ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00068</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Botonaro, um ditador em ascensão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Katriane Bernardes dos Santos (Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia); Jousefe David Matos de Oliveira (Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia); Rafael de Figueiredo Lopes (Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho traz em seu conteúdo os pressupostos para a construção da história em quadrinhos "Botonaro, um ditador em ascensão". Trata-se de um produto critico que evidencia a decadência da democracia deste país. Pensado no âmbito da disciplina de Estética e Cultura Contemporânea do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas, campus Parintins. A história em quadrinhos que aqui se apresenta traz uma interconexão entre lendas amazônicas, personagens humanos de grande significância neste país e um personagem da literatura brasileira, neste caso, utilizamos o personagem Macunaíma criado pelo escritor Mario de Andrade em 1928. Propor uma narrativa crítica e artística da realidade da política deste país que se encontra em total decadência, é usar de uma democracia que aos poucos o atual governo nos tira. Transpor esta realidade em formato de história em quadrinhos é uma forma de voltar a atenção de leitores de diferentes faixas etária, principalmente a de jovens, que em sua maioria desconhecem o contexto atual da política. É ascender a fagulha do conhecimento e da informação, responsabilidade esta, que também cabe as HQs, tal como nos explica Scott McCloud na obra "Desvendando os quadrinhos" (M. Books do Brasil Editora, 2005) que diz que as HQs além de imagens podem também levar informações e de certa forma fazer chegar algo ao leitor, fazendo com que o mesmo dê um feedback. Este produto se desenvolve em um cenário totalmente amazônico, onde se faz a utilização da imagem de Lendas amazônicas conhecidas na Região Norte, o Boto, a Iara e o Caipora. A história se passa no ano 2018 em plena corrida presidencial, onde um candidato se destaca por suas declarações polêmicas. Diante de tais declarações, surge a caracterização de cada personagem, onde se casa a forma física das Lendas amazônicas e sua utilização nos discursos do personagem central que é inspirado em Jair Bolsonaro. Neste roteiro, a mulher é representada pela figura da Iara, os homossexuais são representados pelo Caipora, o então candidato é representado pelo Boto. Essa interconexão só foi possível devido a semelhança das lendas com os personagens reais. Diante do clássico da literatura brasileira Macunaíma de Mario de Andrade, construiu-se o quarto e último personagem desta HQs que são os seguidores do personagem central deste produto. O objetivo central deste trabalho é evidenciar a decadência da política deste país através de uma história em quadrinhos. Transpondo tal realidade de um contexto urbano para um contexto totalmente amazônico. O tema do trabalhado transita entre a falta de respeito para com os homossexuais, as mulheres e a tentativa de exclusão de um sistema democrático, pontos esses, que expressam os tempos difíceis que este país está enfrentando com o atual presidente e seus parlamentares. Objetivos específicos: 1) Propor um diálogo entre Lendas amazônicas, um personagem da literatura brasileira e personagens da política brasileira; 2) Promover uma nova roupagem para o personagem Macunaíma criado por Mario de Andrade; 3) Estimular a criação de história em quadrinhos como meio facilitador para disseminar informações dentro do curso de Jornalismo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para se chegar ao produto final algumas fazes tiveram que ser seguidas. Na primeira fase, foram realizadas reuniões com o técnico do laboratório de fotojornalismo e impresso do curso, Jousefe Oliveira que possui experiência com desenho e história em quadrinhos para que se pudesse pensar na pré-disposição dos quadros, quantas páginas seriam feitas, as cores a serem utilizadas e a aparência dos personagens. O roteiro ficou sob responsabilidade da acadêmica Katriane Bernardes, que iniciou seu processo de criação por meio de pesquisas via internet com o objetivo de fazer uma análise dos discursos de Jair Bolsonaro antes e durante sua campanha eleitoral, para que se pudesse analisar quais grupos sociais eram atacados por ele com maior frequência e ficou constatado que homossexuais e mulheres eram os mais atacados. Frases como, "O sangue de um homossexual pode contaminar o sangue de um heterossexual" (frase referente a doação de sangue em 2011), "Eu falei que não ia estuprar você (a então deputada Maria do Rosário) porque você não merece (em discurso na Câmara, em 2003). Ao explicar a frase ao jornal Zero Hora em dezembro 2014: "Ela não merece (ser estuprada) porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece", frases como essas reafirmam o que foi observado ao longo das pesquisas. Após essa análise detalhada, buscou-se fazer uma relação entre as Lendas Amazônicas e esses dois grupos sociais, a intenção era fazer a junção de