ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00291</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp; AL OTRO LADO DEL RÍO - narrativas de refugiados indígenas venezuelanos da etnia Warao em Belém-PA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;lucas da silva costa (universidade federal do pará); taymã rodrigo oliveira carneiro (universidade federal do pará); raisa cristine rodrigues de araújo (universidade federal do pará); Sandoval Silva Oliveira Junior (universidade federal do pará); Dáleth Susan de Lima Oliveira (universidade federal do pará); Denise Cristina Salomão Corrêa (universidade federal do pará); Érica Alves de Oliveira Tavares (universidade federal do pará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Webdocumnetário, Refugiados, Venezuelanos, Warao, Belém</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O webdocumentário "Al Otro Lado Del Río - narrativas de refugiados indígenas venezuelanos da etnia Warao em Belém - PA" foi desenvolvido no Laboratório de Novas Mídias Digitais da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará. Os objetivos principais são: narrar e documentar a migração na Amazônia Paraense no início do século XXI; levantar a questão de que todo refugiado é um cidadão, sujeito de direitos; e que todo processo migratório em pequena ou larga escala, é capaz de transformar hábitos e costumes de uma sociedade. Também objetivamos denunciar os abusos e descasos que o povo indígena venezuelano Warao vem enfrentando em Belém. Para tanto, dividimos o produto em três episódios audiovisuais, que narram a história destes refugiados. Como base teórica, utilizamos os conceitos de Palacios (1999), Penafria (2010), Arágon (2011), Schwingel (2008; 2012) e Alves e Dias (2017).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Webdocumentário apresentado neste trabalho foi pensando para discutir de forma interativa, como é a proposta de um webdoc, o novo movimento migratório para a Amazônia paraense. Como personagens, elegemos os recém refugiados em Belém do Pará, os indígenas venezuelanos da etnia Warao. Como protagonista da história elegemos Minerva, uma das mulheres do grupo, nos relatou sobre o processo de chegada em Belém. Para fugir de uma crise econômica e política na Venezuela, os indígenas do nordeste venezuelano têm migrado para alguns estados do Norte do Brasil em busca de alternativas. A partir de 2015, esse fluxo migratório se intensificou em estados brasileiros como Roraima e Amazonas. Em 2017, Belém passou a ser mais uma rota no caminho dos Warao. No entanto, a cidade se mostrou sem preparo efetivo para acolher os mais de 50 indígenas que vivem nas ruas do centro da cidade em condições de extrema miséria. Com muitas crianças de colo no meio dessa população, as medidas tomadas pelo governo ainda não tiveram impacto positivo para melhorar as condições e assistências necessárias para atendê-los até o momento. Aragón (2011), fala sobre os fluxos migratórios internacionais no Brasil, em especial na Amazônia, e destaca a globalização como processo acelerador das alterações significativas dos padrões migratórios internacionais. Segundo o autor, o Brasil recebeu entre o século XIX e início do século XX mais de 5 milhões de imigrantes vindos principalmente de Portugal, Itália, Japão, Alemanha e Espanha. Entre os anos 1950 e 1980, a população do Brasil ficou restrita quase que exclusivamente da relação entre nascimentos e mortes, dada a inexpressiva representação da migração internacional. Não distante da realidade encontrada nos países do continente europeu, por exemplo, a violência contra a mulher se apresenta como uma problemática marcante, e no papel de "refugiada" a condição ainda é pior, como bem afirma ALVES e DIAS (p.9, 2017).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste webdocumentário é narrar, de forma histórica e documental, a migração dos indígenas venezuelanos Warao para a Amazônia Paraense no início do século XXI e como esta narrativa se encontra com a vida e cotidiano do povo paraense. Com este webdoc, também pretendemos denunciar o descaso que acontece com a população migrante e ressaltar a falta de políticas públicas em Belém que amparem de forma eficaz os novos povos que chegam aqui. O objetivo de trabalhar com o formato do webdocumentário tem a ver com a facilidade de dividir a história em episódios e em mais de uma mídia, contados pelos próprios migrantes, fazendo com que o interlocutor acesse o arquivo que mais o interessar, sem que o entendimento deste fique comprometido, já que a proposta deste formato é a multilinearidade (PALACIOS, 1999).