ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00271</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp; Sarau de Notícias - Radiojornal laboratório</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Luana da Conceição Silveira (Universidade Federal do Amapá); Laura de Oliveira Machado (Universidade Federal do Amapá); Luiza Nobre de Menezes Melo (Universidade Federal do Amapá); Roberta Scheibe (Universidade Federal do Amapá)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho é referente ao programa Sarau de Notícias, radiojornal laboratório desenvolvido pelos alunos do 5° semestre na disciplina Radiojornalismo II do curso de jornalismo da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, transmitido ao vivo e semanalmente na rádio universitária durante o primeiro semestre de 2018. O projeto teve como objetivo a produção de conteúdo jornalístico para informar a comunidade macapaense de maneira acessível e irreverente sobre os acontecimentos da cidade de Macapá e ambiente acadêmico; e justifica-se na necessidade e na deficiência de programas radiofônicos de caráter essencialmente informativo, posto que o estado do Amapá têm uma programação de rádio predominantemente opinativa. O rádio é um dos meios de comunicação mais tradicionais e antigos dentro das atividades jornalísticas na história. Inicialmente pensado para atender às demandas militares e civis durante as guerras, a função de interfone foi sendo substituída por um modelo de radiodifusão, focado na divulgação de produtos e serviços privados e governamentais. A adequação desse sistema ao modelo informativo aconteceu tardiamente em relação ao seu surgimento, ao inserirem na programação conteúdos como a meteorologia, economia e política. Mas a sensação de instantaneidade foi responsável pela grande revolução do rádio. As transmissões ao vivo e rapidez da informação davam a sensação de que o rádio estava em todos os lugares, contribuindo fortemente para a sua popularização. Hoje, o radiojornalismo trilha novos caminhos, principalmente, alinhando-se às demandas da era digital. Com um um público cada vez mais heterogêneo, de jovens, adultos e idosos que estão entre o espaço urbano e as regiões interioranas, não resta mais espaço para o tradicionalismo. Prado (1989), em seu livro  Estrutura da informação Radiofônica (Summus, 1989), diz que a era de vozeirões acabou, referindo-se ao novo perfil de locutores, menos performáticos e mais profissionais, capazes de lidar com adversidades como a improvisação e a variabilidade dos conteúdos. Os objetivos do trabalho consistem em produzir um radiojornal semanal no formato hardnews com a credibilidade de um grande veículo de comunicação, além de auxiliar os acadêmicos integrantes da disciplina a trabalhar em conjunto, respeitando o deadline estipulado pelo editor-chefe e editores assistentes da semana para que todos os equívocos fossem organizados à tempo; a construção de todo o jornal, desde às vinhetas ao editorial daquele expediente fosse realizado em conformidade com os obstáculos e aprendizados daquela semana, promovendo a noção de alteridade entre o grupo. Desse modo, a experiência de executar um radiojornal experimental ao vivo funcionou como um jornal de fato. Houve ainda a preocupação em produzir conteúdos de relevância social e que estivessem dentro dos critérios do bom jornalismo, isto é, pautado dentro dos valores éticos e no cuidado com a veracidade das informações divulgadas, para tal, foram empregados os conhecimentos teóricos, como estudos dos gêneros jornalísticos e as técnicas do radiojornalismo, ensinados em sala de aula para aplicar na prática. Nesse sentido, o radiojornal Sarau de Notícias se propôs a produzir um conteúdo informativo com base técnica tradicional, mas com criatividade no modo de comunicar e se aproximar do público ouvinte. Considerando a baixa produção radiojornalística produzida por estudantes no Amapá, o programa tinha suas editorias destinadas a discutir a realidade local e nacional e diferentes recortes. Indo ao ar semanalmente na rádio universitária 96.9 FM, era assinado por acadêmicos para a comunidade da cidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa foi criado com o objetivo de proporcionar a experiência prática e a ampliação dos conhecimentos acerca do radiojornalismo, campo este muito importante na formação comunicacional. Anterior aos estudos práticos, foi necessário uma preparação dos alunos através de aulas expositivas, para introduzir os acadêmicos aos gêneros radiofônicos e formatos jornalísticos, além de possibilitar melhor fixação dos conteúdos estudados. Desse modo, foi utilizado tudo o que estava ao alcance, desde recursos audiovisuais, como: rádio, áudios, datashow, televisão e internet, até métodos mais tradicionais como leituras e discussões sobre os assuntos abordados em sala. Os conteúdos previamente aprendidos em semestres anteriores também foram retomados na preparação técnica e material teórico da disciplina, como o processo de apuração da notícia e os tipo de entrevistas e gêneros jornalísticos. O processo de apuração jornalística foi um dos fatores primordiais na realização de cada edição, tendo em vista a necessidade em que os alunos tinham de ir à campo para produzirem os materiais. Portanto, tratou-se de uma disciplina predominantemente prática. Com relação à metodologia e técnicas realizadas nesta pesquisa, para fundamentar e compor o radiojornal produzido em sala de aula, nos propusemos a fazer uma pesquisa bibliográfica qualitativa. Ida Regina Stumpf em 'Pesquisa Bibliográfica' (Atlas, 2014) argumenta