INSCRIÇÃO: | 00361 |
CATEGORIA: | JO |
MODALIDADE: | JO10 |
TÍTULO: | Cabelo como forma de empoderamento |
AUTORES: | Nina Maria de Sousa Veras (Universidade Federal do Acre); Amanda Regina Rosa (Universidade Federal de Santa Catarina); Jaine Araújo da Silva (Universidade Federal do Acre); Antônio Cláudio Brasil Gonçalves (Universidade Federal de Santa Catarina); Maurício Pimentel Homem de Bittencourt (Universidade Federal do Acre) |
PALAVRAS-CHAVE: | Reportagem telejornalística, Empoderamento, Identidade, Racismo, Cabelo |
RESUMO | |
A reportagem telejornalística Cabelo como forma de empoderamento, apresentada neste paper, tem como proposta abordar a importância do cabelo afro na representação identitária e histórica da população negra, além de chamar a atenção para o racismo ainda presente no Brasil. A produção em âmbito acadêmico abriu possibilidade não apenas para o debate de uma temática aprofundada, que difere da notícia factual, como também para a experimentação de novas formas de se contar uma história em vídeo – no caso, por meio da valorização da voz dos entrevistados. | |
INTRODUÇÃO | |
Assumir uma identidade por meio da estética é também uma forma de poder. Ao significar o termo empoderamento, o dicionário online Michaelis (2015), trata o vocábulo como consciência social de direitos individuais para superação de dominação política – assim, ele é utilizado como uma forma de resistência. "O empoderamento não pode ser algo autocentrado, parte de uma visão liberal, ou ser somente a transferência de poder. Vai além. Significa ter consciência dos problemas que nos afligem e criar mecanismos para combatê-los" (RIBEIRO, 2017). O conceito de empoderamento, consequentemente, pode ser aplicado a ações vindas das consideradas minorias, que têm seu poder na sociedade diminuído ou silenciado. A pesquisadora e ativista Djamila Ribeiro, ao tratar do tema empoderamento feminino, cita a escritora norte-americana Bell Hooks: "o empoderamento diz respeito a mudanças sociais numa perspectiva antirracista, antielitista e antissexista por meio das mudanças das instituições sociais e consciência individuais" (HOOKS apud RIBEIRO, 2017). Assim, assumir a identidade negra por meio dos símbolos estéticos que fazem parte dela, a exemplo do cabelo, pode ser considerada uma forma de empoderamento. "A ação do racismo sobre os negros resulta em formas variadas, sutis e explícitas de reação e resistência. Nesse contexto, o cabelo e a cor da pele podem sair do lugar da inferioridade e ocupar o lugar da beleza negra, assumindo uma significação política" (GOMES, 2002, p. 49).Tendo em vista essas questões, torna-se importante abordar a temática do significado dos corpos negros e as problemáticas existentes no Brasil quando o assunto é racismo. Aqui, a proposta é apresentar um produto cuja temática é o empoderamento dos negros a partir da decisão de assumir os cabelos naturais. E, além disso, mostrar que o telejornalismo pode ser uma ferramenta útil para refletir, discutir e desconstruir essas questões. | |
OBJETIVO | |