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha do tema se justifica pela necessidade de vozes narrarem sua própria história, ora as vozes dos refugiados, ora as vozes dos amazônidas, que juntos criam novas narrativas acerca de suas relações interpessoais, com mistura de tradições, culturas, religiões, comidas. A escolha do formato diz respeito a necessidade de registrar este fato histórico em uma plataforma multimidiática, para que a sociedade tenha interesse em conhecer um pouco mais da história atual da migração, e futuramente sirva de material de pesquisa para pesquisadores e povos que virão. Com as novas tecnologias digitais e as ferramentas que possibilitam uma interação maior com o público, o webdocumentário tem como objetivo dar mais visibilidade a essas populações. De acordo com Manuela Penafria (2010) um webdocumentário diferencia-se claramente de um filme pelo fato de que neste, a sucessão das imagens e sons é linear. O filme é um dos elementos que podem fazer parte do webdocumentário. E, por definição, o webdocumentário é uma obra que opera e apresenta um recorte poético do mundo da vida, sendo composta por uma interface interativa que integra e relaciona elementos multimédia (como texto, imagem, som) e, eventualmente, elementos de comunicação (como fóruns ou chats). Por interface entende-se uma ligação, ou seja, o que nos permite aceder a um determinado conjunto de informação (PENAFRIA, 2010, p.2). Portanto, este webdocumentário que abordará a temática da migração na Amazônia no século XXI tem a importância sócio-histórica de preservação cultural e de memória. Vale ressaltar também que dia 21 de novembro, dia em que demos início às primeiras gravações, houve alteração na lei do estrangeiro, sendo agora utilizado o novo termo "lei de migração" e suas implicações. O webdocumentário é um produto audiovisual que vem ganhando cada vez mais espaço entre os conteúdos que circulam no espaço virtual e por ser feito, exclusivamente, para este meio, possui, segundo Palacios (1999), características próprias como a multimidialidade (várias linguagens, áudio, texto, imagem reunidas em uma mesma plataforma), multilinearidade (autonomia do usuário na escolha da sequência narrativa) e interatividade (possibilidade de o usuário ser um produtor ativo do conteúdo, comentando, enviando sugestões, compartilhando, fazendo parte da construção narrativa dos discursos). Conhecendo essas particularidades, acreditamos que construir um webdocumentário para o nosso trabalho, seria essencial para aquilo que havíamos escolhido abordar, o tema escolhido foi a questão do imigrantes e refugiados na Amazônia, com enfoque na região metropolitana de Belém. Muitos caminhos foram sugeridos até que pudéssemos nos encontrar, pois, decidimos retratar a situação dos refugiados indígenas que vieram da Venezuela. Para iniciar o nosso trabalho e tentar não fugir do tema, realizamos diversas reuniões em equipe, para saber a partir de que ponto seria mais interessante ou importante executar nossa proposta. A escolha de um webdocumentário para tratar de um assunto como a presença de refugiados na Amazônia paraense é pertinente devido às possibilidades de construção, interação e circulação da mensagem. Com as novas tecnologias digitais e as ferramentas que possibilitam uma interação maior com o público, o webdocumentário tem como objetivo dar visibilidade maior a essas populações, às suas questões socioculturais e principalmente às suas necessidades diante de uma realidade totalmente diferente da qual estavam anteriormente acostumados a viver. Dessa forma, a partir das narrativas coletadas sobre a trajetória de indígenas venezuelanos em situação de refúgio, acreditamos que o webdocumentário e todas as suas possibilidades de utilização são formas possíveis e pouco exploradas para tratar produções jornalísticas, principalmente em nível local.