ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00310</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista Cambori: Amazônia em cores</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Adriane Jackson de Vasconcelos (Universidade Federal do Pará); Everton Pereira dos Santos (Universidade Federal do Pará); Larissa Carreira da Cunha (Universidade Federal do Pará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Design, Revista, Cambori, Amazônia , Cores</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho traz a produção do design de capa da "Revista Cambori: Amazônia em Cores", revista fictícia produzida para o Laboratório de Produção em Mídias Impressas. Compõe o trabalho a direção de arte da capa, bem como o processo de escolha do naming e a criação de logotipo para a revista. A finalidade do produto é a de criar um material que busque explorar o universo das cores sob os mais variados aspectos e áreas do cotidiano tendo como ambientação a Amazônia, sempre considerando seus aspectos e estética particulares. A produção dessa capa foi realizada com o uso de softwares livres e da Adobe.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Região Amazônica é composta de uma grande diversidade cultural, manifestações artísticas e arquitetônicas. Sua cor vai muito além do verde. Este por sua vez está presente em diversos tons e se mistura a uma imensa gama de cores que compõem as visões artística e paisagísticas dos estados da região. Por isso, pode-se dizer que a Amazônia possui uma estética que é composta de elementos próprios, bem como de elementos influenciados ou adquiridos de outras culturas. Um elemento importante formador desta estética é a cor. Este elemento também comunica e tem um significado. Na psicologia das cores, cada uma delas representa ou desperta alguma sensação e isso deve ser levada em consideração na montagem de alguma peça gráfica ou elemento cultural, por exemplo. Heller (2012), ao abordar sobre o resultado de uma pesquisa sobre as cores, afirma: "Os resultados das pesquisas demonstram que cores e sentimentos não se combinam ao acaso nem são uma questão de gosto individual  são vivências comuns que, desde a infância, foram ficando profundamente enraizadas em nossa linguagem e em nosso pensamento. Com o auxílio do simbolismo psicológico e da tradição histórica, esclarecemos por que isso é assim." (HELLER, 2012, p. 21) Assim, percebemos a importância das cores em nosso cotidiano e também desta no contexto Amazônico, sendo uma parte de sua estética. Como parte de um produto da disciplina de Laboratório de Mídias Impressas e com a proposta de apresentar e refletir sobre a região Amazônica, tendo como elemento principal as cores de seu patrimônio histórico-cultural, surgiu a "Revista Cambori: Amazônia em Cores".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com a Amazônia cada vez mais no centro de importante debates em todo o mundo, vivemos um período bastante oportuno para a discussão a respeito de seu patrimônio e da importância de sua preservação. O projeto da "Revista Cambori: Amazônia em Cores" se propõe a divulgar e preservar a cultura da região amazônica, contando e recontando nossas histórias através da imensa profusão de cores existentes na região, resgatando, desta forma, nossa memória coletiva e afetiva. O projeto consistiu na criação do naming, capa da revista e logotipo inspirados nas referências da cultura e iconografia dos povos amazônicos. O objetivo é a utilização de signos que representem uma espécie de estética amazônica, carregados de representação simbólica, aplicados ao design gráfico utilizando-o como estratégia de divulgação da cultura da região por meio da revista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A comunicação intencional é algo que o ser humano faz para comunicar, através de um código e informações precisas. Uma comunicação casual pode ser interpretada livremente por quem a recebe. Contrariamente, numa comunicação intencional, a totalidade do significado da mensagem deveria ser compreendida pelo seu receptor. Seguindo o conceito das mensagens intencionais, somos "bombardeados" diariamente com milhares de imagens visuais, aplicadas em diferentes produtos e suportes de comunicação - cartazes, símbolos, instruções visuais, publicidade, internet, etc, com diferentes tipos e funções de mensagens. Umas informam, outras dirigem e influenciam ou por vezes confundem o seu receptor. Por meio de processos simbólicos, a imagem tornava possível relacionar-se com um ser de várias formas, como, por exemplo, aproximando-se desse ser, agindo sobre ele, representando-o ou possuindo-o. Tal função não seria característica arcaica da imagem, ou mesmo uma função imagética restrita aos ambientes culturais. Pelo contrário, conforme sustentam Baitello e Contrera (2006), "sabe-se que esse potencial enfeitiçador da imagem é amplamente usado em nossos dias pela televisão, pelo cinema, pela internet, pela publicidade, pela moda. E isto lança uma luz, por exemplo, sobre os mecanismos de vinculação e seus efeitos psicológicos e cognitivos que constituem o recente fenômeno da teleparticipação e da teledependência, permitindo compreendê-los melhor." (BAITELLO; CONTRERA, 2006) O design é um potencializador da mensagem, responsável pela "tradução" visual das informações, tornando a comunicação muito mais rápida e eficiente, segundo a professora Cecília Consolo (2009:16), no livro "Anatomia do Design". Ainda nesta publicação, a pesquisadora assinala a importância do design enquanto sinalizador cultural, convertendo a cultura e a história em linguagem simbólica. Nas palavras de Consolo, "Cabe ao designer o papel de continuar pontuando e significando o mundo como registro da cultura e da evolução humana (...) É papel do designer revelar e mediar o entrelaçamento e as tangências de grupos sociais, a cada momento da história." E, acrescenta, "...O leigo só vê o objeto, o designer enxerga suas relações e faz a mediação com a cultura." (op. Cit, 88). Em relação às cores, no design gráfico ela tem grande importância, pois elas possuem significados e estes podem influenciar na interpretação do conteúdo visual. As combinações de