ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00401</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Podcast Caboclas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Rayane de Almeida Penha (Universidade Federal do Amapá); Vivian dos Santos Oliveira (Universidade Federal do Amapá); Samilla Thais Rodrigues Lima (Universidade Federal do Amapá); Beatriz Canela Barroso (Universidade Federal do Amapá); Roberta Scheibe (Universidade Federal do Amapá)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;feminismo, internet, rádio, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O podcast é uma das mais novas mídias contemporâneas, mas ainda pouco conhecida e explorada no Brasil. Podcast equivale a um programa de rádio, conteúdos produzidos sob demanda diretamente para a internet, com a vantagem de ser ouvido online ou também podendo ser baixado. Apesar de ser uma mídia nova no mercado, chama atenção o fato da plataforma está sendo dominada por conteúdos produzidos por mulheres e para mulheres, alguns de forma bem específica. O "Caboclas" foi um desses. O podcast Caboclas foi idealizado a partir da disciplina de radiojornalismo I do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá. Pensado e produzido por quatro alunas, o programa abordou temáticas gerais em forma de rádio revista e sempre trabalhando o empoderamento feminino em cada temática abordada.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apesar de todos os avanços que as mulheres alcançaram ao longo dos últimos séculos, estar em 2018 em pleno século 21 não nos coloca em muita vantagem quanto as mulheres dos séculos passados. Uma das maiores dificuldades de antes e de hoje é o fato de não termos espaços de fala, seja ele midiaticamente ou nos meios em vivemos, se antes as mulheres eram claramente proibidas de falarem sobre seus anseios e necessidades, hoje a violência é simbólica. A maioria dos espaços são dominados por homens, a comunicação assim como a política em sua maioria são produções feitas a partir de homens para as mulheres, são homens dizendo como uma mulher deve ser e se comportar perante a sociedade. Não que a sociedade comece a ser constituída a partir de segregações, que homem só fale sobre ser homem e mulher só sobre ser mulher, mas que possamos repensar todas as construções sociais que temos até aqui e se nós mulheres estamos realmente satisfeitas com elas, se não estamos, de onde parte a nossa insatisfação? Eis então o problema, a nossa insatisfação é gerada a partir do momento em que somos o tempo inteiro ignoradas, seja nós jornalistas, professoras, médicas, empregadas domésticas, mães, filhas. Ninguém melhor que o oprimido está habilitado a lutar contra a sua opressão. Somente nós mulheres organizadas autonomamente podemos estar na vanguarda dessa luta, levantando nossas reivindicações e problemas específicos. Nosso objetivo ao defender a organização independente das mulheres não é separar, dividir, diferenciar nossas lutas das lutas que conjuntamente homens e mulheres travam pela destruição de todas as relações de dominação da sociedade capitalista. (PINTO, 2003, p. 54). A questão é o gênero, especificamente o feminino. O podcast é uma forma democrática de produzir comunicação e vem para falar sobre espaços e lugar de fala de tantas mulheres que todos os dias de alguma forma são silenciadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do Caboclas foi justamente criar um espaço produzido inteiramente por mulheres de diferentes especificidades que teriam a facilidade de compreender os anseios e as necessidades vividas por outras mulheres. A partir daí ceder esse espaço criado para as elas terem suas vozes dimensionadas em outros espaços. Provocando também reflexão com as temáticas abordadas, uma reflexão que pudesse atingir a sociedade como um todo, sejam eles homens, mulheres, pretos, brancos, héteros ou gays. A ideia era justamente falar sobre ser mulher e com isso fazerem os outros também refletirem sobre seus próprios espaços. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">endo trabalhado em todos os espaços. Na comunicação não poderia ser diferente, existe um problema e esse problema gera uma demanda, cabe a nós pensar e trabalhar conteúdos que possam suprir. No caso do "Caboclas" ele vem justamente para fazer isso, suprir uma necessidade e repensar a forma como é feita a comunicação. De acordo com Henriques (2007), é preciso pensar e utilizar os meios de comunicação como uma forma de construção conjunta de um espaço que serve também para uma mobilização social. É dar esse espaço de fala tanto para quem produz como para quem está como telespectador, o podcast sendo uma ferramenta democrática e de fácil acesso para quem vive na era digital, virou o caminho a ser percorrido pelas mulheres que querem ter voz ativa. Segundo Pinto (2003), os movimentos feministas conseguem ter a compreensão da importância do uso da comunicação como meio de projetar as lutas das mulheres. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O podcast "Caboclas" foi produzido na disciplina de radiojornalismo I no curso de jornalismo da Universidade Federal do Amapá, orientado pela professora doutora Roberta Scheibe.  