lendas com seres humanos, para isso foi realizada uma pesquisa detalhada das Lendas Amazônicas mais populares em nossa região. As duas lendas escolhidas para essa junção foram a Iara e o Caipora, as quais, sofreram pequenas modificações para que pudessem fazer parte do roteiro. No caso da Iara, acrescentamos a ela um segundo nome, que foi Maria pois faz referência às mulheres desse país, que em sua maioria recebem esse nome. Nossa IARA MARIA, é uma personagem feminina forte e de grande importância. A segunda lenda a ser utilizada foi o Caipora, optamos por ele pois segundo as histórias ele pode ser apresentado tanto como homem, tanto como mulher, o que nos deu margem para colocá-lo nesta história como o representante dos homossexuais. Também sentimos a necessidade de acrescentar um segundo nome e ao final o personagem foi chamado de SERGAY CAIPORA. Para o personagem principal optamos pela lenda do Boto, a qual, em sua história possui umas das características ideológicas de Jair Bolsonaro que acredita que a mulher só serve para a reprodução, tal afirmação surge das inúmeras falas por ele proferidas em seus discursos. Segundo a lenda, o boto se transforma em homem, seduz as moças, as engravida e depois as abandona, tal situação encaixa com as referências que Jair Bolsonaro utilizou em inúmeros ataques direcionados a mulheres. Concluindo o quarteto dos personagens a serem trabalhados neste roteiro, escolhemos o emblemático Macunaíma de Mario de Andrade que foi criado em 1926, optamos por utilizar o personagem enquanto homem branco, mas com as mesmas características descritas na obra que são a preguiça, a falta de caráter e principalmente a limitação intelectual. Tal personagem foi convertido nos seguidores do personagem Botonaro, lhes demos o nome de Macunaímas de Botominions. Para este personagem quisemos tirar o peso nas costas do povo indígena que é descrito como povo preguiçoso no livro de Mario de Andrade, pois Macunaíma é um índio e isso de certa forma criou uma generalização. E diante do contexto atual de nossa política seria um erro colocar um indígena como seguidor do personagem central, afinal, assistimos inúmeros ataques do atual presidente (que serviu de inspiração para o personagem central desta história) direcionado a povos indígenas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a materialização da história em quadrinhos "Botonaro, um ditador em ascensão", optamos por estrutura-la em quatro etapas: elaboração de roteiro, ilustração, colorização e diagramação. Houve leituras dos roteiros para que se identificasse os personagens, e sob a escrita se elaborasse visualmente as características que cada um. Na leitura do roteiro, rascunhou-se cada personagem, determinando a cor e o formato de cada um, respeitando as referências literárias e culturais nos quais cada um fora construído. Na elaboração do personagem Botonaro foi feita uma pesquisa fotográfica, buscando traços aproximado do atual presidente Jair Bolsonaro, e o resultado foi um desenho caricato e satisfatório. Após a definição visual de cada personagem, foram desenhadas quadro a quadro, inserindo os formatos dos balões onde seriam colocadas as falas. Cada quadro fora pensado antecipadamente para que no momento da diagramação, ficassem harmoniosamente preenchida em cada página da revista. Todo quadro foi desenhado a lápis, em papel sulfite A4, e finalizada com traço de caneta esferográfica da cor preta. Depois de desenhados os quadros, cada folha foi escaneada digitalmente, e posteriormente colorida no programa de edição de imagem. O programa utilizado para a inserção da cor, foi o adobe Photoshop CS6. Cada quadro passou por um processo de limpeza de imperfeições, tal como manchas e traços indefinidos, feito através da camada de ajustes; levels, que contrasta os tons médio, luz e sombra. Após esse procedimento, cada imagem é colorida e as falas inseridas nos balões. Utilizamos fonte Arial, tamanho 8,10 e 12. Sobre a estética de cada quadro, optou-se pela simplicidade dos traços, e por cores chapadas, sem efeitos de luz e sombra. Usou-se apenas leves degradês nos céus das paisagens ao fundo. Foram utilizados na construção das paisagens elementos que se aproximassem da realidade amazônica, tais como canoas e casas de palafitas. Depois de todas as imagens coloridas digitalmente e finalizadas, cada quadro foi exportado para o programa Scribus versão 1.4 (software livre) para diagramação. Como referência utilizamos a revista de quadrinhos Transmetropolitan, para que cada quadro fosse disposto de forma harmoniosa em cada página. Como cada quadro foi desenhado em formato de paisagem e retrato, houve o planejamento para cada página, a exemplo, um quadro que ocupasse uma página inteira, e nas outras páginas preenchidas com três a quatro quadros, obedecendo o ritmo de leitura, sem que houvesse alguma interrupção visual que comprometesse o entendimento da história. A última etapa foi a revisão da revista, buscando possíveis erros ortográficos e de diagramação. Em seguida, após a revisão, o produto final foi exportado em formato PDF. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>