ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00087</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Documentário  Felicidade </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natascha Almeida Dantas (Universidade Federal do Amazonas); George Severo Oliveira Dantas Junior (Universidade Federal do Amazonas); Renan Albuquerque Rodrigues (Universidade Federal do Amazonas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário intitulado  Felicidade foi produzido como trabalho final para a disciplina WebTV do curso de Comunicação Social  Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas  Ufam, orientado pelo professor Renan Albuquerque. Este trabalho abordou o tema  felicidade com o objetivo de discutir conceitos e perspectivas do que seria felicidade levando em consideração a pluralidade do que isso é para cada indivíduo e o discurso englobado. Essa subjetividade não é o objeto em si, mas aquilo que faz falta, ou seja, a estrutura ausente. A maior parte das produções busca partir para o factual, para algo mais real, que tivesse acontecendo ou concreto de se investigar e entrevistar. Buscávamos um caminho mais abstrato, pesquisar sobre sentimentos e pessoas. Um dos questionamentos que levou a elaboração deste produto e a escolha do tema foi como as pessoas são felizes de formas diferentes, principalmente coisas simples que podem ser chamadas de  pequenas felicidades como descobrir que tem mais algumas horas de sono. Desse questionamento surgiu a curiosidade em descobrir o que faz cada pessoa feliz e o que seria felicidade para elas. Por trás de cada processo de felicidade e das grandes realizações existe uma história já que essa busca proporciona as pessoas momentos e experiências bastante diferentes. Há aqueles que se perdem, há quem desista e há quem não sabe o que quer. É uma procura constante. Vivia-se um contexto de copa do mundo de 2018, então estava presente um clima diferenciado. A copa é um período onde as pessoas se focam naquilo deixando um pouco de lado as questões difíceis. Para a construção do documentário, era favorável que os personagens estivessem felizes o que também proporcionou momentos de reflexão e autoconhecimento. Para este produto, tivemos dois tipos de personagens. Os que participaram das entrevistas mais curtas responderam a apenas dois questionamentos: para você, o que é felicidade?; e em que momentos você é feliz? O segundo tipo, que pode ser chamado de  vozes principais , foram escolhidos por suas peculiaridades: uma mulher transexual, um rapaz que perdeu um braço em um acidente, uma senhora idosa, uma mulher bem-sucedida e um professor que representou a parte mais cientifica. Todos estes tiveram um espaço maior para contar suas histórias. Precisávamos de perfis diferentes para perspectivas divergentes. A escolha de personagens foi difícil pelo quesito espontaneidade. Respostas prontas não cabiam, almejávamos a verdade. Diante dessas situações problema, falar sobre política ou futebol pareceu ser mais fácil. Um aspecto importante foi que muitos que participaram das entrevistas curtas não sabiam responder o que era felicidade para eles. Foi perceptível que as pessoas têm medo de pensar sobre isso, é um assunto que mexe com o psicológico. Muitos travavam diante da câmera sem saber o que falar e ficavam frustradas com isso por perceberam que não conseguiam conceituar felicidade para si mesmos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os documentários datam do surgimento do cinema. Segundo Bizarria (2007), enquanto Edison fazia suas gravações em estúdio, Lumière saia documentando o que via nas ruas e o que diferenciava os campos ficção e não-ficção é o segundo ser estruturado a partir do campo científico já que  os agentes que defendiam a visão do novo aparato como meio de documentação da realidade pertenciam ao campo da ciência . O jornalista Luiz Carlos Lucena, após analisar a definição de diversos autores, chegou à conclusão de que: O documentário, diferente da ficção, é a edição (ou não) de um conteúdo audiovisual captado por dispositivos variados e distintos (câmera, filmadora, celular), que reflete a perspectiva pessoal do realizador  ou seja, nem tudo é verdade no documentário -, envolvendo informações colhidas no mundo histórico, ambientações quase sempre realistas e personagens na maioria das vezes autodeterminantes (que falam de si ou desse mundo), roteiro final definido e não necessariamente com fins comerciais, com o objetivo de atrair nossa atenção (LUCENA, 2005, p.79). Na visão de Nichols (2008), qualquer filme é um documentário. Contudo, pode-se dizer que há dois tipos: os documentários de satisfação de desejos, chamados de ficção, e os de representação social. Este último foi o modelo utilizado para a elaboração do objeto de estudo. Os documentários de representação social são o que normalmente chamados de não ficção. Esses filmes representam de forma