que a pesquisa bibliográfica é o planejamento global de qualquer trabalho de pesquisa. Segundo ela, estudos bibliográficos ocorrem desde o início da identificação do tema até a finalização das produções. A autora diz que este procedimento metodológico é um "conjunto de procedimentos que visa identificar informações bibliográficas, selecionar os documentos pertinentes ao tema estudado e proceder à respectiva anotação ou fichamento das referências e dos dados dos documentos para que sejam posteriormente utilizados na redação de um trabalho acadêmico" (STUMPF, 2014, p. 51). Já a pesquisa qualitativa, de acordo com Córdova e Silveira no livro 'A Pesquisa Científica' (Editora UFRGS, 2009), se debruça sobre "aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais" (p. 32). Neste sentido, de acordo com as leituras e estudos realizados, gostaríamos de ressaltar que a maior parte dos programas radiofônicos produzidos no estado possuem um viés opinativo, distanciando-se da imparcialidade tão importante no jornalismo. Haja vista que o rádio ainda é um veículo muito ouvido, mesmo com todas as transformações, agregando-se inclusive à internet com os podcasts, percebeu-se a carência de programas nesse veículo que tivessem cunho informativo de fato. De acordo com Ferrareto; Klöckner na obra 'E o rádio?' (Edipucrs, 2010): "Afinal, mesmo que a digitalização transforme bastante o rádio, ele continuará a ser um veículo predominantemente sonoro. Então, o fim do rádio não será agora! O hábito de ouvir áudio, seja de discos, de rádio, de televisão e de outras fontes comunicativas está profundamente arraigado na forte tradição oral-auditiva dos brasileiros. Com certeza, não serão alguns novos componentes sensoriais inseridos nos veículos digitais de comunicação, que irão romper um traço cultural tão antigo e disseminado entre as diferentes camadas sociais" (FERRARETTO; KLÖCKNER, 2010, p. 434). Por ser uma ferramenta extremamente democrática, o rádio possibilita uma maior familiaridade com o ouvinte, e ainda vai demorar muito tempo para perder seu espaço. Desse modo, o Sarau de notícias surge como uma forma de praticar o jornalismo na sua essência, seguindo critérios de apuração, escrita e edição de reportagens, com rotatividade semanal para que todos passassem pela mesma experiência e obtivessem aprendizados de como funciona uma redação jornalística, a partir do trabalho e construção de vivências coletivas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa Sarau de Notícias é produto da disciplina Radiojornalismo II, ministrada pela professora Roberta Scheibe no quinto semestre do curso de jornalismo da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). A proposta era que se criasse um radiojornal com as características de interesse da turma, e que seria veiculado semanalmente na rádio universitária 96.9FM ao vivo. O programa foi desenvolvido no período de março à maio de 2018 e tinha um hora de duração, às quartas-feiras. Dividido em sete editorias: cidade, educação, esporte, política, cultura, opinião e previsão do tempo, os programas eram organizados por um sistema de rotatividade entre as divisões, de modo que todos os alunos produzissem em todas as editorias ao longo do semestre. Semanalmente, era elencado um editor chefe, dois apresentadores e um editor para cada editoria e os demais alunos eram repórteres. Dentre as produções individuais e obrigatórias, cada aluno produziu 03 notícias, 03 notas, 02 reportagens, 03 boletins informativos gravados ou apresentados ao vivo, 03 boletins utilitários (trânsito, previsão do tempo, roteiro ou cotação), 01 entrevista apresentada ao vivo ou gravados e 01 comentário, todas produzidas, redigidas, gravadas e editadas, ou apresentadas ao vivo sobre os assuntos do radiojornal. Acresce que, nem todas as produções iam ao ar, pela minutagem do programa, havia um processo de seleção prévio entre os editores, o editor chefe, os apresentadores e a professora orientadora do Sarau de Notícias. Ao todo, 10 programas foram ao ar. Metodologicamente as dez edições do programa Sarau de Notícias seguiram as especificações técnicas sugeridas por Prado (1989), McLeish, (2001), Kopplin e Ferraretto (1992), e LUCHT (2009) no que se refere a instantaneidade, simultaneidade, rapidez e persuasão do rádio. O programa procurava usar da característica do rádio da clareza na enunciação da notícia. Por meio da orientação dos textos destes autores nos utilizamos dos recursos sonoros musicais, efeitos sonoros (na produção de sons), vozes e locuções, sinais sonoros e vinhetas. Todo o programa tinha um roteiro técnico que, a cada semana, era escrito, produzido e apresentado por uma equipe nova, sempre escolhida pela professora da disciplina, fazendo com que os alunos passassem pela maioria das funções do radiojornal. No que se refere aos gêneros, nos utilizamos, de acordo com as definições de Lucht (2009), dos informativos (com notas, notícias, boletins, reportagens, entrevistas e flashs), dos utilitários (previsão do tempo e roteiro) e dos opinativos (editorial, crônica e comentário). Aliás, todo programa era encerrado com o editorial lido pelo editor-chefe daquele programa. Usou-se de notícias com citações e notícias com entrevistas (PRADO, 1989), entrevistas diretas, diferidas e de informação estrita (PRADO, 1989). As entrevistas enquadraram-se como informativas (com dados) e interpretativas (com análises e opiniões dos entrevistados) (MCLEISH, 2001). Ao longo das edições, fizemos algumas entrevistas ao vivo e reportagens especiais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>