ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00409</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Filme O Som das Mãos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;André Bernardo vasconcelos (Faculdade Boas Novas); Victória Raquel Lima MUSTAFA (Faculdade Boas Novas); Jéssica Evangelista do NASCIMENTO (Faculdade Boas Novas); Raphael Henrique Cortezão (Faculdade Boas Novas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;filme, romance, libras, ficção, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O filme de ficção "O som das mãos" é um curta-metragem desenvolvido como atividade prática para a disciplina de Libras do Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Faculdade Boas Novas. O romance conta a estória de Lara, surda de nascença, se comunica por libras (a língua brasileira de sinais). Sua melhor amiga é Ana, que não é surda, mas é filha de pai surdo, por isso fala em Libras, e se tornará o elo entre Lara e Arthur, um jovem que fala, porém sua timidez o impede de ter amigos. Ao conhecer Lara, ele se apaixona, e terá que aprender a sua língua para poder viver esse amor. O processo de realização do curta-metragem envolveu diferentes fases de produção, do desenvolvimento do roteiro a finalização em conteúdo digital disponibilizado na plataforma de conteúdo online no Youtube</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com Soares (2009) a Língua Brasileira de Sinais é um sistema linguístico legítimo e natural, utilizado pela comunidade surda brasileira, de modalidade gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Li&#769;ngua Portuguesa falada no Brasil. A Libras, li&#769;ngua brasileira de sinais, possibilita o desenvolvimento lingui&#769;stico, social e intelectual daquele que a utiliza enquanto instrumento comunicativo, favorecendo seu acesso ao conhecimento cultural- cientifico,bem como a integrac&#807;a&#771;o no grupo social ao qual pertence. (Dama&#769;sio. 2005, p.61). utilizado pela comunidade surda brasileira, de modalidade gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Li&#769;ngua Portuguesa falada no Brasil. E derivada tanto de uma li&#769;ngua de sinais auto&#769;ctone quanto da li&#769;ngua gestual francesa, por isso e&#769; semelhante a outras li&#769;nguas de sinais da Europa e da America. De acordo com Goldfeald (2003) A Libras na&#771;o e&#769; a simples gestualizac&#807;a&#771;o da li&#769;ngua portuguesa e sim uma li&#769;ngua a parte que se apresenta como um sistema lingu&#776;i&#769;stico de transmissa&#771;o de ide&#769;ias e fatos. Os sinais surgem da combinac&#807;a&#771;o de configurac&#807;o&#771;es de ma&#771;o, movimentos e de pontos de articulac&#807;a&#771;o-locais no espac&#807;o ou no corpo onde os sinais sa&#771;o feitos, os quis, juntos compo&#771;e as unidades ba&#769;sicas da li&#769;ngua brasileira de sinais. Para Skliar (1997, p.141) a li&#769;ngua de sinais constituem o elemento identificato&#769;rio dos surdos e o fato de constituir-se em comunidade siguinifica que compartilham e conhecemos usos e normas de uso da mesma li&#769;ngua,ja&#769; que interagem cotidianamente em um processo comunicativo eficaz e eficiente. Isto e&#769;, desenvolveram as compete&#770;ncias lingui&#769;sticas, comunicativas e cognitivas por meio do uso da li&#769;ngua de sinais. (...) esta permitira que os surdos constituam uma comunidade lingu&#776;i&#769;stica diferente e na&#771;o que sejam vistos como um desvio da normalidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando se fala em comunicação, poucas pessoas lembram que a Língua Brasileira de Sinais  LIBRAS, tem participação em meio ao nosso dia a dia. Por estar em construção e possuir variações regionais, é muito comum que os surdos criem novos sinais para o entendimento mútuo durante uma conversa, por exemplo. A intenção de produzir este curta metragem, é mostrar que mesmo em meio às dificuldades e o preconceito, é possível se comunicar de várias formas. O trabalho proposto, nos incentivou a explorar situações em que a Libras pode ocasionar grandes e marcantes histórias. O personagem Artur, embora ouvinte, tem severas dificuldades em socializar, devido à timidez e frustração por não ter amigos, logo Ana, uma ouvinte que sabe se comunicar em Libras, decide ajudá-lo a superar seus medos através de sua nova descoberta. O enrendo ainda romantiza a estória, pois Artur se apaixona por Lara, uma surda que se comunica em Libras. A trama não se passa em meados de 1920, a ambientação apenas remete a lembrança do cinema mudo, muito difundido por Charles Chaplin, década onde a Libras não era muito conhecida e realmente era difícil haver pessoas para se comunicar desta forma. A proposta era apresentar a Libras como uma das formas de se comunicar mais alegres e interessantes, pois além dos sinais com as mãos, a expressão facial e corporal vêm junto para dar vida ao que e a quem está falando.  