ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00014</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fotojornalismo em releitura:os intocáveis e o futuro esquecido</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Evelyn Tarcilla Takano (Faculdade Martha Falcão Wyden); João Victor Mamede Silva (Faculdade Martha Falcão - WYDEN); Beatriz Silva Goes (Faculdade Martha Falcão - WYDEN); Marcus Augusto da Silva Cordeiro (Faculdade Martha Falcão - WYDEN)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho é uma releitura fotográfica de uma imagem de cartilha educacional de 1939 com o então presidente Getúlio Vargas e três crianças. O produto é fruto do trabalho final das disciplinas História do Jornalismo e Fotojornalismo do curso de Jornalismo da Faculdade Martha Falcão/Wyden no ano de 2018. O produto foi desenvolvido com o intuito de desenvolver o senso crítico no fotojornalismo por meio da construção de um discurso jornalístico não-verbal, uma releitura fotográfica, que pudesse chamar a reflexão da importância da imagem ao longo da história, em especial, do período do Estado Novo e das cartilhas educacionais recheadas de imagens que eram repassadas à população. A imagem escolhida estava contida na cartilha educacional lançada em 1942, tendo o intuito de difundir a imagem do presidente da república, Getúlio Vargas, como o salvador da nação. Vargas tinha a certeza de que o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) estava desempenhando eficazmente a função a que cabia. O DIP era um departamento que tinha como o objetivo realizar as propagandas do regime varguista, além de censurar aqueles que mostravam na mídia o lado ruim do ditador. Outra função do DIP era modelar comportamentos desejados, visões de mundo e de nação consideradas legítimas pelo governo estadonovista. Organizava manifestações cívicas e patrióticas e difundia a imagem positiva de Getúlio Vargas, nos materiais didáticos da época, as cartilhas educacionais.(CAPELATO,2009). Com o intuito de doutrinar as crianças, alvo fácil para aprender e levar adiante seus ensinamentos, as cartilhas eram mais uma maneira de torná-lo soberano, continham elogios repetidas vezes, demonstrando um método sutil e eficaz de fixar suas ideias, O DIP passou a produzir as cartilhas para doutrinar toda uma geração,  Getúlio Vargas, o Amigo das Crianças (1940) e  Getúlio Vargas para Crianças -1942. (CAPELATO,2009). Logo, o objetivo deste trabalho foi recriar, por meio do fotojornalismo, a forma que era propagada a imagem do presidente. Destacamos não apenas as crianças, mas retratada na imagem com uma menina onde apenas os cabelos aparecem, uma mãe, rendida pelo poder político acaba de joelhos atrás do  detentor do poder. Tendo vista todas as características que apresentava o governo da época.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para HALL (2011, p. 49),  as identidades nacionais não são coisas com as quais nascemos, mas são formadas e transformadas no interior da representação . Na esteira deste raciocínio, pode-se considerar que a ditadura varguista  o Estado Novo  , registrou significativas mudanças de sentido na sociedade de então. A Educação, ou melhor, o sistema educacional naquele período, em sincronia com o projeto de nacionalização compulsória empreendido, contribuiu decisivamente para a construção de novos sentidos de pertencimento à nação. Carvalho (1998, p. 351) reforça tal perspectiva quando observa que a convicção de que a educação constitui a Nação norteou as práticas escolares em 1930, uma vez que  esta passa a ser o que agrega, condensa, unifica e constitui o corpo social da Nação. Nesse sentido, o ato de educar era o ato de modelar um material informe e plasmável, uma vez que a  alma nacional era vista como latente e precisaria ganhar visibilidade. Para a autora, o que se esperava da educação no período era a  regeneração da população brasileira, considerada o núcleo da nacionalidade. Concepção que pode ser observada já na primeira página da cartilha  Getúlio Vargas: o amigo das crianças , na seguinte frase:  É preciso plasmar na cera virgem, que é a alma da criança, a alma da própria pátria (Vargas, 1940, p. 1). Tal frase revela que, na concepção do governo,  a alma da pátria estaria na alma das crianças e como estas tinham uma mentalidade totalmente  virgem , era um ser inacabado, precisavam ser moldadas. A Educação, ou melhor, o sistema de ensino e as práticas educativas  tanto no ensino primário como secundário  ao longo do Estado Novo, não apenas despontaram como parte deste projeto político emanado do Estado, como, também, acabaram assumindo um papel fundamental no que consiste a configuração de uma nova identidade nacional. NAGLE (2001, p. 145), neste sentido, aponta que  a escolarização passou a ser vista como o instrumento do progresso histórico dedicado a transformar o simples indivíduo em força produtiva. No processo de construção da  verdade doutrinária propagada pelo regime e, em enquanto mediadores entre o Estado e