Cabelo como forma de empoderamento foi construída, de forma geral, com a finalidade de explorar a reportagem para televisão como espaço que permite a abordagem de temáticas de forma mais aprofundada, para além do factual apresentado nas notícias. Analisando mais especificamente, o trabalho tem como fim pensar criticamente a receptividade e a força de uma das principais expressões da existência e da cultura negra 一 o cabelo afro. Tendo em mente a reportagem enquanto "a forma mais complexa e mais completa de apresentação da notícia em televisão" (CARRAVETTA, 2009, p.143).Em segundo plano, a reportagem também teve o objetivo de se constituir como um espaço de experimentação, com a busca de novas formas de pensar e construir o telejornalismo. Um dos pontos-chave do trabalho foi a priorização de sonoras em relação aos offs, isto é, ao texto lido pelo repórter junto de imagens de cobertura (PATERNOSTRO, 2006). A equipe convidou pessoas negras de cabelos afros para falarem sobre experiências que vivenciaram em função da forma de seus cabelos. Assim, foi possível abrir um espaço para discutir a importância do cabelo na representação identitária e histórica desses indivíduos, bem como denunciar o racismo ainda presente na sociedade com relação a cabelos crespos e cacheados. | |
JUSTIFICATIVA | |
A disciplina Laboratório de Vídeo e Telejornalismo, na qual a reportagem foi produzida, dá aos estudantes liberdade para trabalhar temáticas que talvez sejam pouco abordadas nos telejornais em geral. A possibilidade de gerar conteúdos com maior tempo de produção e sem caráter factual como critério necessário torna possível a abordagem de assuntos tradicionalmente deixados de lado ou tratados de forma superficial, os quais estão sendo discutidos no próprio ambiente acadêmico onde a matéria foi produzida e gravada. Tendo em vista as discussões em torno do significado da beleza e dos padrões aceitos, torna-se fundamental utilizar esse espaço de experimentação para gerar reflexões críticas acerca da temática do significado dos corpos negros. Essa tentativa de sair do raso e discutir o assunto de forma mais profunda configura-se em um elemento crucial para a construção de uma identidade negra positiva "em uma sociedade que, historicamente, ensina ao negro, desde muito cedo, que para ser aceito é preciso negar-se a si mesmo" (GOMES, 2003, p.171). Em contraponto a essa negação, a população negra acaba tendo a que aprender, à força, a se autoafirmar utilizando elementos simbólicos, dentre os quais pode ser inserido o cabelo afro.A identidade se constitui a partir da diferença. Ou seja, para compreender-se, é necessário olhar não só para si mesmo, mas exercer constante comparação com o Outro, de acordo com Woodward (2012). Desse modo, pode-se compreender que a identidade é marcada por um movimento constante de exclusão-inclusão. Isso fica evidente na reportagem, a partir das sonoras dos entrevistados, que contam suas experiências diante de indivíduos que têm cabelos lisos e aceitos como belos em contraponto ao tratamento recebido por aqueles que têm cabelos crespos e cacheados. Outro ponto a ser destacado é o empoderamento que a aceitação da forma natural dos cabelos gera nessas pessoas, mostrando que o cabelo pode representar uma escolha que vai além da estética vista como um