XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE


INSCRIÇÃO:	00393

CATEGORIA:	PT

MODALIDADE:	PT02

TÍTULO:	Identidade Visual da 11ª Semana de Atividade Publicitária

AUTORES:	Douglas Almeida de Oliveira (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Stela Alves Ferreira (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Amanda Sales da Silva (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas); Daniel Luiz dos Santos Batista (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas)

PALAVRAS-CHAVE:	, , , ,

RESUMO
O logotipo da 11ª Semana de Atividade Publicitária (SAP 2018) possui três elementos principais: 1) A sigla “SAP”, um dos pontos centrais do projeto, é o maior elemento da composição. Arranjada de maneira despojada na área superior esquerda, expressa a construção coletiva e os esforços de todo o corpo acadêmico no planejamento e na realização do evento. Este elemento do logotipo representa, simultaneamente, a união - através da transposição entre as letras que compõem a sigla, onde, normalmente, haveria espaço - e a segregação da equipe em grupos menores com funções e desafios distintos - através da cisão de partes das letras - que ao final levam todos à um objetivo maior e unificado; 2) Ao lado direito, um balão de voz estilizado que, além de representar um dos ícones da comunicação, desempenha papel de base que evidencia o ano de realização do evento, 2018, cujos caracteres são distribuídos em duas linhas, ou seja, a parte superior comporta os números 2 e 0, enquanto os números 1 e 8 ficam alocados logo abaixo, ganhando um leve destaque. Além disso, os números foram transpostos sobre a peça, mesclando-se de maneira invertida à cor utilizada da base; 3) Abaixo dos outros elementos, o título do evento expõe o significado da sigla de maneira sucinta e esclarecedora ao fazer uso de uma fonte de texto simples e extremamente funcional. Todos os cantos e pontas dos elementos da parte superior passaram por uma suavização, assim passaram a ter bordas arredondadas e mais agradáveis. Sobre as formas foram aplicados dois tons de cores semelhantes, um tom de ameixa escuro e outro de roxo escuro, que formam um degradê transversal, que representam o porte do evento, sua característica visual de se tratar de um evento que acompanha o entardecer e finaliza durante a noite, e a aura do ambiente moderno, inspirador, questionador e produtivo que o espaço oferece. O material também comporta uma variação do logo com cores secundárias a serem aplicadas em ocasiões oportunas, são elas: amarelo ouro e cor-de-rosa. O logo e seus elementos foram aplicados em todo o material gráfico do evento, tanto o impresso (cartazes, adesivos, banners de sinalização, camisetas, placas, backdrops, brindes, etc.), quanto o digital (vídeos, posts, stories, site, etc.), preservando sua coerência visual e agregando mais elementos ao estilo, ou, em algumas variações, adaptando-a a estrutura pré-estabelecida para a integração dos elementos em um outro contexto visual.

INTRODUÇÃO
A construção de um planejamento gráfico coerente, através da identidade visual do evento se estabelece a partir de uma das necessidades fundamentais da comunicação, a imprescindibilidade de transmitir particularidades, valores e diferenciais do cliente através de uma representação gráfica que efetive uma boa recepção e identificação até, posteriormente, um vínculo de confiança através dos estímulos visuais de seu público, o posicionamento de marca. Algo que transcende a estética propriamente dita, segundo David Ogilvy no livro Como criar identidades visuais para marcas de sucesso: um guia sobre o marketing das marcas e como representar graficamente seus valores (Rio Books, 2007), “Marca é a soma intangível dos atributos de um produto: seu nome, embalagem e preço, sua história, reputação e a maneira como ele é promovido”, tais resultados são medidos unicamente pelo público de acordo com sua experiência individual. Neste sentido, durante a fase inicial do projeto, foi esquematizada uma sucessão de processos que buscavam resgatar e analisar a essência dos primeiros dez anos do evento acadêmico, as abordagens consolidadas por seus idealizadores e antigos encarregados, além das características que o moldaram e tornaram o que ele é hoje. Tal estratégia foi adotada com desígnio da aplicabilidade do projeto sobre uma matriz baseada em pesquisas de sua própria história, como afirma Vânia Maria do Nascimento Duarte no texto Pesquisas: exploratória, descritiva e explicativa (Brasil Escola, 2016), “No intuito de tornar clara a presente elucidação, a partir do momento que (...) se dispõe a pesquisar acerca de um determinado assunto é porque este partiu de uma dada situação problema passível de ser investigada”. Todo esse apanhado de informações levantadas corroborou em uma imensa base legítima do que seria o cerne das SAPs em todos esses anos, e como deveríamos nos posicionar mediante o desafio de conduzir toda a importância histórica à marca da, até então, mais nova edição do evento, além de manifestar sua capacidade de reformulação e progressão para as próximas décadas. Outro caráter usado em pesquisa foi a aplicabilidade propícia das Leis da Gestalt, para se instituir melhor assimilação de informações sobre a peça.