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção ciberjornalística do webdocumentário  Al Otro Lado Del Rio teve início com a apuração de informações disponíveis até aquele momento nos portais de notícias locais e alguns de outras regiões do norte do país, em que a situação dos refugiados era semelhante. A produção de uma pauta bem estruturada também foi um ponto de partida importante para dar início ao trabalho, pois com a apuração e a elaboração da pauta foi possível delinear um caminho a ser percorrido no processo de produção do webdocumentário. Com a apuração e a pauta, a arquitetura das informações dispostas no site também foram sendo definidas. Os recursos multimidiáticos foram pensados cuidadosamente para que a dinamicidade e o caráter atrativo do site, juntamente com a importância de noticiar a situação dos refugiados indígenas da etnia Warao em Belém contemplassem as diversas maneiras de se navegar pelo site e consumir a informação da forma que o leitor ache mais interessante. De acordo com os aprendizados em sala de aula e com o auxílio da pesquisa bibliográfica foi possível planejar adequadamente a arquitetura da informação que melhor pudesse se enquadrar ao objeto aqui pesquisado e produto do presente webdocumentário, que é a trajetória dos refugiados venezuelanos em solo amazônico, tendo como recorte principal a cidade de Belém do Pará. Quando analisamos o processo de produção - composição, edição e disponibilização (SCHWINGEL, 2012) - aplicados à construção deste trabalho, conseguimos visualizar cada passo da elaboração devido às divisões de tarefas entre os membros da equipe e a conformidade entre o que foi ensinado em sala de aula e as escolhas tomadas pelo grupo na prática. Certamente houve imprevistos e dificuldades na elaboração do presente projeto, no entanto, o produto até aqui construído nos mostra que muitas informações foram colhidas e são essenciais para que a população em geral, especialmente a de Belém do Pará reflita sobre quem são os refugiados venezuelanos e quais são suas histórias e seus direitos, diante das implicações políticas e econômicas de um país em crise.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Assim, contextualizando e inserindo o presente trabalho de acordo com os sistemas de produção ciberjornalística abordados em sala de aula e de acordo com os estudos de Carla Schwingel (2008; 2012), podemos salientar que o sistema de composição  envolve a definição da arquitetura da informação de uma matéria e também do produto como um todo, a organização e as possibilidades técnicas de ajustes da informação (SCHWINGEL, 2008, p. 119). Desse modo, obedecendo uma hierarquia das informações e dos produtos que compõem este projeto, os vídeos que formam o webdocumentário são os principais destaques na nossa produção. Ao passo que as narrativas estão contidas em primeira pessoa nos vídeos, onde elencamos como personagem principal a indígena Minerva, suas histórias vão sendo contadas, em espanhol, de como chegaram até a cidade de Belém e os motivos pelos quais tiveram que sair de seu país e vir para um lugar totalmente desconhecido. A execução de fotos, vídeos e depoimentos, estiveram sob a luz do respeito, mesmo com a intenção de denúncia sobre essa realidade, os cuidados com os ângulos e enquadramentos para as fotos e vídeos, principalmente com as crianças, estiveram de acordo com o Estatuto da Criança e do adolescente (Lei nº 8069/90), lei máxima quando se trata da garantia de direitos do segmento infanto-juvenil, além de outras leis e tratados de direitos humanos, dos quais o Brasil é signatário . Mesmo com certas proibições, tínhamos a noção de que no processo de edição, poderíamos criar elementos que representassem essa realidade, para isso, as fotos das crianças, que são muitas, serviriam para a construção de desenhos que compõem a estética da plataforma. Talvez os métodos mais importantes que tivemos para obter êxito nesse trabalho, foi o de ter cuidado e respeito com essas pessoas. Para isso, buscamos um contato importante que nos ajudou em todo o decorrer dessa caminhada. Essa pessoa, acompanha os indígenas quase desde a chegada deles na capital paraense, ele foi essencial para estabelecermos um elo de confiança com eles. Estabelecida essa confiança, tivemos mais facilidade de acesso a eles, sempre dentro dos limite com a preocupação de não avançarmos o sinal da pressa e do deslumbramento. A sensibilidade também foi um método que tivermos que exercer para adquirir o