ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00380</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Crônica - Ninguém solta a mão de ninguém</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bruna Gabrielly Oliveira dos Santos (Faculdade Boas Novas); Carla Santos Torres Chagas (Faculdade Boas Novas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A crônica Ninguém solta a mão de ninguém: o cordão humano da loteria foi produzida na disciplina de Jornalismo Opinativo, componente curricular do Curso de Comunicação Social em Jornalismo da Faculdade Boas Novas de Ciências Teológicas, Sociais e Biotecnológicas. A crônica tem como objetivo contar de forma literária o assalto que ocorreu na cidade de Manaus no ano de 2018, os assaltantes fizeram os reféns de escudo humano e a ação ganhou repercussão nacional. Considerada tipicamente brasileira, a crônica, segundo Marques de Melo (2003) não é encontrada em outros países. Sua característica é relatar poeticamente o real com o viés informativo que a faz distinta de outros lugares no mundo em relação ao jornalismo opinativo. Carlos Drummond de Andrade e outros na década de 30 marcam um importante momento da produção das crônicas no Brasil, estes buscavam inspiração nos próprios jornais, atuando de forma poética, saíam da realidade principal e acrescentavam os sentimentos aos textos, deixando-os de forma mais maleáveis, comparados ás notícias duras do dia-a-dia. Nutrida de fatos do cotidiano, a crônica representa uma narrativa do cotidiano muito difícil de ser realizada, Marques de Melo (2003), a crônica feita a partir de relatos de violência urbana traz aos leitores a proximidade com o fato sem a característica da reportagem, traz proximidade ao fato com possibilidade de relatos minuciosos e detalhístico. O produto tem como objetivo de informar sem a dureza que consta numa reportagem comum, esta usa-se de linguagens, figuras de linguagens e expressões que permitem com o que o leitor conheça o fato, passeie entre as linhas com a visão do autor e tire suas conclusões. O assalto na loteria ganha outra visão a partir das testemunhas ao redor do ambiente tenso de conflito e das câmeras de segurança que testificam cada segundo da ação dos assaltantes e dos reféns. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A crônica foi pensada a partir de um contexto de casos recorrentes de assaltos na cidade de Manaus e com grandes mudanças no cenário político. Após discussão sobre as características do seguimento no jornalismo opinativo, a decisão para a criação da crônica tornou-se livre. Dessa forma, com a repercussão nacional do assalto com o cordão humano na loteria foi escolhido para virar crônica. A necessidade inicial era saber tudo o que foi publicado na mídia sobre o ocorrido, ter acesso às câmeras de segurança da loteria e ouvir relatos dos reféns. A informação é uma das coisas que faz toda a diferença na produção do conteúdo. Os assuntos do cotidiano podem ser transformados em ironia, humor, tragédia com a crônica, pois utiliza técnicas diferentes da notícia para informar. Da mesma forma que exerce tal função na sociedade, o gênero literário tem o objetivo de entretenimento e aproxima os leitores da visão do autor. Há um profundo laço entre o espaço e o cotidiano, uma relação na qual o espaço é depositário de uma sociabilidade por vezes obscurecida diante das altas tradições culturais. Os protagonistas da vida diária estão imersos em um dinamismo envolvido pela lógica da descontinuidade e, não raramente, também são sujeitos que se exprimem num trágico que o próprio cotidiano é capaz de nos trazer (MAFFESOLI apud MAGNI, 2009, p. 93). A analogia do cordão humano da loteria com a frase da campanha contra um dos candidatos à presidência do Brasil nas eleições de 2018  Ninguém solta a mão de ninguém , trouxe sentido figurado, o tema permite a curiosidade, embora o assunto abordado seja distintos da campanha original. A crônica  Ninguém solta a mão de ninguém traz de forma literária a proximidade com o fato e a realidade da violência urbana, traz reflexões sobre o instinto de sobrevivência e união entre os reféns num momento de conflito. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A crônica  Ninguém solta a mão do outro foi desenvolvida na disciplina de Jornalismo Opinativo, com temática livre e obedecendo as principais características da crônica jornalística. O assalto ocorreu na loteria localizada na Zona Leste da cidade de Manaus no ano de 2018. Com repercussão nacional, o assalto violento e caracterizado com o cordão humano feito pelos reféns obedecendo ao comando dos assaltantes ao saírem da loteria, terminou com policiais ovacionados pela operação sem reféns feridos, mas com a morte de dois dos três assaltantes após perseguição policial. A crônica, por estar ligada diretamente aos fatos do cotidiano, é um gênero que está apto a absorver os eventos que se sucedem no cotidiano da sociedade, ressalta Magni (2009). Diante disso, a crônica pode brincar com as palavras, trazer proximidade emoção e contar com a linguagem poetizada para os fatos do cotidiano. Em meio ao factualismo, a crônica traz um relato que vai além do que foi noticiado na mídia amazonense e nacional, com a captação das câmeras de segurança da loteria foi possível observar os movimentos de cada assaltante e refém, todos fora das lentes dos jornalistas que aguardavam do lado de fora o desfecho da ação. A crônica possui duas laudas de forma narrativa dos fatos, não linear e com linguagem não homogênea. A narração está na terceira pessoa e heterodiegética, ou seja, o narrador não é personagem da narrativa. A escrita desenvolvida a partir do fato, da realidade e da violência urbana faz com que o leitor presencie a cena a partir da visão do autor, na percepção de cheiros, vozes, cores e texturas que a narrativa proporciona. Melo (2002) considera o gênero como relato poético do real. Com o compromisso de relatar a realidade, mas com a possibilidade de construção do literário, a crônica relata o pavor de uma tarde que entrou para a história de quem estava na loteria, dos jornalistas que estavam trabalhando para cobrir o caso e dos policiais envolvidos para salvar vidas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>