Na Língua Brasileira de Sinais estes cinco parâmetros que são utilizados, para que o sinal possa ser feito corretamente, para isso deve-se obedecê-los, são eles: configuração das mãos, ponto de articulação, movimento, orientação/direcionalidade e expressão facial e/ou corporal (TREVISAN, Patrícia; SILVA, Rosana; OLIVEIRA, Sebastião de, 2008, Ed. Valer, p. 97)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As pessoas com deficiência têm sido tema relevante de discussões a nível global e nacional, na tentativa de levar equidade social, educacional e de saúde a estas pessoas, uma vez que os dados refletem um quantitativo significativo desta parcela da população. No Brasil, segundo o Censo de 2010, há 23,9% da população nacional com algum tipo de deficiência, sendo que destes, 5,1% possuem surdez ; e em escala global a comunidade surda totaliza cerca de 360 milhões de pessoas. Por ser uma comunidade minoritária linguística e culturalmente, os surdos enfrentam inúmeras barreiras na acessibilidade a diversos serviços, em especial nos serviços de saúde. Diante deste contexto surge a necessidade de investigação sistemática dos principais obstáculos enfrentados pelos surdos referentes ao acesso à saúde, no Brasil e no mundo. O desafio de atender o sujeito surdo nas unidades de saúde se caracteriza, principalmente pela barreira comunicacional, fato devido à falta de preparo dos profissionais de saúde e falta de conhecimento a respeito deste indivíduo, de como se portar diante deste tipo de situação e de que maneira interagir com o mesmo. Além do desafio linguístico, os surdos ainda enfrentam obstáculos na acessibilidade à saúde devido ao déficit de humanização na relação profissional- -paciente , baixo conhecimento dos surdos sobre o processo de saúde-doença e ao difícil processo de inclusão destes na sociedade. É importante ressaltar que a grande maioria da população surda não tem conhecimento da Língua Portuguesa, que possui o vocabulário e a gramática completamente diferentes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), sua primeira língua, tornando a comunicação escrita cheia de obstáculos, já que esta deve ser feita com termos de fácil compreensão e linguagem simplista</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pesquisa para o presente trabalho se iniciou assistindo os filmes de Charlie Chaplin, que seguiam a ideia inicial para o roteiro. Estas produções foram o ponto de partida para se escrever a estória dos personagens, onde os diálogos aparecem em telas legendadas, tendo como trilha sonora apenas instrumentais seguindo a temática da cena. As estórias fala sobre: superação, paixão, dificuldades de comunicação, medo, insegurança e formas de comunicação que vieram a servir como base de adaptação para o roteiro cinematográfico. Um estudo sobre roteiros originais se iniciou. Como sabemos, os roteiros dos filmes podem ser adaptados ou originais. O adaptado adéqua uma história existente para o formato cinematográfico, já o original surge da imaginação do roteirista; segundo Field: "Um roteiro...é uma história contada com imagens, E como um substantivo: isto é, um roteiro trata de uma pessoa ou pessoas, num lugar ou lugares, vivendo a sua "coisa". Percebi que o roteiro possui certos componentes conceituais básicos comuns..." (FIELD, 1979, p.9) A ideia de fazer roteiro partiu da observação do comportamento das pessoas em ralação a língua brasileira de sinais, por ser uma língua viso-espacial depende de muita expressão corporal para ser pronunciada, trazendo a quem vê uma preocupação de que é necessário muito mais do que apenas abrir a boca e emitir sons para se comunicar. Então, partimos para a ideia de escrever um romance vivido por jovens, que convivem com a libras, e de maneira romântica e bem humorada buscamos chamar atenção