ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00230</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Faça o que eu digo, faça o que eu faço</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Fernanda Silva de Souza (Fernanda); Antônio Neto Cavalcante LIMA (Fernanda); Bianca Fatim POMPEU (Fernanda); Carlos Fábio Morais GUIMARÃES (Fernanda)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;fotonovela, Espiral do silêncio, teoria da comunicação, opinião , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esta fotonovela retrata um pensamento que ficou conhecido na década de 1970 como espiral do silêncio. A teoria buscava explicar a razão pela qual as pessoas permanecem silenciosas quando têm a falsa sensação de que as suas opiniões, concepção do mundo ou seu conjunto de intuições estão em minoria. Por meio da leitura bibliográfica sobre a teoria e as características da fotonovela, produzimos um produto que chama a reflexão sobre o padrão de beleza imposto, muitas vezes, pela mídia e seus efeitos nos indivíduos que não seguem tais padrões. O resultado foi que ao se silenciar para ficar adequado a um cenário, acabamos nos tornando infelizes e aquém do que gostaríamos de ser. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As teorias da comunicação são estudos pertinentes nas áreas de jornalismo e publicidade, porém quase sempre, nem sempre empolgantes aos acadêmicos devido serem leituras que parecem estar distantes da realidade. Essa foi a primeira percepção que tivemos ao se deparar com o cronograma da disciplina teoria da comunicação, no 2º período do curso de Comunicação Social da Faculdade Martha Falcão - Wyden. O professor, no entanto, desde o início, procurou nos mostrar o contrário. Afirmava na época que a teoria é a reflexão da prática e sempre trazia exemplos do que insistíamos afirmar que tais leituras não condiziam com a atualidade em que vivemos. Umas das teorias foi a Espiral do Silêncio. Essa teoria começou a ser estudada na década de 60, com base nas pesquisas sobre efeitos dos meios de comunicação em massa. Elaborada pela socióloga e cientista política Elizabeth Noelle-Neuman, o postulado era um processo em espiral que incitava os indivíduos a perceber as mudanças de opinião e a segui-las até que uma opinião se estabelecesse como atitude prevalecente, enquanto as outras opiniões eram rejeitadas ou evitadas por todos. Em outras palavras, para a teoria o importante são as opiniões dominantes, e estas tendem a se refletir nos meios, a opinião individual passa por um processo de crivo do coletivo para ganhar a força. Sobre essa teoria é importante lembrar que existe um enclausuramento dos indivíduos no silêncio quando estes têm opiniões diferentes dos vinculados pela mídia. No momento em que uma opinião individual difere da maioria ou do pensamento coletivo, pode ocorrer uma reação de isolamento social do indivíduo, em que as pessoas alteram a sua forma de pensar ou são silenciadas. A Teoria do Espiral do Silêncio ajuda a entender como a mídia funciona em relação à opinião pública e silencia as demais ideias. Com o pensamento na teoria, procuramos retratar a realidade atual, com exemplos de histórias do cotidiano. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A partir dessa teoria, quando o indivíduo reconhecer que a sua opinião não coincide com a opinião da maioria, e por isso, expressar-se publicamente cada vez menos. E a medida em que a distância entre a opinião do indivíduo e a opinião pública aumenta, aumenta a probabilidade dele se calar e de se auto-censurar, objetivou-se elaborar uma fotonovela baseada nos padrões de beleza impostos pelos meios de comunicação, analisando a visão de pessoas que vivem essa realidade e dando enfoque ao cenário social e midiático que as cercam. Indiretamente demonstrar como as teorias de comunicação são reflexões sobre o processo do cotidiano em sociedade e que não são leituras desatualizadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerada um subgênero da literatura, a fotonovela é uma narrativa que faz a junção da fotografia e texto verbal. A história é narrada numa sequência de quadrinhos e cada quadrinho corresponde uma fotografia acompanhada por uma mensagem textual. Harbert (1984) definia a fotonovela como obra literária ou artística em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, e neste caso a grosseria era imitar ou reproduzir grosseiramente os filmes em destaques apresentados no cinema. No Brasil, as fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos, entre os anos 1950 a quase 1980, representando a ideia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional. Foi durante a década de 1980 que a fotonovela desapareceu, dando lugar as novelas de televisão e outras manifestações da mídia de massa. Paralelo a trajetória das fotonovelas, questiona-se o que vem a ser padrão de beleza? De forma simples e se baseando no senso comum, padrão de beleza seria como uma tabela de regras, que deveria ser seguida para aparentar ser socialmente aceitável e apresentável. Nos tempos atuais é impossível não entrar em alguma rede social, algum tabloide ou revistas que abordem sobre padrão de beleza. Diante disto, houve a necessidade de resgatar esse formato de comunicação - fotonovela - para que pudéssemos trazer reflexões acerca do padrão de beleza imposto pela mídia e seu efeito nas pessoas que não nasceram dentro desses padrões ou que não o seguem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A produção da fotonovela seguiu as bases iniciais de um trabalho acadêmico. Primeiro, realizamos uma pesquisa bibliográfica para nos embasar do tema. Esse tipo de pesquisa, conforme Chira, Kaimen, et al., (2009), é feita com o intuito de levantar um conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo investigado. A pesquisa bibliográfica visa