenário, que cria um contexto de  rede , adotamos aqui a definição de Pierre Lévy (1999), que pensa o ciberespaço como um meio de interconexão não apenas de computadores, mas uma rede de pessoas criando a cibercultura que une técnicas materiais e intelectuais. Pensar este cenário, sob a perspectiva das interconexões propostas por Pierre Lévy, portanto, significa entender que entre a produção e recepção há um espaço em que os discursos de saber e poder se concretizam no cotidiano. Em uma conferência realizada no TEDxCanoas a pesquisadora brasileira Martha Gabriel afirma que é preciso entender que hoje alunos e professores são seres  cíbridos , em que existe o final da separação do on e do off, já que a mobilidade cresceu trazendo extensões tecnologias onde muitas vezes o celular é extensão do corpo o que consequentemente traz maior integração homem e computador. O corpo biológico então se expande para o corpo ciber. É preciso perceber que: A educação presencial é apenas uma das dimensões em que a educação acontece envolvendo o corpo biológico. Como os estudantes estão  esparramados pelas plataformas digitais, para conseguir alcançá-los plenamente precisamos atingir as suas dimensões digitais também, com e-mail, perfis em redes sociais (GABRIEL, 2013, p. 59). Assim, como se nota, esses alunos  cíbridos exigem uma atualização do sistema escolar e, atento a isso, o projeto então utiliza ferramentas como produção de textos, imagens e desenvolvimento da leitura crítica da mídia, a partir das técnicas da comunicação, capacitando através de oficinas os alunos e estimulando os professores a usar essas ferramentas dentro e fora de sala de aula. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a realização desse projeto foi necessário a utilização da pesquisa-ação como metodologia para melhor compreensão do objeto e possibilidade de ação através do projeto  Tô Ligado! . O projeto surge como forma de intervenção na realidade das escolas Manoel Leite Carneiro e Ruth dos Santos Almeida, onde se estabelece uma relação entre a autora principal e a comunidade escolar, composta por gestores, professores e alunos. A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com uma resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação da realidade a ser investigada estão envolvidos de modo cooperativo e participativo (THIOLLENT, 1985, P. 14) O projeto não possui uma  fórmula fechada , pois é construído a partir da interação entre as ações promovidas e a participação os alunos, contando também com as sugestões de professores e gestores. Isso facilita a aceitação e desenvolvimento pois é possível trabalhar a especificidade de cada escola que recebe as ações educomunicativas. As oficinas são ministradas por estudantes e profissionais de comunicação social voluntários ao projeto e perpassam por produção de texto jornalístico, roteiro para audiovisual, produção audiovisual, técnicas de filmagem, fotografia mobile, jornalismo literário, leitura crítica da mídia e técnicas de reportagem, mas além dos conhecimentos técnicos sobre a comunicação o projeto também promove debates sobre cidadania, direitos humanos, movimentos sociais, meio ambiente entre outros sugeridos pela própria comunidade escolar. Segundo João Bosco Pinto (1989) a pesquisa-ação pode ser dividida em três etapas: Investigação, tematização e programação/ação. Onde é possível compreender o passo a passo da pesquisa e implantação do projeto. Dentro da etapa de investigação foi realizado um levantamento teórico sobre educomunicação, base para a posterior ação desenvolvida, tendo como autores Martha Gabriel, Jesús Martín-Barbero, Paulo Freire e Ismar Oliveira. Já para estabelecer as bases de análise do objeto, as escolas, retomamos Michel Foucault, delimitando assim o objeto como dispositivo disciplinar, em que foram escolhidas duas escolas estaduais para pesquisa e implementação das ações. Como a pesquisa visa entender a participação dos estudantes dessa escola no ciberespaço e suas relações com a comunicação, também utilizamos Pierre Lévy para a compreensão da cibercultura e do mundo digital, no qual os alunos estão inseridos. Após o estabelecimento de do referencial teórico para dar continuidade a etapa de investigação determinei a pesquisa-ação na escola Manoel Leite Carneiro para ser executada com alunos do 1º e 2° ano do ensino médio integral e na escola Ruth dos Santos Almeida para alunos do 6º e 9º ano do ensino fundamental e ensino médio. A escolha partiu da indicação feita por professores e diretores após conversa para apresentação do projeto. Nesta etapa, realizou-se visitas para conversar com alunos e professores, falar sobre o projeto e responder questionamentos sobre sua aplicação nas escolas. Tendo como argumento que para a pesquisa  ação é necessária certa imersão no objeto