OBJETIVO
Nesta etapa vários esboços surgiram, vindos de diversas concepções, até que se chegou ao conceito de construção, coletividade e até extroversão, marcas de um novo começo para o evento. Foram definidas algumas tipografias, 3 delas representavam melhor o que queríamos passar em cada elemento do projeto: 1) Para a sigla, a fonte Cleanwork representou melhor o que o logo precisava transmitir, sua particularidade está no seu estilo fragmentado, que passou a representar a ideia de segmentação, construção e reformulação do evento, tanto no serviço, como no conteúdo e público; 2) Aos números do logo era imprescindível que a fonte utilizada fosse funcional, que mantivesse a legibilidade mesmo na formatação diferenciada em que estavam dispostos, e além disso tal fonte também seria utilizada em várias outras ocasiões, prestando o papel de fonte padrão para grandes títulos. Assim, a Lubalin Graph ITC Turner Bold se mostrou ser ideal para tal encargo; 3) A família Gotham Narrow desempenhou a função de fonte mais simples e prática, a fonte e suas variantes foram utilizadas e na maior parte do material escrito do evento, todos os textos longos e de menor valor hierárquico nas peças produzidas. O projeto necessitava de algum elemento que pudesse o caracterizar no meio comunicacional, dentre as várias opções, o balão de diálogo se mostrou ser a melhor alternativa, principalmente após ajustes que o enquadraram no contexto visual de todo o resto. A partir de novos estudos de aplicação, o balão de diálogo do projeto precisou ser transferido ao mesmo plano da tipografia, culminando na necessidade de acentuar a informação que sustenta, sucedendo assim, ao uso de uma das Leis da Gestalt, a Lei da Segregação que, para João Gomes Filho, no livro Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma (Escrituras Editora, 2008), é “a capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar, notar ou destacar unidades, em um todo compositivo ou em partes deste todo”. Posteriormente, todo o corpo do projeto foi submetido a diversas alterações puramente estéticas, seja no grid, na rotação de objetos, arredondamento de pontas, dentre outras. Durante todo o processo, uma das principais questões não solucionadas estava atrelada à seleção e combinação de cores da identidade visual, o projeto passou por diversas abordagens na escolha de cores, desde as mais plurais e chamativas, com muitas cores fortes e variações de tons para cada elemento, até as mais sóbrias e refinadas. Optou-se então pelo uso de apenas duas cores que formariam um só elemento através de aplicação de um gradiente radial, cujo núcleo está alocado na parte superior da letra S, e o final do degradê, posicionado na parte inferior junto ao número 8, desta maneira, criando um transição diagonal através das cores. As duas cores foram definidas: ameixa escuro no início do gradiente e o roxo escuro em seu fim, o conjunto reafirmava o compromisso do evento com a modernidade, a ambientação de suas principais atividades que seriam realizadas durante várias noites e misticismo empregado aos publicitários (profissionais da argumentação, que têm como propósito: encantar pessoas e convertê-las em clientes, consumidores). Em seguida, uma nova combinação de cores surgiu para diversificar o visual do evento e trazer o aspecto visual da programação diurna do evento: amarelo ouro e o cor-de-rosa, responsáveis pela roupagem secundária do mesmo logo, que evidenciasse mais a abrangência e a versatilidade do evento, sem desfazer-se de sua matriz. Essas duas combinações de cores, junto de toda a composição visual, pavimentaram todo o desenvolvimento e implementação de itens provenientes do evento, como o próprio material de divulgação, acessórios e utilitários.

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