material que iria ser conduzido ao nosso produto. Teríamos então um conteúdo disponibilizado na Internet, que opera e apresenta um recorte poético do mundo da vida, sendo composta por uma interface que integra e relaciona elementos multimédia interativos (como texto, imagem, som) e outros elementos interativos de comunicação (como fóruns ou chats). Como características desse modelo multilinear de produção audiovisual para a web, que é o webdocumentário, Penafria (2009) destaca também a necessidade de pensar os elementos que compõem o webdocumentário para que o receptor não perca o interesse no material, pois com a multilinearidade, uma má disposição ou má utilização dos recursos do webdoc podem fazer as pessoas não acompanharem o produto até o fim. A criatividade que se exige do documentarista na produção tradicional deve ser agora desenvolvida quer na criação de um interface atractivo quer na elaboração de um sistema interactivo de navegação. O modo como devem os elementos ser combinados e quais os elementos a combinar são os desafios que se colocam ao documentarista no sentido de se criar uma estrutura coerente para abordar o tema em causa e de modo a ficar patente a abordagem ou ponto de vista sobre esse mesmo tema (PENAFRIA, 1999, p. 6). A construção do webdocumentário passou por três principais fases durante os seis meses do laboratório de Novas Mídias Digitais. Na primeira fase, houve a definição do tema, pesquisas, construção da pauta e divisão de tarefas dentro do grupo. Na segunda fase construímos um cronograma de atividades para que pudéssemos organizar as atividades que desenvolveríamos e partimos para a coleta de materiais, que incluía entrevistas e delas se diluíram em textos, fotos áudios e vídeos que foram utilizados na plataforma. Após a coleta do material, passamos para a terceira fase do projeto, considerada a pós-produção, com a construção da plataforma. Na primeira fase decidimos o tema e pensamos em trabalhar com dois grupos distintos de refugiados na Amazônia, os venezuelanos. O nosso primeiro contato com os venezuelanos foi em uma reunião entre o grupo de migrantes e prefeito da cidade de Belém, Zenaldo Coutinho. Neste momento tivemos ampla noção do que se tratava a realidade deles, e pudemos observar a quantidade de adultos e crianças presentes no local. O nosso segundo contato com eles foi no local onde eles passaram a residir, no centro comercial de Belém. Lá conhecemos o Thiago que nos colocou em contato direto com eles e nos facilitou a entrada em suas casas. O terceiro encontro fomos como observadores. Nos apresentamos e conversamos com eles na presença do Thiago. Conhecemos as duas casas em que eles estão hospedados e desde este momento já observarmos as dificuldades que iríamos enfrentar, em função de a região em que eles residem ser de risco. Neste encontro pudemos conversar com eles e já elegemos que priorizaríamos a voz feminina para narrar o processo de imigração para Belém. Voltamos mais uma vez na casa deles para conhecer a Minerva e combinar o dia da entrevista. No dia combinado os levamos para a Praça da República, local próximo da casa deles e entrevistamos Minerva, a personagem central da história. Além dela, também fizemos uma extensa entrevista com Brenda de Castro, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFPA) em que ela nos deu o contexto histórico e social das imigrações no Brasil e Amazônia, nos explicou a diferença entre refúgio e asilo e nos situou sobre as leis que protegem pessoas em situação de risco. O webdocumentário é desenvolvido em três plataformas diferentes: o YouTube, para hospedar os vídeos; o Medium, para os textos; e o Wix, para hospedar o site (Disponível em: <bit.ly/otroladodelrio> ou <https://projetorefugiadosp3.wixsite.com/alotroladodelrio>). O formato do site apresenta caminhos para acessar todos os conteúdos. Ao ser aberto o leitor se depara com o webdocumentário em formato matéria longform, em que os conteúdos estão distribuídos de cima para baixo na seguinte ordem: episódios, enumerados de uma a três com seus nomes; dois textos, com seus títulos, primeiros parágrafos e link para leitura completa; uma galeria de fotos; mais dois textos sobre o assunto e seus respectivos links para leitura completa; outra galeria com mais fotos sobre o produto; nomes e fotos da equipe que produziu