INSCRIÇÃO: 00456
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO03
 
TÍTULO: Jornal Laboratório “A Catraia”
 
AUTORES: Adrielle Farias da Cruz (Universidade Federal do Acre); Andressa Mendes Osório (Universidade Federal do Acre); Ciro Facundo de Almeida Netto (Universidade Federal do Acre); Hannah Lydia Pontes Faria da Silva (Universidade Federal do Acre); Kelton Pinho da Silva (Universidade Federal do Acre); Sabrina Nascimento da Silva (Universidade Federal do Acre); Emanuelly da Silva Falqueto (Universidade Federal do Acre); Mônica Candéo Iurk (Universidade Federal do Acre); Juliana Alves (Universidade Federal do Acre); Giselle Xavier D´Ávila Lucena (Universidade Federal do Acre)
 
PALAVRAS-CHAVE: jornal laboratório, prática, redação, ,
 
RESUMO
A edição 2018 do Jornal Laboratório A Catraia propõe a construção de um jornal voltado para a produção de pautas aprofundadas e com ângulos humanizados. Sobre os preceitos dos textos da jornalista Eliane Brum, os livros de Freire (2009), Dines (2009), Martins (1992) e Lage (1985), os estudantes tiveram a oportunidade de vivenciar a redação de um jornal impresso através das disciplinas de Jornal Laboratorial I e Planejamento Gráfico.
 
INTRODUÇÃO
O Jornal Laboratório A Catraia é um periódico publicado anualmente pelos alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (UFAC). O curso, fundado no ano 2000, teve a primeira edição do A Catraia em 2004, realizada por alunos que cursavam o 7º período. A edição aqui apresentada (2018) , corresponde ao 2º semestre do ano letivo de 2017 e foi ministrada para os estudantes do 5º período. O jornal foi trabalhado nas disciplinas de Jornal Laboratorial I (60 horas), sob orientação das professoras Emanuelly da Silva Falqueto e Giselle Xavier d'Ávila Lucena, e Planejamento Gráfico (60 horas), sob orientação da professora Mônica Candéo Iurk. Como editores, o Jornal Laboratório teve os alunos Adrielle Farias da Cruz, Bruno Ruiz Pacífico e Sabrina Nascimento e, como revisores, os alunos Daigleíne Cavalcante e Kelton Pinho. Além disso, outros 13 discente participaram da produção das reportagens e diagramação do jornal. A união entre as duas disciplinas para a produção do A Catraia foi de extrema importância para o aprendizado dos estudantes, pois de acordo com Freire (2009): O design jornalístico vem para potencializar este discurso, organizar os conteúdos, criar identidade, atrair a atenção do leitor e construir o sentido pela relação entre as diversas matérias significantes (verbo-visuais) que compõem o jornal. (FREIRE, 2009, p.292) Ao passar por etapas que serão descritas nos tópicos a seguir, os estudantes priorizaram a construção de pautas aprofundadas e com vertentes humanizadas.
 
OBJETIVO
Para Vilaça (2011), o jornal laboratório tem como principal objetivo romper a barreira de um organismo acadêmico, para que o aluno o enxergue como ferramenta para a prática das tarefas diárias do fazer jornalístico. As duas disciplinas tiveram como foco principal a produção do A Catraia . Em Jornal Laboratorial I, debateu-se sobre conceitos, funções, formatos e desafios de um Jornal Laboratório; ocorreu também a revisão dos conceitos de linguagem, gêneros e discursos do jornalismo impresso. Os encontros em sala eram voltados ao desenvolvimento do olhar crítico dos discentes, através da análise de reportagens e produção de resenhas sobre Jornais Laboratórios de outras instituições. Foram apresentados e discutidos 7 jornais laboratórios de outras universidades do país. As professoras propuseram que os alunos lessem "uma grande matéria por dia" para serem discutidas nas aulas. Além disso, o professor Aquinei Timóteo foi convidado a apresentar e discutir sobre jornalismo literário com os estudantes. Para Lage (2003): O trabalho de reportagem não é apenas o de seguir um roteiro de apuração e apresentar um texto correto. Como qualquer projeto de pesquisa, envolve imaginação, insight: a partir dos dados e indicações contidos na pauta, a busca do ângulo (às vezes apenas sugerido ou nem isso) que permita revelar uma realidade, a descoberta de aspectos das coisas que poderiam passar despercebidos. (LAGE, 2003, p.15) No que se refere à disciplina de Planejamento Gráfico, o design da edição 2018 do A Catraia foi moldado com a intenção de tornar a leitura agradável e ilustrar de forma criativa e fora do usual, as matérias. De acordo com Freire (2009): O jornal se obriga a compor páginas em que as notícias sejam facilmente identificadas e apreendidas pelo leitor; a exposição dos assuntos tratados deve ser a mais clara e legível possível; e deve levar ao entendimento do porquê e do como das notícias, por meio de comentários e desdobramentos dos fatos. (FREIRE, 2009 p.293)
 
