ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00383</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O Som das Mãos - Fotografia em movimento</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Brayan Yuri Riker Corrêa (Faculdade Boas Novas); Carla Santos Torres Chagas (Faculdade Boas Novas ); andre bernardo vasconcelos (Faculdade Boas Novas )</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Libras é utilizada pela comunidade surda brasileira, de modalidade gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Li&#769;ngua Portuguesa falada no Brasil. Segundo Goldfeald (2003) A Libras não e&#769; a simples gestualizac&#807;a&#771;o da língua portuguesa e sim uma língua a parte que se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos. Os sinais surgem da combinação de configurações de mãos, movimentos e de pontos de articulac&#807;a&#771;o-locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõe as unidades básicas da língua brasileira de sinais. Para Skliar (1997, p.141) a língua de sinais constitui o elemento de identificação dos surdos e o fato de constituir-se em comunidade significa que compartilham e conhecem usos e normas de uso da mesma língua, já&#769; que interagem cotidianamente em um processo comunicativo e eficaz. Isto e&#769;, desenvolveram as competências linguísticas, comunicativas e cognitivas por meio do uso da língua de sinais. [...] esta permitirá que os surdos constituam uma comunidade linguística diferente e não que sejam vistos como um desvio da normalidade. Este trabalho é um curta-metragem que abordará a Libras em uma estória de romance em que a personagem principal é surda (Lara) que é melhor amiga de Ana, uma ouvinte que sabe libras por conta de seu pai também ser surdo e, ajudará Arthur a aprender também a Língua Brasileira de Sinais para que possa se relacionar com Lara. Produzimos afim de explorar este assunto e também massificar a importância de se aprender a língua dos surdos. Quando se fala em comunicação, poucas pessoas lembram que a Língua Brasileira de Sinais, tem participação em meio ao nosso dia a dia. Por estar em construção e possuir variações regionais, é muito comum que os surdos criem novos sinais para o entendimento mútuo durante uma conversa, por exemplo. Nossa intenção, é mostrar que mesmo em meio às dificuldades e o preconceito, é possível se comunicar de várias formas. O trabalho proposto pela saudosa Profa. Iara Rodrigues, nos incentivou a explorar situações em que a Libras pode ocasionar grandes e marcantes histórias. O personagem Artur, embora ouvinte, tem severas dificuldades em se socializar, devido à timidez, logo Ana, uma ouvinte que sabe se comunicar em Libras, decide ajudá-lo a superar seus medos. O enredo ainda romantiza a história, pois Artur se apaixona por Lara, uma surda que apenas conversa em Libras. A trama se desenrola e aos poucos os personagens vão mostrando o quão importante é socializar. O pai de Ana, que é surdo, não sabia aproveitar e viver feliz por se sentir isolado na sociedade, pois falava apenas em Libras. A proposta era apresentar esta língua de uma forma mais alegre e interessante, pois além dos sinais com as mãos, a expressão facial e corporal vêm junto para dar vida ao que e a quem está falando. Pudemos mostrar às pessoas que o preconceito deve ser deixado de lado e os gestos que os surdos reproduzem, na verdade, são nada mais que uma forma de conversar. "Na Língua Brasileira de Sinais estes cinco parâmetros que são utilizados, para que o sinal possa ser feito corretamente, para isso deve-se obedecê-los, são eles: configuração das mãos, ponto de articulação, movimento, orientação/direcionalidade e expressão facial e/ou corporal" (TREVISAN, Patrícia; SILVA, Rosana; OLIVEIRA, Sebastião de, 2008, Ed. Valer, p. 97). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pesquisa para o presente trabalho se iniciou assistindo os filmes de Charlie Chaplin, que seguiam a ideia inicial para o roteiro. Estas produções foram o ponto de partida para se escrever a estória dos personagens, onde os diálogos aparecem em telas legendadas, tendo como trilha sonora apenas instrumentais seguindo a temática da cena. O enredo fala sobre: superação, paixão, dificuldades de comunicação, medo, insegurança e formas de comunicação que vieram a servir como base de adaptação para o roteiro cinematográfico. Um estudo sobre roteiros originais se iniciou. Como sabemos, os roteiros dos filmes podem ser adaptados ou originais. O adaptado adéqua uma história existente para o formato cinematográfico, já o original surge da imaginação do roteirista; segundo Field. "Um roteiro...é uma história contada com imagens, E como um substantivo: isto é, um roteiro trata de uma pessoa ou pessoas, num lugar ou lugares, vivendo a sua "coisa". Percebi que o roteiro possui certos componentes conceituais básicos comuns..." (FIELD, 1979, p.9) A ideia de fazer roteiro se deu da observação do comportamento das pessoas em relação a Língua Brasileira de Sinais, por ser uma língua viso-espacial depende de muita expressão corporal para ser pronunciada, trazendo a quem vê uma preocupação de que é necessário muito mais do que apenas abrir a boca e emitir sons para se comunicar. Então, optamos por escrever um romance vivido por jovens, que convivem com a Libras, e de maneira romântica e bem humorada, buscamos chamar atenção dos expectadores do quanto a Libras é fácil de se aprender, acessível a todos e de grande importância para se viver hoje em nosso país, pois, segundo pesquisas, existem mais de 10 milhões de surdos no Brasil, e mesmo assim, nem todos os surdos obrigatoriamente se comunicam em sua língua oficial, com isso nosso romance também buscar alcançar não só os ouvintes, mas também os surdos que não sabem Libras, incentivando-os a se comunicar desta forma. A