elemento banal. De acordo com Baquero (2012), o termo original empowerment tem suas raízes ligadas à Reforma Protestante, momento em que Martinho Lutero iniciou uma luta para que as pessoas pudessem ter acesso à livre interpretação da Bíblia. Porém esse conceito, inicialmente de caráter religioso, foi e é ressignificado constantemente e hoje se manifesta de diversas outras formas. Assim, o fato de a população negra ter a liberdade de usar seus cabelos na forma natural pode ser considerado empoderamento no que diz respeito à identidade psicológica (referente às singularidades do ser enquanto indivíduo) e social (aquilo que os componentes de um grupo têm em comum, o que os une).Sendo os meios de comunicação um lugar de representatividade, uma reportagem televisiva que traga exemplos de empoderamentos individuais cotidianos pode também ser um meio de empoderar outras pessoas, nesse caso, em relação à afirmação estético-racial. Ademais, tendo em vista a eficiência da TV enquanto espaço que tem a possibilidade de passar a informação a um grande número de pessoas, de diferentes classes sociais, econômicas e graus de escolaridade, compreende-se que ela é propícia para suscitar discussões sobre respeito às diferenças, racismo e quaisquer outras temáticas de desigualdades tão recorrentes e naturalizadas. Em um ambiente universitário, debates como esses são ainda mais necessários. A prática do telejornalismo pode ser uma ferramenta que vai além do factual, da efemeridade das notícias, tendo como missão a busca por abordagens mais reflexivas e humanas que podem gerar pequenas, mas significativas, mudanças na forma de enxergar temáticas. Como confirma Carravetta: "à formação tecnicista alia-se uma base humanística, numa perspectiva de comprometimento com uma postura crítica dos profissionais de TV" (2009, p.11). | |
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
Para a elaboração da reportagem Cabelo como forma de empoderamento, a equipe optou por seguir parte do roteiro proposto por Carravetta (2009): pesquisar sobre o assunto, delimitar o tema, elaborar a pauta e escolher o enfoque que seria dado. Os demais passos se deram de forma mais natural, na prática mesmo. As fontes foram escolhidas no dia da gravação externa, em um trabalho de rua, no qual as estudantes andaram pelo campus da Universidade com câmera e microfone, observando e buscando encontrar indivíduos que se encaixassem na temática escolhida ー exceto por uma das entrevistadas, a doutoranda Maylla Chaveiro, que teve a entrevista previamente marcada pela produção. O roteiro de imagens também foi construído espontaneamente. O que se notou, por meio do trabalho de campo e das entrevistas realizadas, foi uma confirmação da relevância do tema: as fontes, em geral, apresentaram histórias semelhantes, mesmo sendo abordadas espontaneamente, sem preparação prévia, e sem ter contato umas com as outras.Depois da apuração, as estudantes envolvidas na reportagem fizeram uma atividade de decupagem, ou seja, assistiram a todo o material e anotaram em quais minutos dos vídeos estavam as melhores cenas e sonoras. “Essa ‘decupagem’ vai servir para o editor localizar com mais facilidade e