dos expectadores de quanto a libras é fácil de se aprender, acessível a todos e de grande importância nos dias de hoje em nosso país, pois, segundo pesquisas, existem mais de 10 milhões de surdos no Brasil, e mesmo assim, nem todos os surdos obrigatoriamente se comunicam em sua língua oficial, com isso nosso romance também buscar alcançar não só os ouvintes, mas também os surdos que não sabem libras. A escolha da fotografia, o lugar, os ambientes, a trilha sonora, partiu da influência do cinema  mudo da década de 1920, onde Charles Chaplin vivia suas histórias apenas ao som de orquestras e comunicava suas ideias através de telas legendadas. Então em uma licença poética, levamos os nossos personagens Lara, Artur e Ana a esta década, não para dizer que eles viveram exatamente nos anos 20, mas por ser a libras a língua dos surdos, um mundo silencioso, logo veio a ideia para nosso roteiro, e para mostrar que a impossibilidade de ouvir, não condena a nossa protagonista Lara a ser triste, isolada, incapaz e sem direito a viver, muito pelo contrário, ainda o destino lhe reserva viver um grande amor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este produto, concluído, se caracteriza por se situar em meados dos anos 20 onde as pessoas não tinham muito contato com a língua brasileira de sinais (LIBRAS) o que lhes causavam estranheza por não saberem os significados de todos os gestos e expressões corporais dos surdos, muitas vezes olhando de forma preconceituosa e excluindo de alguma forma os surdos de seu convívio social talvez por medo do desconhecido. O texto que sugere uma reflexão sobre o cotidiano dos surdos, carrega em sua essência o romance o qual buscamos retratar com uma linguagem simples e bem divertida. Mostrando que independentemente de cor, raça, credo ou deficiência,o amor é lindo em todas as formas de expressão. O modelo que seguimos a partir do texto ajudou bastante na produção de tal, pois, o estilo musical que escolhemos para compor o enredo encaixou perfeitamente, complementando a expressão corporal dos alunos que interpretaram os personagens. Buscamos inspirações nos filmes de Charles Chaplin, seus filmes carregam essa linguagem rebuscada tanto e linguagem corporal como em produção audiovisual. A locação também foi pensada de forma que representasse a época que se passa o curta-metragem, tivemos algumas dificuldades de isolar alguns enquadramentos de forma que não deixasse aparecer objetos, pessoas, construções, carros que descaracterizassem a época que se passa o curta. Um ponto muito positivo foi que as praças da cidade de Manaus que escolhemos como locação possuem o tipo de construções mais antigas que remetem a época que escolhemos e conseguimos compor de forma que não perdesse a ideia principal do texto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O som das mãos nos proporcionou grande experiência e aprendizado no mundo dos deficientes auditivos. Trouxe a possibilidade de vivenciar momentos inesquecíveis no decorrer das gravações. A produção de todo o conteúdo passou por um processo de dedicação da equipe. Considero assim, o produto final satisfatório, entretanto, as orientações da professora Iara Rodrigues, na disciplina de libras, foi de grande valor para a conclusão do trabalho com êxito. Esse trabalho não seria o mesmo sem as participações dos alunos, que atuaram no curta Luan S. Santos, Andreza Miler e Victoria Mustafá.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DAMASIO, MF. Educação escolar com pessoas com surdez: Uma proposta inclusiva. Campinas: Tese de Doutorado, 2005<br><br>FIELD, Syd. Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.<br><br>GOLDFELD, Márcia. A criança surda: Linguagem e Cognição numa perspectiva socioenteracionista. São Paulo: p/ exus, 2003.<br><br>SKILIAR, Carlos (org). A surdez um olhar sobre as diferenças. 3 ed. Porto Alegre: mediação, 2005<br><br>SOARES, Maria Aparecida Leite. A educação do surdo no Brasil. 2 ed. Campinas, SP. Autores Associados, 2005.<br><br>Site Scielo. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v19n3/1982-0216-rcefac-19-03-00395.pdf. Acesso em 02 de dezembro de 2017<br><br>Brasil Cidadania. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/09/apesar-de-avancos-surdos-ainda-enfrentam-dificuldades. Acesso em 02 de dezembro de 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>