escolha da fotografia, o lugar, os ambientes, a trilha sonora, surgiu com a influência do cinema "mudo" da década de 1920, onde Charles Chaplin vivia suas histórias apenas ao som de orquestras e comunicava suas ideias através de telas legendadas. Então em uma licença poética, levamos os nossos personagens Lara, Artur e Ana a esta década, não para dizer que eles viveram exatamente nos anos 20, mas por ser a Libras, a língua dos surdos, um mundo silencioso. Logo, veio a ideia para nosso roteiro, e para mostrar que a impossibilidade de ouvir, não condena a nossa protagonista Lara a ser triste, isolada, incapaz e sem direito a viver, muito pelo contrário, o destino ainda lhe reserva viver um grande amor. Para o roteiro pensamos diretamente em uma estória que fosse levemente engraçada, atrativa, romântica e principalmente educativa, nos inspiramos no cinema mudo e adaptamos o texto para algo bem atual. Embora não seja um tema comum, procuramos incluir elementos que deixassem o público atento à mensagem. Contamos com a ajuda de nossa orientadora para o uso correto dos sinais e também para receber um feedback durante a produção do filme. Na trama, claramente é possível sentir a felicidade que Lara traz consigo, em uma de suas falas logo no início do filme quando ela diz à Ana, que não ouve, mas sente os cheiros, enxerga e pode sentir e tocar, por isso, vive feliz. É também um modo de dizer que a deficiência não causou transtornos em sua vida, assim como pode ser com outros surdos. Ana, que é ouvinte enxerga em Lara um exemplo, pois seu pai é surdo e não encontra felicidade devida sua deficiência. Artur, embora ouvinte não consegue se relacionar devido a timidez e vergonha. Juntos, os três mostram como a vida pode ser diferente quando aceitamos nossas diferenças e aprendemos a nos relacionar sem medo. E para isso, o enredo foi essencial para que desse certo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O filme sugere uma reflexão sobre o cotidiano dos surdos, carrega em sua essência o romance o qual buscamos retratar com uma linguagem simples e bem divertida. Mostrando que independentemente das individualidades, o amor é lindo em todas as formas de expressão. O modelo seguido a partir do texto ajudou bastante na produção, pois o estilo musical escolhido para compor o enredo encaixou perfeitamente, complementando a expressão corporal dos acadêmicos que interpretaram os personagens. Buscamos inspirações nos filmes de Charles Chaplin, que carregam características rebuscada de linguagem corporal e produção audiovisual. Para a captação imagens do filme, foi usada uma câmera Canon T51, com a lente EFS 18-55m. A locação também foi pensada de forma que representasse a época que se passa o curta-metragem, tivemos algumas dificuldades de isolar enquadramentos e ângulos de forma que não deixasse aparecer objetos, pessoas, construções, carros que descaracterizassem a época. O ponto positivo foi que as praças do centro da cidade de Manaus escolhidas como locações possuem antigas alinhadas ao roteiro, e assim a composição da peça audiovisual ficou de forma que não perdesse a ideia principal. O período de filmagem ocorreu nos meses de outubro e novembro, a sequência não foi cronológica, pois, gravamos a cena 1, em seguida a cena 3, depois a cena 2, e, finalmente a cena 4. A montagem das cenas se deu por conta do clima e também dos espaços em que foram gravados, o Parque Jefferson Peres e a Praça Heliodoro Balbi, ambos no centro de Manaus. A edição de vídeo foi feita pelos softwares Adobe Premiere e Adobe AfterEfects, para deixar o curta-metragem com a aparência dos anos 1920, pelo efeito sépia do vídeo, e também deram vida às transições no filme, que dão um ar de agilidade e deixam o expectador atento às imagens e preso ao enredo chamativo, também com a trilha sonora escolhida, com músicas do cantor All Bowlly de grande sucesso nas décadas de 20 a 40. A edição e finalização durou duas semanas, e a entrega do produto aconteceu no dia 15 de dezembro, quando lançamos a primeira versão do filme no Youtube. No dia 5 de abril de 2018 postamos a versão final no Youtube com a duração de 13 minutos e 12 segundos. O projeto cresceu, ganhamos fãs que pediam para darmos palestras. No dia 23 de março realizamos uma palestra na escola Driehlly Barbosa, localizada no bairro Coroado, para as turmas do ensino médio sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais. Foi ao ar no dia 18 de março pela Rede Boas Novas uma entrevista exclusiva no programa Conexão Acadêmica sobre nosso projeto, e, no dia 31 de março, outra entrevista foi realizada no Programa do Presidentte transmitido via web, pelo Facebook, com o vereador Carlos Portta, e finalmente no dia 3 de abril tivemos duas participações: uma no Programa do Natan da Band, transmitido no dia 13 de abril e na Rádio Boas Novas no programa FBN no ar, com a jornalista Carla Martins. Foram experiências que enriqueceram nosso projeto e incentivaram muitas pessoas a conhecer o filme e a Libras. Recebemos muitos comentários de pessoas agradecidas por realizarmos este projeto, pois aprenderam a língua de forma rápida e divertida, e também, o feedback da comunidade surda, por ser um filme com uma linguagem simples e de fácil entendimento para eles. Podemos dizer que este projeto mudou nossas vidas e foi um  start para nossa carreira jornalística, pois trazemos com esta produção, um tema de relevância social e uma maneira de informar as pessoas acerca deste assunto, e o Jornalismo é isto: informar quantas pessoas pudermos sobre o que pode mudar suas vidas (assim como a nossa foi mudada). Também trouxemos uma crítica social sobre o preconceito e desconhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais, e o sentimento é de dever cumprido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>