tangível aspectos de um mundo que já ocupamos e compartilhamos. Tornam visível e audível, de maneira distinta, a matéria de que é feita a realidade social, de acordo com a seleção e a organização realizadas pelo cineasta. Expressão nossa compreensão sobre o que a realidade foi, é e o que poderá vir a ser. [...] Os documentários de representação social proporcionam novas visões de um mundo comum, para que as exploremos e compreendamos. (NICHOLS, 2008, p. 26-27) Ainda segundo o autor, os documentários nos dão a oportunidade de abrir os olhos para questões que precisam de atenção. Dessa forma, acaba-se encontrando soluções possíveis para questões sociais, atualidades e problemas recorrentes. Dentre os seis modos de documentário apresentados, o utilizado para o objeto de estudo foi o  participativo onde entrevistamos os participantes e usamos imagens de arquivo para demonstrar momentos de felicidade. Para a realização das entrevistas optou-se pelo discurso direto onde, segundo Lucena (2005), a voz fala com a câmera e, por consequência, com o público de forma direta e pelo cinema-verdade francês que permitia a interferência do cineasta. Primeiro conversamos, depois perguntamos e por último ouvimos. A entrevista, nas suas diferentes aplicações, é uma técnica de interação social, de interpenetração informática, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir a pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação. (MEDINA, 1995, p. 8) Segundo Medina (1995),  a seleção das fontes de informação terá de se enriquecer através da pluralidade de vozes, e ao mesmo tempo, da qualificação humanizadora dos entrevistados descobertos . No objeto de estudo, há a presença de diversas pessoas de diferentes realidades respondendo a uma mesma pergunta: para você, o que é felicidade? Em conjunto, têm-se as  vozes principais . São pessoas com aspectos singulares que possuem relatos mais longos. A partir disto, utilizamos a entrevista enquete onde há um tema fundamental, neste caso seria a felicidade, e várias fontes para falar em relação ao assunto colocado admitindo um questionário básico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a concepção do produto, queríamos a felicidade em sua pluralidade mais extensa e, para isso, pedimos as pessoas que enviassem fotos e vídeos que representassem esses momentos. Todo o material recolhido ilustrou a primeira parte do documentário em conjunto com a música  Grand Polonaise de Arthur Rubinstein. Em seguida, inicia-se a parte de fala dos entrevistados contando qual seria o conceito de felicidade para eles. As entrevistas seguem um padrão determinado: há três relatos e, após o último, começa a entrevista com uma das  vozes principais . Esta é caracterizada por ser mais longa onde fazemos algumas perguntas breves e deixamos o entrevistado conta sua história com mais profundidade. E assim sucessivamente. No que diz respeito as gravações, foram utilizados três tipos de planos durante as entrevistas: plano médio  enquadramento por inteiro com um pequeno espaço sobre a cabeça e sob os pés; plano americano  enquadramento do joelho para cima, e meio primeiro plano  enquadramento da cintura para cima. Além disso, alguns entrevistados gravaram suas falas com seus celulares em modo de selfie. Dessa forma, têm-se a impressão que os personagens estão falando direto com o espectador. Não existem regras absolutas que determinem os melhores planos e enquadramentos para a filmagem de cada ação. No entanto, ao escolher um ângulo e fazer uma tomada, você precisa pensar no envolvimento do espectador com a ação filmada. Além disso, a seleção dos ângulos deve levar em conta a formação de uma sequência lógica, antecipando o processo de montagem (LUCENA, 2005, p. 75) As entrevistas curtas foram gravadas com celulares. Três das quatro  vozes principais , como foram marcadas previamente, contaram com uma câmera Canon T5, a lente utilizada foi uma 18-55mm com estabilizador, tripé, microfone lapela acoplado a um gravador de celular e foram realizadas em ambientes da Universidade Federal do Amazonas  Ufam, que era comum a todos. Na última parte do documentário, as entrevistas curtas voltam trazendo uma nova fala. Neste, os entrevistados contam quais são os momentos que lhes fazem felizes. E por fim, ele termina com a seguinte mensagem: VIVA. Para que as pessoas se deem essa oportunidade e privilegio de viver, de fazer e buscar coisas que as façam felizes Um aspecto interessante é que todas as entrevistas são legendadas. Isso facilita o entendimento em caso de áudio desfavorável, pois, mesmo gravando com microfone de lapela, vários dos ambientes eram abertos e continham diversos ruídos. Todavia, o objetivo maior de legenda-las foi a inclusão de outras comunidades, dessa forma, pessoas surdas ou com deficiência auditiva também poderiam assistir ao documentário e compreendê-lo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>