o trabalho; e ao final do site, botões para compartilhamento do site em redes sociais, assim como espaço para comentários vinculados a contas do Facebook. O site tem fundo com textura de papel branco. Ao longo do site também há ilustrações feitas a partir de fotos das crianças refugiadas, para compor a identidade visual do webdocumentário. Todos os vídeos poderão ser assistidos no próprio site, pois os mesmos estão embedados de forma que ao clicar nas miniaturas, eles abrem na própria página, ocupando a tela inteira; as fotos seguem o mesmo padrão, ao serem clicadas elas abrirão, e com o uso das setas esquerda e direita do teclado, poderão ser vistas de uma vez só; os textos são os únicos que abrem outra aba no navegador quando o espectador clica no link  continuar lendo , eles são mostrados inteiros na plataforma Medium, que funciona como uma espécie de blog, onde também é possível comentar e compartilhar os textos em redes sociais. Na seção com os nomes e fotos dos integrantes da equipe, ao clicar na foto ou nome do integrante, o leitor será levado a um texto produzido pelo integrante em questão sobre sua vivência na produção do webdocumentário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento de um webdocumentário não é simples. É um produto que apresenta características diferentes de um documentário, sendo diferenciado, por exemplo, no espaço em que é transmitido, no entanto, os dois possuem uma característica semelhante. O não domínio do caminho que se tem até o processo final. Tanto o documentário quanto o webdocumentário, mesmo com a preparação de pautas ou roteiros, muitas vezes, acabamos não tendo um domínio completo sobre eles. Quando vamos a campo e depois quando nos deparamos com o processo de edição e construção do produto, temos a sensação de que muito se falta, mesmo que não falte nada. O trabalho nos proporcionou a relação com uma outra cultura, estivemos próximos de realidades distantes, de pessoas com costumes diferentes, mas com algumas peculiaridades. Vimos que os indígenas venezuelanos também gostam de ouvir música no celular e de se arrumar para sair. Mesmo com tantas agruras, estivemos próximos de sorrisos contagiantes, as crianças eram as mais felizes, talvez, as mais inocentes. Sem dúvidas, construir um webdocumentário, nos levou adquirir novas percepções sobre a vida e o mundo. Encerramos a nossa jornada com o sentimento de dever cumprido, com o entusiasmo de quem está começando a vida e com a vontade de a cada trabalho, seja na graduação ou fora dela, de sempre fazer e buscar o melhor, mesmo quando o mundo nos apresenta o pior. Muitas vezes nos curvamos diante das dificuldades, muitas vezes nos escondemos pelo medo e a insegurança. O webdocumentário  al outro lado del rio nos ensinou que ser jornalista não é só escrever matéria. Ser jornalista é conhecer outras vidas, é ter a oportunidade de lidar com outras atitudes e aprender que sozinho, não se constrói reportagem, matéria e nem um jornal. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARAGON, Luis E. Introdução ao estudo da migração internacional na Amazônia. Ed Contexto Internacional, Vol 33, n.1: 2011 32p.<br><br>BERNADES, Fernanda. Webdocumentário e as funções para a interação no gênero emergente: análise de Fort Mcmoney e Bear 71. Rio Grande do Sul. 2015. 161 p. (Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Faculdade de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul &#8213; PUCRS).<br><br>SCHWINGEL, Carla. Sistemas de produção de conteúdos no ciberjornalismo: a composição e a arquitetura da informação no desenvolvimento de produtos jornalísticos. Biblioteca Central Reitor Macedo Costa. 2008 ______. Ciberjornalismo. São Paulo: Paulinas, 2012. <br><br>PALACIOS, Marcos. Hipertexto, fechamento e o uso do conceito de não-linearidade discursiva. Lugar Comum, Rio de Janeiro, n. 08, p. 111-121, 1999. <br><br>PENAFRIA, Manuela. Webdocumentário  Interatividade, Abordagem e Navegação. Comunicação Digital  10 Anos de Investigação. Lisboa, Portugal, Editora Minerva/Labcom, 2013, 216 p. __________. (1999) Perspectivas de desenvolvimento para o documentarismo. Capturado em 15 ago 2002. Online. Disponível na Internet: www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=penafria-perspectivas-documentarismo.html <br><br> </td></tr></table></body></html>