rapidez as imagens e sons que ele deseja, na hora de editar” (PATERNOSTRO, 2006, p.140). Com as sonoras e imagens pré-selecionadas, foi possível elaborar o roteiro ou script da reportagem, no qual o texto foi sendo construído levando em consideração aspectos tidos como essenciais na linguagem telejornalística, tal como utilização de estilo coloquial, frases curtas e em ordem direta, palavras precisas e tempo verbal no presente (PATERNOSTRO, 2006).Posteriormente, para edição da reportagem, utilizou-se o programa Adobe Premiere. A reportagem foi apresentada dentro de um telejornal laboratorial de formato padrão, que, conforme defendido por Alcure (2011), se configura pela divisão em blocos e apresentação de notícias, por meio das notas peladas ou cobertas, e reportagens. Para Cabelo como forma de empoderamento foi escolhido o gênero reportagem, visto que a temática não é factual, mas um assunto que pode ser tratado em profundidade e que tem pouca atenção da mídia tradicional. | |
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
A reportagem Cabelo como forma de empoderamento foi produzida em âmbito acadêmico para a disciplina Laboratório de Vídeo e Telejornalismo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e orientada pelo professor pós-doutor Antônio Cláudio Brasil Gonçalves em período de mobilidade acadêmica de duas das autoras. A equivalência se dá com a disciplina de Produção e Difusão em Telejornalismo 1 da Universidade Federal do Acre (UFAC), ministrada pelo professor doutor Maurício Pimentel Homem de Bittencourt, cuja anuência foi dada a este trabalho. A reportagem foi exibida na edição do dia 06 de junho de 2017 do telejornal laboratorial Conexão UFSC, produzido quinzenalmente pelos estudantes da disciplina. A pauta foi sugerida pela estudante Jaine Araújo, a qual também foi repórter. A escolha pela mesma se deu pelo fato de que Jaine faz parte da população negra, com cabelo afro, e assim poderia caracterizar uma maior representatividade com relação à temática escolhida. As estudantes Amanda Regina Rosa e Nina Veras foram cinegrafistas, e o texto e a edição foram feitos em conjunto pelas três discentes. A reportagem tem 3 minutos e 33 segundos de duração, um valor grande se comparado à tradição do meio telejornalístico, mas que foi considerado ideal pela equipe por se tratar de um tema não-factual, registrado em um jornal no qual a experimentação é permitida. A matéria inicia com uma abertura do repórter, isto é, uma modalidade de passagem (presença do repórter em vídeo). A equipe resolveu fazer um jogo de imagens com o espelho, transmitindo uma impressão inicial de que a câmera está diretamente voltada para a repórter. Logo em seguida, no entanto, o telespectador percebe que havia, na verdade, um espelho refletindo a imagem. O objetivo foi fazer uma abertura diferente, que envolvesse, de alguma forma, a questão da moda – visto que a matéria propõe desmitificar a ideia de que o cabelo afro representa apenas uma escolha estética – e, ao mesmo tempo, permitir a aparição da repórter, já que os outros momentos seriam, em sua maioria, marcados pela presença e fala dos entrevistados.