paletas de cores devem ser pensadas para comunicar as informações que precisam ser repassadas para o receptor de modo não-verbal. O verde, por exemplo, é a cor que representa a natureza e tem como um dos significados a harmonia e equilíbrio. O designer deve estudar as relações entre as cores e a cultura do público alvo ou do contexto e aplicá-las de acordo com o objetivo que pretende repassar. Segundo Heller (2006), em relação a cor e ao contexto, afirma que: "O contexto é o critério que irá revelar se uma cor será percebida como agradável e correta ou errada e destituída de bom gosto. Aqui cada cor será mostrada em toda contextualização possível: como cor artística, na vestimenta, no design de produtos e de ambientes, como cor que desperta sentimentos positivos ou negativos." (HELLER, 2006, p. 23) No cenário amazônico as cores estão presentes em uma diversidade de manifestações histórico-culturais. Ao criar uma peça gráfica é importante sair da tradicional cor verde para representá-la e pesquisar e entender as relações com as demais cores. Desse modo, para a composição da capa da Revista Cambori, buscamos trabalhar sobre as cores sob o ponto de vista cultural, tendo como signo visual uma fotografia de uma casa grafitada pelo projeto Street River, na Ilha do Combu, no Pará. Este trabalha com paletas de cores diversificadas que destacam as casas em meio a grande quantidade de verde da floresta que a rodeia, além das imagens grafitadas representarem um elemento cultural amazônico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo inicial para a concepção da revista surgiu com a escolha da temática que seria tratada e de um briefing do que deveria constar neste produto. Após a escolha dos elementos, começou o processo de produção gráfica realizado com software livre Inkscape e da Adobe System (Illustrator e Photoshop). A primeira edição para a composição da revista na qual foram inseridas as fotos e parte dos textos contidos na capa foi feita no Inkscape. A finalização foi feita no Illustrator, no qual inseriu-se o texto das matérias que compõem a revista, bem como adequação dos elementos em cada espaço. Na capa foi usado uma foto de uma casa ribeirinha, localizada na Ilha do Combu, no Pará. Esta casa foi grafitada pelo artista visual Sebá Tapajós. O projeto Street River de Sebá pintou diversas casas da ilha, levando mais "cor" ao local e dando destaque à elementos culturais da região por meio da arte. O título da revista é composto de uma tipografia que simula uma pincelada. A fonte utilizada é "Billy Ohio". O logotipo, por sua vez, foi feito no Illustrator, no qual constam o nome e folhas coloridas como forma de representar a região mostrando que ela possui uma diversidade de cores além do verde e pelo nome "Cambori" significar "árvore de muitas cores".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Laboratório de Mídias Impressas, consiste em três disciplinas, entre elas a de produção gráfica. Um dos trabalhos desta matéria foi a produção de uma revista, no qual as equipes usaram softwares livres e da Adobe para fazê-las. A temática era livre e cada grupo poderia seguir uma linha editorial para seu material. A primeira etapa do processo correspondeu a escolha da temática, na qual resolvemos trabalhar sobre as cores na região Amazônica. Em seguida, foi feito o briefing do produto e a escolha das matérias e anúncios para compor a revista. O nome da revista foi escolhido porque, segundo o pequeno dicionário indígena de Reinaldo Pelllizzaro, "Cambori" significa "árvore de muitas cores". Com a escolha de tema, matérias e nome iniciou-se a etapa de produção gráfica que consistiu na produção do logo e diagramação da capa, matérias e anúncios. Como dito anteriormente, a diagramação foi feita inicialmente com o software livre Inkscape e finalizado nos programas Illustrator e Photoshop. Para a capa foi selecionada a foto do fotografo Ubirajara Bacelar, que mostra uma das casas grafitadas na Ilha do Combu, no projeto Street River, pois ela representa uma das diversidades de cores em meio a uma paisagem cercada por floresta e rio. Além disso, é o tema principal da revista, por isso aparece de forma centralizada e em destaque na capa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A estética presente na região Amazônica conta parte de sua história. Por meio das cores podemos descobrir significados seja de aspectos culturais ou histórico. A Amazônia é muito mais do que "tons de verde", está rodeado de cores nas áreas urbanas e florestais. Estudá-las e entendê-las é importante para refletir sobre os motivos do uso de determinada cor em um material gráfico, audiovisual, arquitetônico, entre outros. Aliado ao desafio de produzir uma revista na disciplina de Laboratório de Mídias Impressas, decidimos por contextualizá-la no cenário Amazônico, tendo como tema principal as cores. Os estudos sobre produção gráfica e softwares livres foram fundamentais para a concepção da revista. Com isso, podemos perceber a importância do design e da diagramação durante a produção da capa. Optamos por mostrar na capa as matérias que compõem o restante da revista e a sua paginação e pôr em destaque a matéria sobre a grafitagem na Ilha do Combu, pois é uma forma de mostrar um cenário típico da Amazônia no qual estão presentes muitas cores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BACELAR, Ubirajara. Ensaio Pré-Wendding Elton & Samara. História Reais Mariée. Disponível em: https://mariee.com.br/historias-reais/ensaio-pre-wedding-elton-samara. Acesso em: 26 de março de 2017. <br><br>CONSOLO, Cecília. Anatomia do design: uma análise do design gráfico brasileiro.2009 <br><br>CONTRERA, Malena S.; BAITELLO JUNIOR, Norval. Na Selva das Imagens: algumas contribuições para uma teoria da imagem na esfera das ciências da comunicação. Artigo 133 disponível em <http://www.compos.org. br/data/biblioteca_96.pdf>. Acesso em: 26 de março de 2017. <br><br>HELLER, Eva. A Psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. Trad. SILVA, Maria Lúcia Lopes da. 1 ed. São Paulo. Gustavo Gilli, 2013. <br><br>PELLIZZARO, Reinaldo Assis. Pequeno Dicionário Indígena. 2011 <br><br> </td></tr></table></body></html>