a sociedade, a intelectualidade também se encarregou de produzir dispositivos culturais dedicados a ampliar o consumo de conteúdos doutrinários próprios. Em realidade,  imagens ricamente elaboradas e pensadas como operadores simbólicos (LENHARO, 1986, p. 54) que, com rapidez e precisão, esvoaçaram sobre os diferentes segmentos da sociedade brasileira, inclusive sobre aqueles em idade escolar. Assim,  a concepção educacional da época visava orientar o comportamento da criança para atitudes socialmente desejáveis ou civilizadas (VEIGA, 2007, p. 213), ou seja, a criança é representada pela ideia de que precisa ser recuperada ou  socializada para a sociedade por meio da escola. A criança passa a ser visualizada como um ser legítimo dentro da sociedade. O projeto nacional empreendido pelo Estado Novo vislumbrava o Brasil como um país do futuro e, neste horizonte desejado, a criança emergiu como o cidadão do amanhã, assumindo a condição de verdadeira  sementeira sagrada, cujas almas cândidas guardam o mais puro amor da Pátria e as esperanças do regime novo (Vargas, 1940, p. 22). Logo, necessitavam receber as  luzes da instrução já nos primeiros anos de vida quando começavam a  aprender o ABC e quando passavam a conhecer a  grandeza do Brasil (Vargas, 1940, p. 22). Em síntese, a  moral da história , segundo Abreu (2008), é a de que  obediência e autoridade colocavam-se como condições essenciais para a manutenção da ordem e o desenvolvimento de uma nação,  na qual o Estado seria o cérebro e os demais órgãos  grupos, classes, profissões  desempenhariam diferentes funções, complementares entre si, formando um todo harmônico (ABREU, 2008, p. 55).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após duas reuniões chegamos ao consenso de fazer um comparativo do passado com a atualidade, determinada a idéia, executamos em uma única seção de fotos, selecionando dentre algumas, a foto que seria exposta. Utilizamos a câmera Canon 80D, uma iluminação de luz contínua como black light, optamos por não utilizar zoom e escolhemos o plano geral para facilitar o ajuste na edição da imagem, mas foi usado o plano americano para a imagem ficar semelhante a original, finalizando a etapa de captura da imagem. Ao produzir a imagem, utilizamos o laboratório da faculdade, para chegar a um dos mais difíceis momentos, reproduzir a sombra, tentamos utilizar apenas flash, mas não obtivemos o resultado esperado. Após colocarmos os rebatedores, ajustar flash a imagem ficou com a qualidade que queríamos. O espaço utilizado foi o laboratório da faculdade, onde também optamos pela parede de fundo preto, para tentar contrastar o  luto diante a tentativa de ludibriar crianças que o político tem. Tentamos capturar várias imagens, para escolhermos uma que chegasse mais próximo ao que queríamos. A imagem escolhida foi uma ilustração baseada em uma imagem onde aparece o ex- presidente Getúlio Vargas, e três crianças, duas delas com mais evidência, uma menina sorri e um menino segura a bandeira do Brasil, como Hitler, Vargas queria estimular o patriotismo e o amor ao país. As vestimentas das crianças são uniformes escolares da época. Getúlio elegante com seu terno azul marinho, gravata amarela de listras, sorri para o que na sua opinião, se trata do  novo horizonte para o país. Imagem essa que circulou em suas cartilhas educativas, demonstrando sempre que Getúlio era carinhoso, principalmente tratando-se das crianças do país. Para retratar a cena em questão tivemos a colaboração de duas crianças, cada uma em idades diferentes, aproximadamente as idades da imagem, buscamos retratar a atual realidade do país, um momento onde as crianças são esquecidas pelos governantes. Os uniformes antes doados pelo governo hoje passam a ser camisas brancas, muitas por desgaste, gastas e rasgadas, a tristeza daqueles que não sorriem mais para promessas. Um fundo preto representando o luto de toda uma nação diante as atitudes de políticos. O  Vargas representado pelo aluno Vitor Mamede, com um sorriso mais empolgante, retratando Getúlio Vargas e a  felicidade de estar diante a mãos de obra futuras, as crianças vestidas como as fardas das escolas como são hoje em dia (a menos que os pais comprem a farda que deveria ser gratuita) e a falta do sorriso e do reconhecimento por um político que tenta enganar futuramente. A imagem não foi produzida para sair naturalmente, trabalho baseou-se na releitura da imagem, dando ares a produção fotojornalística. A terceira menina, aparece apenas um pouco dos cabelos, retrata uma mãe que esta tomada pela indignação do político, mas de mãos atadas, abaixo de mandos e desmandos da politicagem que toma conta do país. A bandeira do Brasil foi substituída por uma bandeira branca, representando a tentativa de socorro e paz, nela as crianças escreveram,  Corrupção não!! Ordem e Progresso sim!! , uma tentativa a mais de tentar chamar atenção dos governantes, que em sua maioria buscam prometer e não cumprir. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>