O conceito de Podcast pode ser compreendido como todo o processo de produção de material digital (áudio, vídeo, texto ou imagem), com publicação e distribuição na Internet, e possibilidade de download para os subscritos (PAZ, 2007, p.6) A partir da definição da identidade do programa, as pautas eram definidas conforme a necessidade de falas das produtoras, cada uma em sua especificidade, mulheres com distinção de cor, classe social e sexualidade, a ideia era cada uma ter um espaço para abordar a sua necessidade produzindo algum material jornalístico sobre e convidando alguma outra mulher que se identificasse ou fosse especialista para participar de uma roda de conversa. A produção era dividida com sugestão de pauta e de possíveis convidadas, elaboração do roteiro, produção, finalização e feedback da orientadora sobre cada programa. Cada episódio tinha em média de 15 a 36 minutos de duração e excepcionalmente no episódio 4 teve a duração de mais de 1 hora pelo fato da necessidade de falar sobre duas temáticas específicas e não poder produzir mais um episódio porque na disciplina só seria permitido produzir 6 episódios no semestre. Na produção o programa era dividido em duas partes, uma para falar de forma geral sobre empoderamento feminino e outra era o momento do "Quebrando Tabus" um quadro específico dentro do programa que tinha como objetivo falar de forma aberta e quebrar os tabus sobre o universo feminino. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O podcast "Caboclas" foi dividido em 6 episódios na produção do semestre. Cada episódio com duração em média de 15 a 36 minutos, sendo que o quarto episódio do programa teve uma duração específica de mais de 1 hora. No episódio 01 do podcast a temática foi "O mundo GEEK e a saúde feminina". Abordamos a polêmica em torno da realização do exame da mamografia e no quadro "Quebrando Tabus" quebramos o tabu das mulheres no universo dos jogos online. No episódio 02 "Mulheres empoderadas revelando outras" falamos sobre as mulheres na comunicação, especificamente na produção de rádio que predominantemente tem homens produzindo e as mulheres ficam com os papéis de musas. Trouxemos para um bate a produtora e apresentadora de rádio Janete Carvalho juntamente com a professora Roberta Scheibe para uma troca de experiências com as realizadoras do "Caboclas" para assim quebrar os tabus e dizer que homens nos querem como musas porque nos temem como criadoras. No episódio 03 "De Mucama a doméstica" trouxemos a questão do trabalho doméstico, a situação atual no Brasil e a herança escravocrata que esse trabalho carrega. No episódio 04 "Empoderamento cacheado + tabus do sexo feminino" tivemos a participação da acadêmica de farmácia Hellen Loureira, que é blogueira e junto conosco trouxe a temática do empoderamento cacheado nas mulheres negras, aproveitamos a participação da Hellen e no quadro "Quebrando Tabus" a convidada junto com as apresentadoras quebraram seus tabus relacionados ao sexo. No episódio 05 "Mexeu com uma mexeu com tod@s! Machistas não passarão, assédio aqui não!" Abrimos o programa para ouvir os relatos de várias alunas falando sobre assédio dentro da Universidade. No episódio 06 "Caboclas de terras tucujus diretamente pra você ouvinte" fizemos uma análise sobre a produção desse podcast voltado ao empoderamento feminino e da necessidade desses espaços que foi firmada pelo contato da cantora Rebecca Braga com a produção do programa no intuito de lançar no programa duas músicas inéditas do seu novo disco. A cantora que virou ouvinte se identifica com as temáticas abordadas e as músicas lançadas foram produzidas voltadas para a questão do empoderamento feminino. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com a produção do "Caboclas" tivemos um aprendizado enorme e fomos além, com ele nós nos encontramos enquanto jornalistas, soubemos o que queremos produzir e como esse produto pode influenciar socialmente no mundo. Uma oportunidade de produzir um conteúdo de comunicação de forma coerente, ético e repleto de criatividade, com a identidade do Norte chamando atenção para as produções locais e nos colocando a responsabilidade de abordar as problemáticas sociais que atingem as mulheres em contextos gerais e específicos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CHANTLER, Paul & HARRIS, Sim. Radiojornalismo. São Paulo: Summus, 1998. <br><br>CHANTLER, Paul & Stewart, Peter. Fundamentos do Radiojornalismo.São Paulo: Roca, 2006 <br><br>HENRIQUES, S. M. Comunicação e estratégias de mobilização social. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. <br><br>MEDITSCH, Eduardo Barreto Vianna. O rádio na era da informação. Coimbra: Minerva, 1999. <br><br>MARQUES DE MELO, J. A opinião no jornalismo brasileiro. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. <br><br>PAZ, M. (2007). Podcasting na rádio web da FACED/UFBA. (Monografia apresentada ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal da Bahia, 2007). Bahia: Universidade Federal da Bahia. <br><br>PINTO, J. R. C. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, v. 18, n.36, p. 15-23, jun. 2010 <br><br> </td></tr></table></body></html>