estudado. Participar nas atividades que as pessoas envolvidas no projeto de pesquisa desenvolvem, não é populista ou sentimental, mas um  ato-pedagógico necessário para apreender realidade social em que se vivem os implicados no processo de conhecimento/ação. (BALDISSERA, 2001, p. 14) Após sistematizar a informação recolhida, foram apresentados os dados e referências para alunos e professores, onde o principal questionamento veio a partir dos questionários aplicados com alunos que mostra que grande parte usa a tecnologia e internet apenas para entretenimento, não para produção de conteúdo ou aprendizado. Em seguida, na tematização foram identificados os elementos, processos, estruturas, relações de poder e o funcionamento de todo o sistema, assim, sendo possível teorizar com o objetivo de compreender o processo como um todo, por meio dos questionários aplicados como os professores, foi possível olharmos o  outro lado da moda , por isso, compreendemos como se estabelece a relação do professor com os meios tecnológicos e a internet, visto que eles são parte da resistência para a atualização do processo educativo. Segundo Adelina Baldissera (2001, p.1):  Na pesquisa-ação acontece simultaneamente o  conhecer e o  agir , uma relação dialética sobre realidade social desencadeada pelo processo de pesquisa. Para última etapa metodológica, o programa-ação, as ações ocorreram duas vezes ao mês alternando entre oficinas/palestras e práticas de produção de conteúdo. Em paralelo as ações, a pesquisa continuou com entrevistas e análise de material produzido pelos alunos, conforme veremos mais à frente. Criamos então um programa pedagógico, onde o projeto  Tô Ligado! foi construído partindo das necessidades de alunos e professores, alinhando o referencial teórico, a produção teórica e a percepção grupal. Por essa razão as oficinas e debates ofertados pelo projeto não tem um roteiro certo, mas atende a necessidade de cada escola e turma envolvida. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Além das precariedades no ensino no Brasil desde as séries da Educação Básica, identificou-se uma barreira ainda maior para o desenvolvimento do senso crítico dos alunos e é a partir dessa inquietação que o "Tô Ligado!" surge, de modo que crianças e jovens possam desenvolver habilidades diversas e possam se reconhecer como agentes de mudança. A iniciativa não é voltada apenas para os discentes, mas também para os docentes, pois diante aos avanços tecnológicos impulsionados por uma sociedade do conhecimento, a comunicação entre aluno-professor tende a ser cada vez mais dialógica. A Educomunicação objetiva a ação cidadã e profissional de crianças e jovens na região metropolitana de Belém, idealizando que essas ações sejam desenvolvidas em diversos ambientes educacionais na capital paraense e no Pará. A primeira edição do  Tô Ligado!" aconteceu em setembro de 2017, na faculdade que as autoras estudam, a Estácio do Pará, a intenção não foi aleatória, visto que, a educomunicação estimula que a escola não é o único espaço que proporciona o ensino-aprendizagem. Entende-se que a sala de aula não é o único espaço de aprendizagem dos sujeitos e que a comunicação pode potencializar a formação de um ambiente dialógico que permita uma maior participação da juventude nas relações de ensino. A comunicação, compreendida como troca de conhecimentos, possui uma dimensão educativa que deve ser levada em conta, já que a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados. (FREIRE, 1992, p.69). Esse momento foi o "pontapé" inicial do  Tô Ligado! . A programação, direcionada para os estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Manoel Leite foi constituída por oficinas de webjornalismo, webrádio, audiovisual de bolso e fotografia mobile, realizada por profissionais e alunos dos cursos de Comunicação Social. Em 10 de março de 2018, oficinas e palestras foram ministradas voluntariamente na Escola Ruth dos Santos e no colégio Manoel Carneiro. Na escola Ruth dos Santos, aconteceram as oficinas de Produção de vídeos e fotos mobile; Técnicas de Reportagem e Jornalismo Literário. No Manoel, alunos de Ensino Médio, participaram de cursos de Técnicas de Reportagens; Fake News; Roteiro e Produção para audiovisual. Como já dissemos, as atividades são participativas, ou seja, elas não possuem um modelo "fechado" ou focado no oficineiro e/ou palestrante, o aluno é personagem ativo das ações, desse modo, busca-se a atividade prática dos mesmos. Na programação do dia 24 de março, por exemplo, recebemos vídeos produzidos pelos alunos e alunas, como resultado da oficina de "Roteiro e Produção para audiovisual", o que comprova que os participantes de fato se interessaram e  colocaram a mão na massa na medida que trocam conhecimentos e experiências com os mediadores das atividades. Outras