䐀攀 愀挀漀爀搀漀 挀漀洀 漀 琀攀洀愀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀漀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀琀椀瘀椀搀愀搀攀Ⰰ 漀瀀琀漀甀ⴀ猀攀 瀀漀爀 爀攀愀氀椀稀愀爀 甀洀愀 洀愀琀爀椀愀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀 焀甀攀 瘀愀氀漀爀椀稀愀猀猀攀 愀 瘀漀稀 搀愀 瀀漀瀀甀氀愀漀 搀椀爀攀琀愀洀攀渀琀攀 攀渀瘀漀氀瘀椀搀愀 渀漀 愀猀猀甀渀琀漀 ጀ†渀漀 挀愀猀漀Ⰰ 漀猀⠀愀猀⤀ 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀⠀愀猀⤀⸀ 䐀攀猀猀愀 洀愀渀攀椀爀愀Ⰰ 瀀爀攀搀漀洀椀渀愀洀 愀猀 猀漀渀漀爀愀猀Ⰰ 焀甀攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀洀 ᰀ愠 瀀愀爀琀攀 攀搀椀琀愀搀愀 搀攀 甀洀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 攀 焀甀攀 猀攀爀 椀渀猀攀爀椀搀愀 渀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀ᴀ†⠀䄀䰀䌀唀刀䔀Ⰰ ㈀ Ⰰ 瀀⸀ 㔀⤀⸀ 伀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀Ⰰ 攀猀挀漀氀栀椀搀漀猀 搀攀 愀挀漀爀搀漀 挀漀洀 猀甀愀 椀渀猀攀爀漀 渀漀 琀攀洀愀Ⰰ 愀瀀愀爀攀挀攀洀 挀漀洀攀渀琀愀渀搀漀 猀漀戀爀攀琀甀搀漀 愀挀攀爀挀愀 搀攀 焀甀愀琀爀漀 琀瀀椀挀漀猀Ⰰ 漀猀 焀甀愀椀猀 昀漀爀愀洀 愀戀漀爀搀愀搀漀猀 渀愀 猀攀最甀椀渀琀攀 漀爀搀攀洀㨀 漀 焀甀攀 漀 挀愀戀攀氀漀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀 瀀愀爀愀 攀氀攀猀㬀 瀀漀爀 焀甀愀椀猀 猀椀琀甀愀攀猀 樀 瀀愀猀猀愀爀愀洀 愀漀 琀攀渀琀愀爀 ᰀ攠猀挀漀渀搀攀爀ᴀ†漀 挀愀戀攀氀漀 ⠀挀漀洀漀 漀 甀猀漀 搀攀 愀氀椀猀愀搀漀爀攀猀 焀甀洀椀挀漀猀Ⰰ 瀀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀⤀㬀 愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 焀甀攀 愀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀琀椀瘀椀搀愀搀攀 搀漀 挀愀戀攀氀漀 琀攀瘀攀 渀愀 瘀椀搀愀 搀攀氀攀猀 ⠀挀漀洀漀 瘀攀爀 漀甀琀爀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀Ⰰ 挀漀渀栀攀挀椀搀愀猀 漀甀 洀攀猀洀漀 昀愀洀漀猀愀猀 漀猀 愀樀甀搀愀爀愀洀 愀 爀攀挀漀渀栀攀挀攀爀 猀攀甀 瀀爀瀀爀椀漀 挀愀戀攀氀漀⤀㬀 攀 猀椀琀甀愀攀猀 搀攀猀愀最爀愀搀瘀攀椀猀 焀甀攀 樀 瘀椀瘀攀渀挀椀愀爀愀洀 ⠀琀愀氀 挀漀洀漀 挀漀洀攀渀琀爀椀漀猀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀甀漀猀漀猀⤀⸀ 䄀 攀洀漀漀 琀爀愀渀猀瀀愀爀攀挀攀甀 渀漀猀 爀攀氀愀琀漀猀Ⰰ 攀渀爀椀焀甀攀挀攀渀搀漀 漀 挀漀渀琀攀切搀漀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 瘀椀猀琀漀 焀甀攀Ⰰ 挀漀渀昀漀爀洀攀 倀愀琀攀爀渀漀猀琀爀漀 ⠀㈀ 㘀⤀Ⰰ ᰀ樠甀渀琀愀爀 椀洀愀最攀洀Ⰰ 攀洀漀漀 攀 椀渀昀漀爀洀愀漀 甀洀愀 戀漀愀 猀愀搀愀 瀀愀爀愀 琀爀愀渀猀洀椀琀椀爀 渀漀琀挀椀愀 挀漀洀 愀 焀甀愀氀椀搀愀搀攀 椀搀攀愀氀ᴀ†⠀瀀⸀㜀㌀⤀⸀ 䄀氀洀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀 栀漀洀攀渀猀 搀攀 挀愀戀攀氀漀 愀昀爀漀Ⰰ 愀 攀焀甀椀瀀攀 漀瀀琀漀甀 瀀漀爀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀爀 琀愀洀戀洀 甀洀愀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀猀琀愀 渀漀 愀猀猀甀渀琀漀Ⰰ 愀 搀漀甀琀漀爀愀渀搀愀 攀洀 䌀椀渀挀椀愀猀 䠀甀洀愀渀愀猀 䴀愀礀氀氀愀 䌀栀愀瘀攀椀爀漀Ⰰ 焀甀攀 攀猀琀 攀猀琀甀搀愀渀搀漀 愀 爀攀氀愀漀 攀渀琀爀攀 挀愀戀攀氀漀Ⰰ 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 攀 最渀攀爀漀 攀洀 猀甀愀 琀攀猀攀⸀ 吀攀挀渀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 漀 瀀氀愀渀漀 洀搀椀漀Ⰰ 挀愀爀愀挀琀攀爀椀稀愀搀漀 瀀攀氀漀 攀渀焀甀愀搀爀愀洀攀渀琀漀 搀攀 挀洀攀爀愀 渀愀 愀氀琀甀爀愀 搀漀 戀甀猀琀漀Ⰰ 昀漀椀 漀 洀愀椀猀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀Ⰰ 戀甀猀挀愀渀搀漀 瘀愀氀漀爀椀稀愀爀 漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀 攀洀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 瀀氀愀渀漀⸀ 伀猀 琀攀砀琀漀猀 攀洀 漀昀昀Ⰰ 搀攀 挀甀爀琀愀 搀甀爀愀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 椀渀猀攀爀椀搀漀猀 攀渀琀爀攀 漀猀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀椀猀 琀瀀椀挀漀猀 瀀愀爀愀 攀洀戀愀猀愀爀 攀 洀漀氀搀愀爀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀愀 洀愀琀爀椀愀⸀ 䄀猀 椀洀愀最攀渀猀 搀攀 挀漀戀攀爀琀甀爀愀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 昀漀爀愀洀Ⰰ 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀洀攀渀琀攀Ⰰ 瀀爀漀瘀攀渀椀攀渀琀攀猀 搀攀 瀀椀挀栀愀攀猀 攀 挀愀爀琀愀稀攀猀 攀猀瀀愀氀栀愀搀漀猀 瀀攀氀漀 挀愀洀瀀甀猀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀攀 匀愀渀琀愀 䌀愀琀愀爀椀渀愀Ⰰ 渀漀猀 焀甀愀椀猀 挀漀渀猀琀愀瘀愀洀 椀洀愀最攀渀猀 攀 昀爀愀猀攀猀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀愀猀 愀 琀攀洀愀猀 挀漀洀漀 戀攀氀攀稀愀 攀 爀愀挀椀猀洀漀⸀ 伀 稀漀漀洀 椀渀Ⰰ 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 瀀琀椀挀漀 搀攀 挀洀攀爀愀 焀甀攀 