então analisar as principais teorias de um tema, e pode ser realizada com diferentes finalidades. Trabalhamos com Pena (2011), Temer e Nery (2009) e artigos digitais sobre a teoria. Os autores nos deram base para a teoria de Noelle-Neumann que nos clareou que as pessoas são influenciadas não apenas pelo que as outras dizem, mas pelo que as pessoas imaginam que os outros poderiam dizer. Neumann sugeriu que se  um indivíduo imagina que sua opinião pode estar em minoria, ou poderia ser recebida com desdém, essa pessoa estaria menos propensa a expressá-la . A técnica utilizada foi a pesquisa de campo. Utilizamos o cenário da faculdade para realizar a produção da fotonovela. Quanto à composição das cenas utilizamos cenários externos como, refeitório e banheiro da faculdade e a casa de uma das integrantes do grupo. Por fim foi realizado o trabalho de seleção e edição das imagens e dos textos de acordo com cada cena, essa edição foi realizada através do uso de dois programas de computador o Adobe Photoshop CC 2017 e o Paint, finalizando a criação da fotonovela. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho foi solicitado na disciplina Teorias da Comunicação, ministrada pelo prof. Carlos Fábio, no segundo semestre de 2017. A fotonovela  Faça o que eu digo, faça o que eu faço teve sua criação baseada em acontecimentos reais acerca da vivência de duas de nossas integrantes do grupo. Produzida em cinco capítulos nos quais contém um total de 28 cenas que descrevem os acontecimentos referentes à estória. A fotonovela acontece na cidade Manaus no Brasil. Os capítulos contam a história de uma mulher (personagem interpretado pela acadêmica Bianca Fatim) que logo no começo mostra amar sua aparência e seus cabelos enrolados, mas que tem  amiga (personagens interpretados por Tassyane Rodrigues, Fernanda Souza e Thaiana Alves) que a criticam e ficam mostrando que o padrão de cabelos lisos, comentado pela mídia  revistas  são ideal e que as mesmas seguem. Cedendo ao que as amigas pedem, Bianca modifica seu cabelo e, logo em seguida, mostra-se muito triste com tal decisão que foi pressionada a fazer. Então, toma uma decisão e volta a ter seus cachos novamente, não aceitando ser pressionada a modifica-los para agradar os outros de novo, voltando a ter sua autoestima. A fotonovela teve como proposta abordar temas presentes em nosso contexto social, mostrando a pressão social para que as pessoas sigam os padrões impostos pela mídia, mesmo que isso interfira na autoestima da pessoa. A produção realizou um produto baseado em pessoas que já passaram por essa situação e de histórias contadas pelas integrantes do grupo que vivenciaram esse padrão nas suas vidas, demostrando que as teorias da comunicação são reflexões presentes em nosso cotidiano e não meros textos ultrapassados ou que não condizem com a realidade. Elaboramos o storyboard, ou seja, criamos a história determinando o roteiro e todo o desenvolvimento da trama. Após esse processo partimos para a produção das fotos seguindo a sequência do roteiro pré-determinado. Para a captação das fotos que comporiam as cenas foi usado uma câmera de um aparelho celular (iphone 6) e adequação aos ambientes já mencionados. A história trouxe um texto simples, coloquial comumente usada pelas pessoas em seu cotidiano. De fácil compreensão com objetivo de alcançar o maior número de simpatizantes, bem como propiciar uma reflexão acerca do contexto social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Vimos que a fotonovela é uma produção cultural voltada para a massa. Vimos também que seu uso despencou drasticamente com a entrada da TV e outros meios. Todavia, esse formato ainda é bem eficaz e pode ser moldado para as plataformas digitais. A teoria nos foi útil no que diz respeito à reflexão sobre as formas de cultura e transformar o público deste tipo de massa em agentes mais críticos sobre a realidade. Neste contexto é necessário desenvolver mecanismos que impeçam essa alienação, ou seja, que as informações recebidas através dos meios de comunicação de massa se tornem verdades absolutas sem permitir ao receptor questionar ou ter posicionamento contrário. Essa observação da realidade social em relação aos meios de comunicação nos leva a reflexão de que a sociedade não precisa ficar refém dos padrões impostos, mas sim procurar seguir a aparência que lhe agrada e se sentir bem consigo mesmo. Por fim, o trabalho contribuiu também para que pudéssemos refletir sobre os processos comunicacionais que estão ativos constantemente, seja na figura do emissor, receptor, canal, mensagem ou efeitos dessa mensagem, em sociedade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BORDENAVE, Juan E. Diaz. O que é comunicação Coleção primeiros passos. Ed. Brasiliense. São Paulo, 1997. <br><br>CHIARA, I. D. et al. Normas de documentação aplicadas à área de Saúde. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2008.<br><br>HABERT, Angeluccia Bernardes. Fotonovela e indústria cultural Estudo de uma forma de literatura sentimental. Ed. Vozes, São Paulo, 1984.<br><br> ___________Mulher. Padrão de Beleza. Disponível em https://www.vix.com/pt/bdm/beleza/padroes-de-beleza. Acesso em 10 de abr 2018 <br><br>________O Blog do JF - Compartilhando Informações e Curiosidades na Web. Disponível em https://oblogdojf.blogspot.com.br/2017/05/a-historia-das-fotonovelas.html?m=1. asfotonovelas.blogspot.com.br Acesso em 10 abr 2018 <br><br>PENA, Felipe. As teorias do Jornalismo. São Paulo: ed. Contexto, 2011 <br><br>TEMER, Ana C; NERY, Vanda C. Para Entender as Teorias da Comunicação. 2 ed. Uberlândia, EDUFU, 2009.<br><br> ________Tudo o que você precisa saber sobre as teorias que marcaram a história. Disponível em https://teoriasdacomunicacao2.wordpress.com/teoria-espiral-do-silencio/. Acesso 10 abr 2018 <br><br> </td></tr></table></body></html>