trocas de experiências que receberam destaque foi o vídeo produzido por duas alunas de 9º ano, as estudantes participaram da oficina de "Jornalismo na Web" com o jornalista Fabyo Cruz. Ao final da atividade, onde foi apresentado as principais características do jornalismo na web, os estudantes produziram um vídeo em que elas fizeram parte de uma prática jornalística, nesse caso, o cenário continha: a repórter, os entrevistados e o cinegrafista (alguns dos  produtos resultantes das atividades, como este, são enviados em anexo). Outro resultado significativo foi a produção de fotografias mobile com os alunos de 9º ano da escola Ruth dos Santos. Desenvolvida pelos profissionais Igor Bilby, Rosana Lopes e Jean Lucas, os estudantes fotografaram excelentes fotos com diferentes olhares, o que é possível de ser realizado mesmo quando não existem "recursos" para isso. A oficina de  Roteiro e Produção para audiovisual , ministrada pelos oficineiros Everton Santos e Jobson Machado, foi composta por dois momentos: a primeira parte do curso aconteceu em 10/03, momento em que os oficineiros apresentaram as características de roteiro e produção. Já no segundo momento, os alunos colocaram em prática os conhecimentos adquiridos na fase inicial, desse modo, eles foram os diretores dos seus vídeos. Um educador humanista, revolucionário, não há de esperar essa possibilidade. Sua ação, identificando-se desde logo, com a dos educandos, deve orientar-se no sentido da humanização de ambos. De pensar autêntico e não no sentido da doação, da entrega do saber. Sua ação deve estar infundida na profunda crença dos nos homens. Crença no seu poder criador (FREIRE, 1996, p. 59). Embora a educomunicação seja uma excelente ferramenta para a promoção da educação transformadora e emancipadora, ela só é possível e eficaz a partir do trabalho de agentes participantes e humanistas, no caso, os educadores e os educandos, portanto, para que as práticas educomunicativas modifiquem o indivíduo, ela precisa ser exercida por cidadãos que acreditem nessas ações educomunicativas, assim, os agentes envolvidos acreditam no seu poder e voz social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O projeto "Tô Ligado!" oferece para diversas instituições de ensino de Belém e do Pará uma nova maneira de executar a educação, a partir do complemento da comunicação, dessa maneira, estimulamos e valorizamos os conhecimentos interdisciplinares. Diante disso, considerou-se a opinião e a participação dos ministrantes e alunos envolvidos no projeto, visto que, todos são agentes fundamentais dos processos educomunicativos. O "Tô Ligado!" provavelmente não possua uma conclusão definitiva, visto que, além de ser uma iniciativa que pode ser modificada de acordo com as ações de cada personagem, ele também é contínuo. A princípio, o projeto era executado somente em escolas públicas, mas o mesmo recebeu um convite para participar da 1ª Feira do Livro do Colégio Equipe Canaã, em Canaã dos Carajás, uma escola privada do interior do Pará. Nesse sentido, verificou-se a importância da educomunicação como um modelo de educação que possibilita novas maneiras de ensinar e aprender, assim, é uma prática educacional que deve ser aplicada, em benefício da educação e da sociedade. Para a criação do produto, considerou-se que a Educomunicação proporciona o diálogo, a liberdade, a transformação e a identificação dos personagens dos processos educomunicacionais, no entanto, o sucesso do projeto é conquistado somente se os envolvidos estão estimulados e ativos nas interações proporcionadas pela Educação e Comunicação, como apresentamos aqui. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BALDISSERA, Adelina. Pesquisa-ação: uma metodologia do  conhecer e do  agir coletivo. 2001. Revista Sociedade em Debate, Pelotas, 7 (2): 5-25. Disponível em: http://revistas.ucpel.edu.br/index.php/rsd/article/viewFile/570/510. Acesso em 17/03/18<br><br> Eu comunico, tu comunicas, nós educomunicamos , do  Guia dos Direitos Sexuais e Reprodutivos , iniciativa: UNICEF, Viração, Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, em parceria com Segurança Humana). 2002.<br><br>FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Editora Paz e Terra. Ano: 1996.<br><br>FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? São Paulo, Editora: Paz e Terra. Ano: 1992.<br><br>GABRIEL, Martha. Educar: a revolução digital na educação. São Paulo, Saraiva, 2013<br><br>LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.<br><br>MARTÍN-BARBERO, Jesús. A comunicação na educação São Paulo, Contexto, 2014.<br><br>THIOLLENT. Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo, Cortez, 1985.<br><br>PINTO, João Bosco Guedes. Pesquisa-Ação: Detalhamento de sua sequência metodológica. Recife, 1989, Mimeo.<br><br> </td></tr></table></body></html>