愀瀀爀漀砀椀洀愀 愀 椀洀愀最攀洀Ⰰ 昀漀椀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀 攀洀 愀氀最甀渀猀 琀愀欀攀猀⸀ 吀愀洀戀洀 昀漀爀愀洀 椀渀猀攀爀椀搀愀猀 愀氀最甀洀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 搀攀 洀愀爀挀栀愀猀 搀攀 漀爀最甀氀栀漀 挀爀攀猀瀀漀Ⰰ 漀戀琀椀搀愀猀 渀愀 䤀渀琀攀爀渀攀琀Ⰰ 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 挀愀渀愀椀猀 搀漀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 渀攀最爀漀 渀愀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀 夀漀甀琀甀戀攀⸀ 䄀 瀀爀攀琀攀渀猀漀 昀漀椀 愀 搀攀 猀攀洀瀀爀攀 挀漀渀瘀攀爀猀愀爀 漀 琀攀砀琀漀 挀漀洀 愀猀 椀洀愀最攀渀猀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀猀⸀ 倀漀爀 昀椀洀Ⰰ 漀瀀琀漀甀ⴀ猀攀 瀀漀爀 昀椀渀愀氀椀稀愀爀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 挀漀洀 愀 甀琀椀氀椀稀愀漀 搀攀 甀洀 攀昀攀椀琀漀 搀攀 猀漀渀漀瀀氀愀猀琀椀愀 焀甀攀 瀀甀搀攀猀猀攀 挀栀愀洀愀爀 愀 愀琀攀渀漀 搀漀 琀攀氀攀猀瀀攀挀琀愀搀漀爀⸀ 唀洀 琀爀攀挀栀漀 洀甀猀椀挀愀氀 攀渀琀爀漀甀 渀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 甀洀 攀昀攀椀琀漀 搀攀 昀愀搀攀 椀渀Ⰰ 椀猀琀漀 Ⰰ 愀甀洀攀渀琀愀渀搀漀 搀攀 瘀漀氀甀洀攀 愀漀猀 瀀漀甀挀漀猀Ⰰ 愀挀漀洀瀀愀渀栀愀渀搀漀 椀洀愀最攀渀猀 搀漀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 焀甀攀 愀瀀愀爀攀挀攀爀愀洀 愀漀 氀漀渀最漀 搀愀 洀愀琀爀椀愀 洀攀砀攀渀搀漀 攀洀 猀攀甀猀 挀愀戀攀氀漀猀⸀ 䄀 挀愀渀漀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀Ⰰ ᰀ删攀猀瀀攀椀琀攀洀 洀攀甀猀 挀愀戀攀氀漀猀 䈀爀愀渀挀漀猀ᴀⰠ 搀攀 䌀栀椀挀漀 䌀猀愀爀Ⰰ 攀渀焀甀愀搀爀漀甀ⴀ猀攀 搀攀 昀漀爀洀愀 椀搀攀愀氀 挀漀洀 愀 洀攀渀猀愀最攀洀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 瀀攀氀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 挀漀洀瀀氀攀洀攀渀琀愀渀搀漀 愀猀 椀洀愀最攀渀猀 昀椀渀愀椀猀 愀琀爀愀瘀猀 搀漀猀 瘀攀爀猀漀猀 ᰀ匠攀 攀甀 焀甀攀爀漀 瀀椀砀愀椀洀Ⰰ 搀攀椀砀愀 ⼀ 匀攀 攀甀 焀甀攀爀漀 攀渀爀漀氀愀爀Ⰰ 搀攀椀砀愀 ⼀ 匀攀 攀甀 焀甀攀爀漀 挀漀氀漀爀椀爀Ⰰ 搀攀椀砀愀 ⼀ 匀攀 攀甀 焀甀攀爀漀 愀猀猀愀渀栀愀爀Ⰰ 搀攀椀砀愀 ⼀ 䐀攀椀砀愀Ⰰ 搀攀椀砀愀 愀 洀愀搀攀椀砀愀 戀愀氀愀渀愀爀ᴀ⸠ | |
CONSIDERAÇÕES | |
Com a finalização do trabalho, conclui-se que as ações de empoderamento podem ser expressas tanto individualmente quanto coletivamente. Considerando a identidade como algo que é construído histórico, cultural e socialmente, a formação dela está ligada à relação entre indivíduos e grupos. Dessa forma, utilizar o cabelo crespo e cacheado é um símbolo identitário de empoderamento utilizado para ir contra a estrutura que não concede poder à população negra de modo que quem assume a forma natural dos cabelos acaba influenciando outras pessoas a fazerem o mesmo. Aproveitar o ambiente de liberdade e experimentação cedido na disciplina Laboratório de Vídeo e Telejornalismo possibilitou às estudantes pensar em pautas diferentes, que tratassem de assuntos que precisam ser discutidos, repensados e encarados de outras formas. Cabelo como forma de empoderamento se mostrou eficiente neste sentido, pois foi além do factual, permitiu que as pessoas negras fossem representadas pelos entrevistados, se identificassem e percebessem o jornalismo como um campo aberto para tratar dessas temáticas e não apenas para dar voz a eles, mas para ouvi-los e fazer com que suas vozes e discursos de igualdade ecoem cada vez mais alto. | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS | |
ALCURE, Lenira. Telejornalismo em 12 Lições. Rio de Janeiro: Senac Nacional em parceria com a Editora PUC-Rio, 2011. 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䄀儀唀䔀刀伀Ⰰ 刀甀琀攀 嘀椀瘀椀愀渀 䄀渀最攀氀漀⸀ 䔀洀瀀漀搀攀爀愀洀攀渀琀漀㨀 椀渀猀琀爀甀洀攀渀琀漀 搀攀 攀洀愀渀挀椀瀀愀漀 猀漀挀椀愀氀㼀 ᐀†唀洀愀 搀椀猀挀甀猀猀漀 挀漀渀挀攀椀琀甀愀氀⸀ 刀䔀嘀䤀匀吀䄀 䐀䔀䈀䄀吀䔀匀Ⰰ 倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀Ⰰ 瘀⸀ 㘀Ⰰ 渀⸀ Ⰰ 瀀⸀㜀㌀ⴀ㠀㜀Ⰰ 樀愀渀⸀ⴀ愀戀爀⸀ ㈀ ㈀⸀
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