JUSTIFICATIVA
A edição 2018 do A Catraia priorizou a construção de reportagens humanizadas e aprofundadas e teve como inspiração o método trabalhado por Eliane Brum em suas matérias. Em entrevista à revista Na Ponta do Lápis (2013), a jornalista comenta:਀ Para ser capaz de alcançar o outro, precisa se despir de si, da sua visão de mundo, dos seus preconceitos, dos seus julgamentos, para ir em direção ao mundo do outro e, mais que isso, ver um mundo que é o do outro. É claro que há sempre uma mediação, mas é esse movimento que nos garante e nos protege de não falhar nessa escuta. Isso não é fácil, porque depois você precisa fazer o caminho de volta. (Na Ponta do Lápis, 2013)਀ Além disso, para Vieira Júnior (2002), a linguagem do Jornal Laboratório não pode ser meramente informativa, o estudante deve entender que o discurso jornalístico precisa checar o fato e conferir sua veracidade. Dessa maneira, o A Catraia torna-se instrumento essencial para a formação acadêmica de quem o faz, tendo em vista que é uma forma de instigar o estudante a aprofundar verdadeiramente nas matérias que produz. Essa experiência pode ser levada da sala de aula para o mercado de trabalho. Com a intenção de discutir assuntos de cunho social e atuais, as produções tem como objetivo enxergar além do óbvio: o envolvimento com quem se estava conversando e conhecendo, o exercício de escutar com atenção e colher boas histórias. Trazendo para o lado do design, Freire (2009) afirma que a ordem dos conteúdos se dá a partir do valor-notícia atribuído a cada assunto, de maneira a estruturar uma hierarquia. Dessa forma, as editorias do jornal são baseadas nos locais em que cada pauta foi desenvolvida, incluindo municípios do estado do Acre. Detalhes sutis de separação do conteúdo foram inseridos para tornar a leitura mais simples e, para a escolha da matéria principal, houve uma roda de conversa entre os editores para avaliação das reportagens enviadas. Após a escolha da matéria principal, as outras foram organizadas de forma a conversarem entre si. Em um dos encontros para a organização dos conteúdos, foi percebido pelas professoras a necessidade da criação de um caderno especial. Assim, o A Catraia ganhou o caderno Na Margem, composto de 4 páginas e 3 matérias voltadas para a relação do homem com a natureza e as artes. O uso do jornalismo gonzo também foi uma forma de ousar em uma matéria nessa edição. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ ㄀㜀㜀㤀昀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 攀渀昀漀焀甀攀 愀 猀攀爀 搀愀搀漀 瀀攀氀愀猀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀渀猀 搀漀 樀漀爀渀愀氀 昀漀椀 瀀爀ⴀ搀攀昀椀渀椀搀漀 渀漀猀 瀀爀椀洀攀椀爀漀猀 攀渀挀漀渀琀爀漀猀 搀愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 搀攀 䨀漀爀渀愀氀 䰀愀戀漀爀愀琀漀爀椀愀氀 䤀Ⰰ 攀洀 挀漀渀瘀攀爀猀愀猀 攀渀琀爀攀 愀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀愀猀 攀 漀猀 愀氀甀渀漀猀⸀ 倀漀猀琀攀爀椀漀爀洀攀渀琀攀Ⰰ 瘀攀爀椀昀椀挀漀甀ⴀ猀攀 愀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀愀 挀漀氀愀戀漀爀愀漀 挀漀洀 愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 搀攀 倀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀 䜀爀昀椀挀漀 攀 昀椀挀漀甀 搀攀挀椀搀椀搀漀 焀甀攀 挀愀搀愀 愀氀甀渀漀 琀爀愀戀愀氀栀愀爀椀愀 渀愀 搀椀愀最爀愀洀愀漀 搀愀 猀甀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 吀攀渀搀漀 挀漀洀漀 戀愀猀攀 漀猀 琀攀砀琀漀猀 搀愀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀 䔀氀椀愀渀攀 䈀爀甀洀Ⰰ 漀猀 氀椀瘀爀漀猀 搀攀 䘀爀攀椀爀攀 ⠀㈀  㤀⤀Ⰰ 䐀椀渀攀猀 ⠀㈀  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